Mais um dia né. Me levantei e fiz todas as minhas coisas normais como sempre, ainda sinto a falta do Daniel, mas já estou um pouco conformada.

Minha mãe me ajudou a me vestir e hoje eu vou ir com um vestido lindo, apesar de que minha mãe acha ele muito curto.

Tomei meu café e logo saímos de casa, pois já estou bem atrasada. Acabei de chegar na escola e me sentei em um banco que havia aqui mesmo no pátio.

Pietro: Bianca, eu estava mesmo te procurando.

Ele me deu um abraço.

Bianca: Oi Pietro bom dia.

Dei um sorriso meio bobo sem saber nem na onde era a direção que ele estava.

Pietro: Não, eu estou aqui oh.

Ele segurou em meu ombro direito, virei meu rosto.

Bianca: A primeira aula é do professor de matemática o Paulo né?.

Pietro: Sim é ele.

Não sei por que, mas eu não gosto desse professor as vezes eu tenho a impressão de que ele está me olhando de um jeito estranho mas talvez seja só impressão minha, se ao menos eu pudesse ver.

Bianca: Então vamos né.

Aponhei minha bengala no chão e entramos na sala, me sentei no mesmo lugar de sempre e não demorou muito, pois logo o professor entrou bem em seguida.

Paulo: Bianca, quando for a hora do intervalo eu preciso conversar com você ok.

Fiquei a pensar o que será que ele quer falar comigo, mas mesmo assim concordei.

Bianca: Tá bom professor.

Pietro: Bianca, toma cuidado com esse professor eu não confio nele.

Ele falou sussurrando, bem nem eu confio nesse cara.

Bianca: Tá bom.

Falei em voz baita, ainda bem que o professor não ouviu.

Chegou a bendita hora do intervalo e eu estou com medo, pois todos os alunos saíram da sala, exceto Pietro que ficou ao meu lado.

Paulo: Você não Pietro, eu só quero conversar com a Bianca.

Essa não Pietro tem que ficar aqui comigo.

Pietro: Mas eu não posso ficar também?.

Professor: Não Pietro, se retire por favor.

Assim Pietro saiu da sala me deixando totalmente sozinha com esse professor louco, eu não ouvi falarem boas coisas sobre ele, então tenho motivos para desconfiar.

Bianca: Então diga professor.

Paulo: Chegue mais perto, alguns passos a mais.

Fiz o que ele pediu, mas estou com medo ainda.

Bianca: Professor eu só sou cega, mas não surda, pode dizer.

Ele começou a passar suas mãos na minha bunda, tentei me afastar, mas o mesmo se aproveita da minha condição e pegou minha bengala, colocando sei lá aonde, completamente do nada me agarrou, tento me desgrudar de seus lábios mas sua força me atrapalha muito.

Comecei a gritar pedindo socorro não demorou muito e o professor segurou minha boca com a mão, e sussurrou nos meus ouvidos,
" Você tá doida?, não grite". Mas na realidade o único doido aqui é ele.

Bianca: Me solte seu doido desvairado e me devolve minha bengala agora?.

Paulo: Aqui está, e não conte nada disso para ninguém ouviu bem.

Pelo que parece ele está me ameaçando, mas não tenho nada a perder se contar sobre isso a alguém, só ele tem a perder, ao menos é o que eu acho.

Pietro: Então Bianca o que ele queria falar com você?.

Bianca: Ah nada de mais, ele falou sobre o trabalho que não estava muito bom.

Nem sei porque eu menti, mas naquele instante eu estava com medo.

Pietro: Hum tem certeza?, você parece estar assustada, foi só isso mesmo?.

Minha feição não me ajuda nenhum pouco, eu bem que tentei disfarçar.

Bianca: Foi só isso mesmo, eu estou preocupada em tirar uma boa nota só isso.

Me sinto péssima em estar mentindo para ele, mas não sei se devo contar isso, Pietro certamente me ajudaria no entanto ainda estou muito assustada.