O Amor em Risco
Ao retornarem do restaurante, todos se prepararam para dormir. John e Ana ficaram por conta das crianças e após Ana ler uma história para eles, Théo foi levado para o quarto pelo pai. Era assim todas às noites.
Depois de Ana confirmar que Lizzie realmente dormia, ela saiu do quarto da menina e fechou a porta sendo surpreendida por Johnny que a deu um beijo na nuca fazendo-a dar um pulinho para trás e sorrir.
-Ai, Johnny...
Ele a puxou pela cintura encostando a costa dela em seu peito e enquanto a beijava no pescoço ia levando-a para seu quarto, onde passaram a dormir juntos.
-Alguém está carente, não é?
-Hummm_Ele falou manhoso e Ana se virou o empurrando para parede do quarto. John sorriu ladino olhando-a nos olhos e rapidamente Ana juntou seus lábios aos dele em um beijo quente enquanto suas mãos tiravam o blazer.
Dali então eles fizeram amor até que a exaustão tomasse conta de seus corpos. Cansados, mais ainda sem sono, Ana colocou sua cabeça sob o peito de John enquanto de olhos fechados, ele desenhava traços imaginários na costa nua dela.
-Hoje foi absolutamente incrível. _disse ela relaxada.
-Certamente, querida. As crianças adoraram.
-Claro. Principalmente quando ganharam o Mclanche. Você definitivamente estava muito liberal hoje, amor.
-Elas mereceram. _ele sorriu ainda de olhos fechados.
-Verdade. _Ana sorriu e começou a contornar uma das tatuagens do braços esquerdo dele.
[...]
-Tenho que ir à empresa amanhã. _ele falou de repente.
-Mais é sábado.
-Sim. Eu sei. No entanto preciso ir até lá, pois teremos uma reunião por volta das nove horas. Deve durar duas horas, no máximo, então farei o possível pra vir almoçar em casa.
-Tudo bem...Vou te esperar.
John abriu os olhos e encarou o tento.
-Ana...
-Hmm...
-Obrigado por tudo.
Ela sorriu e colocou o queixo sob o peito dele para olha-lo nos olhos
-Sou eu quem tem que agradecer, meu amor.
-Nada disso. _ ele negou com a cabeça _- Pois você foi a melhor coisa que me aconteceu depois de tanta dor...Eu te amo, Ana Sofia.
-Também amo você.
Ela o beijou e voltou a posição que estava para finalmente adormecer.
No dia seguinte, John foi à empresa. Participou da reunião decidindo ir à uma palestra em dois dias que aconteceria em uma filial que ficava do outro lado da rua. Pois sua empresa estava interessada em uni-las com os novos projetos.
John assistia com atenção ao Power Point apresentado por um dos sócios; e ficaram duas horas falando sobre os projetos. Quando por fim terminou, ele deixou a sala de reuniões e caminhou até a sua própria sala afrouxando a gravata.
Mas ele não contava que uma pessoa estaria lá esperando por ele. Uma pessoa que ele deseja não ver por um bom tempo, por vergonha.
Assim que abriu a porta da sala, teve a surpresa.
-O que está fazendo aqui?
A mulher se levantou e se virou para ele, cujo olhos desceram para o volume da barriga.
-Oi Johnny. Eu preciso falar com você, e já que bloqueou o meu número, pensei em vir pessoalmente até aqui.
John passou pela porta e a fechou. Ele logo caminhou até a mesa e pediu que Jane se sentasse. Ela o fez, e ele se sentou em seguida a frente dela.
-Então... sobre o que deseja falar?
-Sobre nós dois.
-Hum...desculpe, mas acho que deixei claro naquele dia que não haveria _ele apontou dele para ela_-Nós dois...não sei se você sabe, mas estou namorado e...
-Apenas escute o que eu tenho a dizer, John! _ela o interrompeu e ele acenou
-Ok. Vá em frente.
-Um dia depois daquela noite que tivemos em Nova York, decidi que respeitaria sua decisão e não voltaria a te preocupar...no entanto, um mês depois, eu...eu estive realizando meus exames de rotina e acabei tendo uma grande surpresa. Como você pôde perceber, eu estou grávida, Johnny! E é seu.
John empalideceu e se reencostou na cadeira
-O quê?_ele olhou para o volume da barriga dela e de volta para ela. _-Isso não..._ele franziu o cenho
-Eu contei, e os dias batem. Quando descobri decidi que não ia te procurar...você não precisava saber que tinha me engravidado, e eu estava muito bem, poderia criar esse filho sozinha sem a sua ajuda...mas então, quando meus superiores descobriram sobre a gestação, fui demitida. De lá pra cá comecei a perder a dignidade, John. As pessoas me olhavam e me julgavam sem ao menos me conhecer. Alguns até me criticavam achando que eu era uma meretriz... e tudo só piorou quando fui despejada. John...eu não tenho para onde ir...eu...eu trabalhei com reciclagem para conseguir uma passagem e vir à Los Angeles te encontrar, porque não sei mais o que fazer. Estou desesperada!
Jane começou a chorar e para consola-la, John se levantou pegando seu pano de bolso e a entregou. Ele não sabia o que pensar. Sua cabeça latejava, mas ele como um cavalheiro não poderia ignora-la. Não naquelas condições.
-Ei..._ele se abaixou para ficar frente a frente com ela. _-Não se preocupe com isso...você não está mais sozinha. Eu vou te ajudar a...cuidar do bebê.
-Do nosso filho...
-É...isso.
-Johnny!_Ela se jogou nos braços ele, e naquele momento a porta se abriu. Ana estava lá parada ao ver a desconhecida abraçada e beijando seu namorado. O sorriso nos lábios de Ana desapareceu e o presente que havia levado para ele foi jogado no chão. Ao ouvir o baque da caixa, John se afastou rapidamente, olhou para a porta e ficou paralisado.
-Eu devo estar vendo coisas...eu...
-Oh!_Jane se levou ao ouvir a recém chegada _-Me -me desculpe, mas quem é você?
Ana olhou para Jane e para a barriga dela, tentando rudemente segurar as lágrimas.
-Eu sou..._olhou para Johnny_-Um objeto descartável?!...
-Não!_John avançou até ela, mas Ana recuou _-Amor, não é nada disso que você..._Ana saiu rapidamente dali_-Ana!
Ele olhou para Jane que limpava as lágrimas e rapidamente saiu da sala para tentar alcançar a namorada. Porém ele chegou quando o elevador acabara de fechar.
-Não...não...Não!...Merda!
Ele bateu na porta de metal. E decidiu chamar o segundo que estava subindo quase em câmera lenta. Quando por fim chegou, Johnny entrou e desceu para a recepção. Ele correu assim que a porta se abriu, perguntou a sua recepcionista se ela havia visto para onde Ana tinha ido e a mulher apontou para a saída. Logo ele correu até lá vendo que Ana acabava de entrar em um táxi sumindo pela avenida e deixando-o angustiado.
...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top