Capítulo 1 Parte 2

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Quando o avião pousou, Laura e eu demos as mãos tão forte quando separamos as mãos, ficaram leves marcas na pele. Olhei para ela aliviado e soltando o ar, Laura escosta a cabeça no escosto do seu lugar, com certeza agradecendo por estar vivas. Era nossa primeira viajem de avião, e pra mim, com toda certeza, a última.

Nos levantamos e tiramos as bagagens menores do compartimento. Seguimos o corredor até estar no aeroporto do Texas. Foi uma longa viajem, foi muit bom eu ter dormido e ter evitado ficar paranoico o voo todo.

Seguimos para passar o visto de Green card, e depois de mais burocracias, conseguimos passar. Andamos em direção a rua, nosso tio estava nos esperando com um carro Civic preto. Ele estava com as costas encostada na porta do carro sorrindo. Chegamos perto dele.

- Muita burocracia? - Corri com um jeito debochado.

- Quando é pra morar, sim, foi uma burocracia - Luara diz estressada. Ela odiava esperar. E ficamos naquele lugar por quase uma hora.

- Cadê as bagagens? - Meu tio olha em volta.

- Laura, cadê o carrinho com as bagagens? - Me viro para ela, olhando para aquele ser pequeno que arregalou os olhos.

- Eu deixei lá, pra gente entrar naquela sala do Green card e ter o visto - Ficamos nos olhando e olhamos para nosso tio que estava mais confuso ainda.

- Depois falam que são responsáveis é? Tô vendo o tamanho da responsabilidade - Ele revira os olhos.

- Foi culpa do Lucas - Olho para ela indignado.

- Minha? Foi sua que deixou as malas lá! - Aumento o tom de voz.

- Foi culpa dos dois, agora, vamos pegar essas malas, ainda são.. Dez horas Brasil, oito aqui - Ele olhava para seu relógio de pulso.

Ele ainda vestia o uniforme de piloto. E ficava até meio engraçado.

Seguimos para dentro do aeroporto, à procura de nossas malas. Por sorte, as malas estavam onde Laura as deixou. Meu tio chamou um homem. Para no acompanhar com o carrinho. Fomos na direção do carro, meu tio abre o porta-malas e um das portas de trás. Meu tio e o homem colocaram algumas malas no porta-malas e no banco de trás do carro.

E pra piorar, fiquei no banco de trás com as malas tombando em mim. Fechei os vidros espelhados. Depois de quase uma hora de carro, chegamos na nova casa.

Meu corpo dois de tanto ficar sentado, no avião, naquela sala, no carro. Finalmente vou me levantar e esticar o corpo.

A casa já estava todas arrumada, então não me preocupo com isso. A única coisa que estou preocupado é deitar e dormir até não ter sonhos ou pesadelos pra ter.

Saimos do carro. Laura e eu olhávamos surpresos. Era uma típica casa americana, mas muito maior, a grava bem cortada, com até gnomos perto da varanda da casa. Meu tio trazia as malas e quando estávamos indo na direção da porta.

Caminhamos para mais perto, era um bairro bem calmo, não via ninguém por aqui. As casas por aqui também são muito bonitas.

Entramos na casa, dando se cara com uma enorme sala, com tudo nos lugares. Um pouco mais distantes, havia a sala de jantar, e ao lado a cozinha, separados por um balcão com cadeiras.

Tinha um corredor com duas portas, meu tio disse que uma iria para a lavanderia e uma para a área de lazer. Laura e eu nem pensamos duas vezes e fomos para a área de lazer. Tinha uma churrasqueira, uma mesa com várias cadeiras e coberta. Mais pra frente, uma piscina enorme e algumas cadeiras que pareciam aquelas de praias. Ganhamos na loteria.

- Gostaram? Atingiu a expectativa? - Nos viramos para nosso tio que sorria olhando por tudo. Corremos para um abraço que o surpreendeu.

- Adoramos tio! - Laura diz animada.

- Que tal subir para os quarto então? - Ele diz como se estivesse nos encorajando.

- Vamos Lucas - Laura corre animada para o corredor e subindo as escadas.

- Olha Lucas... Você pode escolher um quarto lá em cima, são todos ótimos e suits. Mas... Queria que ficasse com o porão, ele foi meu na minha adolescência, é como um quarto normal, tem o seu banheiro também, e como você é um garotão, merece, como eu mereci - Meu tio Paulo me guia para a direção da escada.

Mas não subimos as escadas, andamos ao lado delas, até ver uma porta diferenciada, toda branca e dourada. Meu tio abriu a porta e vimos as escadas com Leds. Descemos as escadas e me encontro com o porão.

Tinha no porão, uma cama, com os pequenos armários com os abajures, um carpete todo em azul marinho, luzes de Led nos cantos das pareces, um lustre com ventilador no teto. Armários, o banheiro, uma porta que ia direto para fora, umas caixas de som, TV e vídeo games.

- Uau! - Foi a única coisa que falei em primeiro lugar.

- Vou aceitar como um sim - Meu tio ri.

- É, tudo bem... Legal. Isso tudo era seu? - Me viro para ele.

- Nem tudo, algumas coisas foram colocadas aqui à um mês atrás. Mandei darem uma modernizada pra você - O abraço forte. Sinto alguns tapas nas minhas costas. Eu estava tão feliz.

- Obrigado, obrigado - Falo antes de me separar dele.

- Parece que a América não vai ser tão ruim, não é? - Me olhava curioso.

- Por enquanto está indo bem - Falo.

- Olha, infelizmente não vamos ter muito descanso hoje. As aulas já começaram, hoje é sexta, vamos fazer suas matrículas pra vocês começaram na segunda tá - Reviro tanto os olhos que poderiam pular pra fora.

- Tá bom, não vai ter aquele teste de inglês né? - Pergunto.

- Vai ter apenas uma prova, pra ver se são inteligentes. Já marquei com o diretor às dez - Concordo gritando por dentro.

- Vamos subir - Falo. Subimos indo direto para a sala. Ouvimos gritos alegres de Laura que corre em direção ao abraço do nosso tio.

- Ai meu deus, eu adorei, as estrelas e tudo mais. Você pensa em tudo mesmo tio - Laura não parava de abraçá-lo. Pude ver ele quase sufocando com os abraços.

- Vai me tirar o ar assim Laura! - Meu tio gargalha.

- Desculpa, eu tô tão feliz, de estar aqui, com tudo, com vocês - Me olhava animada.

- Que bom, mas olha, temos que ir a escola para a matrícula, e um teste que vai ter - Laura desanima um pouco.

- Mas teste do quê? - Dou um riso baixo.

- É como uma prova, vocês vão responder tudo. Também pode ser considerada uma prova de como está o seu inglês - Acalmou Laura que descansa os ombros aliviada.

- Ah que bom, quando vamos? - Pergunta se animando novamente.

- Bom, agora na verdade - Fala meio constrangido.

- Só me deixa escovar os dentes e arrumar o cabelo - Laura pega uma de suas malas e leva pra cima.

- Tambem vou! - Pego uma de minhas malas e desço para meu mais novo quarto. Troco de camiseta e vou para o banheiro escovar os dentes e passar uma agua no rosto. Em seguida arrumo um pouco o cabelo, que era um loiro quase branco.

Subi e vejo Laura descendo bem arrumada. Conseguiu se arrumar bem e pouco tempo, pra uma garota.

Nos juntamos na sala e fomos em direção oa carro do nosso tio. Entramos e ele deu partida. Fiquei observando onde ele virava, os nomes das ruas e olhando por tudo. Vejo a escola, com seus três andares e bem ampla. Meu tio estacionou no estacionamento próprio da escolas, onde as faixas eram todas coloridas. Ficou até muito legal tudo isso.

Saímos e fomos em direção a entrada da escola, entramos e Laura já começa a se maravilhar com os os armários. Realmente era como uma escola americana que a gente vê nos filmes. Ouvimos as vocês de professores e alunos das portas das salas do corredor, o mesmo onde ficava os armários.

Andei olhando para dentro das salas. Algumas pessoas olhavam curiosas e até não obedeciam os professores para se sentarem. Fomos em direção a uma sala pequena, vendo três homens lá.

Meio tio bateu na porta e escutamos um Open. De agirá em diante é tudo em inglês.

Entramos vendo os três homens, meu tio foi para o lado deles e nós sentamos nas duas cadeiras e a frente havia uma mesa de madeira escura com duas folhas e duas canetas.

- Olá, eu sou Dennis, seu diretor, esse é o senhor Parker, do conselho tutelar e do concelho da nossa comunidade escolar. E esse é Truman, seu psicológo escolar - Olhamos todos eles, cumprimentando a todos.

Dennis era alto e velho, com um bigode dos anos Oi tensa. Parker não parecia ser muito velho, pelo menos uns trinta anos. E Truman era alto e moreno claro e parecia como um jogador de basquete.

- Olá - Luara e eu dizemos juntos.

- Essas duas folhas, são provas, cada pergunta se refere às matérias da escola. Vocês tem uma hora para terminarem. E depois, conversarão um de cada vez com o psicológo. Ok? - Nos olhamos.

- Sim - Dizemos juntos novamente.

- Então está bem! - Ele marca a gira no cronômetro e começamos.

Laura e eu não estávamos como loucos respondendo as questões, na verdade não eram muito difíceis. Terminamos antes do tempo. Entregamos à eles e todos viram e reviram as respostas dadas pro nós.

- São inteligentes, fizerem em tempo recorde até do pessoal de intercâmbio - O diretor Dennis sorria para nós.

- Minha vez - Truman, o psicólogo fala nos olhando e vejo todos saindo da sala sem falar nada.

Truman conversou sobre o que achamos como vai ser a vida escolar num ambiente totalmente diferente do habitual. Dizemos coisas diferentes, mas eram coisas até parecidas. Eu estava legal com tudo isso, mas teria que que se esforçar para se habituar. Laura já falava até coisa inimagináveis que com certeza viu em filmes. O que tirou algumas gargalhadas de Truman.

Depois de um tempo, estava tudo bem mais leve, e todos estavam na sala novamente.

- Bom, vocês começam na segunda. Aqui está a senha dos seus armários e a numeração deles. Tem uma lista de coisas que precisarão comprar - Dennis entrega a lista para meu tio ao seu lado.

E finalmente saímos da escola e fomos em direção para nossa nova casa. Fiquei curioso com uma coisa.

- Tio, como conhece eles? - Ele me olha pelo retrovisor.

- Bom, o Parker Já foi meu amigo no ensino médio naquela mesma escola. E o Dennis sempre o diretor...o truman eu não o conhecia - Fala.

- Entendi - Falo com um sorriso forçado.

Foi o dia mais cansativo da minha vida, eu queria me jogar na cama e dormir.

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