Meu Amor
[...]
-Que mundo pequeno, não? De todos os lugares que eu poderia te encontrar, este era o menos provável, Ana._disse o homem _-Está tão diferente daquela jovem medrosa que conheci.
-Vocês se conhecem?_Amélia perguntou vendo como Ana estava desconfortável e Davis se aproximou dela de uma maneira protetora.
-S-sim.
-E por que não me dei conta? Você deve ser Amélia Davis, estou certo? Ana me contava muito sobre você...
-Espera um segundo: você é Lewis Bennett, o ex-namorado.
Ana assentiu
-Então falou de mim para sua querida amiga, não é, Ana?! Deixa eu adivinhar, quando você saiu correndo aquela noite, foi para os braços dela chorar?!
-Escuta aqui, rapaz..._Amélia se aproximou com um olhar ameaçador.
-Calma aí, tia. Eu tô numa boa, não precisa ser agressiva, falou? tô tranquilo. Só..._ele analisou Ana dos pés a cabeça _-Quem diria...usando roupas de marca, perfumes caros e jóias elegantes, deve ter custado uma fortuna. Fala pra mim; quem está te bancando, ein?
-Isso não é da sua conta, rapaz, agora se nos der licença. _Amélia pegou a mão de Ana para afasta-la dali
-Vai fugir de novo, Ana? Faça como você sempre faz e continue usando as pessoas. Está indo muito bem, pelo que parece. Parabéns.
Ana soltou a mão de Amélia e olhou para Lewis.
-Você sente minha falta?_Perguntou presunçoso _-Fala aí, você sente, não é? Eu fui o seu primeiro e você deve ter gostado.
Ana não pensou duas vezes e foi logo dando um tapa na cara de Lewis.
-Sua pu...
Amélia também foi para cima dele dando outro tapa que fez o homem chegar para trás. Por sorte ou azar, eles estavam um tanto afastados da maior parte dos convidados, então apenas alguns e os garçons presenciaram a cena.
-Vadia!
-É melhor dar o fora daqui, a menos que queira ser tirado a força pelo segurança, Sr. Bennett. E volte a insultar a Ana de novo e você irá se arrepender de ter nascido!
-Eu vou embora, mas não sairei da festa, pois sou um convidado vip! Quanto à você, Ana Sofia, fique de olho aberto.
Ele girou nos calcanhares e saiu dali pisando firme, deixando as mulheres para trás. Ana soltou o ar dos pulmões e Amélia viu que ela parecia um pouco pálida.
-Ana, você está bem?
-Eu-eu só preciso de ar.
-Ok, eu vou com você depois de...
-Não. Por favor, eu preciso ficar um pouco sozinha.
-Mas e se Johnny...Ana?
Ana saiu dali sem responder indo para algum lugar desconhecido, mas quando se deu conta, estava no terraço da empresa olhando para as luzes da cidade enquanto o vento batia em seu cabelo.
No salão, John se sentia um pouco incomodado mas não sabia exatamente o porquê. Ele procurou por Ana com o olhar, mas ela não parecia estar em lugar nenhum. Amélia estava voltando do banheiro e John percebeu que a mulher estava tensa. Ele caminhou até ela.
-Amélia. Ana não estava com você?
-Sim. Estava.
-E onde ela está agora? Aconteceu alguma coisa? Eu não a encontro.
-Eu não sei para onde ela foi, John.
-Como não?
-Houve um incidente a pouco...acabamos encontrando uma pessoa que pertenceu ao passado dela. Ele não foi bom para ela, John, e Ana teve uma crise de ansiedade quando o viu depois de anos. Ele começou a insulta-la e quando o mandei ir embora, Ana me disse que precisava de ar e ficar sozinha...mas não sei exatamente para onde foi.
-Por que ela não foi até mim?
John pegou o celular e discou o número da mulher colocando no ouvido em seguida.
-Ela não atende?
-Não. Vou procura-la. _ele guardou o telefone no bolso, pediu licença e foi atrás de Ana.
-Pai?_Alex o parou no caminho_-Aconteceu alguma coisa? você parece preocupado.
-Ana saiu. Estou indo procura-la.
-Saiu? Pra onde?
-Não sei. Amélia me disse que ela precisou de ar após um encontro ruim com alguém do passado...eu não entendi muito bem, mas Ana foi insultada por aquela pessoa. Não sabemos para onde ela pode ter ido.
-Já ligou pra ela?
-Já. Ela não atende.
-Tente outra vez.
John seguiu o conselho do filho, pegou o celular e ligou para Ana enquanto abafava a música alta com a outra mão.
Três toques depois, Ana felizmente atendeu.
-Ana! Onde você está, querida?...ok fique aí, eu já estou indo.
John desligou e guardou o celular novamente
-Onde ela está?
-No terraço. Estou indo pra lá.
-Ok. Se alguém perguntar, eu digo que precisou sair por um tempo.
-Obrigado filho. _John bateu delicadamente no ombro do adolescente e saiu dali o mais rápido que conseguiu mesmo tendo que parar algumas vezes para responder perguntas e cumprimentar outras pessoas. Depois pegou o elevador e apertou o botão do terraço indo diretamente para lá.
Assim que o elevador se abriu, de longe John pôde ver Ana sentada em um pequeno bloco de concreto enquanto olhava as luzes da cidade. John correu até ela.
-Amor.
Ana relaxou os ombros quando o ouviu. John caminhou para ficar na frente dela.
-Oi. _disse Ana e John se sentou ao lado dela no concreto.
-Você me deixou preocupado, querida.
-Eu sei. Me desculpe, John. Não foi a intenção; eu só precisava de um pouco de ar fresco.
-Eu entendo. Amélia me contou um pouco do que aconteceu, mas eu gostaria de saber a história toda. Quem estava te intimidando e por quê?
Ana suspirou e voltou olhar para a cidade.
-Eu sei que pode ser difícil pra você, mas estou aqui para ajudar, querida.
-O nome dele é Lewis Bennett. Eu o conheci quando fiz quinze anos. Ele era tão legal naquela época, ou pelo menos foi isso que me passou para me conquistar. E para o meu azar, ele conseguiu. Então começamos a namorar. Bem, Lewis é uns dez anos mais velho que eu...e...bom, no começo me tratava muito bem, mas após três anos de namoro, passei a perceber que ele estava com outras intenções...ele não me tratava como no começo, estava mais agressivo também, mas por estar apaixonada eu não deixei que isso abalasse nossa relação...então no nosso aniversário de quatro anos ele me fez um pedido. Ingênua eu aceitei e..._Ana sentiu a mão de Johnny sobre a sua_-Eu confiei cegamente nele e ele...ele me traiu depois de se aproveitar de mim. Após aquela noite ele não me procurou mais de nenhuma forma. Ignorou minhas ligações e quando fui a faculdade para procura-lo, ele estava beijando outras garotas...eu fiquei com tanta raiva que fui tirar satisfação e ele riu dizendo que nunca havia se deitado comigo, pois não era louco de ficar com uma garota como eu. _Ana começou a chorar_-Me senti tão usada...meu irmão e Amélia eram os únicos que sabiam. Meu irmão foi atrás do Lewis e o denunciou para a direção da faculdade, mas eles não puderam fazer nada, pois alegaram que eu fiz minha escolha e me deitei com Lewis por livre e espontânea vontade. O que não era mentira; então segui em frente.
John puxou Ana de lado e a abraçou.
-Meu amor, eu sinto muito. _ele beijou o topo da cabeça dela_-Aquele canalha miserável!_falou nervoso_-Você não merecia passar por isso.
-Eu não devia ter ido tão longe com ele. Foi a minha pior escolha. Se não fosse pelo meu irmão e Amélia eu teria feito algo ruim. Graças ao intercâmbio no Brasil pude recuperar minha dignidade e a vontade de dar a volta por cima. Quando retornei, isso não me abalou mais...mas hoje quando o encontrei aqui, as lembranças vieram com tudo e me senti tão miserável.
-Hey...Não diga isso. Você não está sozinha, você tem a mim! Um homem que te ama de verdade. Um homem que daria tudo pra fazê-la feliz. Um homem que sabe valorizar a mulher extraordinária que é você, Ana. Eu te amo. Muito! E enquanto eu viver, não irei permitir que ninguém a machuque de novo. Eu prometo.
Ana pegou o rosto de John entre as mãos e sorriu ao olhar nos olhos dele.
-Você é um doce, Johnny. Eu te amo tanto.
Ana o beijou apaixonadamente sentindo- se bem na presença dele.
...
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