Win The War



POV. Kelsey


Coloquei minha mala no carro e fui em direção a porta do motorista.


— Não vai comigo em meu carro? — Ouvi a voz de Justin e nem me dei ao trabalho de encará-lo.  


— Não! — Curta e grossa. Entrei em meu carro e pude ouvir Justin resmungar um "porra" antes de eu fechar a porta.


Fiquei de cara virada para ele depois da nossa última conversa.


Como ele ousa dizer que Jenna teria feito amizade comigo por puro interesse? Depois de tudo que ela fez por mim? Jenna é como uma mãe para mim, ele deveria saber que eu não aceitaria isso assim tão fácil.


Jenna ficou triste por mal ter chegado e eu já ter que ir passar o fim de semana longe, mas estaríamos de volta na segunda, seria por pouco tempo.


Durante o caminho Justin tentava ficar ao meu lado com sua Lambo, mas eu sempre acelerava ou cortava carros para me afastar dele.


Quando chegamos ao aeroporto os seguranças pegaram nossas malas e nos ajudou a levá-las. Fiquei caminhando lado a lado com Caitlin enquanto conversávamos distraidamente, mas de repente senti algo estranho em minha mão. Os dedos de Justin se entrelaçaram aos meus e logo estávamos de mãos dadas (não pela minha vontade)


Suspirei e continuei a olhar para frente, fingindo que ele não estava ao meu lado e que não estávamos de mãos dadas. Caitlin continuava tagarelando sem notar no clima tenso entre mim e Justin.


Fizemos o Check-in e aguardamos a liberação do jatinho de Justin. Nossas malas foram despachadas e logo já estávamos passando pelo portão de embarque, sendo conduzidos em direção ao seu jatinho privado.

Andando pelo asfalto na grande pista, de longe você já o avistava, era impossível não o enxergar com o sobrenome BIEBER grande em ouro na "cauda".


— Prazer Sr.Bieber, sou o piloto John. — Justin apertou sua mão, o cumprimentando. — Vou ser o piloto de vocês. As malas já foram postas no jatinho, podemos prosseguir?


— Sim, o mais rápido possível.


— Sim senhor. — O piloto começou a entrar no jatinho e eu e Justin fomos logo seguida com os outros entrando logo depois.


Me sentei na janela e rapidamente Justin sentou ao meu lado. Caitlin se sentou na poltrona de frente para mim e Christian ao seu lado. Chaz se sentou na poltrona ao lado de Justin e Ryan na poltrona ao lado de Chris. Nolan se sentou na poltrona na parte da frente sozinho. Me levantei fazendo Justin me encarar de cenho franzido enquanto observava meus movimentos. Me sentei ao lado de Nolan e pude o escutar bufar.


— O que está pegando com você e o Bieber? — Nolan sussurrou em meu ouvido.


— Ele só falou umas coisas que não me agradaram, deixa ele sofrer um pouquinho.


— Homem na sua mão sofre, mas é sortudo. — Cantarolou indo pegar uma bebida. Meu celular apitou avisando ser uma mensagem nova. Senti vontade de rir assim que comecei a ler.


"Está de brincadeira, né? Volte para cá" — Justin.


Apenas deixei no silencioso e voltei a bloquear a tela, sem responder. Sabia que Justin estava me vendo e sabia que eu não iria responder e muito menos me senta ao seu lado.


E seguimos viagem assim, o bom disso tudo é que Nolan me deixou ficar na janela.


Quando aterrissamos todos entramos no mesmo carro alugado, uma SUV preta que nos levaria ao hotel.


Me sentei na janela com Caitlin ao meu lado, Justin se sentou de frente para mim enquanto conversava animado com os garotos, mas não me deu muita atenção, melhor assim.


— O que deu com você e Justin? — Caitlin murmurou baixo.


— Ele só disse algo que não gostei, depois te explico. — Ela assentiu e logo entrou na conversa com os garotos.


Fiquei quieta admirando a cidade.


Não é apenas a maravilhosa vista que chamava atenção nessa cidade, com a antena do icônico CN Tower que faz do centro de Toronto uma área tão emocionante para se visitar. Há também a praça Yonge Dundas, banhada pelo brilho de neon e dos outdoors animados, lembrando muito a Times Square. Agitados bares e boates na King Street West, e há ainda o PATH, o maior shopping subterrâneo do mundo que se alonga por 28 quilômetros.


Caitlin prometeu que me levaria lá.


Rapidamente chegamos ao Four Seasons Hotel e seguimos rapidamente para a recepção, todos estávamos querendo um banho relaxante e uma deliciosa comida.


— Gostaria que levassem serviço de quarto para minha suíte. — Justin disse para a recepcionista que parecia procurar por algum cardápio. Parecia que ele queria fazer logo o pedido antes de subir.

Justin escolheu e fechou o cardápio, fazendo se pedido e pegando seu cartão-chave.


— Esqueceu de alguém. — Murmurei com ele me encarando pela primeira vez desde que descemos do avião.


— Estou pedindo para minha suíte, você peça para você. — Cruzei o cenho e o encarei, cruzando os braços.


— Como assim? Não vamos ficar na mesma suíte?


— Porque eu iria querer ficar na mesma suíte com alguém que não quis seguir voo comigo? — Disse me encarando de frente com todos na recepção parados nos olhando.


— Tudo bem, se acalmem gente. — Caitlin balbuciou, mas eu a ignorei.


— Se é assim, que assim seja. — Voltei a olhar para a recepcionista, o ignorando.


— Outra suíte para mim. — Pedi, mas a recepcionista continuou parada olhando para a minha cara.


— O quarto mais barato para ela, por favor. — Justin disse sorrindo cinicamente enquanto ela rapidamente providenciou a chave me entregando. Então era assim, ela só obedecia a ele porque ele era o chefão aqui?


Justin sorriu para mim e pegou seu cartão-chave da sua suíte e começou a caminhar em direção ao elevador.


— Tudo bem, Kells, pode ficar comigo na minha suíte. — Caitlin disse.


— Nada disso. — Justin parou no meio do hall e nos encarou. — Se eu souber que ela ficou na sua suíte eu expulso você da equipe e da mansão, fique avisada. — Então entrou no elevador.


Todos ficamos parados olhando um para a cara do outro.


— Que bicho mordeu ele? — Perguntou Ryan.


— Você quis dizer que bicho mordeu os dois, não é? Ou não reparou na Kelsey deixando Justin viajar "sozinho"? — Chaz balbuciou. — Ele ficou muito puto, pode ter certeza. — Disse agora olhando para mim.


— Disso eu já sabia, mas tive meus motivos e ele sabe disso. Quer saber, tudo bem, não vou morrer, já dormi em quarto de empregada, lembram? — Me virei e peguei a chave com a recepcionista. — Vejo vocês mais tarde. — Fui em direção ao elevador e fui para o meu quarto no décimo andar.


Quando você está acostumada com a cobertura fica complicado, mas também não era a morte.


Abri a porta do quarto e olhei tudo ao redor. Uma mini geladeira, uma cômoda, uma cama de casal, tudo limpinho, simples, mas aconchegante, não iria ser tão ruim assim.


Senti meu celular vibrar, o peguei do bolso da calça e vi ser uma foto de Nolan exibindo sua banheira de hidromassagem.


"Vai a merda", mandei a mensagem e comecei a rir. Muito idiota.


Joguei o celular na cama e arrastei minha mala para o canto do quarto. Abri a porta do banheiro e como eu suspeitava: nada de hidromassagem.

Havia tudo normal que um banheiro tinha, ducha, pia, espelho, toalhas, mas tudo era muito aconchegante.


Tomei um banho relaxante e troquei de roupa, pegando um pacote de biscoito e uma garrafa de água que eu havia trago do jatinho, não iria comprar nada aqui também, só de birra.


Depois de comer o biscoito e beber um pouco da água, tentei dormir já que tudo foi corrido pela manhã e logo eu teria que ter pique para enfrentar uma boate a noite.


POV. Justin


Kelsey as vezes se esquecia de quem mandava aqui. Às vezes todos se esqueciam de quem realmente mandava aqui, por isso é sempre bom refrescar a memória deles. Eu sou o chefe, é a mim que devem obediência.


Quando terminei de comer, pedi na recepção para me avisarem sobre todos os passos de Kelsey Jenner no décimo andar. Se sair do quarto para alguma coisa, se pedir comida, tudo eles devem me informar, além dos seguranças que eu deixei fazendo rondas pelo seu andar e outro que se hospedou no quarto da frente.


Os mesmos procedimentos que eu faço nos andares em que estou hospedado: Rondas, seguranças hospedados nos quartos próximos e aparelhos de emergência onde seus respectivos aparelhos começam a apitar avisando de algo errado se eu acionar.  


Além de Christian ter seu notebook com as imagens das câmeras dos corredores onde estamos hospedados.


Apenas de cueca boxer caí em cima da cama, tiraria essa tarde para descansar antes de ter uma longa noite para aturar as birras de Kelsey.

"Plim-Plim" escutei um barulho irritante do meu notebook. Abri apenas um olho e vi um pedido de chamada de vídeo de Christian. Se fode, porra.


Levantei vagarosamente e me sentei na cadeira onde meu notebook se encontrava em cima da mesa. Cliquei em "Aceitar" e aos poucos a imagem de Christian foi ficando mais nítida até que a imagem em vídeo ficou perfeita.


— Obrigada por me acordar. — Resmunguei.


— Estamos aí, é só pedir. — Revirei os olhos e ele riu pelo nariz. — Mas é sério, tenho uma parada para falar com você.


— Eu espero que tenha mesmo e que seja importante para ter me acordado.


— Eu tirei só um cochilo porque perdi o sono depois de um pesade....


— Me poupe dos seus pesadelos bebê, o que é? Quer que eu leve leitinho quente antes de dormir? — Ele revirou os olhos.


— Não é isso. Perdi o sono então comecei a minha procura sobre o passado de Jenna, e achei uma coisa interessante.


— Tipo? — Me curvei em cima da mesa apoiando meus cotovelos, concentrado.


— Vou falar tudo completo sobre ela que eu já descobri até agora. Seu nome é Jenna, Lilian Roberts, tem atualmente 39 anos, veio de uma boa família de classe média alta, e foi isso que me deixou intrigado.


— Se ela veio de boa família porque está trabalhando como empregada? — Deduzi, então Christian continuou.


— Não é só isso, descobri que aos dezoito anos fugiu de casa. Se tinha uma boa família porque fugiria? — Ficamos nos encarando de cenho franzido por um longo tempo tentando assimilar as informações.


— Sei lá, talvez o pai não queria que ela seguisse a profissão dos sonhos e resolveu fugiu de casa ou qualquer outra coisa parecida, muitos pais ricos querem que seus filhos fazem o que eles querem, talvez ela só queria liberdade.


— Pode ser. — ele deu de ombros. — Mas ainda assim não sabemos se é verdade.


— Pelo menos já entendemos porque é empregada hoje em dia, se tivesse ouvido os pais... — Balbuciei e Christian riu. — Continue procurando, me mantem informado. — E desliguei a chamada em vídeo.


 Olhei para a hora e já era dezoito horas. Tomei outro banho e troquei de roupa, indo logo depois em direção ao elevador. Assim que cheguei na recepção, fui em direção a mesma recepcionista de cabelos castanhos preso em um coque e olhos escuros que nos recebeu mais cedo.


— Boa noite, Sr.Bieber, posso ajudar? — Olhei para a placa com seu nome em seu uniforme.


— Sim, Barbara, poderia me dar a chave reserva do quarto da Kelsey Jenner?


— Não temos permissão para isso senhor. — Encarei ela por um tempo e então sorri, meu melhor sorriso sínico.  


— Vai querer do jeito fácil ou do jeito difícil? — Ela engoliu em seco e ficou paralisada por um tempo, assustada, pegando logo depois rapidamente a chave e me entregando. — Preferiu do jeito fácil, boa garota. — Dei uma piscadela e voltei para o elevador, indo para o décimo andar.


Corredor mais simples do que os das suítes, mas tudo naquele hotel era agradável. Estávamos em um hotel cinco estrelas, seria surpresa se tudo não fosse agradável.


Abri vagarosamente tento uma bela visão de Kelsey vestida apenas com uma regata e calcinha. Ela estava deitada de bruços com sua cabeça afundada no travesseiro. Sua perna direita estava coberta, mas sua bunda e a perna esquerda estavam expostas.


Entrei e encostei a porta devagar, mas na hora de fazer o "click" da porta se fechando, ela acordou assustada, com seus olhos azuis me encarando.


— Que susto. — Esbravejou irritada, colocando sua mão direita sobre o peito. — Quase tive um infarto, achei que alguém estava entrando, e parece que alguém realmente entrou. — Me encarou de mal humor, abrindo seu lençol e ajeitando em cima do seu corpo, ficando toda coberta dessa vez, que pena.


— Não queria ter te acordado, só queria ver se estava bem.


— Agora já viu, pode ir. — Ela cruzou seus braços emburrada e ficou olhando para o outro lado do quarto, sem me encarar.


— Não adianta ficar irritadinha, você sabe muito bem porque está aqui.


— Isso é sério? — Agora ela estava me encarando. — Você está agindo como minha mãe "Você sabe porque te coloquei de castigo, não é?" — Ela fez uma voz diferente tentando imitar sua mãe, e eu creio que ela esteja se referindo a sua mãe adotiva.


— Às vezes você se esquece de quem manda aqui, isso foi para você se recordar.


— Acabou? — Ela arqueou uma sobrancelha e me encarou de um jeito sonso. Eu amava essa mulher, mesmo odiando quando me desobedecia ou quando não aceitava minhas ordens e rebatia comigo, eu amava a confiança que ela tinha, de encarar tudo de frente, exatamente como ela está me encarando agora, sem medo de consequências.


— Eu vim aqui para te levar lá para cima, você sabe... — Dei de ombros e comecei a andar pelo quarto, sem olhá-la nos olhos — Suíte Master, na cobertura, agora que está anoitecendo a cidade vai ficar iluminada, com uma bela vista do icônico CN Tower, mas... — Parei de andar e olhei para ela, com um sorriso divertido no rosto. — Decidi que você merece ficar aqui, aproveite. — Dei uma piscadela e saí do quarto, fechando a porta atrás de mim. Pude escutar seu gritinho dentro do quarto e comecei a rir enquanto fazia meu trajeto de volta para o elevador, indo para a cobertura.


Era maravilhoso estar no poder.


POV. Kelsey


Justin estava de brincadeira com a minha cara. Ele adorava me torturar, mas o que ele não sabia é que eu adorava jogar na mesma moeda. Ele poderia ter vencido a batalha, mas não a guerra.


Olhei para a hora e era quase sete da noite. Meu estômago roncou me avisando que a única coisa que eu havia comido hoje era um pacote de biscoito e bebido um pouco de água e que ele precisava de algo com mais sustento, de preferência pesadas e que me alimentassem mais.


Mas isso não iria acontecer, iria comer pequenas besteirinhas que haviam pelo quarto como cortesia do hotel, mas não pediria serviço de quarto, não quero que ele pague nada para mim.


Peguei um pacote de amendoim e o devorei em segundos, bebendo mais água logo depois e me sentindo mais "saciada", então liguei o chuveiro e bufei irritada ao ver que não havia água quente.


Justin me paga.


Tomei meu banho rapidamente e abri minha mala para escolher uma roupa para essa noite. Justin tinha seus truques, mas eu também tinha os meus.

Eu e Caitlin descemos juntas para a recepção, os garotos já nos aguardavam. Olhei ao redor e só depois encontrei Justin de conversinha com a recepcionista. Revirei os olhos e Caitlin segurou em meu braço o apertando de leve.


— Não se preocupe, isso é só um joguinho dele. — Caitlin me tranquilizou.


— Não estou preocupada. — Olhei para ela com um sorrisinho de lado. — Também sei jogar. — Sorri e Caitlin retribuiu meu sorriso, e eu pude notar naquele momento que ela iria se tornar minha aliada para qualquer coisa que eu quisesse fazer com Justin essa noite.


Pobre Justin, não sabe o que lhe aguarda.


— O que está planejando? — Sussurrou em meu ouvido quando já estávamos seguindo em direção as BMW alugadas que nos levariam para uma das boates de Justin.


— Lembra quando disse que você queria que eu fosse a Kelsey das festas em LA? — Caitlin arqueou uma sobrancelha para mim com um sorriso no rosto.


— Sim... — Respondeu cautelosamente, já suspeitando do que poderia vir depois. — Olhei para frente e caminhei determina em direção a linda BMW.


— Essa Kelsey está de volta hoje.

Os carros foram estacionados e logo depois já estávamos passando pelos grandes seguranças que estavam na entrada da boate. O ambiente estava escuro com jogo de luzes azuis em neon no momento, com algumas strippers dançando ao redor no Polly Dance, outras passando no meio da multidão com uma bandeja com bebidas.


Quando começaram a perceber que o dono da boate estava presente, todos começavam a cochichar, outros a cumprimentar Justin, toda aquela babação de ovo.


— Vamos pegar uma bebida, por favor. — Supliquei para Caitlin, estava me dando náuseas toda aquela puxação de saco. Caitlin riu e assentiu, nos conduzindo ao bar. — Vamos começar com duas doses de tequila Gold e depois vamos ficar só na vodca. — Ela me olhou de rabo de olha e riu dando de ombros logo depois.


— Tudo bem, você sabe o que está fazendo. Quatro tequilas Gold e dois copos de vodca. — Ela pediu ao barman que logo providenciou os nossos pedidos. A Gold era a mais forte e por isso era maravilhosa. Lambi brevemente a pele entre o polegar e indicador espalhando uma pequena pitada de sal na parte lambida, onde a saliva ajudaria a prender. Caitlin fez o mesmo procedimento e então com uma mão seguramos a tequila e com a outra o limão, olhamos uma para a outra e sorrimos antes de respirarmos fundo soltamos o ar lambendo rapidamente o sal, virando a dose de tequila goela a baixo e então mordendo o limão logo depois.


Jogamos nossas cabeças para trás para tentar engolir toda a tequila de uma só vez e sacudimos a cabeça devido ao forte gosto do licor. Logo meu corpo esquentou da cabeça aos pés.


Tequila Gold fazia jus ao nome.


Repetimos o mesmo procedimento com a outra dose de tequila e depois pegamos nosso copo com vodca indo em direção a pista de dança. Precisávamos pôr para fora todo o calor e agitação que nossos corpos estavam naquele momento.


Olhei de relance para cima e os garotos estavam na área VIP do Bieber. Justin estava com eles, sentado no meio de Ryan e Chaz. Ele olhou para mim e então desviei o olhar, me concentrando em Caitlin e os movimentos que ela fazia com a batida da música eletrônica.


Comecei a acompanha-la, dançando da forma como sempre fiz quando curtia festas com Scarlet.


Mas isso não chegava nem perto do que eu pretendia fazer.


Olhei para um Polly Dance e então apontei para Caitlin. Ela me olhou assustada, mas não esperei que falasse alguma coisa, fui em sua direção subindo em cima do mini palco e agarrando o Polly.


Caitlin riu e veio até mim. Ajudei ela a subir no palco e então começamos a dançar, com os marmanjos já à espreita. Dançamos em volta do Polly Dance arriscando algumas manobras, coisas simples, mas estávamos nos divertindo mais do que nunca.


Ao nosso redor já estava cercado de homens gritando, vibrando e pedindo biss.

O que eu posso fazer, eles que estavam pedindo.


Me virei de costas para eles e abaixei uma alça do meu vestido. Todos começaram a delirar. Caitlin parou na mesma hora e me olhou séria. Olhei em direção a área VIP e Justin estava enrijecido, me olhando fixamente, puto da vida.


Sorri para ele e voltei a olhar para a multidão, ainda de costas, então abaixei a outra alça do vestido. Todos começaram a gritar mais ainda, me fazendo gargalhar alto.


— Kelsey, para, você vai se arrepender. — Ignorei o pedido de Caitlin e voltei a olhar para o Justin, seria nesse momento que eu iria virar de frente para ele — e para a multidão — e fingir abaixar a parte da frente do vestido. Mas então vi uma cena que me desmoronou. Justin descendo as escadas da área VIP segurando a mão de uma puta.


Ele olhou para mim e sorriu cinicamente antes de ir para um corredor atrás do bar junto com a vadia. Filho da puta do caralho.


Coloquei as alças do vestido de volta e desci rapidamente do palco. Todos os homens começaram a resmungar de forma decepcionada, alguns até vaiaram, vão se foder.


Bati o pé naquela direção e quando virei no corredor, Justin estava no final dele encostado na parede com a garota na sua frente, tentando o beijar.


— O que você pensa que está fazendo? — Gritei com muita, muita, muita raiva.


— Olha ela aí. — Ele olhou para mim, fazendo a garota me encarar de cima a baixo, com cara de nojo. Vou arrebentar a cara dessa puta. — Eu falei para ela que tinha namorada. — Ele sorriu para mim e minha vontade era de voar em cima dele, mas primeiro eu iria me resolver com ela.


— Você não passa de uma vadia e sempre vai ser isso, uma vadia qualquer, sem reconhecimento, valor, dignidade ou caráter, sempre sozinha e sem amor. Você é uma qualquer e não vai ter vez aqui, agora suma da minha frente antes que eu reboque a sua cara. — Tanto Justin quando a garota pareciam chocados, mas pelo menos ela fez o que eu mandei, passando por mim de cabeça baixa e desaparecendo. Voltei a fuzilar Justin. — O que você pensa que estava fazendo?


— Eu que devo dizer isso. Que merda era aquela?


— Gostou? Essa era eu a um ano e três meses atrás.


— O fato de se divertir como antes não é o problema, o único problema e querer tirar a roupa para me provocar, ficou louca?


— E você? Pelo menos eu não estava me esfregando com uma puta qualquer.


— Eu não ia ficar com ela.


— Ah não? E o que era isso aqui?


— Eu fiz isso justamente para atrair você até aqui, para sair daquele palco. — Encarei ele por um tempo e então voltei a ficar irritada.


— Invente uma desculpa melhor. —Revirei os olhos.


— Estou falando a verdade. — Disse sério, vindo em minha direção. Meu corpo ficou rígido quando ele passou seu braço ao redor da minha cintura e me puxou para perto dele. — Eu fiquei enrolando ela até você aparecer, porque eu sabia que você iria aparecer assim, pisando o pé, toda marrenta e soltando fogo pela boca. — Ele riu me fazendo rir e então deu um tapa em seu ombro.


— Não me faça rir, estou brava com você e não quero rir.


— Qual é, Kelsey, você sabe que é verdade, se eu quisesse pegar ela já teria pegado lá mesmo na área VIP, só quis atraí-la até aqui para sair daquela merda de palco. — Eu sabia que estava falando a verdade, ele nem precisava ter repetido, mas estava com tanta raiva que queria motivos para ter raiva dele.


— E eu não iria mostrar meus peitos para aquele bando de marmanjo, eu queria irritar você. — Ele sorriu de lado e me beijou, um beijo demorado antes de se afastar e me encarar.


— Vamos fazer o seguinte, você pode dançar tirando a roupa ao mesmo tempo, mas no meu quarto e tendo apenas eu como telespectador. — Gargalhei alto e envolvi meus braços ao redor do seu pescoço, o puxando para um beijo quente com ardor. Justin me prensou contra parede e eu tranquei as minhas duas pernas ao redor da sua cintura enquanto nos beijávamos possessivamente.


Ficamos apenas um dia afastados e eu já estava morrendo de saudades dele, isso era loucura?


Quando nos afastamos não foi por que queríamos, foi por falta de oxigênio, precisávamos respirar.


— Acho melhor irmos relaxar um pouco na área VIP antes que isso aqui perca o controle. Bebi duas tequilas Gold e vodca. — Ele riu e me deu um selinho demorado antes de se afastar.


— Então a nossa festinha mais tarde vai ser boa. — Ele afastou meus cabelos do pescoço e começou a depositar beijos. Apertei minhas unhas em seu ombro antes dele começar a subir seus beijos até encontrar os meus lábios. Nos beijamos mais um pouco antes de voltarmos para a área VIP.

E não, Bieber não ganhou a guerra.

Depois de Justin ter resolvido sobre as finanças da boate e ter visto tudo de perto como estavam indo, curtimos nossa noite calmamente, sem nenhuma preocupação ou visitas desagradáveis.


— Vou ali e já volto. — Justin sussurrou em meu ouvido já se levantando, mas eu segurei sua mão antes de ir.


— Vai aonde? — Ele revirou os olhos.


— Só vou mijar, caralho, já volto. — Ele se livrou de mim e realmente seguiu para o seu escritório onde provavelmente usaria seu banheiro privado.


— Se divertindo? — Christian se sentou ao meu lado e começou a puxar assunto, isso era raro, as vezes achava que Christian não gostava muito de mim. Sei que no início teve uma quedinha por mim e por isso se manteve afastado mas acho que isso já foi superado, não é?


— Estou surpresa por puxar papo comigo.


— Eu sei, me desculpe, não sou tão presente quanto os outros. — Olhamos para Ryan e Chaz que tinham duas putas sentadas em seu colo. Ri ao ver aquela cena, pareciam animados e felizes, pelo menos era o que transmitiam e naquele momento até poderiam estar felizes e tendo prazer, mas era algo que não valia a pena.


Todo prazer que dura pouco acaba se tornando algo amargurado, sem valor.


— Você é bem diferente deles.


— Não se engane pela aparência, eu sou do tipo que come em silêncio. — Gargalhei alto e ele me acompanhou. — Mas agora é sério, não é realmente nada com você, eu que as vezes demoro para me achegar nas pessoas.


— Aquele típico "não é você, sou eu". — Demos risadas e beberiquei um pouco da vodca em meu copo.


— É tipo isso mesmo, porque realmente não é você, eu sou mais reservado, mas agora oficialmente já a considero, fora que temos que lembrar que dei maior apoio ao Justin para tentar te reconquistar.


— E por falar nisso, obrigada por aqueles textos lindos de amor que fez para Justin. — Ele me encarou surpreso.


— Ele te contou?

— Não precisou, eu sabia que toda aquela expressão inspiradora, dramática e romântica não havia saído da cabeça dele, então deduzi ser você. — Olhei para ele com um sorriso convencido e ele levantou sua bebida, rindo, como se estivesse me gloriando.


— Meus parabéns. Mas eu só escrevi o que Justin sentia, Kelsey, e espero que saiba disso. — Minha expressão se suavizou e eu o encarei séria.


— Eu sei. — Sorri ao me lembrar da expressão do seu olhar, eu sabia que havia dor, saudades e amor. — Eu realmente sei.


Ele sorriu.


— Bom saber, e outra coisa, desde que descobriu que era adotada, eu não parei de tentar procurar seus pais biológicos, mesmo quando voltou para LA, eu continuei secretamente a procurar pelos seus pais.


— É sério? — Olhei para ele surpresa. — Puxa, Christian, muito obrigada. — Abracei ele tão forte que eu sabia que estava o sufocando.


— Perdi alguma coisa? — Escutei a voz de Justin e me afastei de Christian. Justin se sentou ao meu lado e parecia confuso por eu estar conversando e principalmente abraçando Christian Beadles.


— Christian continua procurando os meus pais biológicos, só estava agradecendo. Muito obrigada, Chris. — Sorri para ele e ele levantou seu copo de whisky em minha direção.


— Não tem de que, Jenner. Aproveitem a noite. — Então se levantou e se sentou ao lado de Chaz com uma de suas putas pulando para o colo de Chris. O que come em silêncio, sei.


Dei risada desse pensamento fazendo Justin pousar sua mão em minha perna e apertar levemente, sorrindo para mim.


— O que é engraçado? — Quis saber.


— Nada demais. Se você não se importar eu já queria ir, são quatro da manhã, estou sem Caitlin e meus pés estão me matando. — Ele riu e virou todo seu whisky de uma só vez.


— Tudo bem, estou louco para me divertir em quatro paredes mesmo. — Mordiscou minha orelha.


Pobre Bieber, não sabia o que lhe aguardava.


Nos despedimos dos outros que resolveram ficar mais um pouco, saímos do local e eu poderia deduzir que se o final da madrugada de Caitlin realmente estiver sendo boa, ela estaria nesse momento no segundo round com um loiro gostosão.


Seguimos o trajeto em silêncio e logo já estávamos de volta em nosso hotel. Fomos em direção ao elevador e logo Justin me atacou ali mesmo. Ele me prensou na parede do mesmo e começou a beijar meu pescoço subindo até encontrar meus lábios.


Existe vários tipos de beijos. O de ternura, aquele beijo singelo e delicado. O apaixonado, quando você transmite ao seu parceiro todo o amor e carinho que sente por ele. E o beijo de posse, que era como Justin me beijava nesse momento.


Um beijo possessivo cheio de chamas e ardor. Até que o elevador fez PLIM chegando ao décimo andar, comigo o afastando.


—Já chegamos? — Ele olhou para a numeração vendo o número dez. — Apertou o décimo? Vamos para a cobertura.


— Não, Bieber, você vai, eu não. — Disse saindo do elevador com Justin puxando meu braço, então ficamos no meio do elevador o impedindo de se fechar.


— Como assim? Você vai ficar comigo agora na cobertura, não precisa mais ficar aqui.


— Eu entrei nesse hotel para ficar no quarto simples porque você quis assim. — Soltei meu braço dele e dei dois passos para trás. — Então eu vou continuar no meu quarto e você no seu. Boa noite, amor. — Então o elevador fez PLIM avisando que as portas estavam se fechando. Enquanto as portas se fechavam eu tinha uma bela visão de Justin perplexo.


Esse doce gostinho da vitória era maravilhoso.


E eu havia vencido a guerra.

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