Conte Comigo

Ouça a música acima quando for indicada na parte deste capítulo. Obrigado
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Após se abraçarem, John e Ana foram se sentar.

-Quer me contar o que o deixou tão chateado?_Ana perguntou olhando fixamente para ele. John respirou fundo e olhou para ela.

-Nós percebemos durante uma reunião que o caixa de nossa empresa foi desfalcado. A contabilidade não batia então chegamos a conclusão de que fomos roubados. _Ana arregalou os olhos_-E foi uma quantia alta que desapareceu. Eu fiquei furioso.

-Poxa.

-E ainda tenho que fazer todo planejamento e alguns projetos que ainda nem comecei a pensar...isso tudo antes do dia da festa da empresa..._John coçou os cabelos em um ato nervoso _-Na verdade, não sei se conseguiremos ter uma festa depois do que aconteceu._ele suspirou frustado e acariciou a testa..._- As pessoas confiaram em mim, e eu as decepcionei.

-Ei..._Ana estendeu a mão para tocar a de Johnny em cima da mesa. Ele não a recuou. _-Não foi culpa sua, John.

-Mas como o CEO da empresa, me sinto responsável... Há muitas famílias trabalhando lá, Ana. E eles dependem que o salário caia na conta deles todos os meses. Com esse desfalque, ficaremos devendo a eles no máximo quatro meses de salário. Podem até começar uma rebelião...eu não me importo com as notícias ou com comentários sobre a empresa, me importo com os trabalhadores que não merecem passar por isso, pois são inocentes.

-Acha que foi alguém da parte administrava?

-Com certeza! Ninguém mais tem acesso ao caixa se não um funcionário do setor administrativo.

-Entendi. O que sabe sobre as câmeras de vigilância?

-Estão sendo analisadas. Deve levar de um a dois dias.

Ana estava pensando sobre isso...

-Você disse que há projetos a serem feitos ainda...e precisa entrega-los antes da festa da empresa..._John assentiu

-É capaz de cancelarmos a festa.

-Não! _disse Ana surpreendendo-o_-Não vai ser necessário.

-Como assim?

-Eu vou te ajudar a resolver isso da melhor forma possível. Basta confiar em mim, John.

-Bem, você é uma das pessoas que eu mais confio, Ana. _Ele sorriu apertando delicadamente a mão dela.

-Muito obrigado. Então faremos isso juntos! Nós vamos resolver estes problemas.

-Acredita que conseguiremos?_ela assentiu _- Mesmo?

-Você não acredita?

-É que por hora, parece impossível pra mim_disse ele coçando o bigode.

- John...não é impossível. Nós vamos conseguir!

Ele suspirou e assentiu. Logo Ana pediu que ele explicasse um pouco sobre o projeto e enquanto John ia explicando, Ana seguia anotando tudo em seu bloco de notas.

-Acho que terei que depositar alguns milhões de minha conta particular para que paguem os funcionários. Mas se eu fizer isso, terei que dever vocês aqui em casa. Eu não sei o que fazer, de verdade.

Disse ele enquanto olhava sua conta bancária pelo site.

-Você não precisa me pagar semanalmente com tem feito desde que assinei o contrato. Me pague mensalmente, não tem problema nenhum. Acho que assim reduzirá um pouco os gastos até que consigamos o dinheiro da empresa.

-Ana..._ele queria discordar

-Está tudo bem, John. Vamos focar primeiro nos problemas e resolve-los, o meu pagamento pode esperar.

-Eu nem sei como te agradecer. Você não faz idéia do bem que está me fazendo agora, Ana. _ela sorriu

-Eu disse que não ia a lugar algum, não disse? _ele acenou _-Pois bem, então vamos trabalhar!...Olha só, enquanto escrevia, pensei em algo..._Ana foi até ele e o mostrou suas idéias que havia escrito no bloco de notas em seu smartphone.

(Ouçam a música a partir daqui)  e leia e imaginem a parte a seguir como se tivesse acontecendo em um vídeo clipe ok? Rsrs.)

John prestou atenção em cada detalhe e concordou com a maioria das ideias, também adicionando as suas próprias. Quando Ana se deu conta, já estava sentada em uma cadeira ao lado do chefe colocando as idéias em prática no computador.

Ana e John ficavam a maior parte do tempo no escritório quando as crianças não estavam em casa. Eles se empenharam nos projetos e também nos problemas financeiros da empresa, embora não tivesse muito o que fazer, pois as câmeras de vigilância ainda estavam sendo monitoradas pela segurança. Como John havia dito, teve que depositar de seu próprio dinheiro na conta para pagar os funcionários e até então as coisas estavam indo bem.

Com essa história de passar mais tempos juntos trabalhando nos projetos, John e Ana se aproximaram ainda mais. Ele estava adorando a presença dela e estava impressionado com o quanto Ana era inteligente e tinha boas idéias. Sempre quando ela tinha alguma idéia a adicionar, ele parava tudo que estava fazendo e prestava atenção em cada detalhe. As vezes dava algum palpite, mas preferia que ela mesma tomasse a frente das idéias que ele achava geniais.

Algumas vezes ela o fazia sorrir e dar risada com algum comentário bobo espontâneo. John percebera que Ana tinha um ótimo senso de humor, então o trabalho nunca era estressante ao lado dela.

Às vezes seus filhos pequenos chegavam e os encontrava juntos. Com um tempo, eles começaram a se acostumar com isso, permitindo que Alex cuidasse deles enquanto Ana estivesse 'cuidando do papai' como Liz e Théo costumavam dizer.

Durante as refeições, Ana garantia que John estivesse presente em todas. Ela até passou a sentar à mesa com eles deixando Natali ainda mais irritada e elaborando um plano para, segundo ela, acabar com a mordomia da babá.

Por fim, passaram-se algumas longas semanas, quando Alex, que queria muito um conselho, entrou no escritório após bater na porta.

-Algum problema, filho?_John perguntou enquanto escrevia algo em sua agenda e usava seus óculos de leitura. Ele ergueu a cabeça e olhou para o filho, quando Alex se aproximou da mesa.

-Oi Pai. Ana... _Ana já estava olhando para ele, um pouco preocupada, pois o menino parecia nervoso. _-Bom, eu não quero tomar muito seu tempo, mas é que eu gostaria de pedir um favor a vocês e um conselho.

-A mim também?_Ana perguntou

-Sim, Ana. Você também. Vocês são as duas pessoas que mais confio para isso.

Ana sorriu e John sorriu ladino ao ver o sorriso dela. Logo voltou a olhar para o filho.

-Senta aí rapaz. _Disse ele e Alex se sentou a frente da mesa. _-O que deseja nos pedir?

-Bem, eu gostaria de saber se o senhor pode por favor reservar uma mesa em um restaurante para um jantar a dois?

Ana e John se olharam, depois de volta para o filho.

-Um jantar?_perguntou ela_-Está querendo levar alguém a um encontro, querido?

-Sim. A Angelina.

-Oh...isso é uma boa idéia, filho, a senhorita Okamoto é uma menina adorável.

-Ela é sim, pai.

Eles sorriram

-Também gostaria de saber como eu faço para pedi-la em namoro?! Quero dizer, sei que apenas perguntar é o suficiente, mas queria saber com a Ana, do que uma garota gosta? Se eu levo flores, chocolates...essas coisas, sabe?_O menino perguntou nervoso enquanto acariciava a nuca_-Eu ainda sou iniciante nessa coisa de relacionamento e tenho medo de errar em algo.

-Bem..._Ana sorriu enquanto os meninos olhavam para ela_-Cada garota tem seu próprio gosto, querido. Umas gostam de flores, outras de chocolates e algumas até de serenata. Mais o importante mesmo é você saber do que Angelina gosta. Mas para um pedido de namoro, eu aconselho sim, você a levar flores, se fosse eu, iria amar. E Angelina é uma menina meiga, tenho certeza que ela prefere as coisas simples vindas do coração do que algo exagerado que acabe quebrando todo o clima do momento.

-Uau! _Ambos disseram admirados.

-Ana...você está igual uma conselheira amorosa falando assim.

Ela sorriu com timidez quando viu o olhar e o sorriso ladino de John.

-E pai...depois de saber de tudo isso, tem algo para acrescentar?

-Bem, quando pedi sua mãe em namoro, fiz exatamente isso que Ana falou e no melhor restaurante da cidade. Então você pode usar minha entrada, depois ligarei para eles pedindo que libere o jantar para vocês por minha conta. E só para acrescentar, filho, deixe as coisas acontecerem no tempo dela. O homem sempre tem que respeitar as decisões e o espaço da mulher. Não pode haver pressa. Seja cuidadoso,  educado e curioso; curioso para saber como foi o dia dela, ouça o que ela mais gosta e compartilhe com ela sobre seus gostos também. E a trate com muito respeito. Então seguindo estas dicas, você vai se sair bem, meu filho.

-Muito obrigado...acham que devo mudar o visual?

-Eu acho que não precisa, pois você está um gatinho...com todo respeito, mas se é um desejo seu ficar bem apresentável para a senhorita Okamoto, então nós podemos te levar a um cabeleireiro e seu pai aqui, pode te levar a uma loja de roupas sociais.

-Eu posso?_John olhou para Ana que olhou para ele com uma sobrancelha erguida, fazendo Alex rir_-É claro que eu posso.

-Sim! Nós podemos. Precisamos dar um tempo nesse trabalho e sair pra tomar um pouco de ar fresco. Podemos levar os pequenos também, se não for se importar, Alex?

-Claro que não! Então vamos ao shopping?!

-Vamos lá, rapaz. _John se levantou, Alex o acompanhou e Ana também. Sairam do escritório e foram se arrumar para o passeio em família. Otto e Maria também se juntou a eles naquele dia.

...


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