A Gota Viscosa do Natal - Capítulo Único

Notícia - 26 de dezembro de 2016

Em algumas partes deste país, Moamba, registou-se atos assustadores. O corrente mês tem consigo carregado uma endemia inacreditável. Acredita-se que existe um ou muitos indivíduos que perambulam pelos distritos como James North, tirando vidas humanas. Uma grande e importante investigação está a ser feita para se decifrar os criminosos ou o criminoso.

Especialistas estabelecem a ideia de se tratar de um grupo conectado em muitas partes do país. Além de distritos algumas cidades, como Orge e Khedie, registaram massacres massivos. Isso é muito excêntrico. O início destes massacres, acredita-se, que tenha começado nos acampamentos, neste corrente ano, 2016. Onde foram encontrados estrangeiros literalmente esquartejados e com os seus corpos jazendo na superfície.
★★★

Na floresta Scrift

Era noite de 25 de dezembro de 2017, a luz da lua iluminava o distrito de James North, a aparência do local que se verificava era de um espaço que merecia ser acampado. Era uma linda floresta. Uma floresta aberta. Os insetos barulhentos quebravam o silêncio que era suposto ter sido instalado.

Passos soavam, as botas do profissional exibiram um líquido viscoso com uma cor vermelha. No chão era possível ver as entranhas de gente morta que jaziam na superfície sem vida. O profissional assassino exibiu o seu machado ensanguentado como se coisa boa fosse.

Ele apalpou a sua falsa barba grisalha que era um total contraste em relação a sua pele negra. Aquilo era uma fantasia do pai natal, só que era a versão dos séculos anteriores, a magreza do recém homem não o dava o físico satisfeito para ser um pai natal da atualidade. A cor do seu fato era verde.
Ele sorriu de orelha a orelha, o seu estado mental provavelmente não era o considerado normal.

As suas roupas estavam manchadas de sangue, ele tinha feito aquilo em pouco tempo, como um deus da morte, as imagens daquela gente localizada no chão, o faziam sentir prazer, ele alargou o seu sorriso amarelado feito um genuíno psicopata, será que era isso que ele era?

O ar estava em movimento, se deslocando de uma zona de altas pressões para uma zona de baixas pressões.

As roupas do assassino combinavam com o período mais esperado do ano, a quadra festiva, o natal. Sim, era dia 25 de dezembro de 2017. A polícia havia sido contactada pelo casal de adolescentes que escaparam nas mãos do psicopata.

Ele tinha vestido a roupa usada pelo lendário pai natal, porém a primeira versão, o seu presente foi sangue, o homem parecia que  amava o sangue, parecia adorar assistir sangue escorrendo e escapando das veias humanas.

— HOooh, hoooh, hoooh — pronunciou o homem.

Uma luz vinda de cima focou o homem que estava parado com aquela cara diabólica verificando o sangue que dançava aos seus olhos, ele não se mexeu. Era uma luz proveniente do helicóptero da polícia.

— Encontramos o alvo, câmbio — disse um dos oficiais da justiça.

— Não o destrua, o queremos ainda vivo, câmbio.

— Entendido, câmbio.

Quando uma corda saindo do helicóptero ia descendo, uma nuvem negra, muito negra, se formou ao lado do helicóptero. O assassino viu aquilo, muito estranho, ele olhou e ficou completamente maravilhado, não sabia o que era, porém parecia que ele tinha gostado. Desceu o primeiro homem pela corda proveniente do helicóptero.

Um raio apareceu cortando o céu e iluminando a superfície por poucos segundos, depois este atingiu o helicóptero. O policial desceu pela corda apressado indo em direção do assassino.

O assassino com o seu machado, começou a correr na direção oposta do helicóptero depois de perceber o perigo. O policial fez o mesmo. O helicóptero girava sem controle.

— FOMOS ATINGIDOS, FOMOS ATINGIDOS!!! — os policiais que se encontravam na máquina voadora, gritaram em uníssono.

Por fim a máquina das alturas caiu de um modo turbulento e explodiu.

O policial corria e estava atento para pegar o grande assassino. Depois, de por minutos caminhar, o homem avistou o pai natal assassino.

— Hey, parado aí, não se mexa, pai natal metido a besta. Mostre as mãos — disse o policial apontando o alvo.

O falso pai natal primeiramente se recusou.

— Não me obrigue a repetir — disse o oficial.

Um outro raio apareceu cortando o céu, causou um grande estrondo quando cortou uma das árvores da linda floresta.

— O que é isso? Afinal, não era suposto ser natal normal? — disse o oficial olhando para cima.

Sem esperar, uma voz dos infernos vindo dos céus o respondeu:

— O QUE VOCÊ ACHA?

— O quê? — o oficial não acreditou naquilo.

— NÃO!!! — gritou o pai natal assassino, com as mãos na cabeça, de um modo agressivo.

Uma dor intensa invadia as entranhas da cabeça do homem sem escrúpulos.

— O que está acontecendo comigo? — continuou o assassino.

Começou a ventar de um modo pujante, a tonalidade da escuridão intensificou-se.

— O QUE SE PASSA? QUEM ÉS TU? — o policial perguntou, olhando para cima, não conseguia esconder o medo.

— Hoo, hoo, hoo. EU SOU O VERDADEIRO PAI NATAL, HA, HA, HA.

A voz continuava a soar pelos céus, nada se observava além do céu negro.

— ACABA COM O BABACA QUE ESTÁ A SUA FRENTE, ORDENO-TE — ordenou a voz, dos céus.

O assassino deixou de se agarrar a cabeça e subitamente fitou o policial, o assassino agora apresentava olhos completamente vermelhos e a baba lhe escorria pela boca, ele segurou firme o machado pronto para atacar.

— Não, não, recua, afaste-se. Ou eu atiro.

O assassino pai natal avançava ignorando as palavras do oficial. O policial começou a atirar, o primeiro tiro acertou o ombro do pai natal assassino, mas este não hesitava.

— Aaaaa...

— PARA!!! — gritou o policial.

O assassino não parou, agora corria pronto para amputar o pescoço daquele homem. Uma sequência descontrolada de tiros foi executada pelo profissional, tendo todas as balas atingido o pai natal assassino.

O assassino estava a uma curta distância do homem que atirava. Tentou continuar atirando, no entanto, a arma já não tinha munição. O assassino pausou, sem forças, exibiu um sorriso largo, com os olhos sonolentos.

Um silêncio áspero seguiu.

— E VOCÊ ACHA QUE CONSEGUIU O PARAR? - a voz dos céus quebrou o silêncio.

Aquilo pareceu como se fosse energia para o assassino prosseguir.

Então o assassino sem mais delongas, agarrou o machado com as duas mãos e passou no pescoço do policial, este que estava prestes a tentar socar a cara do pai natal assassino. Observou-se o sangue a jorrar daquela parte aberta pela lâmina extremamente afiada. O corpo caiu sem vida, o sangue continuava jorrando.

De repente os olhos do assassino voltaram ao normal, perdendo o vermelho. O homem, caiu de joelhos, retirou a barba grisalha, revelando a sua face muito jovem.

Parecia que já não estava fora de si, observou o machado cheio de sangue e não acreditou, examinou o que estava vestindo e viu que estava cheio de sangue, de gente que matara durante aquela noite.

— Mas o que é isso? — ele se perguntou, atônito.

Graças a Deus, existia uma voz para lhe responder.

— VOCÊ FEZ UM BELO TRABALHO, PARABÉNS. HOOO, HOOO, HOOO.

O homem se assustou com a voz, olhou para o machado e o deixou cair como se aquela atitude fosse capaz de o inocentar.

— Quem és tu?

— EU SOU O VERDADEIRO PAI NATAL. HOO, HOO, HOO.

— Mas, como assim? Pai natal não existe.

— EXISTE SIM. SOU EU. EU TORNEI O SEU DESEJO EM REALIDADE.

— Que desejo?

— VOCÊ NÃO GOSTARIA QUE OS SEUS AMIGOS PAGASSEM PELA TRAIÇÃO? - disse a voz, de fato aquilo constituía a verdade, a voz prosseguiu — TODOS ESCONDIAM A VERDADE SOBRE A SUA NAMORADA, ELA ERA UMA, DIGAMOS, GENEROSA, SE ENTREGAVA A TODOS OS SEUS AMIGOS E QUANDO VOCÊ SOUBE DISSO TINHA A VONTADE DE ACABAR COM TODOS, COM AS SUAS PRÓPRIAS MÃOS.

— Mas... mas como você ficou sabendo disso? Você é algum tipo de demônio?

— MAIS OU MENOS ISSO, EU ESTOU AQUI PARA AJUDAR, SOU PAI NATAL.

— Você disse o quê, relacionado com as minhas próprias mãos?

— VOCÊ NÃO ENTENDE MESMO. VOCÊ MATOU A SUA NAMORADA E OS SEUS AMIGOS.

— O quê? — ele disse olhando para o machado, para o que vestia, para o policial sem cabeça. Agora entendia o que tinha feito, ele tinha feito aquilo com o auxílio daquela voz que soava dos céus, que se dizia ser o verdadeiro pai natal.

— VOCÊ É FRACO, POR ISSO FOI MUITO FÁCIL TE USAR, MUITO FÁCIL MESMO. SE NÃO ACREDITA VÁ ATÉ O LOCAL QUE VOCÊ ESTAVA ACAMPANDO COM OS SEUS AMIGOS.

O jovem foi lentamente esperando que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo. Quando chegou no local, a verdade caiu fortemente na sua consciência que não conseguiu suportar.

Sim, ele tinha morto os seus amigos, não muito longe um helicóptero observava-se. As lembranças de horas atrás o assolaram, as lágrimas começaram a deslizar pela cara negra do jovem, que tinha recentemente completado 18 anos.

***
"Que fantasia linda amor"
"O que tem aí nessa pasta azul?"
"Nada demais amor"
"Uau, temos um pai natal negão, lindo magrelo e charmoso, te amo amor, meu Júlio doce"
***
As lembranças o agrediam como um caminhão muito enorme.
***
"O que se passa amor? Não brinca com isso, você sabe que sou medrosa. Tira este machado de mim"
***

Júlio avançava com o machado, diretamente no braço da namorada, cortando aquele membro sem dó, depois tirando a cabeça linda da moça. Enquanto isso dois dos seus amigos fugiam, a Marta e Ronaldo. Outros não estavam por perto, tinham ido se divertir isolados. Quando voltaram não acreditaram no que viram, mas mesmo assim eles foram atacados pelo Júlio, tendo o mesmo fim da namorada.
***

— VÊS? TU ÉS FRACO, HA HA HA. EU ESTIVE TODO ESTE TEMPO TE OBSERVANDO. GOSTO DE ALMAS IGUAIS A SUA. HOO, HOO, HOO.

— Desgraçado, vai se fuder — gritou Júlio, para a voz dos céus.

Múltiplos raios pujantes cortaram o céu em várias partes, trovoada muito forte, rugiu. A luz aumentou um pouco e de lá de cima saíram renas infernais carregando o dono da voz, um homem barrigudo com um fato vermelho com detalhes da cor branca, na cabeça trazia um gorro com um sino na ponta. As renas o puxavam, andando pelos ares.

—  O que é isso? — a interrogação veio do Júlio; incrédulo

Fim

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