O festival
Akemi-on
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— Olha o novo truque que o Akamaru aprendeu Akemi. — Kiba disse e jogou dez pedras para cima. — Agora Akamaru!
Akamaru latiu em resposta e pulou, ele atingiu as pedras com as patas e elas bateram exatamente nos alvos que estavam espalhados pelo quintal da casa de Kiba.
— Wow, que incrível Akamaru! — Eu disse e fiz carinho nele, que me lambeu e começamos a brincar. Akira e Kiba nos olhavam enciumados.
— Crianças venham comer. — A mãe de Kiba gritou da porta da varanda e nós corremos para dentro. Tiramos os sapatos na entrada e sentamos na mesa.
— Akemi querida, espero que goste de bife de filé assado. — A mãe de Kiba disse trazendo a comida para nós.
— Gosto sim Tsume-san, obrigada. — Eu respondi com um sorriso. Ela era tão gentil e cuidadosa, mas também era brava e severa.
— Então Akemi, Kiba me falou que você é chūnin agora, é verdade? — Ela perguntou e sentou-se na nossa frente, começando a comer.
— É sim, me tornei Chūnin já faz mais ou menos um mês. — Eu disse e comi um pedaço do bife, estava maravilhoso. Akira me olhava como um cachorro que caiu da mudança, querendo um pedaço.
— Akira, já ia me esquecendo. — Tsume disse e pegou um pedaço de carne crua e colocou em uma vasilha no chão. Akira atacou a comida na hora, Akamaru estava comendo sua ração ao lado.
— Mãe, cadê a Hana? — Kiba perguntou notando a falta de sua irmã.
— Ela está em missão, voltará amanhã provavelmente. — Tsume disse e continuou a comer. — Então, como está indo o treinamento com Akamaru?
— Ta indo bem, o novo truque que treinamos foi ótimo, não foi Akamaru? — O Inuzuka disse feliz e o cachorro latiu em resposta.
— Que bom que estão treinando, você sabe que eu sempre digo que o cachorro é o nosso parceiro de batalha e não para ficar brincando por aí. — Tsume disse e eu pensei em suas palavras. Sem dúvida Akira era meu parceiro de batalha, mas ele também era o meu melhor amigo. Sinceramente ele é a única constante na minha vida, muitos já me deixaram ou morreram, mas ele não, ele continua comigo.
A verdade é que Akira não pode morrer, ele pode ficar machucado, inconsciente por muito tempo, mas ele não morre. O único modo de matá-lo é depois que eu morrer, porque ele se torna mortal novamente. Ele tem poder de cura, o que é muito útil, ele pode se curar e curar os outros, porém curar os outros gasta muita energia dele dependendo do tamanho do ferimento.
— Eu sei mãe, estamos treinando. — Kiba disse e terminou a comida. Algum tempo depois todos terminamos e eu ajudei Tsume a lavar os pratos.
— Obrigada Akemi, querida. — Tsume disse e eu sorri.
— Sempre que precisar Tsume-san. — Eu disse e Kiba me cutucou, olhei para ele e ele fez sinal para irmos para fora.
— Mãe nós vamos sair, andar pela vila. — Kiba avisou e nós saímos.
— Aonde vamos? — Eu perguntei enquanto andávamos pelas ruas de Konoha.
— Um passeio pela floresta? — Kiba perguntou e Akamaru latiu em animação.
— Claro! — Eu disse animada e nós fomos em direção à floresta.
Akira e Akamaru corriam na nossa frente, brincando, marcando território e tentando pegar os insetos que voavam, eu estava atrás com Kiba, ele andava com um sorriso no rosto, despreocupado.
— Que tal uma corrida? Eu e Akamaru contra você e Akira? — Kiba perguntou e eu o olhei desafiadora.
— Até onde? — Eu perguntei.
— Até o lago. — Ele disse já se posicionando.
— Preparar... apontar... já! — Eu gritei e nós corremos, Kiba era rápido, corremos até o lago e eu ganhei por segundos.
— Na... próxima... eu... ganho... - Kiba disse ofegante e com o sorriso divertido no rosto.
— Vai... sonhando... Kiba-kun... — Eu disse também ofegante e sentei no chão. Kiba sentou-se ao meu lado e Akira colocou a cabeça em suas pernas para ele fazer carinho, o que ele fez sem pensar duas vezes. De todos os garotos, Kiba é o preferido de Akira.
Akamaru pulou no colo de Kiba e o garoto caiu no chão sendo esmagado pelos dois animais que estavam em cima dele lambendo seu rosto. Eu ri da cena que se passava na minha frente, senti que estávamos sendo observados, peguei uma pedra e joguei em um arbusto, mas só saiu um corvo de lá, um corvo? De novo? Eu devo estar ficando paranóica só pode.
— Você vai no festival amanhã? — Kiba me perguntou me tirando de meus pensamentos.
— Vou sim, você vai? — Eu perguntei vendo ele sorrir ao fazer carinho em Akamaru.
— Vou, vai ser muito legal, todo ano é. — Kiba disse sorrindo e eu sorri.
— Só espero não ter nenhuma missão, não quero perder isso. — Eu comentei.
— Acho que não, Hokage-sama não faria isso, faria? — Ele me perguntou e eu sorri negando.
— Provavelmente não.
Nós conversamos e brincamos até umas cinco da tarde, depois Kiba disse que teria de voltar para casa se não sua mãe o mataria.
— Tchau Akemi, nos vemos no festival? — Ele perguntou.
— Tchau Kiba-kun, pode ter certeza! — Eu disse e ele sorriu e foi em direção à sua casa com Akamaru em seu encalço.
Eu fui andando calmamente pela vila com as mãos nos bolsos e Akira ao meu lado, vi uma figura de cabelos pretos e camisa azul um pouco a frente andando devagar e com a cabeça baixa. Corri em direção à figura e pulei em suas costas o abraçando forte.
— Que bom te ver Uchiha! Não nos vemos há semanas! — Eu disse o abraçando.
— Não é como se fosse culpa minha. — Sasuke comentou depois que eu o soltei e começamos a andar lado a lado.
— Ai! Essa doeu, mas desculpa, eu estive em muitas missões e tive pouco tempo livre, to tentando passar o máximo possível com meus amigos, tipo você, mas fica difícil administrar o tempo às vezes. — Eu comentei com um sorriso. — Mas, o que fez nesse tempo Uchiha?
— Treinei. — Ele respondeu simples.
— E?
— Só isso. — Ele deu de ombros. Sasuke se tornou cada vez mais fechado e sem sentimentos, pelo menos ele não gosta de demonstrar, mas eu posso ver o que ele sente de acordo com o seu chakra. Mas se eu insistir muito, consigo fazer o Uchiha sorrir.
— Ta bom... vai no festival amanhã? — Eu perguntei assim que chegamos na sua casa.
— Acho que não. — Ele respondeu e abriu a porta.
— Vai sim. — Eu disse e entrei depois dele.
— Hn...
— Vou considerar como um sim. — Eu disse e sentei em seu sofá.
— Tanto faz. — Ele disse e entrou na cozinha, segundos depois ele voltou com dois copos de água e me entregou um.
— Você precisa se divertir, isso fortalece também, sabia? — Eu perguntei depois de beber um gole de água.
— Se você diz. — Ele respondeu e se jogou no sofá.
— Então você vai? — Eu perguntei esperançosa e ele suspirou e fechou os olhos.
— Sim, eu vou, mas não vou ficar por muito tempo. — Ele disse e eu comemorei.
— Beleza! — Eu disse e ele deitou a cabeça no meu colo, comecei a brincar com o cabelo dele enquanto ele ficava com os olhos fechados.
— Senti sua falta. — Ele admitiu após alguns minutos de silêncio.
— Também senti a sua, baka. — Eu disse com a voz divertida e ele grunhiu baixo.
— Não gosto que me chame assim. — Ele disse seco.
— Eu sei. Por isso que eu chamo. — Eu respondi e continuei brincando com seu cabelo.
Ficamos um tempo assim até que eu percebi que ele tinha dormido, levantei devagar e peguei um cobertor no armário, o cobri e saí de sua casa junto com Akira.
O tempo que eu passava com o Sasuke era basicamente um aproveitando a companhia do outro ou treinando ou ele me ouvindo falar sobre o meu dia ou sobre como o ódio não é bom e que ele precisa superar.
Sei como é perder as pessoas com quem você se importa, sei que é ruim, sei que dói, mas o ódio é pior, a vingança vai corroendo a pessoa e, além de perder aqueles que se foram, você ainda perde aqueles que ficaram.
Entrei em casa e vi Kakashi na sala, ele estava na sacada olhando para o céu estrelado. Andei devagar até ele e parei ao seu lado.
Ativei o Swylagan e vi seu chakra, culpa, tristeza e saudade o rodeavam de um jeito descomunal, segurei sua mão e a apertei, ele apertou de volta e ficou olhando para o céu.
— Tudo bem? — Eu perguntei após um tempo de silêncio. Ele assentiu levemente com a cabeça, sem me olhar.
— Sim, só estou pensando. — Ele respondeu calmo e suspirou. Eu assenti percebendo que ele não queria falar sobre o assunto.
— Boa noite Kakabaka, qualquer coisa pode contar comigo. — Eu disse o abracei rapidamente, ele retribuiu e deu um beijo no topo da minha cabeça de uma forma fraterna.
— Boa noite baixinha. — Ele disse baixo e soltou o abraço, eu fui para o meu quarto, tomei um banho rápido, coloquei o pijama e deitei na cama me enfiando embaixo dos cobertores e Akira deitou ao meu lado.
Acho que amanhã vou na minha pedra, faz um tempo que não vou lá por conta das missões. Sinto falta deles, às vezes fico imaginando como seria se eles ainda estivessem vivos.
Mas ele não estão, estão mortos e eu preciso seguir em frente, não posso ficar me prendendo ao passado ou à um futuro que nunca vai acontecer. Às vezes é difícil encarar a realidade, tem dias em que eu só quero ficar debaixo dos meus lençóis e nunca mais sair. Mas então eu lembro dos que ainda estão vivos, das pessoas que ainda estão comigo e eu sinto um calor no meu coração que parecia estar vazio.
— Eu prometo proteger aqueles que eu amo até o meu último suspiro. — Eu prometi para mim mesma e peguei no sono.
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— Eu não tenho todo o tempo do mundo, sabe? — Eu disse após um suspiro.
— Eu já disse que não vou. — Neji disse seco e continuou treinando.
— E eu já disse que você vai. — Eu disse sentada no chão o olhando praticar seu Taijutsu.
— Desiste. — Ele disse e me lançou um olhar rápido antes de continuar treinando.
— Vai ser divertido! — Eu disse com um sorriso no rosto.
— Não quero ir.
— Por favor. — Eu fiz uma expressão fofa.
— Não.
— Por favorzinho?
— Não.
— Por favorzinho com calda de chocolate?
— Não.
Eu suspirei e levantei, andei até parar em sua frente. Ele me encarou e eu fiz a expressão mais fofa que eu tinha em meu arsenal.
— Por favorzinho Neji-kun? — Eu disse com uma voz fofa e olhando dentro de seus olhos, ele me encarou e depois de um tempo desviou o olhar para o chão.
— Certo. — Ele disse baixo e relutante.
— Uhuuulll. — Eu disse jogando os braços para o alto em comemoração. Ele revirou os olhos, mas tinha um pequeno sorriso no rosto.
— Só você pra me fazer ir nessas coisas. — Neji suspirou.
— É por isso que você me ama! — Eu disse e ele revirou os olhos.
— Continue sonhando. — Ele disse rápido e eu sorri.
— Vamos lutar ou você só vai ficar me encarando? — Eu disse para irritá-lo.
— Prepare-se. — Neji disse e começamos uma luta de Taijutsu.
Combinamos que eu não poderia utilizar o jutsu de transporte, iria ser somente Taijutsu. Porém o Taijutsu do clã Hyuuga é muito bom, mesmo que eu sempre treine com Neji e já tenha decorado a maioria de seus golpes, ainda é difícil me defender.
Senti que ele conseguiu atingir dois dos meus pontos de chakra e pulei para longe, peguei uma kunai e o ataquei, depois de muitos golpes, eu o joguei no chão e coloquei a kunai em seu pescoço.
— Seu ponto fraco ainda está na perna esquerda. — Eu informei e o ajudei a levantar.
— Eu preciso trabalhar mais isso. — Ele respondeu.
— Te vejo no festival? — Eu perguntei sorrindo.
— Sim. — Neji disse com um meio sorriso e eu acenei pra ele antes de me transportar para a porta de casa.
Entrei em casa e tomei um banho rápido, vesti a armadura de malha por baixo, um kimono azul escuro de manga curta com um cinto branco no cintura, short leg por baixo e botas ninjas pretas. Coloquei cinco kunais no bolso de dentro do meu kimono.
— Vamos logo Akira. — Eu disse e corri para a porta, Akira veio ao meu lado.
Parei antes de encostar na maçaneta e olhei para trás, Kakashi estava sentado no sofá lendo seu livro. Cheguei mais perto.
— Vai pra onde? — Ele perguntou sem tirar os olhos do livro.
— Pro festival, você vai né? — Eu perguntei o encarando.
— Não sei, talvez eu apareça lá. Vai jantar lá mesmo?
— Vou sim. Tchau. — Eu disse e saí com Akira ao meu lado.
Andei pelas ruas até chegar ao local do festival, eram várias ruas do centro decoradas, música tocando, pessoas comendo nos restaurantes, crianças correndo de um lado para o outro e várias barracas de jogos.
O festival é em comemoração à criação de Konoha, durava quatro dias e todos festejavam.
Vi Gai e Asuma conversando ao lado de uma barraca de macarrão.
— Gai-san, Asuma-san! — Eu disse me aproximando.
— Oi Akemi, tudo bom? — Asuma disse tirando o cigarro da boca.
— Minha jovem Akemi! Que bom te ver aqui espalhando toda essa juventude! — Gai disse com um sorriso enorme.
— Aproveitando o festival? — Eu perguntei para os jōnin.
— Claro, está ótimo. Gosto do clima de festa em Konoha. — Asuma disse colocou novamente o cigarro na boca.
— Bom, eu vou procurar meus amigos, eles devem estar aqui em algum lugar... falando nisso, vocês viram Takeshi-sensei? — Eu perguntei e eles negaram. — Ta, obrigada, aproveitem o festival!
Eu continuei andando pelas ruas decoradas e iluminadas até avistar um moreno cercado de garotas e com uma expressão séria no rosto. Sorri e corri até ele.
— Não acredito que veio mesmo! — Eu disse parando na sua frente, as garotas que estavam ao seu lado me olharam ameaçadoras.
— Eu disse que vinha, não? — Ele disse e tentou se soltar das garotas.
— O que você está fazendo com o meu Sasuke-kun? — Ino perguntou com uma voz de desprezo.
— Conversando com ele? — Eu respondi o óbvio e ela me lançou um olhar mortal.
— Não ouse se aproximar mais nenhum centímetro dele! — Ino continuou e Sasuke gruniu em resposta, se soltando do aperto da loira e parando ao meu lado.
— Vamos? — Ele perguntou ainda sério e eu concordei.
Nós começamos a andar pelas ruas, Sasuke olhava somente para frente, sem qualquer expressão no rosto.
— Olha aqui Uchiha. — Eu disse e ele me encarou. — Olha ao redor, a cidade tá tão linda, tudo decorado, os enfeites, as crianças correndo.
— Hm. — Ele disse e deu de ombros.
— Já sei! Que tal a gente comer alguma coisa? Que tal um onigiri? — Eu perguntei animada e ele assentiu com a cabeça.
Entramos na fila da barraca de onigiri que estava na praça ao lado das outras barracas de comida. Depois que compramos a comida fomos para cima de um telhado e ficamos sentados e comendo.
— Adoro essa época do ano. — Eu comentei enquanto olhava algumas crianças correndo de um lado para o outro.
— Por quê?
— Sei lá, acho que é o clima de felicidade do festival junto com o clima frio da chegada do outono, me faz lembrar da minha antiga aldeia, quase como se eu estivesse de volta naqueles tempos. — Eu disse fechando os olhos e lembrando do meu tempo em Kumo, um pequeno sorriso apareceu em meus lábios ao me lembrar de um festejo que tinha duas vezes ao ano, eu sempre ia com meu pai, meus primos e com Myako.
— Sente falta? — Ele perguntou com uma voz mais calma e doce, quase como se não quisesse tocar no assunto.
— Muita. — Eu respondi e suspirei, ficamos um tempo em silêncio, eu olhando para o nada e pensando em Kumo.
— Que tal um jogo de dardos? — Sasuke perguntou se levantando e estendendo a mão para mim. Ele estava tentando me animar, KAWAII.
— Claro! — Eu disse sorrindo e ele me ajudou a levantar.
Jogamos muitos jogos e depois de um tempo Sasuke disse que estava tarde e foi pra casa, eu andei um pouco e encontrei Neji olhando uma vitrine de armas.
— NEJI-KUN! — Eu disse e o abracei.
— Oi Akemi. — Ele disse sorrindo.
— Os fogos vão começar a qualquer hora, vamos logo! — Eu disse e o puxei até o topo de uma colina, sentamos na grama e ficamos conversando até que o céu se encheu de cores e eles começaram a lançar os fogos de artifício.
— É lindo. — Neji disse e eu concordei.
Vimos os fogos e depois fomos comer alguma coisa, encontrei Naruto, Kiba, Shikamaru, Choji, Shino, Hinata, Kenta, Yasha e Soha no festival também. Quando estava tarde eu fui pra casa junto com Akira.
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Hey genteeee, foi mal a demora pra publicar... mas agora eu to de férias então os capítulos vão sair mais rápido.
O que acharam da nova capa???
Esse capítulo foi meio chato, mas ele é importante pra história, prometo.
Vlw flw.
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