Antes da Caçada

Em comemoração a sua vitória, e ao seu dia de nome interrompido, o Rei então desejou que as festividades fossem aumentadas, e com todo o povo ainda na capital, não era como se isso fosse um problema.

O lucro com os mercenários e os empreendimentos criados por Jacaerys e sua mãe também aumentaram a renda da Coroa o suficiente para que o mestre das moedas não morresse com isso.

Ele estava acumulado alguns títulos a mais ao que parecia. Os nomes dados por seu irmãos pegou e muitos os chamavam assim, incluindo o povo pequeno.

Príncipe Dragão.

Cavaleiro Dragão.

O Príncipe da Justiça.

Espada Sangrenta.

Dragão de Um Olho

O Príncipe Audacioso

Jaehaerys retornando

Jacaerys Targaryen não era só o nome de um príncipe do reino. Não. Era de um ídolo. Um exemplo a ser dado e seguido.

Sua atenção era tão grande quanto as histórias do Príncipe Rebelde, embora sem a fama de prostituto.

Seus irmãos estavam fascinados pela luta mesmo quase uma semana depois, e ele não deixava de ser cumprimentado aqui e ali, ou chamado para um sparring por alguns dos parceiros que fez ao longo dos anos ou outros herdeiros das casas do reino.

Mesmo com seu noivado anunciado e fechado, também foram recebidas muitas cartas com propostas de casamento na torre de menagem e Aemma deixou sua satisfação clara ao pegar um punhado das cartas que sua mãe tinha e jogá-las no fogo, antes de passar a abraçar todas as damas que o olhavam por muito tempo de dá-las ao seu dragão.

Lucerys e Laenor riram, sua mãe ficou exasperado, seus avós estavam segurando o riso claramente, Rhaenys Velaryon melhor do que os outros dois homens, e tudo o que Jacaerys pode fazer foi mandar fazer uma tiara para sua irmã e garantir que ninguém teria mais do seu coração além dela e da mãe deles. O que pareceu a satisfazer, ao menos por enquanto.

O casamento deles ainda não seria por muito tempo. Sete anos não parecia muito de diferença para muitas pessoas, mas Jacaerys tinha o conhecimento dos deuses e sabia dos males de deitar uma mulher cedo, um exemplo muito próximo era sua avó, a rainha Aemma Arryn, e ele não arriscaria a vida de sua irmã desnecessariamente.

Assim, eles não se casariam até que sua irmã atingisse a maioridade, e talvez até um pouco depois, se conseguisse.

Mas enquanto isso, ele demonstrava sua posição e compromisso com ela de diversas formas, tanto como irmão, quanto como noivo. Presentes, joias, pelúcias, animais de estimação.

Sua mãe não aguentava mais ver gatos espalhados pelo castelo ou as barras do vestido de sua irmã sujas por correr por aí a cavalo.

Os Velaryon também não estavam muito atrás, buscando desesperadamente algum tipo de apoio e restauração familiar, enchiam todos eles de presentes, mesmo fora de épocas festivas.

Uma adaga de aço valiriano para ele. Uma sela nova para Lucerys, animais exóticos para Aemma. Joias para Rhaena e Baella, e até mesmo livros e brinquedos finos para Joverrys e Aethan.

Para a caçada, ele foi vestido com calças de couro negro, camisa de linho vermelha com um gibão de couro negro sem manga com com fivelas e adornos de prata, que descia até seu joelho e era fechado de lado, com o símbolo da casa Targaryen nas costas. Com um cinturão de couro também preto, prendeu sua espada e sua adaga. Na bota também havia outra faca menor.

Seus dedos eram rodeados de anéis, um de prata com um rubi moldado ao formato de um olho de dragão. Um presente de seu irmão, Luke. Outro era de ouro com o símbolo particular dos Targaryen, um presente de seu avô antes do dia do seu nome, quando anunciou sua mudança de sobrenome.

O último, em seu dedo menor, era um fino anel de prata com fios de obsidiana o rodeando e uma runa desenhada em seu interior.

Seus cabelos foram presos em um coque alto e grosso, permitindo a visão nítida de seu rosto e da cicatriz que a rainha Alicent fez tantos anos antes. Embora fizesse muito tempo, ainda se ouvia sussuros sobre a noite sangrenta.

Ele não se incomodou em usar um tapa-olho, como seu falecido tio. Embora precisasse que algo ocupasse o orbe para que não pudesse pegar doenças ou infecção, ele não iria esconder seus sacrifícios ou proteção a sua família. Ao menos não todos.

Após sua morte, eles souberam que seu tio tinha em seu olho uma pedra azul clara como a água cristalina. Mas ao contrário dele, Jacaerys preferia alternar entre um rubi, uma opala ou uma pedra ametista.

Embora não fizesse com frequência. A mudança era desgastante, e embora ele fosse acostumado a pequenos incômodos e dores. Não havia a necessidade de mudar algo tão trivial. Assim, a mudança acontecia somente quando era a necessidade de uma limpeza e observação dos meistres para garantir seu estado.

Após seu combate e todos os ferimentos, Geraldys acreditou ser melhor retirar e fazer uma limpeza aprofundada na areia, por conta de toda a areia. E então Jacaerys trocou a pedra rubi que possuía em seu olho, por uma ametista esculpida finamente. Um presente de Aemma a quase um ano.

Sua irmã era doce, e quando perguntou se doía ou como era não ter a visão de um olho, ele garantiu estar bem, mas ela montou uma cesta com chás para dores de cabeça, toalhas pequenas bordadas com flores e seu nome e também lhe deu a pedra.

Parecia um bom momento para usá-la então...

Arrumado, Jacaerys assentiu para os empregados e os agradeceu, entregando uma pequena moeda de prata a cada um deles.

Ele alternava pagar alguns empregados aqui e ali, uma forma básica de conquistar a confiança e simpátia deles.

Saindo dos seus aposentos, andou pelos corredores, embora tenha parado ao se aproximar dos quartos de seu irmão, de onde saia o jovem escudeiro que seu irmão escolheu para si durante o retorno do seu breve tempo nos Degraus.

Addam de Hull, se não estava enganado. Ele era moreno, como um olho castanho e o outro violeta, que de certa luz ficaria mais escuro. Ao menos, seus cabelos eram negros.

Jacaerys suspirou sabendo que aquele era um dos bastardos de seu avô. Que ele mantinha escondido e que havia usado o irmão mais velho do rapaz para assumir o trono de Driftmark quando seus irmãos morreram.

Corlys era ambicioso, e isso ele daria ao homem. Havia mantido um plano abaixo, para caso suas ambições dessem errado em relação ao trono. Sua traição a sua mãe era algo amargo de se engolir e talvez seja por isso sua extensa distância e alegria perversa de os ver parecerem peixes perdidos na areia, se debatendo, enquanto tentavam se aproximar novamente de sua família.

Rhaenys era mais uma questão de ser uma mulher com ações controversas. Culpar crianças pelas ações dos adultos e acreditar que estava tudo bem. Ao menos ela lutou por sua mãe até o fim, diferente do marido, algo que ao menos levava muito em consideração e por isso acabou que não lutou tanto pela distância de seu irmão e Baella dela.

Ainda assim, algo que ele não desejava era encontrar o amante de seu irmão saindo de seus quartos a tal hora da manhã.

" Addam..."

O cumprimentou rigidamente com um aceno, o que deixou o outro claramente desconfortável por ser tão facilmente pego.

" Vossa Alteza. Bom dia, meu príncipe."

" Bom dia. Como esta meu irmão? Tenho certeza que passou minhas... palavras para ele. Ele já está pronto?"

Falou alto ao ver alguns dos criados passar próximo, e ao menos o outro teve a decência de manter o ato calmamente.

" Certamente, meu príncipe. O príncipe Lucerys estava a... terminar de organizar algumas... coisas antes de se retirar para se encontrar com o sua presença. "

" Ótimo... obrigada, por seus... serviços, bom sor. Tenho certeza que com seu compromisso e lealdade, assim como seu... esforço, logo mais estará a se tornar um ótimo cavaleiro."

O mesmo abaixou sua cabeça em reconhecimento.

" Faço de suas palavras as minhas, meu príncipe, só posso desejar tamanha honra. O senhor mesmo, junto Príncipe Lucerys são uma grande inspiração para mim."

" Ótimo. Que continue assim... uma boa inspiração..." falou mais baixo. " discrito e silencioso, sim?!"

" Claro, meu príncipe. Com sua licença. "

Jacaerys deu passagem ao mesmo e o viu seguir seu caminho, os empregados por sorte já pareciam ter perdido o interesse e acreditado em suas palavras.

Respirando fundo e revirando o olho, ele seguiu ao quarto dos seus irmãos e entrou rapidamente, revirando o olho novamente ao ver a bagunça ao redor dos cômodos e o cheiro tenso no ar ao se aproximar dos aposentos particulares de seu irmão.

Ele acendeu alguns incensos ao redor do caminho enquanto esperava ser o suficiente para não chamar tanta atenção dos criados. Ao menos poderiam pensar que seu irmão estava com uma prostituta ao invés de um homem em seus aposentos.

Ao chegar em seus quartos particulares, pode encontrar seu irmão mais novo terminando de abotoar seu gibão preto de couro com abotoaduras douradas e esconder suas facas em suas botas, uma em cada. Assim como colocar sua espada e outra adaga em seu cinto.

" Você poderia ao menos ser discreto?"

Gruniu ao vê-lo, que nem mesmo pareceu surpreso com sua entrada, provavelmente ouvindo seus passos dos outros cômodos graças a constante superestimulação dos seus sentidos durante o tempo nas batalhas.

" Eu estou sendo. Como pediram. "

" Ver um escudeiro sair dos seus aposentos no início da manhã com roupas desajustadas não é ser discreto, Lucerys. Use as passagens, por deuses..."

" Que passagens?"

Perguntou chocado e ao menos um pouco envergonhado de ter sido tão facilmente pego, ainda mais por seu irmão.

Jacaerys apontou para uma grande tapeçaria vermelha e dourada com o mapa de kingsland bordado nele. Um presente dado pelos Lannister a algum tempo.

" Empurre suavemente a parede atrás dela, na parte da elevação como apoio de vela. E há mais duas entre seu solário e a casa de banho. Não o fiz mudar de nossos apartamentos de infância à toa."

Disse seriamente.

Ele não se incomodava com os gostos de seu irmão. Ele o amava independente de qualquer coisa e o ajudaria e protegeria de todas as formas. No entanto não poderia literalmente fazer tudo por ele, incluindo a discrição do ato.

" Eu não sabia..."

" Comentarei com Lorde Koran sobre sua falta de verificação local ao chegar em um território desconhecido, tenho certeza que ele irá adorar."

Disse sarcasticamente, vendo seu irmão atirar em sua direção uma taça de prata próxima. Ele zombou disso também.

O comandante que ajudou a manter seu irmão vivo naquelas malditas Areias sangrentas era um o irmão do Lorde da Casa Swan de Tempestade. Era um bom homem, mas parecia muito mais um marinho do que um Lorde quando abria a boca. E não poupava língua ou surras com espadas a quem achasse necessário. Pelo que sabia, o homem precisou ser segurado por cinco homens para ter sua barba aparada para ficar a frente do Rei quando acompanhou o seu irmão de volta a Kinslang com os Velaryon, para garantir que compriu o pedido da princesa e manteve sua cria, como o chamou na vez, vivo e inteiro, e até melhor, afirmando que agora era menos um bebê de colo e mais um pequeno que aprendia a andar.

O rei riu, o que provavelmente aliviou a todos por manter o homem rude vivo.

Particularmente, ele gostava do homem. Embora rude e com uma boca suja. Ele era durão e ajudou seu irmão a amadurecer onde seu próprio pai, Sor Laenor, precisou do dobro de anos de vida para começar a chegar.

" Vamos logo..."

E ambos seguiram fora.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top