A Descoberta
Havia se passado uma semana desde o encontro de Alex, que para a felicidade de todos, estava finalmente em um relacionamento sério com Angelina. John e Ana estava encerrando todo o projeto que começaram juntos e ele logo poderia apresenta-lo aos sócios da empresa. Quanto ao roubo, ainda estava sendo investigado.
Era uma quarta-feira. John e Ana estavam trabalhando no escritório fazendo os últimos ajustes aos projetos quando John recebera uma ligação urgente; ele atendeu.
-Sim. Estou indo. Não façam nada até eu chegar. Tchau.
John desligou a chamada e olhou para Ana que o olhava preocupada
-Aconteceu alguma coisa?
-Sim. Parece que descobriram os culpados do roubo. Tenho que ir. A polícia já foi adicionada. _Ana assentiu
-Quer que eu vá com você?
-Não, Ana. Preciso que fique aqui. Meus filhos chegarão daqui a pouco da escola. Eu ligo pra você quando puder.
-Tudo bem. _Ana foi até ele levando seu paletó e o ajudou a vestir. _-Mas tome cuidado, ok? E por favor, fique calmo. Vai dar tudo certo. _eles se olharam e John deixou um beijo na testa de Ana antes de deixar o escritório. Ana suspirou torcendo por ele.
Ela continuou no escritório terminando o que tinha começado, as crianças chegaram da escola algum tempo depois, pois Otto ficou encarregado de busca-los. Depois de os receber, Ana voltou ao escritório e ficou atenta entre o celular e o computador, pois ela esperava por uma notícia de Johnny, enquanto finalizava o projeto.
[...]
Na empresa, John estava furioso diante dos ladrões. Os policiais estavam interrogando-os e a cada minuto Johnny perdia a paciência, pois os dois homens culpados pelo roubo, davam voltas e voltas sem querer revelar a principal cabeça por trás do crime.
-Parem de enrolação. A casa caiu pra vocês há muito tempo! Temos provas e imagens precisas que constam que vocês são culpados. E estão presos agora. Não dá pra ficar dando volta, parem de tomar nosso tempo, e nos diz quem foi o principal mandante do roubo. Coopere com a polícia e suas sentenças poderão ser reduzidas. _disse o advogado da empresa que também marcava presença ali. John tentando manter a calma como Ana havia pedido. Ficou de braços cruzados e afastado deles, pois nunca gostou de agir com violência com ninguém, mas naquele momento tinha vontade de socar a cara daqueles homens.
-Bom...já que estamos ferrados agora, não tem como fugir disso. Melhor contarmos a verdade, Arnold.
O outro negou
-Não, cara...a gente entregar ela assim é furada.
-Ela? A mandante é uma mulher? _perguntou um dos policias e o tal Arnold se calou.
-Então? Vão responder o meu parceiro ou não? Desembucha!
O outro policial ordenou olhando para o medroso ladrão. Um dos administradores da empresa. Como John havia suspeitado.
-É uma mulher. _Disse o medroso recebendo um olhar de reprovação do outro_-Eu quero ter minha sentença reduzida, então que se dane os outros. _disse ele tirando coragem de onde não tinha. _-Natali Parker.
John erijeceu ao ouvir aquele nome.
-Ela foi quem bolou todo esquema. Parece que ela trabalha há cinco anos na casa do chefe _o homem continuou desta vez olhando diretamente para Johnny_-Mas Natali iniciou todo o plano há um mês e alguns dias; porque queria de alguma forma incriminar a babá que trabalha cuidando dos filhos dele.
-O quê?_John deu um passo a frente.
-Era o plano dela. Queria a qualquer custo acusar a babá para que o senhor Depp a demitisse. Daí ela nos procurou, já que tinha acesso aos pagamentos dos funcionários da casa dele... foi fácil ela acessar o caixa da empresa contando com nossa ajuda, afinal ela nos prometeu compartilhar igualmente o que foi tirado do caixa, mas que a maior parte iria pra conta da babá que seria acusada de roubo.
-Droga!_disse o outro ladrão _-Já que você abriu o bico... Natali é esperta. Ela me disse que inventaria algo usando o tempo que a babá passava no escritório do senhor Depp, como se ela tivesse feito algo para desviar a quantia para a conta dela. Não sei ao certo como ela faria isso, mais era o plano. No começo achei arriscado, mas como eu precisava da grana, aceitei participar.
-Natali. _John falou entre dentes.
-Ela é a sua governanta, não é senhor Depp? _perguntou o advogado
-Era! _John pegou sua chave do carro e saiu. O advogado o seguiu assim como um dos policias, enquanto o outro adicionava outra viatura ficando para trás com os dois ladrões.
Em casa, Ana estava feliz por ter finalmente conseguido finalizar todo o projeto e se sentia realizada e ansiosa para dar a notícia a Johnny. Porém, enquanto ela sorria para o trabalho no computador, Natali invadiu o escritório com uma cara nada elegante. Parecia soltar fumaça pelas ventas.
-O que você pensa que está fazendo aqui?
-Hã? O quê?
-Você é surda? _Natali foi até Ana e a puxou pelo braço fazendo-a ficar de pé. _-Eu perguntei o que faz aqui? E ainda sozinha!?
-Eu não acho que devo dar satisfação quando isso desrespeita apenas a mim e ao senhor Depp.
-Você pode se passar por inocente e ingênua, Srta. Clark, mais eu já saquei a sua há muito tempo. Você está usando da boa vontade e da generosidade do senhor Depp para o passar a perna. Está tramando algo para conseguir o que quer, não é?
Natali apertava o braço de Ana que tentava se soltar sentindo um pouco de dor.
-Me solta.
-Não, mesmo!...Descobri um desfalque na contabilidade, o que me faz pensar que a srta tem algo a ver com isso! Diga! É por isso que passa tanto tempo aqui dentro? Para roubar o que não te pertence?
-O quê? Ficou louca?
-Ah! querida! Não brinque com fogo, pois você pode se queimar. _Natali falou e começou a puxar Ana para fora do escritório enquanto ela tentava se soltar a qualquer custo.
-Para com isso senhorita Parker. Eu não fiz nada! Me larga...solta, você está me machucando!
Ana gritava e isso atraiu a atenção das crianças que estavam no segundo andar. Maria também veio ver o que estava acontecendo e ficou horrorizada com a cena.
-Você não vai se safar desta vez! Vou provar quem você realmente é ao senhor Depp e ele vai me dar razão. Ele jamais deveria ter contratado qualquer uma para ser a babá dos filhos dele. Uma qualquer que está apenas interessada em chamar atenção e enganar essa família para rouba-los!
-O que está acontecendo aqui?_Alex perguntou tentando parar Natali mas ela ainda estava segurando Ana com muita força _-Solte ela, Srta. Parker. AGORA!
-E você não se mete moleque! _Maria tampou a boca quando Alex foi empurrado e quase caiu no chão. _-Eu sou a governanta desta casa! Eu estou fazendo meu trabalho pegando uma criminosa!
Ana não poderia demonstrar, mas estava assustada com tudo isso. Assim como os pequenos, que começaram a chorar.
-Ai! Por favor...alguém cala a boca dessas pragas!_disse Natali com raiva _-Veja o que você fez, babá. Você estragou esses pirralhos. Você os mimou, e é por isso que agem desse jeito.
-Fale o que quiser de mim, mas não insulte meus meninos! _Ana empurrou Natali para longe fazendo-a cair no chão. Ela subiu em cima da mulher e com raiva, passou a estapea-la de um lado para o outro enquanto Natali tentava se defender dos golpes. Ana não iria parar, se braços fortes não a tivesse afastado.
Ana conhecia muito bem aqueles braços, as tatuagens, e o cheiro amadeirado. Era Johnny.
Ele se colocou entre elas e Natali foi levantada pelo policial que havia vindo com John para casa.
-Johnny!
Natali se fez de vítima segurando a bochecha enquanto tinha lágrimas nos olhos.
-Se você não tivesse chegado, sabe-se lá o que essa maluca teria feito comigo...
-CHEGA NATALI! _John gritou com ela o que assustou à todos. Ele avançou alguns passos_-Eu já sei de tudo! De todo plano que tramou para incriminar a Ana de um roubo que você mesma cometeu com ajuda de dois dos administradores da empresa! Eles confessaram tudo!
-O quê? John ...isso é uma calúnia! Eu ...eu nunca faria isso com você! Nunca. Acredita em mim. Estou em sua casa há cinco anos...por favor.
-Pode leva-la._Disse john ao policial que segurou Natali.
-Não. John! ...John, por favor, não faz isso. Eu não fiz nada. Sou inocente!
-A senhora está presa por Latrocínio. E irá responder também por calúnia e difamação. A senhora tem o direito de um advogado e o direito de permanecer calada.
O policial colocou uma algema em Natali e a levou embora. John respirou fundo, se virou e encontrou os olhos de Ana. Ele se aproximou e a tocou no rosto com as duas mãos.
-Tudo bem?_Ela assentiu olhando nos olhos dele. _-Acabou. _John a puxou para seu peito. _-Acabou. _repetiu para si mesmo enquanto esfregava a costa dela.
...
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