Johnny...
Ana esperava por uma resposta, mais sabia que provavelmente viria uma mentira da parte da outra. E foi quando ela abriu a boca, que Ana teve a certeza.
-Eu não sei o que é isso._Disse Jane e Ana respirou fundo e negou com a cabeça
-Você realmente não sabe?
-N-não...eu não sei.
-Ok. Então acho que devo refrescar sua memória. _Ana se aproximou da mulher intimidando-a com o olhar _-Isso estava no seu quarto, em cima da sua cama, e é algo que você usava aqui!_Ana enfiou a mão por baixo do casaco de Jane e puxou o objeto fazendo a mulher gritar um 'Não' com raiva. _-Olha só. Outra barriga falsa. _Olhou por cima do ombro para o Alex que confirmou a teoria _- Um bom jeito de conseguir dinheiro fácil, não é? Seu erro foi escolher como alvo o meu namorado, querida. E eu lamento que Johnny tenha caído no seu papinho enganador, mas isso é porque ele é bom demais para desamparar uma pessoa que mente dizendo que está esperando um filho dele.
-Eu não...
-Você não pensou nas consequências, não é? Claro que não. Pois só pensava em si mesmo.
-Eu precisava de ajuda...ele era a única pessoa com quem eu podia contar e...
-Conta outra!_Alex entrou na conversa_-Meu pai me disse que você foi uma das primeiras namoradas dele e que o deixou sem nenhuma explicação no passado. Depois de anos, quando ele finalmente conheceu minha mãe, e realmente pôde ser feliz, você reapareceu justamente como funcionária de uma das filiais da empresa em Nova York. Você tentou concertar as coisas entre vocês dois, mas acabou "desistindo" quando meu pai deixou claro que não te queria de volta. E quando ele teve uma recaída, naquela viagem de negócios à Nova York, você simplesmente se aproveitou de um homem bêbado, mas não bêbado o suficiente para não saber o que aconteceu naquela noite. Ele te mandou ir embora, não é? Ele disse que havia sido um erro e você então decidiu se vingar e aproveitar daquele deslize pra mentir e colocar meu pai nessa situação. Ele quase perdeu a mulher que ama por sua causa! mas estava disposto a fazer qualquer coisa para te ajudar a cuidar do bebê. Mesmo que isso o fizesse infeliz...Meu pai é um bom homem, e pessoas como você se aproveitam disso! Mas caso ainda não tenha entendido; ele jamais escolheria qualquer outra além da Ana e você foi apenas um erro. Um erro que ele jurou não cometer outra vez.
Jane não tinha argumentos, mas seus olhos verdes estavam cheios de lágrimas. Lágrimas essas, de raiva e desespero.
-Eu quero que suma daqui!_Disse Ana autoritária_-E por obséquio, não volte nunca mais a procurar meu namorado. Deixe-o em paz!
-Eu...eu preciso pegar minhas-minhas coisas lá em cima.
-Claro, claro..._Ana pegou seu celular e ligou para dois de seus seguranças que entraram na casa.
-Nos chamou, senhorita Ana? _perguntou um dos homens de preto
-Sim, Malcom, quero que acompanhe a senhorita Jane até o quarto de hóspedes para que ela recolha suas coisas e depois por favor, quero que a levem para fora do condomínio e que deixe claro ao porteiro que sua entrada aqui não é mais permitida.
-Sim, senhora.
-Obrigado...há! E mais uma coisa, senhorita. Pelos meus conhecimentos você cometeu o crime de estelionato e deverá responder por isso, então espere, pois nosso advogado entrará em contato. E não se atreva a fugir do País ou mudar de identidade, pois irei te encontrar onde quer que esteja. Se isso acontecer, você se arrependerá amargamente de tudo que fez com o Johnny.
Jane tentou não demonstrar medo, mas no fundo estava desesperada. Ela subiu as escadas com o "rabo" entre as pernas sendo acompanhada pelo segurança, e quando por fim sumiu pelo corredor, Ana respirou fundo.
-Tudo bem, Ana?
-Está...só estou me segurando para não socar aquela desgra..._Ana parou ao ver os pequenos no sofá olhando para ela. _-Aquela senhorita. _se corrigiu._-Não quero estar aqui quando ela sair, então vou subir._Alex acenou com a cabeça
-Meu pai vai adorar ver você._disse Alex _-Eu cuido do resto aqui embaixo. Não se preocupe.
Ana o deu um abraço.
-Obrigado por tudo, querido.
-De nada, mãe. _disse Alex surpreendendo-a.
-Você me chamou de mãe?!..._ela se afastou vendo-o sorrir e as crianças se aproximaram
-Mas você é nossa segunda mãe mesmo! _disse Lizzie e Theo assentiu
-Meus amores! _ela puxou os três para um abraço sendo observados por uma Maria sorridente. _-Eu amo vocês.
-Nós também te amamos, Ana.
[...]
Alguns segundos depois, Ana estava em frente ao quarto de Johnny. Ela encostou na maçaneta, a girou, e abriu a porta, vendo-o dormir pacificamente na cama. Ele parecia tão sereno.
Ana entrou no quarto, fechou a porta e caminhou até a cama, sentou-se no lado direito, cujo estava vazio, e depois esticou suas pernas apoiando a cabeça na palma da mão e o cotovelo sobre o travesseiro enquanto observava a feição do homem.
-Meu amor...
Ela sussurrou levando as pontas dos dedos para acariciar a face dele
-E pensar que quase desisti de nós por causa de uma mentira...Johnny...
Ele lentamente abriu os olhos e piscou algumas vezes para ter certeza que não estava tendo uma pareidolia, já que tem tido isso desde que Ana se foi, o que o fazia a enxergar em todos os cantos.
-A-Ana?_Ele ergueu um pouco a cabeça para olhar o rosto dela.
-Oi...
-Amor...Você...você está mesmo aqui?_Ele encostou na mão dela que estava por cima de sua bochecha _-Eu não estou bêbado demais para ter alucinações, não é?_Ana sorriu
-Não. Sou eu, amor.
-Ana...
O coração de Johnny disparou e Ana precisou reagir sabendo que ele ainda estava anestesiado. Com atitude, ela se aproximou e juntou seus lábios em um beijo suave e cheio de saudade enquanto lágrimas escorriam de seus olhos.
...
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