prologo


Ela simplesmente estava ferrada, andava há alguns dias sem muita direção, o mundo virou uma merda, e ela tinha perdido o seu maior poder escudar, ela simplesmente nasceu surda e perdeu seu aparelho auditivo, ah, aquilo era uma merda.

Até é claro que ela encontro com um jovem asiático.

Ela diria que ele é coreano, e o mesmo acompanhava um homem negro, os dois conversavam com ela, gesticulavam, mas ela continuou os encarando.

Ela encostou em seu ouvido e negou, fazendo os dois homens se entreolhar.

Mesmo perdida, ela foi arrastada por aqueles dois.

Para onde? Nem mesmo ela sabia.

Tudo que sabia era que não estava mais sozinha, pelo menos isso, né?

...

No meio de uma pedreira, se viu um acampamento, os dois homens conversavam com outro. Ela simplesmente não gostava desse moreno, ele tinha um ar arrogante, algo não cheirava bem, o homem se voltou a ela e ela sentiu um olhar movendo sobre seu corpo.

Poderia dizer que aquilo foi o começo de algo?

Ela se juntaria a um grupo, onde ela não confia em seu líder?

Ah, belo jeito de começar sua luta pela sobrevivência.

Isso a fez soltar um resmungo, mas para ela mesma. Até é claro que algo chamou a atenção do grupo, uma coisa que ela não entendeu até virar e simplesmente sentir seu coração palpitar. O homem era pura beleza, pelo menos para ela, talvez os olhos azuis tenham dado um toque nela.

- Tá olhando o quê? – ele resmungo irritado. Mas ela continuou o encarar porque não ouviu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, não entendeu nada, e é isso. – Tá me zoando? – ele rosna, já vindo mais perto dela, que continuava o olhar.

- Calma, meu rapaz. – Dale apareceu a tempo antes de grandes problemas. – Ela não escuta nada, não adianta rosnar.

Daryl parou de andar e ela simplesmente continuou encarnando ele. E tudo que fez foi sorrir para Dale e Daryl.

- Ótimo, mais um peso morto para alimentar. – Daryl resmungo, saindo.

Dale acabou suspirando e ela ficou um pouco avulsa.

Quando não era mais novidade, Dale lhe entregou sua barraca e desejou boa sorte, e ela? Bom, pensou, não sei nem montar barraca, estou fudida... mas será que alguém pode ser uma alma gentil e a ajudar? Ela decidiu andar em volta daquele acampamento pequeno e procurar uma alma viva.

Largando a barraca num canto.

E foi assim que, com um suspiro cansado, ela acabou virando e dando de cara com um homem loiro e com os mesmos olhos azuis do cara bonitão. Ela não podia ter medo, estava na merda, é melhor abraçar o capeta, né? O máximo que o cara loiro poderia fazer é dizer não.

Então lá foi ela caminhando até o mesmo.

Com a sua aproximação, o homem a encarou.

- Olha só uma gatinha... – a mesma continuou encarando, tentando entender o que ele poderia estar falando. – Então você é a nova moça? O que precisa de minha ajuda?

O homem tinha cheiro de bebida, a fazendo franzir a testa, ficou até pensando: ela deve mesmo pedir ajuda a ele? Bom, não tinha mais ninguém para estender a mão, então é, ele vai ter que ser útil, certo?

- Você poderia me ajudar com a barraca? – Sua fala saiu num grito, ou melhor, num tom alto, já que ele pareceu franzir a testa. Se ele retrucou, a mesma não entendeu nada. – Eu não escuto, não adianta falar...

O comentário fez Merle parar imediatamente, surpreso e confuso. Ele franziu a testa, olhando para ela como se tentasse compreender o que estava acontecendo. Ela continuou a sorrir de leve, um pouco desconfortável, mas pediu ajuda.

Merle, ainda tentando processar, virou-se para Daryl, que estava um pouco distante, ocupado com as suas próprias coisas. Após alguns resmungos e gestos exagerados, Merle chamou o irmão, explicando a situação. Daryl bufou, mas, em silêncio, se mudou da Fantasma, com o olhar fixo nela.

Sem dizer nada, ele fez um gesto para que ela o seguisse até onde estava sua barraca, já parcialmente montada. Ela foi atrás dele e ele começou a ajustar a estrutura enquanto ela observava atentamente, tentando aprender. Durante o processo, ele falou um pouco, apenas apontando para o que ela deveria fazer em seguida.

Em certo momento, ela pegou uma das estacas e a encaixou do jeito certo, sorrindo satisfeita. Daryl olhou para ela de relance, com um sutil aceno de aprovação, que quase passou despercebido.

- Você já começou me dando problemas sérios? – resmungo irritado e ela simplesmente ficou ali sorrindo e quieta.

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