Alguns Dias Depois
Na área de buscas em seu notebook e sentada à mesa de jantar da casa dos Davis, Ana Sofia pesquisava todas as vagas de trabalhos online disponíveis, e enquanto fazia isso, seu celular, que também estava sobre a mesa, tocou. Ana o pegou, deslizou o botão e atendeu.
-Oi.
"EI Ana!!!..." _disse James muito animado na outra linha
-Quanta animação, James. O que aconteceu?
"Tenho uma ótima notícia pra dar".
-Mesmo? Agora estou curiosa. _Ana decidiu prestar mais atenção na conversa
"Então, lembra daquela vaga que olhei para entregador de mercadorias?"
-Sim. E aí?
"Eu consegui! O emprego é meu e já começo amanhã"
-Oou...Mais que ótima notícia, meu irmão!_sua felicidade pelo irmão era genuína. _-Parabéns Jay...eu sabia que conseguiria! Estou muito orgulhosa de você.
"Obrigado Soso... eu nem sei como tive tanta sorte. Havia tantos concorrentes. Estou realmente feliz por ter conseguido."
-Eu fico feliz por você, de verdade.
Ele suspirou sabendo que Ana ainda continuava na mesma.
"Olha Ana, eu prometo a você que assim que eu estiver estabilizado lá dentro, irei te indicar para que você consiga uma vaga também."
-Jay...não se preocupe comigo. Vai viver sua vida, irmão. Você merece! Eu estou olhando alguns trabalhos remotos na internet, deve ter algum que me contrate. Eu vou ficar bem. Também estou olhando um pequeno apartamento para alugar. Preciso deixar a casa dos Davis o mais rápido possível, pois sinto que estou atrapalhando. Já faz duas semanas que estou aqui. Não posso continuar dependendo deles.
"Entendo. Eu posso te ajudar a pagar o aluguel assim que começar a receber. Afinal, você já me ajudou tanto, agora é minha vez de retribuir"
-Não se preocupe, irmão. Eu vou dar um jeito.
"Você e seu orgulho bobo...deixe-me te ajudar pelo menos uma vez. É o mínimo que posso fazer por você, pirralha."
Eles riram
-Também não precisa ofender, seu cabeça de vento.
"Quem está ofendendo quem agora?"_mais risadas entre os dois
-Tudo bem, irmão...
"Tudo bem', você vai me deixar ajudar, ou 'tudo bem' não precisa se preocupar?
-A segunda opção.
"Sua chata...mais mesmo que você não queira, eu ainda irei fazer isso! E eu sou o mais velho, você precisa me respeitar. Eu vou te ajudar e ponto final, não está mais em discussão"
Ana balançou a cabeça e sorriu
-Você é tão teimoso.
"Olha só quem fala...é...Ana...tenho que desligar, minha mãe acabou de chegar da rua, ainda tenho que contar a novidade a ela. Falo com você mais tarde. Te amo irmã. Tchau."
-Ok. Tchau.
Eles desligaram a ligação e Ana suspirou fechando o notebook para ficar mexendo no celular. Logo recebera uma mensagem de Edgar pedindo para se encontrarem. Ana pensou sobre isso e decidiu aceitar o convite. Ela falou com Amélia que iria sair e foi ao encontro do pai em uma praça próximo ao prédio que morava.
-Ana! _Ela se virou para encontrar o homem e eles se abraçaram. Por mais chateada que estivesse com sua Madrasta, ela não conseguia ficar tanto tempo do mesmo jeito com o pai, e tinha que admitir que sentira a falta dele.
-Oi pai. Como o senhor está?
-Eu é que tenho que lhe fazer essa pergunta, filha...eu sinto muito mesmo por tudo que aconteceu e por minha covardia. Eu devia ter impedido que Marta fizesse o que fez...
-Pai...não se culpe mais por isso, por favor. Eu estou bem, está tudo bem.
-Não. Eu me sinto o pior pai do mundo por não defender minha própria filha. Eu lamento que tenha te magoado tanto, querida.
Ana apenas o puxou para um abraço novamente.
-Eu disse que está tudo bem.
-Então volte pra casa. _eles se separaram _-Marta está um pouco mais calma e entendeu o seu lado... ainda mais agora que James nos contou que conseguiu um emprego...filha, eu sei que minha esposa é uma pessoa difícil, mais ela não pode continuar te tratando dessa maneira, ela nem podia ter te expulsado de casa; pois aquele apartamento está no seu nome. Foi a única coisa que sua mãe lhe deixou antes de partir. Somos nós que devíamos sair.
-Eu não quero que saiam. Podem ficar com ele. Afinal, Marta está certa, já está mais do que na hora de eu construir meu próprio caminho. Já tenho idade suficiente, não preciso mais depender de vocês. E ainda estou tentando encontrar um trabalho pra conseguir um lugar para morar.
-Por quê? Onde você tem ficado nessas duas semanas?
-Na casa da Amélia.
-Amélia? Sua ex-professora de intercâmbio?
-Sim. Ela e seu marido me receberam muito bem, mais acho que já estou passando dos limites e tirando a privacidade deles. Por isso decidi procurar um aluguel que eu possa pagar.
-Volte para casa, filha. Por favor! Assim você não precisará gastar seu dinheiro morando em outro lugar.
-Eu já me decidi em não voltar. Marta ficará no meu pé se eu não conseguir nada, e sinceramente, estou cansada de discutir sempre as mesmas coisas com ela, pai. Sua esposa parece me odiar há muito tempo.
-Ela não te odeia.
Bem, não era isso que suas lembranças com a madrasta lhe mostravam.
Quando Ana ainda era pequena, Marta sempre a tratou com indiferença e quando era para castigar, ela sempre pegava pesado nos castigos...Ana nunca contou ao pai sobre os abusos que passara nas mãos da madrasta, mais estes com certeza lhe deixaram traumas as quais ela nunca esqueceria.
-Bom...Não vamos falar mais sobre isso. Eu tenho que voltar.
-Filha...
-Está tudo bem pai. Não vou mais ficar tanto tempo sem falar com o senhor e James. E não irei desaparecer de novo, eu prometo!
Ele respirou fundo
-Ok. Se já tomou sua decisão, eu respeito. _eles se abraçaram novamente para se despedir
-Fique bem papai.
-Você também, querida. _ela sorriu para ele enquanto se afastava
-Tchau.
-Tchau._ele acenou e ela se virou para ir embora deixando-o desapontado.
Enquanto Ana Sofia fazia seu caminho para a casa dos Davis, nas ruas de Los Angeles, Johnny Depp se encontrava dirigindo para casa. Hoje ele estava sem o motorista particular, então tivera que vir ao trabalho com seu carro de passeio.
Ao parar em um sinal, John recebera uma ligação, afinal era sexta-feira e ele não via a hora de chegar em casa para descansar, então torceu internamente para não ser nenhuma ligação de trabalho.
Deslizando o botão do celular no suporte, ele atendeu a chamada.
-Sim?
"É Amélia aqui, Johnny"
-Amélia! Oi... Pensei que não tinha mais o meu número.
"Bom, tenho desde que Katherine me passou, na verdade."
Johnny sorriu com a menção de sua esposa e voltou a dirigir.
Amélia Davis era uma das melhores amigas de Katherine e o marido de Amélia, Brian, era um dos sócios da empresa.
"Você está muito ocupado? Estou te incomodando?"
-Definitivamente não. Estou indo para casa agora.
"Ah, sim...bom, Johnny, te liguei pessoalmente, pois eu soube pelo Brian que você está contratando uma nova tutora para as crianças e quero perguntar se você já conseguiu preencher a vaga?"
-Uh. De fato eu tenho feito algumas entrevistas das candidatas que Natali selecionou, mais até agora nenhuma delas me agradou.
"Isso quer dizer que a vaga ainda está disponível?!"
-Sim. Por quê? Quer se candidatar?
Ele brincou e ela riu
"Não. Não. Eu ainda sou professora de línguas, meu caro. Estou muito bem cuidando de duas turmas de ensino médio por dia...na verdade, eu gostaria de encaixar uma outra pessoa."
-Certo...e você a conhece? Ela é de confiança?
"Johnny, eu confio nessa pessoa de olhos fechados. Ela precisa muito de um emprego fixo. A coitadinha tem passado por maus bocados. Não estou pedindo que a contrate de imediato, porque é você que tem que decidir; só estou pedindo que a conheça e a entreviste, pois tenho certeza que irá se surpreender "
-Ok... Hum...Estou realmente preocupado em conseguir uma tutora para os meus filhos o mais rápido possível, então não custa nada entrevistar sua indicada. Por favor, peça que ela vá a minha casa amanhã às duas horas, estou com o dia livre. Vamos ver se dessa vez eu encontre nela o que eu estou procurando para os meus filhos... Muito obrigado Amélia.
"Eu que agradeço a oportunidade, Johnny. Vou falar com ela assim que a vir. Fica bem e dirija com segurança.
-Pode deixar. Tchau.
"Tchau."
Ela desligou a chamada e Johnny continuou dirigirindo para casa.
...
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