Capítulo 21
Bai Huowu
– Fechem os portões! – ordenei.
– Não vamos aguentar! São muitos! – encarei o soldado raso, eu precisava decidir.
Abaixei a cabeça, pensativamente, e por fim comandei:
– Queimem tudo que não podem carregar! Abram a saída lateral e comecem a retirada! O Palácio das Nuvens pode cair nas mãos deles, mas nosso povo sairá intacto.
– Sim, senhor.
Eu precisei deixar o túmulo dos meus antepassados, tive que queimar nosso conhecimento e tive que guiar minha família em direção ao incerto. E a única coisa que senti foi ódio. Eu me vingaria de cada um daqueles malditos imortais!
Acordei no susto, Mestre Fei Ying tinha a "espada que corta as trevas" em mãos.
– Uma espada divina, eu consegui!
– O quê? Fui eu que a fiz! – repliquei, minha voz estava fraca, eu me sentia débil e desvitalizado. A decomposição tinha alcançado parte dos meus pulmões e se direcionava ao meu coração, era questão de tempo até que eu parasse de respirar e então morreria, como devia ser.
– Impossível, não há como mortos fazerem nada.
Senti uma perfuração. Vi o fio da espada que havia atravessado minha barriga, sangue florescia como uma rosa-vermelha, o fio se mexeu abrindo o corte, quase me dividindo em dois. Encarei meu mestre, perguntando silenciosamente o porquê, ele me virou as costas enquanto exaltava a própria inteligência.
– Eu que fiz! Uma bela obra, para um gênio, como eu!
Desabei da cadeira, minha visão escurecia, senti quando tateavam o meu corpo, arrancando minha caderneta das dobras do meu hanfu.
– Aqui mestre! – aquela voz! Ling Wang? Não, não podia ser.
– Ótimo, minhas anotações. – ele deu um sorriso triunfal. – Se livre do cadáver, pode jogá-lo aos lobos ou no rio, eu não me importo.
Logo havia uma poça ao meu redor, meu corpo esfriava. Fechei meus olhos para essa vida e despertei para a outra. Meus pulmões se encheram de ar e eu senti, que havia finalmente voltado para casa.
O despertar do vilão?
Nessa segunda parte da história, Bai Huowu mostrará sua verdadeira forma.
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