Hope Miller

Sou Hope, fruto de um amor entre duas pessoas totalmente diferentes, mas que tiveram uma história linda, mas é como diz a lenda, nada é pra sempre, tenho 17 anos, mora em Nova York com a minha mãe, a mesma é uma atriz muito famosa, mas eu não me sinto bem aqui, o que eu realmente quero é voltar para onde eu nunca deveria ter saído, o morro. Meu pai mora lá, o próprio dono, muitos devem se perguntar "uma menina tão linda, não sente vergonha de ter um pai metido com isso?!", pelo contrário, acho que puxei tudo dele, a forma como ele consegue lidar com situações diversas, é forte, decidido e focado, morro de saudades do meu pai, e logo logo, estarei junto a ele, mal sabe ele que o meu retorno está decidido.

9:00 pm/ Nova york.

-Hope, acorda, tá na hora do seu último dia na escola minha filha, não quero que você chegue atrasada! -Grita minha mãe lá de baixo.
-Só um minuto.-Digo morrendo de preguiça.
Me espreguiçando vou até o banheiro, faço aqueles clichês que vocês conhecem e vou pegar o vestido que minha mãe está planejou desde que sabia que eu ia fazer a festa, terminei de me vestir quando a mesma entrou no quarto.
-Ah minha filha, você tá tão linda, como cresceu rápido. -Diz ela com os olhos marejados.
-Mãe não chora, se não as duas vão se borrar toda, tem uma coisa que eu preciso falar.-Digo apreensiva.
-pode falar, filha. -Ela senta na cama com cuidado para não machucar o vestido.
-Mãe você sabe que sempre quis voltar para o morro, pro meu pai, aonde tem pessoas que eu gosto, aonde eu nasci, eu achava que eu poderia me acostumar aqui, mas aqui não é o meu lugar, eu quero e vou voltar para o morro.
-Eu sempre soube que esse dia iria chegar, e se é o que realmente você quer, eu não vou impedir, eu tenho uma coisa pra te dar. -Ela sai do quarto e vai até o dela e depois volta com uma caixinha, e retira um colar, que possui um girassol, eu amo girassóis. Ela coloca no meu pescoço e diz que ele sempre vai me fortalecer nos momentos mais difíceis.
-Então vamos para a festa?!- Pergunto colocando meu celular na bolsa.
-Vamos, vou chamar o Otávio. -Diz ela, chamando o motorista. No meio do caminho ela pede pra Maria ajeitar minhas malas, pois depois que eu chegasse da formatura, iria logo embarcar. -Tem certeza que não quer que eu comunique seu pai?
-Não mãe, quero fazer uma surpresa.

Depois que chegamos ao local da formatura, vi meus colegas, e a Aly, minha melhor amiga daqui, ela quando me viu me abraçou rapidamente, ela uma ruiva linda, tem um corpo da inveja. Recebemos os certificados, jogamos os chapéus para cima, tirei diversas fotos, impossível ir a qualquer lugar com a minha mãe e não ser notada. Quando chegamos em casa, tomei um banho, e vesti uma roupa confortável, pois a viajem iria ser longa.
-Tem certeza que quer isso filha?-Minha mãe pergunta.
-Tenho sim mãe.

Entrei dentro do avião com a minha mãe, e depois de várias dias dentro de carros e aviões chegamos. Avistei o morro, e logo meu coração acelerou. Quando estávamos nos aproximando, dois vapores nos barraram.
-O que vocês pensam que estão fazendo? Acha que é assim? Chegou e entrou?.
-E você acha que é quem pra falar nesse tom com a gente?-Respondi fria, e o mesmo tirou a arma de dentro das calças.
-Ela não quis insultar, Hope da pra ficar quieta, eu só quero falar com o Robert.
-O chefe não tá disponível, acho melhor vocês irem embora.
-Daqui eu não saio, até eu falar com ele. -Disse ríspida.
-Você tá muito exaltada pro meu gosto. -Falou e apontou a arma pra mim.
-Atira, se isso vai te fortalecer como homem, vai em frente. -As pessoas começaram a olhar e um tumulto se formou, só escutei uma voz diferente.
-O que é isso? Já disse que não quero confusão no meu morro porra. -Quando eu virei, era ele, meu pai, minha mãe tem razão, eu sou ele por completo.
-Pai! -Exclamei.
-Hope! -O mesmo vem na minha direção e me abraça. -Minha filha, que saudades, como você mudou, mas como, com quem, Hope você era apenas um bebê e tá uma mulher.
-Chefe eu tentei tirar elas daqui, mas essa daí começou a bater de frente comigo. -Meu pai olhou pra ele e trincou o maxilar.
-Da próxima vez que apontar uma arma pra minha filha, se considere um homem morto. Qualquer um de vocês. Vamos para minha casa.

A casa do meu pai sem dúvidas era perfeita, uma definição de mansão. Ele ainda parecia não acreditar que eu estava lá, e ele era tão magnífico.

-Então quer dizer que você quer ficar aqui? -Ele pergunta.
-Quero, pai eu sei que a gente não teve convivência alguma, e se tivemos foi pouca, mas eu sinto que aqui é meu lugar.
-Eu sempre esperei por você, Hope. Desde o dia que eu soube que eu ia ser pai, mudei por completo, mas quando você partiu, levou uma parte de mim junto. Eu sempre acompanhei você, não pessoalmente, mas colocava pessoas pra me trazer informações.
-Ela puxou tudo de ti, as vezes acho que só tive o prazer de colocar no mundo, o gênio forte, cabeça dura, impulsiva. -Diz minha mãe entrando na casa, e meu pai a olha.
-Hayley, quanto tempo, quem diria que você iria voltar por aqui, Hope também parece algumas coisas com você.
-É eu sei, eu também nunca imaginava que iria voltar aqui, mas sempre é bom lembrar.
-Vai ficar também?-Meu pai pergunta.
-Não, eu tenho muito trabalho lá, mas sempre que eu puder ou ela precisar, não penso duas vezes antes de vim, viajo amanhã bem cedo.
-Ah certo, pode ficar aqui até lá.
-Eu agradeço. -Eles se entreolham e depois meu pai me mostra meu novo quarto, e onde minha mãe vai ficar. Não sei, mas sinto que vai ser o começo de uma nova era.

Galera espero que gostem, eu sempre quis escrever um livro com esse tipo de conteúdo, votem muito, me sigam e comentem o que vocês imaginam ou que acham sobre a história. Beijooooo