Bianca - O enterro do meu irmão
Procuramos Daniel por todos os lados e por todas as ruas, mas ainda não há nem sinal dele. Estou começando a ficar triste sabe, não é nada fácil ver seu próprio irmão sumido assim, eu só espero que ele esteja bem.
Bem, eu e minha mãe ainda estamos no carro, agora são 18:00 e estávamos quase desistindo, mas foi quando minha mãe avistou um corpo parecido com o dele jogado em uma calçada, ela disse que aparentimente parecia estar completamente encharcado de sangue.
A roupa também me lembra a que Daniel estava hoje pela manhã. Só espero que não seja ele, ao me aproximar do corpo já consigo ver que se fato não estava enganada, é ele mesmo o meu irmão.
Coloquei minha cabeça sobre o coração dele para ver se o mesmo estava ainda a bater, mas não está, comecei então a chorar desesperadamente gritando pela minha mãe. " Mãe ele não está vivo, Daniel morreu!".
Eu só quero saber quem foi o fdp que matou o meu irmão, ele tinha uma vida inteira pela frente e agora tudo isso acabou. Não consigo fazer outra coisa além de chorar.
Mãe: Bianca, tem certeza de que o coração dele não está batendo?.
Bianca: Veja a senhora mesma.
Me afastei um pouco e minha mãe foi até ele para ver.
Mãe: Isso não é possível, eu não posso acreditar nisso, vamos levar ele ao médico.
Acho que nenhum médico dará jeito nisso, ele morreu não há o que fazer.
Bianca: Mãe, Daniel morreu alguém provavelmente tentou roubar ele e como não encontraram nada, fizeram isso com ele.
Minha mãe ainda sim não estava acreditando, mas ela e eu vamos ter que ser fortes e meu pai também.
Mãe: Meu menino, tinha uma vida toda pela frente, ah se ao menos eu encontrasse quem fez isso com você.
Já é tarde de mais o assassino deve estar muito longe daqui, e também nessa rua não tem nenhuma câmera de segurança, por isso ele nunca me deixava vir sozinha para a escola.
Bianca: Não temos provas e além disso o assassino já deve estar muito longe.
Mãe: Eu sabia que deveria ter cuidado melhor dele, eu sempre colocando o meu emprego na frente de vocês isso que dá, eu não vou me perdoar nunca.
Bianca: Mãe, não se culpe isso poderia ter acontecido com qualquer pessoa.
Estou tentando acalma-la mas de certo modo nem eu estou calma.
Mãe: Bem, precisamos organizar o enterro dele para amanhã mesmo, sabemos que se passar muito tempo o cadáver começara a feder.
Bianca: Sim mãe você tem razão, descanse em paz maninho eu sentirei muito a sua falta, nem sei o que farei assim cega e sem a sua ajuda.
Tentava enxugar minhas lágrimas, mas ainda sim não adiantava elas caiam cada vez mais, a dor da perda do meu irmão foi mais grande do que a da Elen, claro né afinal ele é meu irmão isso não pode ser comparado.
Mãe: Filha, vou ligar pro seu pai e contar o ocorrido, mas ele não vai acreditar em mim só quando ver com os próprios olhos.
Bem, eu também acho isso mas agora vamos escutar a ligação:
Mãe: Eu preciso que você venha até a quela rua deserta o mais rápido possível, você sabe aonde fica né?.
Ela está tão nervosa que nem disse alô antes.
Pai: Você está bem?. O que houve?.
Mãe: Venha, não posso falar por telefone, você só vai acreditar quando ver.
Pai: Aconteceu alguma coisa com a Bianca ela está bem?.
Mãe: Não aconteceu nada com a Bianca, mas aconteceu com o Daniel.
Pai: Certo estou preocupado, mas já estou indo me aguarde.
Ligação off.
Bianca: Mãe, o papai já está vindo?.
Mãe: Sim filha, ele está a caminho já.
Ainda contínuo chorando sem parar a dor em meu coração é imensa, por que eu amava tanto ele, bem ainda amo e sempre vou amar afinal ele era o meu único irmão.
Pai: O que houve, Daniel...
Ele se jogou em cima do corpo dele involuntariamente.
Bianca: Pai, ficamos procurando ele a tarde inteira até que achamos o corpo dele já morto nessa calçada eu sinto muito.
Pai: Não isso não pode estar acontecendo.
Infelizmente isso está acontecendo.
Bianca: Pai, primeiro foi a Elen, depois eu fiquei cega e agora até o Daniel morre por que? Por que pai?.
Encostei minha cabeça no ombro direito do meu pai.
Pai: Filha, há coisas na vida que não sabemos o motivo.
Tudo o que eu queria era meu irmão de volta e minha vida como era antes sem tantos sofrimentos, mais doloroso vai ser contar isso ao Pietro provavelmente ele também ficará triste por mim.
No outro dia 9:30
Mãe: Vamos Bianca, pegue as flores brancas antes.
Sim hoje é o dia do velório de meu irmão, eu disse velório?. Ainda não estou acreditando nisso, foi tudo tão derepente.
Bianca: Certo mãe, já peguei vamos pai?.
Pai: Ainda não consigo acreditar que estou enterrando o meu próprio filho.
Deve ser uma dor imensa para os meus pais também, pois sempre imaginamos que será ao contrário que os filhos vão enterrar os pais, nos dois sentidos é doloroso.
Bianca: Pai, lembra do que você me disse Deus sabe sempre o que faz né.
Pai: É filha ele sabe.
Ele pegou umas flores rosas escuro e seguiu em direção ao carro da minha mãe, e eu fiz o mesmo, ao menos já estou conseguindo me localizar sozinha ainda com minha bengala que virou minha melhor amiga de todos os momentos.
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