Sunagakure
Akemi-on
~#~#~
— Mais uma vez, só que dessa vez levanta mais o braço. — Yasha disse e arrumou meu braço na posição certa. — E não mira pra cá.
— Certo. — Eu disse e mirei a flecha no alvo, soltei a flecha e ela parou no canto do alvo.
— Você está melhorando. — Yasha disse e fez um sinal pra mim tentar novamente, eu peguei outra flecha e lancei novamente, ela caiu no canto do alvo novamente e eu grunhi impaciente, Yasha riu da minha impaciência.
Eu estava tentando atirar com arco e flecha, já que era o meu dia de folga e Yasha também estava de folga eu pedi pra ele me ensinar, mas digamos que estamos nesse treino há quatro horas e eu não evoluí muito.
— Isso vai demorar uma eternidade. — Eu reclamei e peguei mais uma flecha.
— Eu demorei anos pra aperfeiçoar no arco, mas você está indo bem... levanta mais o cotovelo... coloca os dedos aqui. — Yasha disse e arrumou meus dedos que seguravam o arco, ele assentiu e eu lancei novamente, a flecha chegou um pouco mais perto do que antes.
— Eu pensei que o básico era mais fácil. — Eu disse e peguei outra flecha, lancei novamente e ela passou direto pelo alvo, atingindo a árvore em que ele estava pendurado em vez disso.
— É tão difícil quanto usar uma katana. — Yasha comentou e eu ri, levei anos de prática e de pesquisa para aperfeiçoar meu kenjutsu, que é inspirado na forma de luta de cada um dos sete espadachins da névoa.
— A katana é mais fácil. — Eu disse e tentei lançar mais uma flecha, falhei miseravelmente.
— Sabe... vai ter um jantar lá em casa pra comemorar o aniversário do Soha-onii-san... e ele me pediu pra te chamar... ta a fim de ir? — Yasha me perguntou com um sorriso tímido no rosto.
— Claro, não perderia o aniversário dele por nada. — Eu disse e lancei mais uma flecha, ela chegou um pouco mais perto do meio do alvo. Eu preciso comprar um presente pro Soha, mas o que eu compro? — Já comprou o presente?
— Ja sim, um kit ninja médico que ele tava querendo, comprei ontem. — Yasha disse.
— Preciso pensar em alguma coisa. — Eu disse e ele sorriu. Devolvi o arco para ele e começamos a andar pela lojas de Konoha. Comprei um presente para Soha e fui para casa me arrumar para o jantar, coloquei o vestido que Anko me fez comprar e saí de casa, Kakashi está em missão com o time sete, acontece que eles realmente conseguiram passar no teste dos guizos, eles estão no país das ondas, acho que escoltando um construtor de pontes.
O aniversário de Soha foi bem animado, seus amigos estavam lá, Kenta e seu sensei também, jantamos, jogamos jogos, fizemos piadas e ficamos conversando até eu voltar para casa e dormir.
~#~#~
Bati três vezes na grande porta de madeira até escutar um "entre" e adentrar a sala.
— Queria me ver sandaime-sama? — Eu disse com uma voz calma e divertida, o velhote tirou o cachimbo da boca e me olhou com um sorriso e com um pergaminho na mão.
— Akemi, tenho uma missão para você. Preciso que leve esse pergaminho até Suna e volte com uma resposta do Kazekage, esse pergaminho contém informações muito importantes e sigilosas, uma missão rank-A, provavelmente muitos ninjas estão atrás desse pergaminho, então tome cuidado. Quero que volte com uma resposta do Kazekage, entendido? — O Hokage disse e me entregou o pergaminho.
— Hai! — Eu disse e girei o pergaminho em minhas mãos. — Só pra constar, os exames Chūnin não são uma informação tão sigilosa assim. — Eu disse e o Hokage me olhou estupefato.
— Achei que já tínhamos conversado sobre você ficar entrando na minha mente. Você também Akira. — Ele disse derrotado e eu ri. — Enfim, leve o pergaminho o mais rápido possível, dispensada.
— Hai. — Eu me transportei para minha casa e arrumei minha mochila, coloquei o pergaminho dentro dela e saí para os portões de Konoha.
Saí de Konoha e fui pulando de galho em galho junto com Akira até Suna, três dias depois eu cheguei na vila da areia e me identifiquei para os guardas do portão, eles me deixaram passar e me informaram onde ficava o prédio do Kazekage.
Suna é muito diferente de Konoha, a vila fica no meio de um deserto e o clima quente de dia faz qualquer um derreter no chão. Cheguei no prédio do Kazekage e me identifiquei novamente, um dos guardas me levou até a sala do Kazekage, bateu na porta e esperou permissão para entrar.
— Kazekage-sama, sou Yoshira Akemi, uma jōnin de Konohagakure e o Hokage me enviou em uma missão para lhe entregar esse pergaminho, Hokage-sama também deseja uma resposta até o fim do dia. — Eu disse respeitosamente para o Kazekage e lhe entreguei o pergaminho.
— Ótimo, providenciarei uma resposta o mais rápido possível, acredito que o Hokage queira que você mesma leve a resposta, certo? — O Kazekage perguntou, sua voz era assustadora.
— Hai. — Eu disse.
— Sendo assim, presumo que passará a tarde em Suna, chamarei um de meus shinobi para te mostrar o local até eu providenciar uma resposta. — O Kazekage disse e um ninja mascarado que estava ao seu lado saiu da sala e voltou acompanhado de uma garota loira de olhos verdes.
— Kazekage-sama. — A garota disse e se ajoelhou em frente ao Kazekage.
— Temari, quero que acompanhe essa shinobi de Konoha e mostre a vila para ela até eu chamá-las novamente. — O Kazekage disse e Temari levantou-se e me encarou, fez um sinal para mim segui-la e eu fui atrás dela.
— Hm... Temari né? — Eu perguntei tentando puxar assunto, estávamos andando pela vila, eu estava com as mãos nos bolsos e Akira andava calmamente ao meu lado. Temari andava ao meu lado, olhando para frente sem falar nada.
— Sim, e você? — Ela perguntou e me olhou de canto de olho.
— Yoshira Akemi, esse é o Akira. — Eu disse animada.
— Hm, vai participar dos exames Chūnin esse ano? — Temari me perguntou com um meio sorriso no rosto.
— Não, não, eu sou jōnin. — Eu disse e ela me olhou, seus olhos se arregalaram levemente, mas ela voltou ao normal rápido. — Mas eu vejo que você é genin, então vai participar dos exames esse ano.
— Exatamente, mas acho que não será nada muito difícil. — Temari disse caminhando quando eu parei do nada e ela ainda andava, um tempo depois ela parou e olhou para trás, percebendo que eu não a seguia mais. — O que foi?
— Dangos, sinto cheiro de dangos. — Eu disse e ela me olhou estranho.
— Tem um restaurante que vende dangos aqui perto. — Temari disse e meus olhos brilharam.
— Bom, o que estamos esperando? Para os dangos! — Eu disse e comecei a andar na frente, um tempo depois eu parei e olhei para trás. — Eu meio que não sei o caminho.
— É por aqui. — Temari disse com um meio sorriso no rosto.
Entramos no restaurante e fizemos os nossos pedidos, enquanto esperávamos a comida, conversamos e descobri que ela é uma pessoa legal.
— Não é por nada não, mas o Kazekage me dá arrepios de medo. — Eu comentei quando saímos do restaurante, Temari riu, porém concordou comigo.
— Eu também tenho um pouco de medo dele, mas não acho que o Hokage seja tão diferente, né? — Temari perguntou.
— Quê? O Hokage é um velhinho do bem. — Eu disse e ela riu.
— TEMARI! — Ouvi alguém gritar o nome da loira e alguns segundos depois um garoto de preto com um capuz com orelhas de gato chegou correndo e se escondeu atrás de nós.
— Hm... quem é o orelhas de gato? — Eu perguntei apontando para o garoto que estava parado atrás de Temari com uma expressão de medo no rosto.
— É meu irmão, Kankurō. — Temari disse e olhou para ele.
— Elas estão chegando. — Ele disse com a voz assustada.
— Elas quem? — Eu perguntei curiosa.
— As moças da loja... estão chegando para me matar. — Kankurō disse e Temari caiu na gargalhada.
— Está com medo de senhoras de uma loja? — A loira perguntou rindo do irmão.
— Eu estava testando minha nova marionete, mas assustei elas por engano, elas ficaram furiosas e estão me perseguindo com panelas na mão... para de rir, não é como se eu pudesse machucá-las. — Kankurō explicou e eu caí na gargalhada. — Quem é você afinal de contas?
— Yoshira Akemi e esse é o Akira. — Eu disse e continuei rindo, cinco mulheres chegaram com panelas na mão e eu dei um passo para o lado, revelando Kankurō atrás de nós, as mulheres correram atrás do garoto e o acertaram com as frigideiras.
— Nunca mais assusto senhoras com minhas marionetes. — Kankurō disse e colocou gelo em seu rosto, onde estava extremamente roxo, eu estava sentada encostada na grade do telhado e Temari estava sentada ao meu lado.
— Não está meio velho para brincar com bonecos, orelhas de gato? — Eu disse e Kankurō me olhou irritado.
— Não são brinquedos, garota lobo, são armas de batalha. — Ele disse irritado e eu ri.
— São bonecos. — Temari disse implicante e eu ri mais ainda, sinceramente se olhar matasse, nós já estaríamos mortas.
— Fala sério, como vocês aguentam esse calor?!? — Eu perguntei e olhei para Akira, que estava deitado no chão, praticamente fritando.
— Você se acostuma garota lobo. — Kankurō disse mais calmo.
— Impossível. — Eu murmurei.
— O clime à noite é bem frio, acredito que compensa o calor do dia. — Temari comentou.
— Enfim, orelhas de gato por quê você usa maquiagem? — Eu perguntei inocentemente.
— Não é maquiagem. — Ele respondeu já se irritando.
— Parece. — Eu retruquei.
— É hoje que você morre garota lobo. — Kankurō disse se levantando e tirando uma múmia de suas costas, eu sorri.
— Kankurō, é melhor não, o Kazekage não vai gostar disso. — Temari disse e ele sentou no chão derrotado.
— Da próxima vez... — Ele ameaçou.
— Você ainda não vai fazer nada. — Eu completei e comecei a rir, realmente gostei de irritar esse garoto. — Ei gente, aqui em Suna tem muitos corvos?
— Não muito, por quê? — Temari me perguntou estranhando a pergunta repentina.
— Ah, nada não. — Eu disse e joguei uma kunai na frente de um corvo que nos observava ao logo, ele se assustou e levantou voo. Agora eu tenho certeza que eu preciso me tratar, nesses últimos anos parece que eu estou sendo perseguida por corvos e isso ta começando a me assustar... eu estou ficando doida, só pode.
— O Kazekage solicita sua presença. — Um ninja apareceu do nada e disse, depois ele sumiu e Temari levantou-se.
— Vamos. — Ela disse e eu a segui, Kankurō continuou no telhado.
Chegamos no prédio do Kazekage e entramos quando fomos autorizadas.
— Aqui está a resposta para o Hokage. — O Kazekage disse e me entregou um pergaminho.
— Hai. — Eu disse e saí de sua sala, Temari me acompanhou até os portões de Suna. — Tchau Temari-san, nos vemos depois.
— Tchau Akemi, nos vemos por aí. — Temari disse e eu corri até Konoha com Akira ao meu lado, três dias depois eu cheguei em Konoha e entreguei o pergaminho ao Hokage.
— Obrigado Akemi, pode tirar o resto do dia de folga. — O Hokage disse com um sorriso.
— Hai. — Eu disse e saí de sua sala, eu e Akira começamos a andar por Konoha em direção à clareira onde eu costumo treinar. Chegando lá eu me ajoelhei em frente à pedra com os nomes de meus amigos mortos. — Oi gente, faz tempo que não venho, né? Desculpa, ultimamente estou tendo muitas missões. Acabei de chegar de uma na verdade, fui para Suna entregar um pergaminho ao Kazekage, conheci dois genin da areia, eles são legais, tem um garoto que ele mexe com marionetes e usa um capuz com orelhas de gato, gostei de irritá-lo. Agora falando sério, eu acho que estou enlouquecendo, tenho certeza que têm corvos me seguindo, sério! Já falei isso pro Kakabaka mas ele só riu e disse que eu precisava descansar um pouco e que as missões estavam mexendo com a minha cabeça... sinceramente eu prefiro acreditar nisso do que acreditar que os corvos estão organizando uma revolta contra os humanos e planejam que eu seja a primeira vítima.
Akira sentou-se ao meu lado e eu comecei a fazer carinho nele, suspirei e dei mais uma olhada nos nomes gravados na pedra.
— Enfim, sinto falta de todos, o Hokage me deu o dia de folga, mas acho que todos estão em missões, foi legal que eles tenham conseguido se tornar genin. A vila está calma e a maioria das coisas estão em ordem. É isso, vejo vocês depois. — Eu disse me levantei, Akira me seguiu e começamos a andar pela vila. Akira estava grande, ele acompanha meu crescimento, não importa o quanto eu cresça, sua cabeça sempre vai chegar no meu cotovelo.
— Akemi-san, que ótimo que te encontrei, queria te pedir um favor. — Uma mulher disse chegando mais perto.
— Claro Miko-san. — Eu disse e ela sorriu.
— Se não for incômodo, eu gostaria de te pedir para cuidar de Kyo e Aoy essa tarde, eu tenho um compromisso e o pai deles está em missão, não posso deixá-los sozinhos em casa. — Miko disse e eu sorri, claro que eu cuidaria dos gêmeos mais fofos que existem.
— Não é incômodo nenhum Miko-san, adoro os gêmeos, que horas que vai precisar? — Eu perguntei e ela sorriu aliviada, ela realmente parecia desesperada para encontrar alguém.
— Obrigada Akemi-san, duas da tarde, pode ser? — Ela perguntou e eu afirmei.
— Sim, então duas da tarde eu estou lá, te vejo depois, tchau. — Eu disse e saí com Akira. Andamos mais um pouco até eu ver um moreno de olhos verdes saindo de uma floricultura com um buquê de flores nas mãos. — Takeshi-sensei, vai ter um encontro? — Eu perguntei com um sorriso travesso no rosto.
— Oi Akemi, hm... vou sim hehe, eu tava pensando nessas flores, o que acha? — Ele perguntou meio sem graça e eu olhei as flores, eram lindas, rosas brancas e vermelhas.
— São lindas sensei, e quem é a sortuda? Hm... pera, deixa eu adivinhar. — Eu disse animada e ele me encarou um pouco envergonhado. — Já sei! É a Jeena-san, certo?
— Sim, é ela... como sabia? — Ele perguntou e começamos a andar.
— Você VIVE falando dela, é Jeena isso, Jeena aquilo, blá-blá-blá. — Eu disse rindo e o sensei me encarou com um sorriso no rosto. — Quem diria, Tekeshi-sensei, o ninja que mata a sangue frio e não tem medo de nenhuma missão, com medo de um encontro.
— Não estou com medo, só um pouco nervoso, é diferente. — Ele disse bagunçando meu cabelo.
— Pelo menos você finalmente teve coragem de chamá-la pra sair... falando nisso, eu ganhei a aposta, preciso falar com Yasha e Kenta! — Eu disse e ele me olhou confuso.
— Que aposta? — Takeshi-sensei me perguntou.
— Bom... eu, Yasha e Kenta apostamos se você teria coragem ou não de chamar Jeena-san para sair, eu disse que você tinha, mas os garotos falaram que não. — Eu respondi e ele bateu a mão na testa.
— Vocês precisam parar de fazer apostas sobre a vida pessoal dos outros.
— Não é como se nós fizéssemos isso toda hora. — eu me defendi.
— Uma vez vocês apostaram se o cliente que estávamos escoltando sairia vivo da armadilha, vocês literalmente apostaram para ele morrer e eu tive que impedir um ninja de jogar veneno nele. — O sensei disse e eu ri coçando a nuca.
— Mas é porque nós odiamos aquele cara, ele era muito irritante, só sabia falar de como ele era o melhor e conseguia se defender sozinho, tava irritando. — Eu comentei e ele riu.
— Falando nos garotos, eles estão em missão?
— Sim, Yasha deve estar em uma missão secreta da ANBU e Kenta está em uma missão de reconhecimento de território. — Eu disse e ele concordou.
— Lembrei, Ibiki me disse que quando te encontrasse era para falar que ele está te esperando na sala de interrogatório. — O sensei disse e eu sorri, adoro ir para a sala de interrogatório, posso melhorar meu dojutsu.
— Valeu sensei e boa sorte no seu encontro com a Jeena-san. — Eu disse me transportei para frente da sala de interrogatório. Entrei an sala e tinha um cara de cabelo punk amarrado em uma cadeira e Ibiki estava de pé na sua frente, depois de um tempo de conversa eu entrei na mente do cara e descobri as informações necessárias.
— Bom trabalho Akemi. — Ibiki disse e deu um de seus sorrisos assustadores.
— Quando precisar Ibiki-san. — Eu diss e fui almoçar, precisaria cuidar dos gêmeos daqui a pouco.
Depois do almoço eu fui para a casa dos gêmeos e fiquei cuidando deles, eles são uns amores e amam Akira, o lobo também adora eles, o que facilita muito o meu trabalho.
— Kemi-chan, vem brincar! — Aoy disse chegando mais perto de mim, eu estava sentada embaixo de um árvore desenhando em meu caderno enquanto as crianças brincavam com Akira.
— Claro Aoy-kun! — Eu disse e me levantei para brincar com os gêmeos.
~#~#~
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top