No More Waiting
Um aroma invadindo minhas narinas me fez arregalar os olhos e correr em direção ao banheiro colocando toda a pizza da noite passada para fora. Fiz força sentindo minha garganta arder, mas logo a tensão foi substituída por alívio. Dei descarga e me levantei indo até a enorme pia para jogar água na boca e no rosto.
Escovei meus dentes e fiz um rabo de cavalo antes de entrar em baixo do chuveiro. Enrolei meu corpo no roupão e saí do banheiro, sentindo o mesmo aroma de antes: cheiro de café e panquecas.
Abri minha bolsa e procurei algo para vestir torcendo para que meus enjoos se estabelecessem o mais rápido possível. Queria poder me sentar com Mikael em sua casa e tomar um café da manhã, coisa que nunca fizemos antes.
Terminei de me vestir e decidi passar pelo menos uma base, pó e um blush no rosto para aliviar a palidez de quem havia acabado de vomitar. Olhei-me no espelho e pousei minhas mãos em minha barriga, acariciando-as.
— Vocês duas se comportem, ok? Nada de enjoos. — Sussurrei encarando minha barriga pelo meu reflexo. Abri a porta do meu quarto e desci as escadas, ouvindo vozes que vinham da cozinha. Quando entrei na cozinha me surpreendi por encontrar Mikael conversando com um rapaz e Judith — que preparava o café da manhã.
— Bom dia. — Sorri sem graça. Todos olharam para mim e sorriram gentilmente.
— Bom dia, Kelsey. — Mikael veio até mim e depositou um beijo em minha testa. — Com foi sua noite? Dormiu bem?
— Maravilhosamente bem, obrigada por perguntar.
— Bom dia, senhorita, estou cozinhando várias opções de café da manhã para você, espero que algo lhe agrade. — Judith disse gentilmente, voltando a remexer seus ovos. Olhei para mesa da cozinha que já estava farta de panquecas, torradas, pães, bacon, geleias, sucos de três sabores diferentes, café, frutas, e várias outras coisas.
— Gosto de tudo, Judith, não precisa preparar mais nada, muito obrigada. — Ela sorriu para mim e assentiu, despejando seus ovos mexidos em uma travessa e levando até a mesa.
— Vocês já foram apresentados? — Mikael perguntou intercalando seu olhar entre mim e o rapaz, ao ver nossas expressões, ele prosseguiu. — Kelsey, esse é Will, ele trabalha para mim e me ajudou muito na época do seu acidente.
— Oh, prazer, Will. — Entendi minha mão para ele que aceitou sorrindo. Tinha um sorriso amplo e cativante, rosto bonito e ótimo físico.
— É um prazer finalmente conhecê-la, como está Justin?
— O conhece? — Notei Mikael pigarrear para Will, que logo tentou desconversar.
— Sim, no dia do seu acidente, estive lá para ajudar Mikael. — Mikael parecia tranquilo, mas algo me dizia que não era só isso.
— Vamos tomar café da manhã? Essas meninas precisam ser alimentadas. — Mikael me conduziu até a mesa, puxando uma cadeira para mim. Will se sentou para tomar café da manhã conosco, o que fez eu me perguntar se ele tinha sempre esse costume, já que parecia ser uma coisa natural para Mikael e Judith.
Judith saiu do cômodo deixando apenas nos três nos servindo daquele banquete. O enjoo ficou de lado e uma fome avassaladora me dominou. Comecei a devorar as pilhas de panquecas. Estar grávida é não conseguir compreender as mudanças do seu corpo e principalmente seus hormônios, eu só esperava não enlouquecer até o final.
Will e Mikael começaram a conversar tranquilamente sobre trabalho. Não sabia como entrar na conversa muito menos se deveria.
— Vocês sempre conversam sobre negócios no café da manhã? — Me intrometi sem entrar de fato no assunto deles, com certeza era algo que eu não gostaria de conversar.
— É costume, Will chega pela manhã e tomamos café da manhã discutindo os assuntos que iremos tratar durante o dia. — Mikael respondeu antes de morder seu pão com ovo. Como eu suspeitava. Will sempre estaria aqui pela manhã.
— Gostou de ter dormido aqui? Mikael não é tão ruim quando se conhece bem. — Will brincou fazendo Mikael revirar os olhos.
— Adorei, mal posso esperar para voltar. — Percebi que essa revelação pegou Mikael de surpresa e um sorriso grande se formou em seu rosto enquanto ele tentava se manter distraído.
Mas umas alterações de vozes fizeram Mikael e Will se levantarem rapidamente com suas armas apontadas para a entrada da cozinha, com Mikael vindo em minha direção e me guiando para trás de seu corpo.
Quando Justin e Judith — que parecia anorteada — apareceram, todos suspiraram e abaixaram as armas.
— O que aconteceu? — Mikael perguntou intrigado.
— Desculpe senhor Bakerville, eu disse que precisava da sua autorização para que ele entrasse, mas então ele saiu entrando...
— Está tudo bem, Judith, obrigado, é só o idiota do meu genro.
— Oh! — Ela olhou surpresa para Justin e então depois assentiu para Mikael, se retirando.
— Nunca chega aos lugares sem chamar atenção, não é?
— Isso se chama "entrar no estilo Bieber". Vim buscar minha garota, e propósito, você que é idiota. — Ignorei a "discussão" dos dois e corri para Justin, o abraçando e sentindo seu maravilhoso perfume. — Como você está? — Perguntou ao pé do meu ouvido.
— Muito bem, não precisava chegar desse jeito. — Olhei para ele envolvendo meus braços em seu pescoço.
— Estilo Bieber, e eu sei que você adora. — Ele sorriu maliciosamente e eu retribui ficando na ponta dos pés para beijá-lo.
Afastei Justin quando Mikael pigarreou. Olhei para ele com minhas bochechas ruborizadas, havia me esquecido completamente que meu pai estava ali. Esse na verdade era um dom de Justin, uma vez em seus braços você é capaz de esquecer-se de tudo e ir ao paraíso.
— Aposto que a primeira coisa que fez ao acordar foi vestir essa roupa e vir buscar Kelsey, então se sente e tomem café da manhã antes de irem. — Animada, puxei Justin pelo braço e o trouxe até a mesa farta. Comemos e conversamos sobre o que fizemos noite passada, então os assuntos de negócios com Will ficaram completamente de lado e eu finalmente estava tendo o café da manhã que queria: conversas descontraídas e em família.
— Obrigado por ter cuidado da Kelsey. — Justin entendeu uma mão para Mikael no hall de entrada da mansão, que aceitou e o cumprimentou de volta.
— Foi um grande prazer. E você — Agora ele olhava para mim — Quando quiser, já sabe, vai ser um enorme prazer recebe-la, seu quarto você já tem.
— Obrigada! — Fui até ele e o abracei forte. Ficamos abraçados por um tempo, até que uma coisa que eu não havia percebido na noite passada chamou minha atenção. — Espera ai, quando cheguei aqui meu quarto já tinha dois berços, mas só contei sobre as gêmeas ontem. — Mikael fechou seus olhos e se lamentou mentalmente sobre seu deslize, então voltou a me olhar.
— Achei que não se ligaria. — Ele coçou sua cabeça e tentou escolher as palavras certas.
— Mikael? — Insisti, mesmo já sabendo a resposta.
— Vamos dizer que uma vovó coruja não conseguiu segurar sua felicidade por muito tempo.
— Sabia! — Disse fazendo Will rir.
— Mas não a culpe, ironicamente, a felicidade é em dobro, difícil de segurar.
— Tem razão. — Revirei os olhos e ele beijou minha testa, rindo. — Vamos? — Perguntei indo para Justin que já segurava em uma mão a minha bolsa com roupas, sendo que nem 1/3 havia sido usado.
— Vamos, mas primeiro preciso conversar com Mikael, poderia me esperar no carro? — Ele estendeu minha bolsa para mim. — Vai ser rápido.
— Mas por quê? — Justin arqueou uma sobrancelha para mim, como quem queria dizer "não se meta onde não foi chamada". — Tudo bem. — Bufei e segui em direção à saída da mansão, avistando a Lambo de Justin estacionada. Entrei nela e já estava esperando por quase meia hora.
"Vai ser rápido", sei.
POV. Justin
Apertei a mão de Mikael e depois a de Will quando concordamos com o que eu havia proposto.
— Kelsey já deve estar se escabelando de raiva, assim que tudo estiver pronto, ligarei informando, estejam prontos e atentos.
— Estaremos. — Mikael me garantiu. Com um aceno de cabeça, me retirei do escritório e saí da mansão, encontrando com Kelsey muito furiosa saindo do carro.
— Já estava indo atrás de você, que demora. — Reclamou voltando a entrar no carro.
— Desculpe. — Disse ao entrar no carro e me curvei em sua direção para beijá-la. — Não pensei que demoraria tanto, agora vamos para casa. — Girei a chave e saí calmamente pelo caminho de árvores que nos levava para fora do terreno de Mikael.
— O que era tão importante? — Quis saber, exatamente como eu suspeitava que não deixaria essa passar.
— Negócios, é tudo que precisa saber. — Ela suspirou e ficou em silêncio olhando pela janela a movimentação da cidade. — Sentiu enjoo? — Tentei puxar assunto.
— Um pouco pela manhã, mas estou bem.
— Sua próxima consulta já é na próxima semana, não é?
— Isso! — E ficou novamente em silêncio. Sabia que não gostava de ficar por fora dos assuntos, mas ela também sabia que não a envolveria nisso, nem mesmo ela ficando emburrada mudaria isso.
Chegamos em minha mansão e ela já foi saindo do carro com sua bolsa, sem nem mesmo espera por mim. Segui ela logo atrás e dei graças a Deus quando avistei Caitlin, com certeza iriam para o quarto conversar e eu poderia fazer o que eu precisava fazer, mas não foi o que aconteceu. Caitlin passou por Kelsey virando a cara e Kelsey fez o mesmo, subindo as escadas.
— O que aconteceu? — Murmurei para as duas.
— Nada. — As duas responderam em uníssono e emburradas. Caitlin foi para a sala e Kelsey para o nosso quarto. Ótimo, teria que lidar com isso mais tarde também.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Christian marcando uma reunião agora no escritório com todos os outros, isso incluía nossa equipe de seguranças.
Joguei um mapa e planilhas sobre a mesa do escritório e abri todas, para que todos pudessem ter um bom acesso as informações.
— Chamou? — Christian adentrou no escritório com Chaz e Nolan o acompanhando, logo atrás alguns seguranças que repassariam as informações aos outros.
— Sim, temos uma missão importante em duas horas.
— Como? — Indagou Nolan, confuso.
— Isso mesmo que você ouviu. Cheguem mais perto, tenho trabalhado secretamente nisso há um tempo. — Eles se aproximaram com o cenho franzido, analisando as informações.
— Roubo de joias? — Perguntou Chaz.
— Isso, um leilão, para ser mais exato. Irá acontecer daqui a pouco, primeiro terá toda aquela baboseira de cerimônia, um almoço luxuoso, e depois o leilão irá começar.
— Isso vai ser hoje, daqui a pouco, em menos de duas horas, e você está repassando o plano agora? — A irritação na voz de Christian era nítida.
— Isso mesmo, assim que repassarmos tudo que iremos fazer, iremos seguir imediatamente até o local, já tenho tudo pronto e preparado.
— Mas essa bomba de gás? Eu precisaria de dias para projetar...
— Não precisa, já tomei a iniciativa e Will já foi resolver isso para mim, na verdade — Olhei para meu relógio em meu pulso — Ele já deve estar nesse momento terminando de ativar a bomba de gás, já deixei tudo preparado.
— O que? — Me olhou incrédulo. — Desde quando faz o trabalho por todos agora? — Desde quando percebi que alguém anda me traindo. Mas apenas dei de ombros, indiferente.
— Só quis fazer uma coisa diferente dessa vez, é apenas um desafio para mim, não fiquem grilados. — Dei a desculpa e apoiei minhas mãos sobre a mesa, olhando para os papéis. Vamos repassar o plano e nos trocarmos, iremos seguir imediatamente ao local.
Christian, Chaz e Nolan se entreolharam, mas suspiraram em rendição. Enquanto eles analisavam os planos, observei atentamente os três. Como um deles poderia ser o traidor? Eram meus amigos. Ou não eram?
Quando Will trouxe as roupas que iríamos precisar, ordenei para que todos se trocassem no escritório enquanto eu iria conversar com a patroa. Kelsey estava deitada na cama mexendo em seu celular levantando seu olhar quando adentrei ao cômodo.
— Irei sair daqui a pouco a negócios, você ficará em casa e não sairá pra nada.
— Porque não posso sair? — Sua expressão suave foi ficando mais tensa — Que tipo de negócios é esse?
— Só faça o que eu mandei, ok? Fique em casa e espera eu voltar. — Fui até ela e beijei sua testa, me afastei e saí do quarto mesmo vendo em seu rosto o quanto estava confusa. Fui atrás de Caitlin que estava esparramada no sofá assistindo a TV. — Vamos fazer um roubo em um leilão, já avisei para Kelsey não sair, fique de olho nela, não importa o que tenha acontecido entre vocês, está me entendendo?
— Não sou idiota de deixar a vida dela em risco só porque estamos brigadas, óbvio que entendi.
— E resolva isso entre ela. — Sai da sala e voltei para o escritório. Christian já estava perfeitamente arrumado colocando sua gravata, Chaz estava quase pronto, Nolan lutava com a sua gravata. — Chris, quando terminar arrume a gravata de Nolan, nem isso ele sabe fazer.
— Ei! — Esbravejou fingindo irritação. Sorri em resposta e comecei a tirar minha roupa, colocando também o meu terno. Quando todos estavam prontos, seguimos para uma enorme Van do bufê que estaria servindo no leilão, com Mikael abrindo a porta quando nos aproximamos.
— Olá pessoal, bom vê-los novamente.
— Mikael? — Todos os três perguntaram em uníssono.
— Sim, ele também irá nos ajudar, agora vamos, não temos tempo. — Christian, Chaz e Nolan se entreolharam mais uma vez, mas acabaram entrando na Van e cada um sentou em um canto.
O caminho todo foi silencioso com Mikael dirigindo enquanto mascava chiclete tranquilamente. Pela primeira vez eu estava nervoso de verdade para um roubo, pois eu sabia que tudo pesaria em cima de mim se algo desse errado. Planejei tudo sozinho secretamente e agora envolvi todos nisso.
Poderia tudo dar certo ou tudo dar errado.
— Estamos chegando, todos já sabem o que fazer? — Perguntei e eles assentiram, mesmo estando emburrados ainda. Quando Mikael estacionou, nos olhamos e assentimos, dando oficialmente início ao roubo. Chris, Chaz e Nolan me acompanharam saindo da Van com as bebidas em mãos, Mikael permaneceu na Van e se afastou da entrada, indo para a parte de trás da mansão onde iria ocorrer o leilão.
— Quem são vocês? — Barrou a mulher na portaria.
— Os garçons, estavam faltando essas bebidas e fomos buscar. — Respondi calmamente.
— Então entrem logo, falta pouco para começar. — Ordenou nos puxando para dentro. Parecia estar completamente estressada e atolada com toda a organização, mesmo aparentando ainda ser nova. Adentramos e seguimos a rota do mapa que havíamos estudado mais cedo, levando as bebidas para cozinha e pegando os aventais, assim como os garçons faziam.
As bandejas com bebidas nos foram entregues e então começamos a servir entre as pessoas do enorme salão, todas refinadas, com roupas deslumbrantes esbanjando suas joias, e estavam ali atrás de mais joias.
O almoço já havia passado, estavam no salão esperando o início do leilão, e assim o início do meu show particular.
Passei entre as pessoas servindo os champanhes recebendo algumas olhadas de arrancar pedaço de algumas mulheres bem mais velhas que estavam acompanhadas por seus maridos. Com certeza elas eram do tipo de trair o marido rico com homens mais jovens.
Uma mulher acompanhada por seu marido com uma expressão completamente rabugenta olhou para mim mordendo seu lábio inferior. Mostrei meu sorriso discreto fazendo-a me olhar com desejo, depois segui de volta para cozinha quando informaram sobre o início do leilão. Não faria mal eu brincar com as expectativas dessas mulheres, não é?
Chris, Nolan e Chaz chegaram logo depois, a cozinha estava vazia, todos os demais garçons estavam no local do leilão para servi-los com as bebidas, então era hora de começarmos. Chris, Nolan e Chaz se afastaram indo para suas posições, quando me virei para também sair da cozinha, a mulher de mais cedo adentrou procurando por algo, abrindo um sorriso gigantesco quando me viu. Droga.
— Senhora, aqui é só para funcionários. — Disse nervoso, tentando guia-la para fora antes que alguém voltasse. Precisávamos agir agora e ela atrapalharia tudo.
— Ei, calma, não precisamos ter pressa em sair. — Ela disse envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço. Ela era bonita, mas já tinha seus traços da idade marcando seu rosto, mas não aparentava ter mais de quarenta e cinco anos.
— Me desculpe, senhora, mas preciso trabalhar, poderia por favor voltar ao leilão?
— Você não me pareceu tão sério quando sorriu para mim. — Agora ela mexia em minha gravata, mordendo seus lábios, sendo sensual pra caralho. Ela tinha cara de ser super experiente, e não digo isso só pela idade, muitas pessoas novas tem tanta experiência quanto uma mais velha.
Mas se eu não quisesse perder mais tempo, precisava fazer algo a respeito, mesmo que isso envolvesse magoá-la.
— Senhora, estava apenas sendo educado, não me interesso em comprometer meu trabalho para satisfazer uma mulher velha e frustrada com seu próprio casamento. — Ela arregalou seus olhos, completamente ofendida. — Procure outra pessoa, não a mim. Agora poderia, por favor, se retirar? — Ela suspirou forte com seu rosto queimando em raiva, batendo forte em meu rosto e saindo batendo o pé logo depois. Apoiei minha mão no lugar onde aquela piranha havia batido, então me afastei olhando para todos os cantos, para ver se ainda estava tudo sobre controle.
— Justin? Cadê você? — Escutei a voz de Chaz na escuta em meu ouvido.
— Tive um imprevisto, se prepare, vou começar. — Então me escondi atrás de uma pilastra próxima ao salão do leilão, pegando o pequeno controle em minha mão. Encarei o botão vermelho por um tempo, até que posicionei meu dedo e apertei. As caixas de som que Will havia trago mais cedo começaram a soltar fumaças, começando a deixar as pessoas preocupadas e desnorteadas. Christian e Chaz apareceram na entrada do salão fechando as portas rapidamente e trancando-as lá dentro. Em trinta segundos a gritaria de antes de formou em silêncio, então Mikael entrou trazendo as máscaras de gás. As colocamos e abrimos as portas, indo em direção as caixas de vidro que protegiam as joias. Quebramos uma por uma e colocamos todas dentro das sacolas.
Todas as pessoas estavam inconscientes e ficariam assim por alguns minutos.
— Rápido, vamos. — Disse quando pegamos as últimas joias. Saímos do cômodo e levei um susto quando demos de cara com a mesma mulher. Puta que pariu, isso só podia ser gozação com a minha cara. Ela nos olhou assustada, aparentemente foi ao banheiro depois do fora que recebeu de mim, seu rosto parecia inchado, como se tivesse chorado. Ela olhou para nós cinco com as sacolas nas mãos e as mascaras de gás, depois olhou para o salão logo atrás de mim com todas as pessoas desmaiadas, quando assimilou o que estava acontecendo, começou a gritar. Droga, droga, droga.
— Ignorem, só corram. — Mikael disse correndo em direção à porta dos fundos. O seguimos e só paramos de correr quando alcançamos a Van. — Rápido, rápido! — Mikael gritou. Entramos correndo com ele pisando no acelerador e nos tirando dali. Corremos por algumas ruas até que notamos que não estávamos sendo seguidos. Suspirei aliviado.
— Ainda bem que estávamos com as máscaras de gás. — Disse Nolan respirando ofegante. Resolvi não contar que havia conversado com aquela mulher antes do roubo e que talvez ela pudesse ter me reconhecido, o importante é que tudo deu certo no final, não estávamos sendo seguidos e logo à poeira iria se abaixar.
Chegamos em um terro baldio onde nossos carros já estavam nos esperando com Will e alguns de meus seguranças. Queimamos a Van do bufê e passamos as joias para os nossos carros, já dividindo as nossas partes.
Havia mais de dois milhões só em joias.
— Fiquem sossegados agora, daqui a pouco estará em todos os noticiários. — Mikael alertou, como se não já soubéssemos.
— Obrigada pela ajuda, vocês dois. — Disse para Mikael e Will. Eles assentiram em resposta e então entramos em nossos carros e nos afastamos daquele lugar. Como eu sabia que sair hoje seria impossível devido às circunstâncias, peguei meu celular e dei o primeiro passo em uma coisa que já estava ansioso há tempos. — Boa tarde, gostaria de marcar um horário em minha residência hoje ainda.
POV. Kelsey
Fiquei na varanda esperando por alguma coisa, qualquer coisa que indicasse que estavam chegando. Quando escutei barulhos de carros, saí correndo do quarto e desci as escadas encontrando Caitlin já indo em direção à porta de entrada. Talvez estivesse tão ansiosa quanto eu, mas como estávamos brigadas, ficamos em nosso canto.
Corri também para a entrada avistando todos eles saírem de seus carros com sacolas pretas enormes em mãos. Justin tinha um sorriso deslumbrante, me deixando mais aliviada.
— Pelo visto foi um sucesso. — Disse Caitlin sorrindo e indo ajudar o irmão.
— Olá meu amor. — Justin me beijou com ternura e me guiou para dentro junto com ele. Não precisávamos nos preocupar com vizinhos, essa mansão ficava afastada das outras da vizinhança.
— Vocês fizeram um roubo. — Olhei para várias sacolas que Chaz, Christian e Nolan também traziam consigo. — Não acredito que fez um roubo, poderia ter sido muito perigoso, Justin.
— Foi um leilão, a entrada sempre é fácil. — Ele largou as sacolas sobre a mesa do escritório e várias joias saíram da mesma. Eram deslumbrantes. — Olha pra essas belezinhas, valem uma fortuna.
— É, elas são joias legítimas, óbvio que valem.
— Já almoçou? Estou morto de fome. — Disse tirando seu paletó e afrouxando sua gravata, se livrando dela logo depois e abrindo sua camisa. Ficou extremamente sexy.
— Não, mas adoraria comer. — Murmurei olhando para seu peitoral e sua barriga sarada.
— Sei bem o que você adoraria comer. — Fui pega de surpresa quando ele me puxou contra o seu corpo e me prensou sobre a mesa, sorrindo maliciosamente para mim. — Mas primeiro você precisa comer alguma coisa, depois você comerá a sobremesa Bieber.
— Sobremesa Bieber? — Dei gargalhada.
— É a melhor que tem, quem prova vicia. — Então esbarrou seus lábios nos meus, me beijando com ardor. Quando eu estava completamente cedendo aos seus beijos e meu corpo ansiando por mais, a porta do escritório foi aberta. Olhamos para a porta e Caitlin nos olhava com um sorrisinho no rosto.
— Educação mandou lembranças. — Alfinetei. Ela abriu mais ainda seu sorriso e me ignorou.
— Tem um homem engravatado aí fora, mando entrar ou...
— Sim, estou esperando por ele, pede para entrar. — Caitlin se afastou e eu olhei para Justin, buscando por alguma resposta. Desci da mesa e arrumei minha roupa quando ele abotoou novamente sua blusa, arrumando sua roupa em seu corpo.
— Quem é esse homem?
— Logo irá saber. — Justin recebeu o rapaz na porta depois das suas três batidas, ele aparentava ter seus trinta e poucos anos, vestia um terno marfim e óculos de grau.
— Boa tarde, senhor Bieber, vim assim que me pediu.
— Obrigado, David. — Os dois se cumprimentaram e então Justin se aproximou de mim. — Essa é minha noiva, Kelsey Jenner.
— É um prazer. — Entendi minha mão para ele e nos cumprimentamos.
— Prazer é todo meu. — Ele sorriu gentilmente. — Podemos começar?
— Claro, sente-se. — Justin ofereceu e David se sentou, Justin me puxou para ele me deixando ainda mais confusa sobre o que se tratava tudo isso.
— Justin, o que está acontecendo?
— David está aqui para marcarmos a data do nosso casamento. — Fiquei espantada me pegando completamente de surpresa. Completamente.
— O que? — Dei um sorriso escapar, com a empolgação crescendo dentro de mim. Marcar a data do nosso casamento, meu Deus, isso estava mesmo acontecendo?
— Isso mesmo que ouviu. — Ele sorriu ao ver minha expressão animada misturada com emoção. — Vamos marcar agora nosso casamento, não posso mais esperar para que você seja oficialmente a senhora Bieber. — Soltei gritinhos de empolgação e o beijei, esbarrando meus lábios nos dele com força.
Eu também não podia mais esperar por esse dia.
NOTAS FINAIS: Olá amores, desculpem pela demora, semana passada foi minha última semana de férias então aproveitei haha. Desculpem pelos erros no capítulo, terminei de escrevê-lo agora e não revisei. FALTAM 14 CAPÍTULOS PARA O FIM DE AFG. O final está próximo, estão preparados para todas as emoções dos próximos capítulos? A coisa vai esquentar, e muito haha. Obrigada por todo o apoio e todos os comentários no último capítulo postado, vcs são incríveis. Se Deus quiser nos veremos no próximo fim de semana, mas se isso não acontecer, já sabem, só esperar pq eu sempre volto para vocês hahaha. Um beijão lindas <3
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