Amizade entre estranhos
Jessica e Thomas saíram de lá, sem-graça.
- senhorita Jessica, você tem sorte de ter sido eu e não outra pessoa.
- eu sei, gustavo. Meu pai me mataria se soubesse disso. Mas esse aqui precisava de ajuda.
Thomas estava ajeitando a roupa que nem percebeu que estavam falando sobre ele.
- ora, ora... Se não é aquele cantorzinho jovem, nem sequer sabia que morava na nossa cidade.
Thomas olhou para eles estranhos.
- eu vivi pouco tempo aqui... Meu emprasario pediu que não contasse onde eu nasci.
- então, os boatos eram verdadeiros sobre voce ter nascido aqui. - disse Jessica sorrindo - Eu nasci aqui e nao me recordo de voce.
- sai da cidade aos dez anos e minha familia nao é bem conhecida... Somos mais reservados.
- entendo. E saiu um louco da vida que chama atençao do mundo.
- se é que está dizendo.
- eu perdi minha oportunidade de comprar um livro e ja vou.
Jessica saiu da loja, ajeitou seu cabelo e oculos. Continuou andando ate o elevador. Assim que entrou, Thomas foi junto.
- que deu em você? - ela ficou furiosa
- elas me viram de novo.
Jessica bufou de raiva. Ela tirou o casaco e colocou nele. Depois os oculos de grau dela.
- tem certeza que vai enxergar sem ele?
- meu grau nao é tao grande assim. Agora coloca capuz que você vai me dá uma carona.
Thomas olhou estranho para ela e ela apenas achou graça dele com oculos.
- que foi? Eu disse que voce me deve.
Eles entraram no carro e Jessica passou as direçoes ate a casa dela.
- se fosse uma fã sua, eu estaria louca nesse exato momento.
- e por que nao é?
- fala serio. - ela achou graça dele - você nao mais suas proprias musicas, nem é sua identidade real. Voce deixa sua marca. Alem do mais, como voce disse, eu so penso nos estudos.
Thomas ficou quieto.
- pode parar aqui. Minha casa é mais na frente.
Um carro saiu da casa.
- droga. Meu pai. - Jessica agachou na hora
- ele ja foi. - disse sem olhar pra ela
Jessica pegou o casaco do banco de tras. Ela olhou para casaco e depois para Thomas.
- bom, acho meio dificil nos encontrar novamente. Entao, tchau.
- tchau, entao.
Jessica passou na frente do carro e desceu subida da rua e foi a casa da esquina e entrou. Assim que Thomas deu ré no carro e voltou para rumo de casa. Ele sabia que não a veria mais.
Uma semana se passou naquele mês de janeiro, Thomas não conseguia escrever nenhuma musica. Ele arrancava as folhas do caderno e as amassavas. Seu quarto parecia um mar de folhas. A mãe dele apareceu abrindo uma frecha na porta.
- Thomas, querido. Precisamos conversar.
Ela abriu a porta de vez e se assustou com chão.
- Eu espero que limpe tudo porque não sou sua empregada.
Thomas se sentou na cama e mãe sentou ao lado dele.
- Que foi? - disse Thomas
Ela segurou a mão dele e disse:
- Eu sei que é muito difícil que sonhos chegaram ao fim, mas está na hora de acordar. A musica não serve para vida toda. - ela respirou fundo - Talvez... não estava maduro suficiente para continuar com carreira. Pronto, falei.
Thomas se assustou com cada palavra, sua mãe nem sequer chegou apoia-lo de verdade. Ou talvez tinha medo que ele caísse como está acontecendo nesse exato momento, viver da musica dependeria muito dele.
- Lamento, filho. Está na hora de seguir em frente. - ela acariciou a bochecha dele com compaixão - Eu arranjei um bico com minha amiga, você vai ser auxiliar da minha amiga com crianças menores em uma creche.
Uma das coisas que ele mais odiava se tornara realidade, cuidar de menores.
- Quando eu começo?
- Assim que se fala. - ela se animou - Para mostrar que começou uma vida nova é melhor esquecer da musica. Comece jogando fora essas folhas.
Ela deu um beijo na bochecha dele e se levantou.
- Devia falar com seu pai mais tarde.
Thomas olhou em volta de seu quarto, tinha vários posters dele mesmo pregado na parede. Ainda queria voltar com a musica. Além disso, não estava pronto para pedi desculpa ao pai, ainda era orgulhoso demais para admitir que estava errado.
Outro dia começa, o rockstar saiu de casa cedo. Era seu primeiro dia de trabalho na creche de Clarissa, amiga da mãe dele. Uma mulher de trinta anos mais nova que mãe dele. A mulher estava no balcão olhando a papelada.
- Olá. - disse Thomas
- Oi. - Clarissa disse com um sorriso - Você deve ser o filho de Antonieta, Thomas. Sua mãe me descreveu você certo, principalmente pelo cabelo espetado. - ela riu
- Eu era cantor.
- Fiquei sabendo do caso. Acho que você vai se dá bem com Valéria. - ela apontou para garota de trás do balcão - Ela é bem mais na dela.
Valéria tinha cabelo castanhos bem curtinhos com mechas azuis nas pontas e usava lápis nos olhos verdes destacando, parecia ter uns vinte anos.
- Relaxa, ela não morde.
- Não começa, Clarissa.
- Então, seja educado com nosso novato.
- Bem-vindo à bordo, rockstar. Boa sorte com mundo real. - Valéria colocou a mão na cabeça como se fosse um soldado
Clarissa enrolou um papel e bateu de leve na cabeça da Valéria.
- Obrigado... eu acho. - Thomas disse nervoso
- Anda, eu vou te mostrar a nossa sala antes que as crianças cheguem. - disse Clarissa
Os dois andaram no corredor até terceira porta direita.
- Eu chamo a creche de uma pequena recreação para crianças só que fora do shopping.
A sala estava cheia de brinquedos e desenhos pendurados na parede.
- Ainda quero abrir uma colonia de ferias, porém falta muito dinheiro para arrecadar.
- Entendo. - Thomas disse
Crianças em torno de três anos começaram aparecer, a manhã começou se agitar. Por um momento, Clarissa e Thomas não conseguiram mais controlar os pequenos. Thomas quase quebrou a boneca que estava na mão dele e viu um garotinho tentando tocar um violão. Thomas lembrou dele mesmo e foi até o garotinho.
Um violão tão grande para um pequeno. O garotinho quase chorava por saber tocar. Thomas sentou ao lado do garotinho.
- Como é seu nome?
- André
- André, gostaria de aprender a tocar alguma musica?
O garotinho balançou a cabeça freneticamente.
Thomas sorriu compreensivo.
- Vou mostrar uma musica.
Thomas pegou o violão e tocou a musica tio alfredo do billy blanco. As crianças acalmaram como se ele fosse encantador de serpentes e todos começaram. Deixando apenas Andre, Clarissa e Thomas acordado.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top