Capítulo 19- Vínculos Forçados
Nyana- Jaroak
Nas profundezas das terras vulcânicas de Nyana a principal fortaleza se preparava para uma cerimônia para o mestre líder Nyeho e os anciões de Jaroak. As terras de Nyana eram uma paisagem imponente e majestosa, habitada sob os vulcões rugentes e as rachaduras de lava que serpenteavam pela região. Ruínas ancestrais se erguiam como monumentos do passado, testemunhando a história rica e misteriosa desse lugar. No coração dessas terras imponentes, a principal fortaleza, lar do mestre Nyeho e seus anciões, se destacava como uma obra-prima da arquitetura defensiva.
A fortaleza de Nyana erguia-se com imponência, suas paredes de pedra negra contrastando com o cenário vulcânico que a cercava. Torres de observação se elevavam aos céus, proporcionando vistas deslumbrantes das paisagens brutais e desafiadoras que compunham Nyana. Grandes muralhas, ornamentadas com entalhes antigos, rodeavam a fortaleza, oferecendo proteção contra as forças naturais e quaisquer intrusos indesejados. Na frente da fortaleza encontrava-se uma imagem de uma grande ave feita por pedra e mármore embutida nas muralhas, principal símbolo de Jaroak pela grande força aérea que possuem com suas grandes aves.
Dentro dos portões da fortaleza, corredores estreitos e escadas sinuosas levavam a câmaras ornamentadas e salões majestosos. Nas imediações das fortalezas, pequenas aldeias se espalhavam pela paisagem vulcânica. Casas de pedra negra se mesclavam com a natureza áspera do ambiente e os habitantes de Nyana tinham uma profunda conexão com a terra. Eles tiravam proveito das fontes termais aquecidas pelas atividades vulcânicas para cozinhar, banhar-se e aquecer suas casas.
A cultura de Nyana era enraizada na reverência pelos elementos da terra. Os habitantes se orgulhavam de sua habilidade em controlar as forças brutais da natureza que cercavam suas vidas, assim como todos os povos de Jaroak, sempre movidos pela conexão com a natureza e sua fé para com a deusa Xaoha.
No principal salão da fortaleza Nyeho verificava os últimos detalhes para a grande cerimônia que abrigaria centenas de habitantes de Nyana, uma forma de distração para agradar seu povo perante a horrenda guerra.
—Eles vos amam mestre! Todos eles! —Um de seus servos aclamou.
Nyeho que por sua vez tomou a força o trono de Fintari, pai de Kanor, estava sendo bastante aclamado pelo seu povo de Nyana, ao contrário de Jankiari, que começava a criar rebeliões contra seu mestre.
—Que assim seja, que a deusa Xaoha nos guie para vitória desta guerra meu caro! Agora vá pegar os últimos alimentos. —Nyeho ordenou.
—Mestre Nyeho! —Um homem barbudo, de estatura baixa e cabelos grisalhos se aproximava. —Que honra o ver. —Disse o homem cumprimentando Nyeho.
—Ancião dos desertos! A honra é toda minha.
Os anciões de Jaroak não possuíam nome, quando proclamados com seus títulos ainda jovens eles perdiam todo e qualquer vínculo com sua imagem de nascença e naquele momento se tornavam uma nova pessoa, que iriam governar juntamente com o mestre líder todas as terras do país. Os anciões são divididos por classes principais das terras, sendo eles o ancião das aves, o ancião dos desertos, o ancião dos céus, o ancião das águas, o ancião do fogo e o ancião da vida e da morte. Quando um ancião morre, o seu sucessor é escolhido em um templo, entre aqueles que merecem o cargo ou não, julgados por outros anciões.
—Vim de longe para o conhecer. —O ancião sorriu.
—O senhor é o único dentre os anciões de que não conhecia. É uma honra finalmente conhecer todos vocês!
—Precisamos conversar Nyeho..., as coisas não estão boas nas terras de Jankiari.
—O que quer dizer?
—Rebeliões estão se formando nos desertos. Estão querendo tirar você do poder com uma justificativa de que o senhor não é descendente da deusa Xaoha, logo, não merece estar liderando. Não tiro a razão deles mestre, sabe, depois de séculos o senhor é o primeiro líder não Xaohano. O filho de Fintari deveria ser o sucessor do trono.
—O filho de Fintari está morto! —Nyeho disse com convicção.
—Claro mestre..., como quiser! —O ancião disse se afastando, logo após parou e retornou sua face à Nyeho. —Mas não acha estranho e injusto a forma como tomou o poder? O senhor assassinou a sangue frio Fintari Xaoha, um filho da própria deusa, isso é um insulto a nossa cultura e ao nosso povo.
—Fintari estava nos levando à derrota, à miséria. Em anos Jaroak pertenceria aos nossos inimigos do norte. NÃO LEVARIA POUCO TEMPO ATÉ QUE PERDESSEMOS A MALDITA GUERRA! —Nyeho gritou eufórico.
—Senhor eu não...
—Eu espero, eu realmente espero ancião dos desertos, que o senhor não esteja envolvido em uma dessas rebeliões.
—Jamais cometeria tal atrocidade senhor!
—Então, por que ainda não parou esses traidores? —Nyeho se aproximou crescendo sua figura.
—Senhor..., estou fazendo de tudo que...
—Eu espero que não seja necessário tirar o senhor do poder, ancião dos desertos.
—Isso nunca aconteceu em toda história de Jaroak! Isso é um absurdo.
—Quem é o mestre? —Nyeho disse em tom alto.
O ancião por outrora permaneceu calado.
—QUEM É O MESTRE?
Toda a atenção do local voltou para a conversa dos dois.
—O senhor..., o senhor é o mestre.
—Ótimo! Então se eu quiser ser o primeiro a retirar um ancião de seu cargo, eu posso!
O homem abaixou a cabeça e encolheu seu corpo.
—Com certeza senhor! Com licença. —O ancião disse se afastando.
Jankiari- Jaroak
Enquanto caminhavam pelos desertos de Jaroak fugindo da guerra, Kanor e Celine conversavam sobre tudo que viveram nos anos longe um do outro. Olhando um para o outro eles sentiam uma paz interior, mesmo depois de ter se despedido de sua amiga aquela conversa para Celine era uma perfeita distração.
—Depois que matei meu pai me senti na obrigação de fazer de tudo que fosse possível para salvar Kiana! —Celine sorriu com orgulho.
—Você foi muito corajosa.
—Mas você não me disse, por que fugiu para uma cidade subterrânea? —Celine indagou mesmo sabendo a resposta. Sua culpa a forçava ouvir da boca de Kanor o que ele sabia.
—Minha mãe Celine..., minha mãe morreu misteriosamente! Ainda não sei o que aconteceu, quem a matou, ou o que ela fez para isso. Mas alguns soldados a levaram da nossa casa, e eu nunca mais a vi.
—Sinto muito mesmo! Eu preciso te contar uma coisa Kanor..., —Celine disse gaguejando. —Eu...
—Celine? Podemos conversar? —Kevin disse se aproximando e interrompendo a conversa.
—Claro, só um instante Kanor. —Celine disse seguindo Kevin.
—Estou achando essa situação muito estranha! —Kevin afirmou quando os dois se mantiveram afastados do grupo.
—Que situação?
—A Kiana simplesmente decidiu te abandonar depois de tudo?
Celine respirou fundo e fechou os olhos.
—Kevin...
—Isso não faz sentido algum. Ela te ama, ela está jogando fora toda consideração que teria que ter por você depois de tudo que fez.
—É a porra de uma guerra Kevin! Ela está certa em querer se proteger.
—O que realmente aconteceu? O que ela realmente te disse?
—Eu já expliquei tudo, ela quer retornar para seus pais e...
—Não minta pra mim Celine, você sabe que pode confiar em minha pessoa!
—Eu não estou mentindo!
—Celine, por favor...
—Eu não estou mentindo!
—Vamos voltar.
—O que? Enlouqueceu?
—Depois de tudo que passamos o mínimo é ela dar uma explicação para essa fuga.
A princesa ergueu os braços em euforia e com as duas mãos segurou o rosto de Kevin.
—Isso não é uma fuga, é um livramento! Kevin, você me salvou, me tirou daquele inferno das mãos de um monstro. Mas, você me jurou a sua vida, me prometeu proteção, não foi?
—Celine...
—Me escute..., chega de controvérsias, chega, precisamos de um plano.
Sentindo um cheiro forte a mente de Celine se distraiu rapidamente do ambiente da conversa.
—Está sentindo esse cheiro? —Celine indagou se afastando.
—Mas que porra...
Estranhamente, de um segundo para o outro, a áurea do local se modificou totalmente em uma mudança imperceptível. Uma espécie de neblina introduziu o caminho vindo de árvores e montes postos aos lados adentrando o ar de forma sútil. Olhando para frente, Celine e Kevin avistaram o resto do grupo caídos na areia, todos desacordados.
—Celine corre..., sai daqui. AGORA, FOGE! —Kevin gritou em desespero.
—Eu não vou deixar vocês..., eu não posso..., eu não...
Sentindo uma leveza a dominar e seu sangue esfriar, Celina perdeu a força e sem controle próprio caiu no chão. Avistando seu amigo Kevin desmaiar em sua frente, a princesa fechou os olhos lentamente e nada além do escuro se manteve em sua visão.
Ao acordar Celine Ascarian já não se encontrava sob o solo arenoso de Jankiari. Celine despertou subitamente em um quarto envolto por um ar de mistério. As paredes eram uma mescla de arenito e mármore, criando uma atmosfera de solidez e elegância. Não havia janelas, e a iluminação era suave, vinda de uma fonte indeterminada, lançando uma aura misteriosa e sombria sobre o ambiente.
Os móveis rústicos de uma madeira laranja bruta ofereciam um contraste marcante com a grandiosidade das paredes. Uma cama simples, mas robusta, ocupava um dos cantos, coberta por lençóis finos e delicados. Uma mesinha ao lado da cama, de madeira entalhada, segurava um pequeno candelabro e um livro antigo com capa de couro.
No centro do quarto, uma poltrona ornamentada com tecidos bordados se destacava, proporcionando um contraponto de cor ao ambiente. Próximo à poltrona, um tapete feito à mão, com um padrão intrincado e cores terrosas, adicionava uma sensação de conforto ao piso frio.
A única saída era uma porta trancada, sem maçaneta visível, fazendo Celine se sentir aprisionada e sozinha.
Ao ouvir passos em direção ao quarto, Celine rapidamente se armou com o candelabro na expectativa de poder se defender de qualquer ameaça. A porta grossa e robusta se abriu e revelou uma mulher adulta de estatura baixa. Seus cabelos eram curtos e castanhos com alguns fios grisalhos, juntamente com seus olhos marrons luminosos formavam uma imagem de humildade. A moça usava roupas simples e sujas, parecia ser uma serva criada.
—Olá donzela. Deixe-me apresentar! —A moça clamou.
—Quem é você? ONDE EU ESTOU SUA PUTA! —Celine gritou enfurecida segurando o instrumento em direção a ela.
—Se acalme, tudo vai ser melhor se a donzela estiver calma. Irei explicar tudo. Primeiro preciso que vista algumas roupas! —A moça se virou e pegou uma bolsa de couro com um homem alto coberto por armadura vermelha do lado de fora do quarto. —Nos dê um momento a sós, um simples momento íntimo entre mulheres, você entende, não é? —Ela disse para o soldado, o mesmo concordou depois de a encarar por alguns segundos.
Ao fechar a porta a mulher correu em direção a Celine e deixou a bolsa sob a cama, logo após se assentou.
—Sente-se. Não temos muito tempo.
Celine permaneceu paralisada a encarando.
—Eu sei que está confusa, sente-se, por favor.
—O que está acontecendo? —Celine se assentou.
—Me chamo Lucy, Lucy Manvield. Estou aprisionada e sendo refém tanto quanto você, na verdade faz meses! Essa cidade é controlada por um maníaco que assassinou o próprio pai para assumir o poder, e consequentemente herdou um exército, não qualquer exército, o mais poderoso de toda Jaroak, dizem que eles são treinados desde os cinco anos de idade a matar e a enfrentar batalhas. Desde então, ele se intitula como o novo líder de Jaroak, que irá dominar todo o país, uma grande revolta. A nossa cidade era uma cidade popular, um centro de mercados e grandes civilizações, ele tomou tudo com controle desses soldados. Não fomos capazes de resistir, ele fechou a cidade com muralhas obrigando os próprios moradores a construi-la, e até hoje, depois de dias, meses, toda a cidade é escravizada e obrigada a praticar trabalhos durante todo o dia. Nyeho, o mestre de Jaroak, não fez nada a respeito, ele se preocupa com a guerra, com a grande guerra, tudo que passa pela mente dele é vencer Norteya e esquece de seu próprio povo.
—E por que fui capturada?
—Todos que caminham pelos arredores da cidade são capturados por uma neblina que faz qualquer um adormecer. Eles são monstros donzela, monstros! Sou uma vítima tanto quanto você!
—Sabe onde estão meus companheiros, que foram capturados comigo?
—Não, donzela. Só fui retirada de meu trabalho de cuidadora de ovelhas para a coordenar e a preparar, é tudo que sei.
—Me preparar? Me preparar para o que?
Lucy desviou o olhar e se levantou.
—Ele te escolheu como a mulher dele, quer e fará de tudo para que você, donzela, se case com ele, o líder da cidade, quem comanda e quem começou tudo isso, Finnick Malazar.
Celine rapidamente tornou-se em pé e incontrolavelmente se sentiu ofegante. Rasgando seu pulso com suas unhas ela começou a andar de um lado para o outro do cômodo.
—Não..., é mentira! Você está mentindo!
—Queria estar donzela, realmente queria. Sei que está confusa, sei que está conflituosa, mas se não fizer o que for pedido será descontado em minha pessoa. Já tiraram um filho de mim donzela, mataram meu primogênito em minha frente, te peço que não faça com que assassinem meu único filho vivo! Preciso que vista essas roupas e me siga para um banquete.
—Isso não pode ser real! —Celine disse baixo deixando escorrer algumas lágrimas.
—Lembre-se, todos que você avistar sem armaduras vermelhas, são vítimas, não importa o que tenham que fazer, eles estão fazendo para sobreviver e para proteger suas famílias. Uma última coisa..., seu nome, qual o seu nome? Como se chama?
—Celine.
—Belo nome donzela. Seu sobrenome?
—Mormont. —Celine mentiu omitindo seu verdadeiro paradeiro e usando o sobrenome de sua amiga como escapatória.
—Celine Mormont! Simplesmente amei. —Lucy sorriu carinhosamente. —Agora, por favor, vista as roupas. Quando estiver pronta estarei esperando do lado de fora. —Se despediu e logo após saiu do quarto.
Obedecendo de forma lenta e desconfortável, Celine Ascarian vestiu-se com as roupas indicadas e se preparou mentalmente para o que estava por enfrentar, mesmo sabendo que jamais seria capaz de suportar o que vivenciou durante cinco anos novamente, um casamento forçado e indesejado por ela.
A roupa em questão era um elegante vestido vermelho vinho com delicadas estampas de rosas douradas em sua trama. O tecido macio e fluído delineava levemente sua figura, proporcionando-lhe uma aparência de sofisticação. O vestido, com mangas longas e ajustadas nos punhos, possuía um decote discreto e elegante, realçando a beleza natural da princesa de Norteya.
—Oh! Você está linda, deslumbrante e radiante. —Lucy Manvield clamou quando a avistou saindo pela porta. —Vamos, nos siga por favor.
Diante dela, Lucy e o soldado de armadura avermelhada começaram a caminhar por um corredor extenso, com ambos os lados abertos, permitindo deslumbrar de uma vista ampla da cidade em que estavam.
O caminho era ladeado por pilares altos, esculpidos em arenito dourado, que se estendiam para o alto, formando um túnel arquitetônico ornamentado. Enquanto seguia adiante, Celine vislumbrou a imensidão da civilização de Jaroak. As grandes construções, feitas de mármore opulento, erguiam-se majestosas, suas fachadas detalhadas capturavam a grandiosidade da cultura local. Colunas finamente esculpidas e adornadas com entalhes intrincados eram sustentáculos para arcos elaborados, proporcionando um senso de esplendor monumental.
Ao longo das muralhas de rocha que circundavam a cidade, Celine observou a arte entalhada em pedra, uma narrativa visual da história e das lendas da civilização. Estátuas colossais adornavam os pontos estratégicos, retratando figuras mitológicas e heróis antigos, cada um contando uma parte da história de Jaroak.
O cenário era complementado por jardins exuberantes, com uma variedade de flores coloridas e arbustos bem cuidados, contrastando com a solidez das estruturas de pedra. Fontes ornamentais espalhavam um brilho refrescante e sereno, proporcionando um ambiente acolhedor e relaxante, mesmo em meio à grandiosidade das construções.
Ao desviar e desfocar o olhar das grandes construções, Celine percebeu algo que rapidamente teve por consequência um choque da mesma. A princesa se viu paralisada e impedida de continuar andando, e seguidamente sua mão direita levou-se a sua boca. Abaixo daquele grande corredor, uma população de pessoas inocentes estava completamente acorrentada por correntes bronzeadas. Em um local de tão grande beleza arquitetônica, um palco de um show de horrores ornamentava as ruas. Celine avistou pessoas sendo agredidas violentamente, pessoas sendo enforcadas por soldados como um aviso aos rebeldes, casas de habitantes sendo destruídas sem nenhum teor pacífico, crianças sendo tiradas do colo de suas mães à força, além de diferentes assassinatos brutais.
—Celine precisamos seguir, o mestre está esperando! —Lucy se tornou para ela.
—E o que ele mais odeia..., é esperar! —O soldado disse, revelando uma voz grossa.
—Celine? —Lucy insistiu.
Ela respirou fundo repedidas vezes e seguiu o caminho, mas dessa vez sem olhar para os lados.
Depois de caminharem por alguns minutos no interior de um grande palácio, os três chegaram a uma sala de jantar extensa. Ao centro estava uma larga mesa de madeira alaranjada com diversos apetrechos sob ela, além de inúmeros alimentos dispostos.
—Por favor..., sente-se, estava a te esperar! —Uma voz veio do outro lado do local.
Atrás dos alimentos, um homem jovem se revelou. Finnick Malazar era um jovem de vinte anos. Seu rosto era pálido e sua pele possuía cicatrizes de queimaduras por vários lugares. Seus olhos azuis refletiam uma imagem de bom humano juntamente com os cabelos loiros encaracolados. Uma estatura de um anjo refletida em um demônio. As roupas que usava
eram sofisticadas e luxuosas, feitas pelo couro mais raro de Jaroak e por penas de aves místicas. Um par de luvas pretas cobriam suas mãos, encobrindo um mistério.
—É um prazer te conhecer. Vamos, sente-se! —Ele acenou para a única cadeira além da que estava sentado, que permanecia do outro lado da mesa. —Quando te vi no recolhimento de contrabandistas aos arredores da cidade, eu não pude escolher função melhor para você. Sua beleza é merecedora de ser minha mulher! Terá as maiores das regalias oferecidas neste reino, além de juntamente comigo conquistará Jaroak e venceremos a grande guerra! Qual o seu nome?
Ela permaneceu calada o encarando fixamente com um olhar de persuasão e intimidação, ainda em pé.
—Celine Mormont senhor, um belo nome, não é? —Lucy disse em voz alta.
—Não pedi para que você falasse Lucy, quero ouvir da boca dela, quero escutar a voz da mulher que gerará meus filhos, meu sucessor.
—Onde estão meus amigos? —Celine disse ao se assentar.
—Oh, apaixonante!
—Eu te fiz uma pergunta. —Celine enfatizou com ira.
—Sabe qual a diferença entre você e eles? Você é esplendida, bonita, glamorosa, a mulher mais linda que já avistei nessas terras, logo, você possui um valor para mim. Seus amigos? Eles não me transmitiram nenhuma regalia suficiente para ser um valor, e quem não possui valor para mim..., bom..., eu mato!
Celine levou sua mão esquerda a seu pulso direito e começou a rasgar sua pele incansavelmente, usando toda a força oferecida pelo ódio introduzido em suas veias.
—Sabia que alguns deles eram demônios? —Finnick disse para o soldado ao seu lado. —Nunca acreditei nas lendas, e quando eu os vi, já sabia que seriam uma ameaça.
Celine se mantinha fora daquela realidade, era como se seu corpo flutuasse no espaço enquanto sua mente estava conturbada com inúmeros pensamentos. Ela não possuía vontade de chorar, mas sim de matar, de fazê-los sangrar.
—A essa altura o corpo deles devem estar apodrecendo nos estômagos dos porcos! —Finnick riu. —Eu os matei meu amor! Estão todos mortos.
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