Verdades, Mentiras e Política

Lorde Corlys Velaryon se virou lentamente, seu rosto pálido e suado, seus olhos arregalados de surpresa e raiva.

O bomem sabia que havia ido longe demais, que havia ultrapassado os limites da deferência e respeito que devia ao seu neto, o Príncipe Herdeiro. Mas não pôde evitar, não pôde evitar a sensação de orgulho e ressentimento que o consumia.

"Você não tem o direito de falar comigo dessa maneira, rapaz." disse ele, sua voz trêmula de raiva. "Eu sou seu avô, eu sou um homem de honra e respeito, e eu não mereço ser tratado dessa maneira, exijo meu devido respeito."

Ele fez uma pausa, observando Jacaerys com um olhar penetrante, que simplesmente ergueu uma sobrancelha."

"Respeito, você diz? Devo lembrar-lhe suas responsabilidades à desempenhar novamente, Meu Senhor. Afinal falei sobre a sua devida etiqueta a menos de um mero momento."

Corlys sentiu sua veia pulsar enquanto apontava um dedo em direção ao jovem enquanto sentia a Fúria dos oceanos batendo em seu corpo, mas logo o mesmo respirou fundo, tentando alternar suas trocas.

"Eu sei que você é um jovem inteligente e capaz, mas eu também sei que você precisa de apoio e orientação para navegar pelas águas turbulentas da política."

O Lorde de Driftmark sabia que estava tentando manipular Jacaerys, mas ele não podia evitar. Ele queria que seu neto o respeitasse, o ouvisse e o seguisse. Que dependesse.

O Príncipe olhou para Lorde Corlys, seu rosto impassível.

"Eu tenho todo o direito de falar com você dessa maneira, meu Senhor Avô." disse ele, sua voz firme e clara. "Mas sugiro que se lembre de suas maneiras ao falar comigo. Você se esquece que esta diante não de um mero garoto, seja seu sangue ou não. Sou o Príncipe Herdeiro do Trono de Ferro, o futuro Rei dos Sete Reinos. E você esqueceu que eu não sou um menino que pode ser intimidado ou manipulado."

Jacaerys faz uma pequena pausa enquanto movimenta sua boca lentamente em desgosto, observando Lorde Corlys com um olhar penetrante.

"Eu sei que você é um homem poderoso e respeitado, mas vejo que também que precisa lembrar sua posição e sua lealdade à Coroa. Talvez seja necessário que se afaste de suas funções na Corte se não consegue se manter eloquente e deferente, como comandante a etiqueta adequada."

Lorde Corlys sentiu uma onda de raiva e ressentimento, mas ele sabia que não podia perder o controle. Ele sabia que precisava manter a compostura e continuar a jogar o jogo de poder e política, não perderia tudo o pelo qual lutou pela opinião de um jovem que mal saiu dos seios de uma empregada.

"Eu peço desculpas, Ja... Meu Príncipe Jacaerys." Confirmou, sua voz suave e submissa. "Eu não desejei ofendê-lo. Eu apenas desejava lembrá-lo de sua posição e responsabilidade." Ele fez uma pausa, observando Jacaerys com um olhar penetrante. "Eu sei que você é um jovem inteligente e capaz, mas eu também sei que, como todos, em algum momento, pode precisa de apoio e orientação para navegar pelas águas turbulentas da política da corte. Ela é cheia de víboras e mesmo o mais forte dos dragões ainda pode se ver preso."

O mesmo assentiu e simplesmente inclinou sua cabeça ao lado, em uma clara dispensa. Corlys assentiu, arrumando sua postura e passando suas mãos um pouco duramente por suas roupas em busca de algum controle.

"Não sou seu inimigo, meu neto. Sou seu aliado. Mas se posso compartilhar um conselho de alguém que viveu muito mais tempo do que você; cuidado em não tornar seus aliados em inimigos, ou ver amigos em adversários."

"Levarei seu conselho em consideração, meu Senhor. Mas se posso lhe dar um, talvez ponha suas pendências em dia, há muitas delas pelo que sei, a Princesa Rhaenys, Sor Vaemond Velaryon, entre outros, sei que mais uma delas se encontra aqui, outro, talvez um irmão, esteja ainda em Hull. Pelo que sei, meu irmão, Príncipe Lucerys, aparenta gostar muito da presença de um bom amigo que encontrou em Addam de Hull, reconhece tal nome? Ele me parece muito familiar a sua pessoa. Tenho certeza que algumas pessoas não ficariam tão feliz em ouvir sobre tal, infelizmente."

Corlys sentia sua bile tocando o céu da boca, e suas mãos estavam fechadas em punhos enquanto sua postura seguia rígida antes de concordar e se retirar logo, sem mais delongas ou conversas. Não havia mais nada a ser dito. Que quisessem que fosse dito, caso contrário, provavelmente haveria outros tipos de interrupções ao ambiente.

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