Without Her - Parte 2


POV. Justin



Enquanto ela rebolava em cima do meu membro, eu jogava seus cabelos escuros para o lado, para poder ter uma visão melhor dos seus seios. Ultimamente minha preferência era morenas, apenas morenas.


Nada de loiras.


Depois quando ela foi embora tudo voltou a ser como era antes, e como sempre deveria ser.


Ela se inclinou em minha direção para me beijar quando a porta do quarto foi aberta.


— Achei você. — disse Ryan me encarando puto. Porque ele está nervoso? Eu que deveria estar, ele que estava interrompendo a minha transa.


— O que faz aqui, Ryan? Está me interrompendo, não está vendo? — apontei para a mulher nua em cima de mim, tentando esconder as partes do seu corpo, como se ela nunca já estivesse ficado pelada na frente de vários homens ao mesmo tempo. Me poupe. 


— E vou continuar interrompendo, estamos esperando você a uma hora no escritório. — quando eu ia abrir a boca para protestar, lembrei do que ele estava falando.


— O planejamento do roubo, droga. — murmurei colocando minha mão na cabeça. — Esqueci completamente.


— Da mesma forma que anda esquecendo de todas as outras coisas que andamos planejando. — exclamou, irritado. — Porra, Justin, nesses últimos três meses você vem esquecendo de todos os compromissos, isso tudo aqui não se mantém sozinho, precisamos investir, precisamos de grana.


Joguei a puta de lado na cama, tirando ela de cima de mim e me levantando, pegando minha cueca e a colocando rapidamente.


— Vista-se e saia da mansão. — falei para a vadia, pegando minha carteira e jogando qualquer dólar em cima dela, sem nem olhar. — Vamos para o escritório. — coloquei apenas uma calça e passei por Ryan, indo para o escritório, com ele me seguindo logo atrás.


Quando chegamos lá todos já haviam saído.


— Onde estão todos? — cruzei o cenho ao ver o cômodo vazio.


— Eu os liberei, a reunião já devia ter acabado a essa hora, foi você que faltou.


— Você os liberou? — arqueei a sobrancelha. — E desde quando manda aqui, Butler?


— Desde quando você perdeu a cabeça e não é mais o mesmo desde que Kelsey foi embora.


Olhei pra ele incrédulo, como ele ousa pronunciar o nome dela? Eu proibi a todos de falarem dela nessa casa.


— Está maluco Butler? Primeiro começa a mandar como se fosse o dono, agora pronuncia o nome dela na minha frente?


— Está vendo só como isso te afeta? Você está agindo assim por causa dela. Desde que ela foi embora você só pensa em tentar esquecê-la, sai a cada dia com uma puta diferente, ao invés de repassar as mercadorias para conseguir uma grana, você fica a noite inteira nessa porra de escritório se drogando, acha que não sei? Acha que não sabemos que está ficando em falta nas boates? Ou que você não está fazendo contrabando?


— Que porra é essa? Hein? — fui pra cima dele, puxando ele pela camisa, deixando ele cara a cara comigo. — Quem você pensa que é para achar que pode falar assim comigo?


— Seu melhor amigo, que te conhece mais do que você mesmo, e eu sei que está sofrendo por ela, você vai acabar se matando, irmão.


— Fala sério, Butler. — o soltei me afastando. — Se eu não morro de ressaca ou overdose, não vai ser por amor que vou morrer.


— Então agora você a ama? — eu o encarei puto e ele riu pelo nariz se sentando na poltrona. Me sentei em minha cadeira e fiquei pensativo, depois voltei a olhar para ele.


— Devo desculpas a todos vocês, eu sei disso, não vou mais faltar com meus compromissos.


— Você tem que deixar de ser orgulhoso e confessar para si mesmo o que está sentindo. Você a ama e sente falta dela, está na cara.


— Você confunde amor com vontade de trepar, tudo começou apenas por sexo, só isso.


— Eu desisto. — suspirou irritado e se levantou da poltrona. — Chega desse papo, ainda podemos resolver sobre negócios. Tem um traficante de Harlem, Nova York, na cidade, ele mandou um e-mail para Christian querendo tratar de negócios com o grande Bieber.


— "Grande Bieber"? Já gostei dele. — apoiei meus braços na mesa. — E sobre o que iríamos negociar?


— Um grande carregamento de heroína, a heroína mais pura vista no Harlem agora aqui no Canadá, tem noção do quanto iríamos lucrar? Podemos conseguir 250 milhões de dólares só com ela, ou até mais.


Aquilo estava me parecendo muito animador, pelo menos alguma coisa boa tinha que acontecer.


Fui para o meu quarto tomar um banho e trocar de roupa antes de sairmos para encontrar com esse traficante. Quando saí do banheiro indo para o closet, apenas com a toalha enrolada na cintura, algo me chamou atenção.


Fui em direção a um tecido preto brilhoso caído no canto do closet, quando o peguei na mão, era um vestido de Kelsey. Era como se eu pudesse vê-la vestida nele, com seus cabelos loiros e compridos caídos pelos ombros.


Peguei o tecido e o levei para perto do meu rosto, sentindo o cheiro do seu perfume intacto na roupa. Mas que porra, Bieber.


Joguei o tecido com força no chão e fui em direção as minhas roupas. Quando ordenei a nova empregada para tirar todas as coisas que Kelsey havia deixado para trás, ela não deve ter visto quando deixou esse vestido cair.


Incompetente como sempre.


Terminei de me arrumar e peguei o vestido, indo para o antigo quarto de Kelsey, abrindo a porta e o jogando lá dentro, mas quando pensei e fechar a porta, fiquei parado observando tudo.


Todas as coisas que ela deixou para trás eu mandei colocá-las aqui, e eu nem sei o porquê. Algumas roupas, perfumes, maquiagens, entre outras coisas que não deu para ela levar, ela deixou, e eu coloquei tudo aqui.


Porque eu não me livro disso tudo?


Tudo parecia tão confuso, esses últimos três meses foram confusos, uma hora eu queria ligar e dizer que sentia sua falta, outra hora eu queria mandar ela se foder, outra hora eu estava quase comprando passagens para ir para onde ela estivesse, e depois já estava querendo que ela morresse.


Tudo entre nós dois sempre foi uma mistura de sentimentos, mas esses últimos três meses foram os piores.


Fiquei irritado ao imaginar ela aqui com Castiel, como várias vezes eu já vi, com certeza foi aqui que tiveram sua primeira vez. Apertei a maçaneta com força e fechei a porta com tudo, com tanta força que tenho certeza que todos da casa ouviram.


— Hey, patrão, tudo tranquilo? — Kenny parecia assustado, provavelmente achou com o barulho que alguém estivesse arrombando a porta de entrada.


— Tudo ótimo. — falei ríspido e passei por ele, indo em direção a garagem, Ryan já deveria estar me esperando.


Fomos no meu carro, com Tyga tocando no último volume, mas ao invés de eu ficar repassando na minha cabeça sobre todo esse lance do carregamento, toda a nossa conversa sobre Kelsey passava por minha cabeça. Eu sempre agi dessa forma, não estava agindo assim por sentir falta dela.


Porque eu sentiria falta dela?


Estacionei minha Ferrari na minha vaga reservada e entramos no estabelecimento que estava lotado. Cumprimentei algumas pessoas conhecidas, e até desconhecidas, eu não as conhecia mas eu sabia que elas me conheciam muito bem, afinal, eu sou o Justin Bieber.


— Olá, chefe. — Kristin sorriu pra mim. — O que vai querer?


— Vodca. — pisquei pra ela.


— E você Butler?


— O mesmo gatinha, vou acompanhar meu irmão.


— Tudo bem. — ela sorriu e se afastou, indo pegar as bebidas.


— Onde ele está? — sussurrei e Ryan olhou ao redor.


— Ele disse que viria até nós.


Tudo tinha que ser discreto.


Ele não confiava em nós o suficiente como nós também não confiávamos nele o suficiente para marcarmos em um lugar mais reservado. Demon era a melhor solução para os nossos problemas, tudo seria discreto e não teria o problema de um querer arrancar a cabeça do outro — apensar de que mesmo aqui isso não me impediria.


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— Mal chegaram e já vão de Vodca? — um rapaz negro se sentou ao meu lado. — Não vai ser eu que vou pedir diferente. Uma pra mim também. — olhou para Kristin e sorriu, com ela indo pegar sua bebida. — É um prazer, Sr.Bieber, sou Vicent. — me endireitei na mesma hora, ficando na defensiva, dando uma olhadinha para Ryan e para os meus outros seguranças ao redor disfarçados.


— Não acha que está se arriscando estando em um território tão diferente? — beberiquei minha Vodca e continuei olhando ao redor o movimento.


— Com certeza estou, mas preciso de grana, e sei que você tem muita, como também vai querer lucrar.


— E porque não pegar grana com algum mafioso do seu próprio território?


— Vamos dizer que causei muitos problemas para maioria.


— Tipo?


— Com o último... bom, dormi com a mulher dele. — ri pelo nariz e bebi de novo minha Vodca, então olhei pela primeira vez para a cara do rapaz, ele aparentava ter trinta e poucos anos e era barbudo.


— Não foi uma escolha muito sábia, se fosse comigo já teria arrancado seu pau junto com suas bolas.


Ele riu.


— Não que ele não tivesse tentado, mas também me deixou na merda, esse carregamento é tudo que tenho e preciso da grana.


— Preciso analisar primeiro, ver se realmente vale a pena.


— Trouxe uma amostra. — olhei para Ryan e ele assentiu, então voltei a encará-lo.


— Então deixe comigo, ainda essa semana peço Christian para entrar em contato. — ele passou discretamente um frasco em minha direção. Peguei e coloquei discretamente na manga do meu casaco.


— Apenas essa semana Bieber, depois disso passo a mercadoria para outro se não me der certeza de nada.


— Já disse que essa semana entro em contato, então eu vou. — disse ríspido, odiava quando não confiavam em minha palavra.


— Excelente. — ele virou toda sua Vodca e se levantou. — Não vou dar mole, estou indo, aguardo sua ligação. — então se retirou entrando no meio da multidão.


— O que você acha? — perguntei olhando para Ryan.


— Vamos ver se é boa e se vale mesmo apenas, só sei que no Harlem ela está dando o que falar.


— Será que vamos conseguir fazer essa mercadoria dessa proporção entrar?


— Já conseguimos fazer várias entrar, esse não vai ser o problema.


— Bieber? — escutei uma voz familiar atrás de mim, me fazendo virar e encarar Castiel com toda a raiva que eu conseguia.


— Você continua vindo no meu estabelecimento? Você não é bem vindo aqui.


— Eu estou sempre vindo aqui para tentar encontrar você, preciso sabe como está Kelsey.


Eu gargalhei.


— Você está tirando uma com a minha cara não é? — me levantei e fui em sua direção com Ryan vindo logo atrás, ficando ao meu lado para impedir que eu faça algo, como se ele fosse me impedir de fazer algo.


— Não, não estou, não tenho notícias dela a três meses, preciso saber se está bem.


— E como eu vou saber? Não me interessa.


— Como assim? — ele pareceu confuso. — Ela não mora mais com você?


— Achou que depois de tudo ela iria continuar morando comigo? Achava que fosse mais esperto, Farnell.


— Onde ela está?


— Eu não sei porra, e não quero saber. — rosnei com raiva. — Agora suma daqui. — voltei a me virar e a me sentar no balcão, minha Vodca gelada já estava me aguardando. Peguei o copo e virei com tudo, com a bebida descendo queimando.


— Vocês terminaram? Você realmente a deixou ir por causa daquilo? Olha, Bieber, eu que achava que você era inteligente.


Voltei a me virar para encará-lo.


— Como é que é? — dessa vez Ryan ficou no meio, mas isso não iria me impedir, se ele entrasse na frente, iria levar porrada também.

— Isso mesmo que ouviu. Se ela gostasse de mim teria ficado comigo, não com você, como é trouxa de ter deixado algo do passado interferir? Era você que ela queria, não eu nem ninguém, e se você não for atrás dela, eu irei, e não me culpe se depois por acaso os pensamentos dela não forem mais você. — então ele se virou e seguiu em direção a saída. Avancei para ir em sua direção, mas Ryan me segurou.

— Ele tem razão, Justin. — o encarei puto.

— Está defendendo ele?

— Estou defendendo o que é certo. Ele está coberto de razão, ela gosta de você e você dela, não perca mais tempo, você sabe que sente falta dela, você ouviu ele, se você não for ele vai, não entrega ela de mão beijada.

Olhei na direção em que Castiel havia ido embora e imaginei Kelsey em seus braços. Ele não podia tê-la, ele não podia ter o que é meu.

Eu jurei pra mim durante três meses que estava bem, que tinha tudo sobre controle, que eu estava melhor assim com a minha vida de antes de volta. Mas na verdade eu sabia que estava mentindo para mim mesmo.

Eu sentia falta dos seus cabelos loiros, de sentir a maciez da sua pele, de acordar e vê-la dormindo ao meu lado, do seu cheiro na roupa de cama, de ouvir o som da sua voz, de ouvi-la me chamar de Bizzle, o tom das suas íris azuis me olhando, de tudo, tudo que tinha a ver com ela.

Eu não tinha notado até esse momento o quanto ela me fazia falta, só em pensar em perde-la.

— Você acha que eu devia ir atrás dela? — perguntei por fim, mesmo sabendo sua resposta.

Ele sorriu e deu uns tapinhas em minhas costas. Eu sabia que ele estava me encorajando e orgulhoso por eu finalmente ter caído em si.

— Eu acho que você já deveria estar em Los Angeles.

— Então ela está em Los Angeles? — perguntei rapidamente, com ele rindo do meu desespero.

— Sim, ela está lá.

— Então eu acho que eu já deveria estar lá também. 





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