capítulo 5

Sara resolveu não acordar os irmãos naquele dia tão especial. Sexta-feira, dia 25 de outubro de 2019, aniversário de quinze anos dos irmãos Puckett. Estes dormiram até não poderem mais, sendo Guilherme o primeiro a acordar. Não eram nem oito horas quando desceu as escadas, se perguntando por que Sara não havia o acordado, como todos os dias.

Guilherme sempre era o primeiro a acordar durante os finais de semana, e, algumas vezes, até antes de Sara ir chamá-lo, mesmo durante a semana. Foi por isso que Sara não se surpreendeu quando ele chegou à cozinha em plenas sete e quarenta da manhã.

— Oi — Guilherme tentava não transparecer o sono em seu rosto, mas, nitidamente, não estava conseguindo, o que fez Sara rir.

— Olá.

— O que você está fazendo?

Sara soltou a colher que tinha nas mãos e correu para lhe dar um abraço.

— Seu bolo de aniversário, meu amor! Parabéns meu querido, eu te amo tanto — disse ela entre cafunés e beijos na testa. — Hoje vai ser um dia maravilhoso.

— Obrigado. Mas eu não entendi essa empolgação toda — o garoto se afastou e sentou-se ao balcão para tomar seu café da manhã. — Qual a diferença de quatorze anos para quinze?

— Ah, eu acho que... Bem, eu não sei — Sara deu de ombros depois de tentar pensar em uma resposta e não conseguir. — Mas todo mundo sempre gosta muito de comemorar os quinze anos. É uma idade importante. Eu acho.

— Eu adoro aniversários! É o melhor dia do ano!

Leslie desceu as escadas dando pulinhos animados. Seu sorriso tomava conta do rosto, de orelha a orelha.

— Você adora absolutamente tudo, irmã — disse Guilherme de onde estava, com um sorriso irônico e preparando sua própria xícara de café. — Ah, e feliz aniversário.

— Vou ignorar seu comentário engraçadinho, irmão — comentou Leslie dando um abraço curto em Sara, sentando-se ao lado de Guilherme. — Ei, Sara, o que você vai fazer de almoço?

A babá, que estava agachada em frente ao forno, o limpando com o pano, levantou o rosto com expressão confusa.

— Você nem começou a comer pela primeira vez no dia e já quer saber do almoço?

— É um dia especial, querida.

— Acabei de falar o exato oposto — comentou Guilherme, tomando um gole de seu café. — Não tem nada demais.

— Você é um chato, sabia? — Leslie levou um pedaço de pão até a boca e o mordeu bruscamente, como uma criança que faz birra. — O Tom e o Alex vão me entender melhor.

— Duvido que o Alex apareça aqui antes das dez horas. Você sabe como ele é.

Leslie riu baixo, lembrando do mal humor passageiro do irmão sempre que acordava muito cedo.

No entanto, ao contrário do que Guilherme havia dito, Alex desceu as escadas alguns minutos depois, mas com uma expressão de sono que deu a entender que ele poderia dormir por mais cinco ou seis horas. Seu cabelo estava desamarrado e bagunçado, indicando que ele se movimentara muito durante o sono, devido aos pesadelos horríveis que ele passou a ter a partir dos dez anos de idade.

—Bom dia, aniversariante número três! — disse Sara, a primeira a vê-lo. — Só falta o número quatro.

Leslie e Guilherme voltaram seus olhares a Alex, que ainda bocejava, e o convidaram para se sentar.

— Jesus! — Guilherme não conseguiu conter o comentário ao perceber as enormes olheiras de seu irmão. — Dormiu bem? — provocou sorrindo.

— Por que você não vai se...

Alex foi silenciado por um olhar de Sara, tão poderoso quanto suas palavras. Os outros dois irmãos riram, sabendo que logo o garoto estaria de bom humor.

Continuaram a tomar seu café da manhã, estranhando o sumiço de Tom. Já estava ficando tarde e ele ainda não descera para o primeiro andar, mas não havia nenhum motivo para preocupações.

Em um certo momento, quando Sara terminou de lavar a louça que estava na pia, ela se virou e parou em frente ao balcão em que os irmãos estavam, aproximando seu rosto como alguém que queria conversar confidencialmente.

— Consegui deixar vocês irem à praia.

Os três se olharam chocados, quase sem acreditar. Não iam à praia fazia quase três anos, devido a falta de tempo dos adultos para os acompanharem, ou, no caso de Anton, indisposição pela idade. Aquele dia estava se encaminhando para tornar-se histórico.

— Muito obrigada! — Leslie tomou a atitude de agradecer por todos. — A gente nem sabe como agradecer.

— Vou cobrar mais tarde — respondeu Sara com uma piscadela, voltando às suas atividades na cozinha.

— Acho que ele nunca dormiu tanto — comentou Leslie quando Tom virou o assunto da conversa, os irmãos já espalhados pela sala de estar após a refeição.

— Ele já vai acordar — disse Guilherme. — O que vamos fazer durante a manhã?

— Acho que não temos muitas opções — comentou Alex, pessimista. — Que tal...

Os irmãos ficaram em silêncio, tentando pensar. Alex tinha razão: as opções de lazer na ilha eram poucas.

— Faz tempo que a gente não joga alguma coisa, né? — comentou Leslie. — Quer dizer, jogos na TV, ou de tabuleiro mesmo.

Alex e Guilherme concordaram. Era verdade.

— Então, vamos jogar — decidiu Alex.

— O quê? Leslie, você tem alguma ideia? Você sugeriu.

— Ah, Guilherme, aposto que você não vai querer nada do que eu sugerir — reclamou a garota. — É sempre assim.

Guilherme arqueou as sobrancelhas debochadamente.

— Então me diga: o que você sugere?

Leslie pensou, olhou ao redor, e indagou de volta:

— Você quer um jogo virtual ou de tabuleiro? — disse ela com os olhos cravados no irmão, enquanto Alex apenas observava aquela tensão e se perguntava se eles estavam realmente disputando ou se estavam apenas brincando.

— Você escolhe.

Leslie então apontou delicadamente com o dedo para a televisão da sala de estar.

— Vamos jogar Just Dance.

Leslie e Alex desviaram o olhar para Guilherme, que ainda semicerrava os olhos.

— Tudo bem — disse ele por fim, dando de ombros. — Vamos lá.

Leslie então seguiu caminho até o console e o ligou, colocando o jogo Just Dance 2019. Pegou o controle e o colocou na mão de Guilherme.

— Você escolhe a música.

E então os irmãos ficaram jogando e disputando quem fazia mais pontos. Até um momento, Leslie estava em primeiro lugar, mas Alex a ultrapassou. Ela ficou completamente arrasada e deu o melhor de si para recuperar sua posição, mas não conseguiu. Após um tempo os irmãos deram uma pausa do jogo para descansar; realmente era muito exaustivo.

Já eram quase 10:30h e Tom ainda estava dormindo. Sara então colocou as formas do bolo para assar e resolveu subir para acordar o menino. Ela subiu as escadas e foi até seu quarto, e o encontrou ainda deitado na cama, em um sono profundo. Sara se aproximou dele e o tocou para acordá-lo, e assim ele fez. Tom rolou pela cama, se espreguiçando, e Sara percebeu que ele estava com um aspecto diferente, parecia meio pálido.

— Oi, Tom, bom dia — disse Sara serenamente, passando a mão pelos cabelos de Tom. — Feliz aniversário.

— Oi, Sara — respondeu Tom, ainda se espreguiçando. — Obrigado.

— Você está bem? — Sara o analisou de cima a baixo, observando o aspecto pálido do garoto. — Quer descer?

— Na verdade, eu não sei. Eu pareço mal?

— Você está meio sem cor. Vem, vamos tomar café da manhã.

Os dois desceram, Tom ainda de pijama, para a sala de jantar, para o garoto fazer a primeira refeição daquele dia. Ao passar pelos irmãos, eles se cumprimentaram brevemente.

— E aí, Tom! — disse Alex, acenando. — Vem jogar com a gente. Depois que você terminar de comer, claro.

— Com licença, eu vou ficar com o meu irmão — Leslie levantou-se do sofá e andou até Tom. — Oi, tudo bem? Dá pra acreditar já é mais um aniversário? A gente cresceu rápido, né? Chocada.

Tom riu enquanto preparava seu copo de leite.

— Leslie, aniversários nem são tudo isso que você fala — ele deu de ombros. — Mas, sim, quinze anos é muita coisa. Você vai sentar?

Leslie concordou com a cabeça e se sentou à mesa, mas não voltou a comer, apenas acompanhou o irmão.

— A gente está jogando Just Dance. Você vai jogar também, né? — antes que Tom pudesse responder, sua irmã já estava lançando mais perguntas. — Sabia que nos deixaram ir à praia? Ah, mas eu queria a piscina também. Vamos perguntar se podemos fazer as duas coisas?

Tom franziu a testa e deu um sorriso amarelo, enquanto tentava organizar aquelas perguntas em sua mente.

— Não sei se estou muito disposto para dançar. Aliás, a Sara disse que eu estou pálido. Eu pareço pálido?

Aquela pergunta pegou Leslie de surpresa; ela nem tinha reparado em como o irmão estava branco.

— Um pouco.

— Enfim, sobre as suas outras perguntas: uau, eu nem me lembro mais como areia é. E, sim, acho uma boa ideia tomarmos banho de piscina também.

Leslie sorriu e abraçou o irmão, muito feliz. Assim que Tom terminou seu café da manhã, Leslie o levou até a sala de estar, para que os quatro jogassem juntos. Eles dançaram algumas músicas e então decidiram parar, ficando Alex com mais pontos, Leslie em segundo lugar, Guilherme em terceiro e Tom em último. Os irmãos então resolveram ir até a cozinha conversar com Sara e Arthur. A certa altura, comentaram a demora de Anton em aparecer naquela manhã.

— Deve estar cheio de trabalho hoje, especificamente — sugeriu Alex. — Acho que não dá pra controlar esse tipo de coisa. Ele logo aparece.

— Mas assim — disse Tom, em uma de suas poucas participações na conversa —, ele trabalha exatamente com o quê?

Aquilo desencadeou mais discussões e teorias. Sara, farta do assunto, mandou todos de volta à mesa para o almoço. E assim os irmãos fizeram. Cerca de dez minutos depois, começaram a comer. Em silêncio. Até que Leslie resolveu abrir a boca.

— Ele não vem, não?

— A essa altura, acho que não — concluiu Guilherme.

— Pois eu acho que você deveria pensar um pouco mais antes de tomar conclusões — disse Anton em tom de brincadeira, pisando no último degrau da escada. Guilherme corou.

Leslie imediatamente correu em direção ao avô e o abraçou. Os outros três também o fizeram.

— Feliz aniversário, meus amores — disse Anton, beijando a testa de cada um dos netos. — Hoje é um dia muito especial para vocês, tenho certeza. Venham — ele desfez o abraço e caminhou em direção à mesa, que parecia ter quilômetros de extensão —, vamos almoçar.

Os irmãos conversaram com o avô sobre diversos assuntos, e também agradeceram pela oportunidade de irem à praia naquele dia.

— Podemos tomar banho de piscina também? — perguntou Leslie como havia dito que faria anteriormente ao irmão.

— Podem. Mas cuidado com o sol.

Um tempo depois, assim que todos terminaram de comer, Anton se levantou e anunciou:

— Vocês estão livres para fazer o que bem entenderem, desde que Sara ou Arthur estejam juntos. Divirtam-se bastante.

Ele se levantou e caminhou novamente em direção à escada. Os irmãos se entreolharam, confusos.

— Você não vai ficar com a gente? — perguntou Leslie, tentando esconder sua decepção.

— Eu sinto muito, mas hoje não consegui muito tempo livre — ele estava visivelmente para baixo, mas tentou conter as emoções para não decepcionar os netos ainda mais. — Prometo que poderei passar mais tempo com vocês depois do jantar.

E então se retirou

Não deu nem duas da tarde e os irmãos já estavam na piscina. Com Arthur junto, claro. Sara se concentrava na montagem do bolo de aniversário.

Os irmãos se divertiam, pulando na piscina, descendo no escorregador e jogando água uns nos outros. No início, Leslie tentou não molhar o cabelo. Ela odiava lavá-lo. Mas percebeu que não seria fácil, então resolveu, pelo menos aquela vez, deixar suas preocupações de lado.

O sol brilhava no céu. Algumas nuvens o cobriam de vez em quando, mas logo o vento as empurrava para longe. Fazia 28 graus Celsius, o que era bem calor para o ponto frio em que a ilha se localizava, no hemisfério sul. Uma leve brisa soprava do Norte em direção ao Sul, fazendo quem estivesse fora da água tremer de frio. A primavera já mostrava suas características, com flores brotando em meio às folhas das árvores e exalando seus aromas. Os passarinhos também cantavam, feliz simplesmente por viverem A vasta piscina refletia as árvores, como um enorme espelho grudado no chão. Bem, ela fazia isso antes de os irmãos chegarem pulando e agitando as águas.

Em certo momento, Tom sentou-se na borda da piscina e observou a vista. Um tempo depois, Alex sentou-se ao seu lado e tentou puxar assunto.

— Já te desejei feliz aniversário?

Tom riu, sem saber se Alex fala sério ou se estava se fazendo de palhaço.

— Acho que não.

— Então — Alex envolveu o irmão com o braço esquerdo —, feliz aniversário, maninho.

Tom riu novamente, retribuindo o abraço. Ele adorava o jeito brincalhão de Alex

— Você não tá muito bem hoje, né? Tá se sentindo mal?

Tom tentou pensar. Nem ele sabia o que estava acontecendo

— Eu não sei o que eu tenho. Talvez seja uma virose ou sei lá.

Alex olhou para a praia, que era bem visível no ponto em que os dois estavam.

— Já sei o que pode te animar — disse ele, dando um soquinho no braço do irmão. Ele gritou para Arthur. — Ei! A gente vai ir à praia agora, tá bom?

Todos olharam para Alex, em seguida para o céu. Os raios solares estavam bem agressivos, talvez ainda estivesse muito cedo para isso.

Arthur checou seu relógio de pulso antes de responder. 15:57.

— Tudo bem, vamos lá. Mas fiquem na sombra por enquanto.

Alex se levantou imediatamente, puxando o irmão pelo braço. Ao levantar, Tom olhou para a cicatriz no peito de Alex e se arrepiou por inteiro. Ele se lembrava muito bem do dia em que aquilo aconteceu, e a imagem não era muito agradável de se remeter.

Leslie veio logo atrás, abraçando o braço esquerdo de Tom.

— Caramba, a gente mora literalmente numa ilha e só foi para a praia umas poucas vezes na vida. Vamos construir um castelo de areia? Tentar fazer melhor que o nosso primeiro.

Alex e Tom gargalharam ao se lembrar do primeiro castelo de areia que fizeram. Ou da tentativa de fazer um.

— Qualquer coisa vai ser melhor que aquele castelo — disse Tom, rindo. — A gente tinha uns onze anos, né, agora tem que ser melhor.

Leslie riu junto.

— Com certeza. Fiquei até com dó daquele negócio que a gente chamou de castelo.

Leslie e Tom seguiam Arthur, e Alex e Guilherme andavam atrás deles, conversando sobre outras coisas. Quando os irmãos tocaram os pés na areia, sentiram sua infância voltar. Leslie agarrou Tom pelo braço e correu até o mar. Em seguida, segurou as duas mãos dele e começou a pular. O vento fico mais forte, fazendo seus cabelos voarem. Uma nuvem que cobria o sol se afastou dele, fazendo seus raios brilharem na areia. O dia estava perfeito.

Guilherme sentou-se na areia, enquanto Alex andou até um pouco mais fundo no mar, onde as ondas rasas se formavam. Sentou-se de costa para elas, a fim de que batessem nele. Leslie, Tom e Guilherme riram disso.

Arthur voltou à mansão para pegar uma cadeira de praia, pois não queria se sujar de areia. Quando voltou, sentou-se na cadeira e começou a ler um livro.

Leslie e Tom voltaram à areia, e começaram a cavar para construir um novo castelo. Guilherme resolveu ajudar, e, logo depois, Alex também.

O castelo iniciou pequeno. O objetivo dos irmãos era fazê-lo simples, sem muitas arquiteturas completas. Mas, quando viram, já estavam fazendo torres e mais torres, e até um fosso ao redor dele. Deviam ter se passado horas.

Foi quando Arthur viu Sara acenando da piscina. Ele entendeu o gesto e chamou os irmãos, que estavam todos concentrados no castelo, até mesmo Alex.

— Venham! Chega de praia — ele se levantou e pegou a cadeira. — Vamos entrar.

Sem insistir muito, os irmãos entraram para tomar banho. Anton já estava na sala de jantar. Quando Sara passou por ele, Anton lhe entregou um papel.

— Preciso que você vá ao mercado amanhã. Aqui está a lista de compras. Vou chamar um helicóptero logo cedo.

— Tudo bem — respondeu Sara, lendo a lista. Em certo momento, ela afastou o rosto, franzindo a testa. — Veneno de rato? E tem ratos aqui na ilha?

— Malditos! Estão destruindo o carpete do andar de cima, você não viu?

Sara ergueu os olhos tentando se lembrar de ter visto buraquinhos no carpete dos quartos, e então acenou a cabeça concordando.

— Ah, então é isso — ela guardou o papel no bolso — Tudo bem. É só isso, mesmo? A lista está bem pequena.

— Sim. São poucas coisas, mas é o necessário.

Alguns minutos depois, todos se reuniram jantar. Sara havia preparado o prato favorito dos irmãos: lasanha. Após o jantar, todos resolveram ver um filme, inclusive Anton. Sara e Arthur, é claro, também se juntaram.

Quando o filme acabou, Anton levantou-se e começou a pegar alguns pacotes de trás do sofá.

— Vocês acharam que não teriam presentes, não é? — os irmãos se olharam animados. — Bem. Vamos lá. Leslie, aqui está o seu.

Anton retirou os presentes de trás de um dos sofás da sala, os distribuindo com um sorriso alegre e beijos no rosto para os netos que tanto amava. Nem se incomodou com os embrulhos jogados pelo chão.

Em seguida Sara chamou todos para comer o bolo. Ela estava tão orgulhosa de seu trabalho que quase não quis cortá-lo. Todos comeram, felizes da vida. Sem dúvida, fora um dos melhores aniversários que os irmãos tiveram.

Em um certo momento, Sara olhou despretensiosamente para Tom e se assustou.

— O que é isso no seu nariz?

Tom passou um dedo por baixo de seu nariz e gelou ao ver sangue. Largou o prato na mesa e correu até o banheiro mais próximo. Leslie e Sara foram atrás.

— Ei, se acalma! — Leslie desferiu em gritos enquanto corria para alcançar o irmão. — Não entendi esse desespero todo.

Sara o alcançou e o ajudou a limpar o sangue.

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