𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨_𝟎𝟑

Olá amores, boa noite!!!

Novo capítulo chegando curtam bastante e comentem também isso me deixa feliz é de coração quentinho!!!

Boa leitura!!!

— Você ficou quieto o caminho inteiro. — Mingi disse assim que o semáforo tornou-se verde, para quebrar o silêncio que havia se instaurado. — San pode ser irritante as vezes, mas ele é uma boa pessoa. 

Mordi o interior da bochecha e olhei para o lado de fora. 

— Ele pensa de um jeito que não consigo entender. — murmurei. Diante disso, Mingi deu uma risadinha. 

— Nem eu consigo entendê-lo.

 — Ele já deve ter sido muito machucado. 

O Song não me respondeu quando eu disse isso, e, por perceber que eu havia tocado em um assunto delicado, decidi ficar em silêncio até o restante do caminho. 

Passaram-se dez minutos e, graças ao trânsito intenso, demoramos outros dez até meu apartamento. Somente o rádio nos fazia companhia, já que nenhum de nós estava afim de abrir a boca. O único momento em que trocamos palavras foi quando eu desci do Porsche e o agradeci pela noite. 

Ao entrar no prédio, saudei o porteiro, senhor Choin, com um sorriso e um simples aceno com a canhota. Apertei o botão para chamar o elevador e não tardou para que ele chegasse em questão de minutos já estava trancando a porta de meu apartamento e sendo recebido por meu cão, Sun. Acariciei sua cabeça e sorri para ele, lembrando das palavras de San. 

— Ah, você chegou. — Seonghwa, meu melhor amigo, apareceu na sala, com o cabelo totalmente desgrenhado e com o roupão escuro envolvendo o corpo. — Já estava preparado para colocar o assaltante para correr. 

Ri baixinho. 

— Estou vendo que você é muito corajoso mesmo. — Foi a vez do Park rir. Fiz outro carinho em Sun e caminhei até a pia para lavar as mãos. 

— Você demorou, então eu comi antes. 

— Eu jantei com Mingi. 

— Outra vez? Nossos jantares não significam nada para você? — e lá estava 
Seonghwa com seus dramas. 

— Eu conheci um homem hoje. — disparei. Sabia que uma novidade era a única forma de calar a boca de Seonghwa. E, como pensei, ele simplesmente congelou. 

— Isso quer dizer que você superou o... — o interrompi. 

— Foi ao acaso, Seong. Ele é melhor amigo do Mingi e estava no restaurante que fomos. 

— Tá, tá, tá. — ele se aproximou. — Pegou o telefone dele? 

Rolei os olhos. 

— Wooyoung, você não pode simplesmente ficar deprimido enquanto Donghyuk está vivendo e possivelmente transando com outro cara! Você tem que aproveitar os homens que lhe são dados e... — novamente, interrompi o Park. 

— Seong, o San é hétero. 

Ele cruzou os braços e cerrou os olhos, processando a informação. 

— E assim concluímos que Jung Wooyoung
é um azarado. — Seonghwa disse.

O empurrei para o lado ao rolar os olhos. 

— Obrigado por me contar o óbvio. — suspirei. — Vou dormir, Seong. Não me acorde cedo, as gravações acabaram e eu quero descansar. 

— Sim, senhor! — debochou, prestando continência, como se fosse um soldado. 

(..) 

Por mais que eu quisesse dormir até tarde, não era como se eu conseguisse. Já estava acostumado demais a acordar cedo e esperar que Mingi estacionasse na frente de meu prédio para irmos para o trabalho. No início, eu não queria que ele me buscasse, mas o diretor Park disse que isso serviria para dar atenção ainda mais à série, por isso permiti. E, de fato, fomos o centro das atenções por um mês inteiro e isso já estava me sufocando, eu queria me afastar dos flashes e holofotes por pelo menos um segundo. 

Esperneei e respirei fundo, já convencido de que eu não conseguiria mais dormir. Então, tomei um banho e vesti roupas esportivas para poder caminhar no parque de frente para o prédio. 

Amarrei a coleira em Sun e escrevi um bilhete para Seonghwa, avisando que eu havia perdido o sono e caminharia um pouco. 

Desci com Sun e, já no primeiro andar, saudei alguns moradores e o porteiro Choin.
Tive de esperar o semáforo ficar vermelho para os carros, a fim de que eu pudesse atravessar a rua. Já do outro lado, tirei a guia de Sun e deixei que ele corresse livremente enquanto eu andava pela calçada. O vigiava de longe, pois sabia que, por não sair demais do apartamento, ele ainda não tinha boas maneiras. 

"Você parece ser o único que se machuca.” 

— Maldito San! — sussurrei frustrado. 

— O que tem eu? 

Arregalei os olhos e olhei para o lado, onde um homem parara de andar ao ouvir o que eu havia dito. E, como esperado, era o San de ontem. Ele estava trajado de preto outra vez, o único diferencial era que havia óculos de aros circulares prateados pousados na ponta de seu nariz. Eu não o observei de perto noite passada, mas não esperava que ele fosse tão bonito. 

— Wooyoung? — Ele lembrava meu nome? 

— Tem trocentos mil San no mundo, não quer dizer que eu estou falando de você! — disparei. 

San riu. 

— O fato de você estar na defensiva já me diz tudo. — sorriu. — E também está vermelho. — com o indicador, deu dois tapinhas na própria bochecha, demonstrando qual região do meu rosto estava avermelhada. — Você é um péssimo mentiroso. 

Entreabri os lábios, porém nada saía. Minha salvação para não dizer nada sem sentido foi a aparição de Sun. O atei à guia outra vez e limpei a garganta antes de me virar para o advogado. 

— Mingi me disse que as gravações acabaram e iria dormir até tarde. Por que você está acordado tão cedo? 

— Quando eu não gravo algo pela manhã, eu acordo cedo e passeio com Sun — menti. 

Não podia simplesmente dizer que perdi o sono e fiquei pensando no que ele havia dito.

San murmurou um hum, mas não parecia tão desinteressado quanto ontem no carro. 

— Eu trabalho às oito. — olhou no relógio em seu pulso. — Quer tomar café comigo? Quero dizer, você parece ter saído sem comer e eu quero companhia. 

continua... 

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