Capítulo 9

Marcos continuava seguindo os soldados e tentando fazer o mínimo de barulho possível para não ser descoberto, contudo, o curso deles estava se afastando do vulcão então ele resolveu seguir na outra direção enquanto ainda estava de dia.

Sempre atento, ao passar em uma parte mais plana da ilha ele encontrou uma trilha e decidiu segui-la, porém, após andar alguns minutos a trilha sumiu, não havendo na frente mais nenhum sinal dela. Marcos continuou pelo mesmo caminho, afinal, ainda estava na direção certa.

A tarde chegou e ele precisava encontrar algum lugar para ficar antes de anoitecer por completo. Desconfiado, ele olhava para todos os lados conferindo se não tinha ninguém o seguindo, por isso não percebeu onde estava pisando e, após atravessar por cima de um tronco podre que estava caído, nem percebeu quando pisou em uma armadilha e o chão desabou com ele o jogando dentro de um buraco fundo e escuro.

Depois que caiu, três vultos apareceram em volta do buraco para ver o quê havia caído na armadilha, Marcos tentou enxergar os rostos mas a escuridão da tarde não permitiu. Apenas viu que eram duas mulheres, uma loira e uma morena, e um homem. Eles se afastaram e deixaram ele dentro do buraco por um tempo.

Mesmo com dificuldade, de lá de baixo ele conseguiu escutar o que conversavam.

- É aquele cara que veio com a gente - disse uma mulher.

- Tem certeza? - perguntou o homem.

- Sim! Eu me lembro dele - disse ela.

- Será se ele se machucou? - perguntou a outra.

- Não sei - a morena caminhou até a beirada do buraco e observou Marcos por uns segundos - Ei! Você se machucou?

- Não, eu estou bem. Só alguns arranhões, nada grave - esclareceu ele.

- Espera um pouco, vamos tirar você daí - a morena saiu para pegar algo para puxá-lo.

No mesmo momento, o homem que também havia se aproximado do buraco agarrou seu braço com desconfiança.

- Será se é uma boa ideia soltá-lo? E se ele estiver trabalhando com os soldados e isso for uma armadilha?

- Claro que não! - ela respondeu puxando o braço com força - Ele também foi sequestrado. Não teria porquê ajudá-los.

Ela saiu e, momentos depois, voltou com um pedaço de bambu e com a ajuda dos outros conseguiu para puxá-lo para cima. Marcos se limpou e quando viu seus rostos se lembou que eles estavam com ele no transporte que os trouxe para aquela ilha.

- Obrigado por me tirarem de lá.

- Seu nome é Marcos, certo?

- Sim.

- Meu nome é Paula.

- Sim, eu me lembro.

- Então Marcos, essa daqui - apontou para a loira - é a Mônica e esse é o Fred.

- Olá Marcos - disse Mônica.

- Olá - disse Fred.

- Alguém de vocês sabe onde estamos? - perguntou Marcos.

- Não - responderam os três quase que ao mesmo tempo.

- Você tem alguma ideia? - perguntou Fred.

- Nenhuma.

- Ok. Vamos! - disse Paula. - Encontramos um lugar pra passar a noite e você pode vir conosco. Está escurecendo rápido e se demorarmos mais vamos perder o caminho de volta.

Marcos então os seguiu até uma caverna. Lá ele catou alguns galhos, folhas, pedras e usou o que aprendeu com seu tio para fazer uma fogueira para aquecê-los.

- Onde aprendeu a fazer isso? - Mônica quis saber.

- Ah, meu tio me ensinou. Ele trabalhava em um parque que recebia turmas de alunos para acampar e, como ele era o guia, ele ensinava coisas assim para as crianças. Foi no acampamento da minha turma que eu aprendi.

Eles se sentaram e ficaram e volta da fogueira conversando sobre suas familias e tentado pensar em uma forma de sair dali. Ao olhar Marcos, Paula percebeu que ele tinha uma marca no seu pulso e achou estranho, então resolveu perguntar o que aquilo era.

- Que desenho é esse aí no seu braço?

- Não sei. Não me lembro de como ou quando ele veio parar aqui só sei que foi a única coisa diferente que notei em mim quando acordei - disse esticando o braço e deixando o pulso a mostra. - Na verdade, isso é um logo de uma empresa.

Paula se aproximou e segurou o braço dele.

- Foi alguma empresa que nos trouxe pra essa ilha - afirmou Marcos.

- Como você sabe que é uma empresa? - perguntou Mônica.

- Eu não sabia de onde, mas esse símbolo me trazia um ar de familiaridade, foi então que me lembrei porque ele era familiar. É o mesmo logo do uniforme de trabalho do meu pai. Meu pai trabalhava para essa empresa.

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