What To Do?
A limusine mal estacionou e a porta da mansão foi escancarada com Pattie saindo e vindo ao nosso encontro. Olhei para Justin e o mesmo apertou minha mão, passando tranquilidade.
Só tivemos um momento longo e horrível da nossa vida em que eu supostamente era sua irmã, e que a mulher que estava vindo em minha direção poderia ser minha mãe.
Um calafrio percorreu pelo meu corpo ao me lembrar daquela época, forçando um sorriso quando ela se aproximou.
— Meu filho, que saudades. — Ela o abraçou forte, enchendo seu rosto de beijinhos. Justin resmungou um "mãe" olhando para mim de rabo de olho, envergonhado por eu estar vendo essa cena amorosa. — Você precisa ver mais a sua mãe, eu sinto sua falta.
— Mãe! — Resmungou de novo, deixando claro que ela sabia muito bem os motivos que o deixavam mais distante.
— Eu sei, eu sei, as coisas estão meio difíceis. — Ela apertou sua mão em solidariedade, fiquei me perguntando se Caitlin não falou de mais, como ela sempre fazia. — E você... — Olhou para mim e abrindo um sorriso radiante. — Tive que vir assim que Justin me contou. — Então me abraçou forte e depois se afastou para acariciar minha barriga. — Como descobriu? — Senti Justin mudar o peso do seu corpo de uma perna para outra, ficando rígido, mas eu já sabia que ele não gostava que Pattie ficasse sabendo sobre as coisas ruins que aconteciam, principalmente quando esses "acontecimentos ruins" envolvem um acidente que poderia ter custado a minha vida.
— Menstruação atrasou, enjoos, você sabe... o de sempre. — Dei de ombros, sorrindo.
— Está tendo muitos enjoos? — Ela começou a conversar comigo enquanto me puxava para dentro, Justin nos acompanhava logo atrás, com certeza louco para fugir desse assunto.
— Até que não. — E realmente não estava tendo enjoos desde que descobri sobre a gravidez, mas sabia que isso em breve poderia mudar.
— Aproveite esse momento sem enjoos, de repente tudo muda e você fica com medo até de respirar. — Ela deu uma risadinha ao lembrar-se dos seus tempos de grávida, me fazendo acompanhá-la por educação, mas já estava ficando apavorada com essa possibilidade.
Assim que adentramos na mansão, Caitlin veio rapidamente saindo da cozinha.
— Finalmente. Já estava achando que se perderam no quintal.
— É uma boa possibilidade. — Ironizei, toda a extensão ao redor da mansão era enorme, não iria estranhar se alguém se perdesse.
— Agora mostra, mostra, mostra. — Caitlin veio gritando em minha direção, pegando minha mão para ver o anel. — Que coisa mais linda. — Arregalou os olhos para a pedra extravagante.
— O que está acontecendo? — Perguntou Pattie com o cenho franzido. Caitlin ao notar que Pattie ainda não sabia, sorriu envergonhada. Como sempre linguaruda.
O celular de Justin começou a tocar, ele olhou para mim dizendo silenciosamente "se vira", pegando o celular de seu bolso e indo até o seu escritório.
Olhei para Pattie e sorri ao dizer:
— Eu e Justin vamos nos casar. — Ela arregalou os olhos e então voltou a olhar para minha mão com o anel, entendendo tudo. — Não acredito. — Colocou suas mãos em seu rosto, espantada. Pela sua reação, esperei que dissesse algo negativo, mas foi bem ao contrário. — Nunca pensei que veria meu filho no altar, é um sonho. — Eu e Caitlin nos olhamos e caímos na risada.
Qualquer pessoa nunca poderia ter imaginado Justin Bieber no altar, nem mesmo eu.
POV. Justin
Nunca pensei que ficaria feliz com uma ligação de Mikael, mas a essa altura, tudo era lucro para conseguir me livrar de todo aquele papo.
Eu sabia que ela iria gostar do casamento tanto quanto gostou da notícia da gravidez.
— Nunca pensei que diria isso, mas que bom que ligou. — Disse entrando em meu escritório, trancando a porta logo depois.
— Livrei você de uma, né?! — Ele riu. — O que poderia ser tão ruim?
— Minha mãe, Kelsey e Caitlin nos assuntos femininos.
— Então realmente te livrei de uma... Ou não, estou ligando porque tive o paradeiro do Bruce.
— Como assim? — Sentei em minha poltrona, atento com as informações.
— Will continua atrás de informações, avistou Bruce conversando com um rapaz, eles pareciam planejar alguma coisa.
— Onde? — Liguei meu notebook.
— Ele viu pelas câmeras de segurança de um estacionamento, esse rapaz nomeado Matthew entrou em um carro onde Bruce havia estacionado, eles conversaram por vinte minutos antes de Matthew sair e ir embora.
— E Bruce? Para onde foi?
— Bruce saiu do estacionamento logo depois, Will não conseguiu o paradeiro dele depois disso. Conseguiu pegar a placa do carro, mas descobrimos que a numeração era falsa.
— E esse Matthew?
— Ele foi mais fácil, descobrimos que ele não tem um lugar fixo, se sairmos em sua procura nos lugares em que costuma frequentar, podemos descobrir algo a seu respeito, ou melhor... Encontrá-lo.
— Vamos fazer isso agora. Envie por e-mail um dos lugares em que ele costume ir, me encontre lá. — Desliguei o celular antes que ele respondesse, abrindo meu e-mail e indo buscar minhas armas. Coloquei duas na cintura escondendo-as com a blusa, pegando um canivete e o colocando no bolso da frente da calça e outro no tênis.
Toda precaução era bem vinda.
Escutei meu e-mail fazendo barulho ao avisar de nova mensagem. Voltei correndo para mesa e o abri, tendo todas as informações do local. Eu já havia ouvido falar desse lugar, era um bar, ficava distante daqui, quase saindo da cidade.
Saí do escritório e percebi que Kelsey estava com minha mãe e Caitlin na sala pelo o falatório que vinha de lá.
— Meu filho, fiquei tão feliz com a notícia. — Minha mãe sorriu para mim ao dizer. Elas estavam sentadas na sala se servindo de sucos naturais. — Logo pedi Dorota para providenciar sucos nutritivos, ela precisa estar sempre ingerindo líquidos nutritivos e se alimentando bem. — Kelsey olhou para mim com uma expressão de humor. Achei que poderia estar se sentindo sufocada com o excesso de atenção, mas parecia estar se divertindo.
— Que bom que providenciou, pode deixar que Kelsey e o bebê terão sempre tudo que for necessário. — Beijei o alto de sua cabeça e depois me virei para Kelsey. — Preciso sair, vai ficar bem?
— Claro, está tudo bem? — Pela forma como me olhou, eu sabia que ela queria respostas, mas queria ao máximo não estressa-la com esses assuntos.
— Só trabalho, não se preocupe. — Beijei sua testa e expirei o aroma de sua pele. — Voltarei logo. — Acariciei rápido sua bochecha com meu polegar e me afastei indo pra garagem.
— Hei, Justin! — Olhei para trás de vi Christian vindo em minha direção. — Onde está indo? — Paralisei. Eu podia confiar nele? No Chaz ou Nolan? Não ficaria surpreso se Za ou Khalil fossem os traidores, acabaram de entrar na equipe, mas não saber se poderia confiar nos meus próprios amigos, era frustrante.
Como continuar vivendo dessa forma?
— Só vou resolver uns assuntos meus, mas logo estarei de volta. Avise para todos que depois do almoço iremos fazer uma reunião. — Eu precisava manter as aparências. Estava focado em encontrar Hanks e Bruce, vingar o que Hanks fez a Ryan e Bruce ao que fez a Kelsey, mas nunca envolver meus amigos nos planos estava os deixando desconfiados. Eles me conhecem bem, tinham certeza que quando Kelsey saísse do hospital eu iria fazer de tudo para ir atrás de quem fez isso, e aqui estou eu agindo às escondidas.
Eles precisavam ser distraídos até eu ter certeza de que posso confiar neles.
— Tudo bem. — Christian disse enquanto eu me afastava, não querendo prolongar o assunto. Eu sabia que Christian estava mais desconfiado que todos, ele era muito esperto, e por ser muito esperto ele não perguntaria na cara dura. Ele não queria me ofender ou me deixar irritado com perguntas.
Peguei minha Ferrari e dirigi em alta velocidade até o endereço que Mikael havia me enviado minutos antes. O lugar ficava mais distante e isolado que eu imaginava.
Pela primeira vez iria fazer algo com apenas eu e Mikael, sem Castiel ou qualquer outra pessoa. Não que eu já confiasse nele, mas a situação exigia total sigilo.
Avistei o carro de Mikael estacionado. Estacionei ao lado do seu carro e saí do carro. A porta do carro de Mikael se abriu logo depois, com o mesmo saindo com seus óculos escuros.
— Não trouxe seu companheiro? — Ironizou, sabia que falava de Castiel.
— Não dessa vez. — Continuei a andar em direção ao bar que também era um restaurante. — Já sabe o que iremos fazer?
— Trouxe uma foto dele da câmera de segurança, vamos ver se alguém o reconhece. — Ele me entregou um papel impresso com a imagem nítida de seu rosto.
Entramos no estabelecimento, o lugar estava cheio de caminhoneiros e bebidas baratas. A essa hora da manhã o cheiro forte de cigarro impregnava o ambiente com uma mistura de aroma de café, suor e panquecas. Um nojo.
— Vamos logo pra sairmos daqui o mais rápido possível. — Murmurou Mikael, provavelmente tendo a mesma repulsa que eu pelo ambiente. Fomos até uma atendente do bar. Estendi a foto em frente ao seu rosto antes que ela pensasse em perguntar alguma coisa.
— Conhece? — Perguntei. Ela olhou para a foto e franziu o cenho.
— Porque quer saber? — Respondeu de forma esnobe.
— Resposta errada. Vou perguntar de novo. — Falei firmemente, com a cara fechada. — Conhece? Sim ou não? — Ela engoliu em seco, depois olhou para Mikael que a encarava com a mesma expressão dura através de seus óculos escuros.
— Sim, ele apareceu pro café, mas já foi embora.
— Onde podemos encontra-lo? — Mikael perguntou. A garota que não aparentava ter mais de vinte anos ficou desconfortável. Ela intercalou seu olhar entre mim e Mikael, e foi ai que eu soube que sabia mais do que estava dizendo.
— Desculpe, eu não sei, ele só vem... — Ela paralisou e trancou seu maxilar, olhando para alguma coisa atrás de mim. — MATT, CORRA, SAIA DAQUI. — Eu e Mikael olhamos rapidamente para trás, vendo Matthew saindo do banheiro masculino do local. Aquela filha da puta estava o acobertando. Matthew ao entender o que estava acontecendo ao ver eu e Mikael, voltou correndo para dentro do banheiro, fechando a porta.
— Droga, rápido! — Corri na direção da porta e tentei arromba-la, dando vários murros na porta com meu braço. As pessoas em volta começaram a cochichar, espantadas com o que estava acontecendo.
— Calma, vamos fazer isso juntos. — Disse Mikael me afastando da porta. Nós dois nos afastamos da porta e depois corremos juntos em direção a mesma, conseguindo arromba-la. O banheiro era único, não tinha onde ele se esconder e ele não estava em nenhum lugar.
Olhei para cima e vi a janela do vitro bater. Filho da puta.
— Ele saiu, rápido! — Saí correndo do banheiro com Mikael me seguindo logo atrás. Avistei Matthew cantando pneu com sua moto, saindo do local. Não, você não vai fugir.
Entrei em meu carro e corri para a estrada, sabendo que Mikael me seguiria. Acelerei ao avistá-lo, querendo ao máximo encostar na roda de sua moto, para fazê-lo cair. Sua moto não parecia ter marca, parecia ser daquelas construídas com sucatas, mas que tinham uma boa potência.
Mas não comparada a minha Ferrari.
Pisei fundo e avistei pelo retrovisor Mikael na minha cola. Ele estava com uma Bugatti, e logo me ultrapassou, ficando na cola de Matthew, mas eu não esperava que ele estivesse armado.
Matthew esticou sua mão e atirou contra o carro de Mikael, o mesmo tentou desviar, mas acabou pegando no carro. A capota do carro era o de menos, o problema eram os pneus. Matthew acertou em cheio no pneu esquerdo de Mikael, fazendo-o perder o controle.
Mikael jogou seu carro para o lado direito, saindo da pista, e logo meu telefone começou a tocar. Apertei um botão no carro para fazer o áudio sair em viva voz, já que meu celular era ligado ao carro.
— Não sozinho, Justin, irei chamar reforços. — Mikael gritou do outro lado.
— Eu dou conta desse amador, não se preocupe. — Indaguei, desligando a chamada. Pisei fundo no acelerador, e Matthew tentou me acertar, mas não conseguiu. Agora que sabia que estava armado e a mão que suava, mantive certa distância e joguei meu carro para o lado contrário da mão em que ele estava usando para atirar.
Notei Matthew se irritar com as tentativas e virar em uma rua de terra. Alguma coisa me dizia que o lugar que estava me levando poderia ser revelador.
Quando virei na próxima rua, o vi pular da moto — ainda em movimento — e correr na direção de um galpão velho.
Achei vocês.
Parei o carro e corri em sua direção. Tinha que chegar até ele antes que fechasse a porta. Levantei minha arma e mirei na sua mão, ele soltou a porta do galpão com o disparo da bala que quase atingiu sua mão.
Abri a porta com força e pulei em cima de suas pernas enquanto ele tentava correr. Ele conseguiu chutar o meu rosto, com a dor forte fazendo minhas vistas ficarem turvas. Balancei minha cabeça e me forcei a levantar. Ele estava indo para uma mesa que havia no centro do local, ele estava tentando pedir algum tipo de ajuda.
Levantei minha arma e atirei na tela do notebook onde estava mexendo. Ele abaixou com o impacto e depois levantou uma arma, tentando atirar em mim. Joguei-me no chão e rolei na direção da mesa, tentando pegá-lo pelos lados.
— Só quero saber onde está Bruce. — Gritei e esperei alguma resposta, mas o mesmo se manteve em silêncio. Quando em preparei para virar para o lado e atirar, encontrei o vazio. Olhei para o interior da mesa onde ele estava agachado, nem sinal dele.
Levantei bem de vagar, usando a mesa como escudo. Olhei para todo o local, não teria como ele ter saído, se correu para algum lugar, estava escondido aqui. Mas então em um momento rápido, ele apareceu pelo outro lado da mesa com sua arma apontada, conseguindo me acertar.
Soltei um grito e caí de bruços no chão, devido ao impacto.
Permaneci imóvel, a dor me consumia cada vez mais.
— Sabe Bieber, esse é o seu grande problema, achar que sempre pode tudo. — Escutei seus passos se aproximarem e ele agachar seu corpo perto do meu. Meu peito começou a queimar. — Mas olha só, você não pode fazer tudo, principalmente evitar que eu mate sua mulherzinha grávida. — Abri meus olhos com força e raiva, puxando o canivete em meu bolso e virando meu corpo com um só movimento, com a lâmina rasgando sua garganta.
Ele caiu ao meu lado e me olhou com os olhos arregalados enquanto eu tentava me arrastar, grunhindo com a dor estava em meu peito. Um tiro em cheiro bem no peito direito. Apoiei minha mão esquerda com força sobre o ferimento, com meu rosto se contorcendo em dor.
Olhei para Matthew que engasgava com seu próprio sangue.
— Você estava enganado. Posso mais do que imagina. — E sua cabeça tombou para trás, com seus olhos abertos perdendo a vida.
Olhei para trás ao escutar barulho de carros. Arrastei-me em direção a minha arma, apontando-a para a porta. Poderia ser Bruce.
Entrou alguns homens armados e logo estendi a arma na direção deles, que recuaram.
— Calma, Justin, são meus seguranças. — Mikael disse aparecendo por trás. Abaixei minha arma e suspirei em alívio. — O que aconteceu? — Perguntou se aproximando e olhando para Matthew com a garganta rasgada.
— Ele tentou acessar alguma coisa no computador, provavelmente pedir ajuda. Eu o impedi, começamos uma briga louca até ele conseguir atirar em mim... Pode me ajudar? — Estendi meu braço esquerdo para que ele me ajudasse a levantar. Levantei-me e apoiei nele até pegar o equilíbrio.
— Ele achou que eu estava morto, quando se aproximou o suficiente, puxei meu canivete e o acertei. Mas isso foi de longe o que me intrigou.
— Ele disse alguma coisa?
— Ele disse sobre matar minha mulher grávida. — Olhei para Matthew caído e depois voltei a olhar para ele. — Não sei como, mas já sabem sobre o bebê.
— Eles iriam descobrir de uma forma ou outra, a barriga iria aparecer.
— Eu sei, mas o que me incomoda é como ficaram sabendo justo agora? — Olhei para ele em busca de respostas, e nem ele mesmo sabia responder. — Tudo que eu tanto temia está acontecendo. — Não iria suportar se algo acontecesse a Kelsey ou a esse bebê. Estava vivendo tudo que tentei evitar: uma família. Mikael soltou meu braço e parou em minha frente, cruzando seus braços sobre o seu peito. Levantei minha cabeça e olhei para ele.
— Sei que está com medo, não tem o porquê de não estar. Mas eu daria tudo para estar vivendo o que você está tendo a chance de vivenciar. — Eu sabia que ele estava se referindo sobre ter perdido a chance de acompanhar a gravidez de Jenna. — Não tem como voltar atrás e mudar nada, tudo que você pode fazer e ser um homem e agir como tal. Kelsey precisa de você e você vai encarar tudo de frente, sem se lamentar com o que pode ou não acontecer. — Ele fez uma pausa, então prosseguiu. — Agora eu te pergunto. O que você vai fazer a respeito, Justin?
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