Midoriya prestou bastante atenção nas lutas dos segundanistas e Sempais depois daquela conversa e uns tabefes na melhor amiga.
Se perguntava se, algum dia, chegaria naquele nível. Esperava que sim. E trabalharia muito duro para tanto.
A pausa para o almoço chegou e a "turminha" se juntou.
— A nossa próxima fase é luta com armas. — começou a mulata, brincando com seu arroz — Acham que elas terão lâminas de ferro mesmo?
— Eu não me surpreenderia. É a cara do UA. — falou o esverdeado.
— Mas ia ser complicado curar a cambada toda depois das lutas. Ainda vai ter uma terceira fase, né? — lembrou Ochaco.
— Mais, então, como vai funcionar essa bagaça? — questionou Denki.
— Podiam fazer a gente escolher armas mais macias. Tipo de madeira. — sugeriu Izuku — Tipo, machuca, mas nem tanto.
— Com quem vocês vão lutar na próxima fase? Gero. — perguntou Asui, sentando-se junto ao quarteto.
— Eu vou contra a Kendo ... — lamentou Yoshiaki.
— O Iida.
— A Momo.
— ... O Shinsou. — falou Midoriya, engolindo em seco — E você?
— Não passei de fase. Gero.
— Ah ... m-me des-cu-ulpa, Asui-san!
— Me chama de Tsuyu. Eu já te disse isso. Gero.
...
Respirou fundo, tentando não surtar. Ajeitou o agarre de sua espada de pau.
Isso causou-lhe nostalgia. A arma lembrava a espadinha de madeira que empunhava nas brincadeiras de sua infância. Só que, agora, a "brincadeira" era séria. E podia fazer uma espécie de inimigo dependendo do desfecho.
Respirou e expirou profundamente. Entrou na arena com os gritos e palmas da plateia.
Shinsou estava ao extremo oposto do "campo". Ele usava faixas parecidíssimas com as de Aisawa. Sua expressão faiscava de raiva.
— Eu não pretendo perder.
Olhou para as arquibancadas. Luisa, Iida, Tsuyu, Ochaco e Denki prendiam a respiração. Se preocupavam consigo. Logo, viu Bakugo – queria provar que era tão capaz quanto ele. Ao lado, Todoroki – o faria se arrepender pelo que disse.
E, lá no fundo, viu All Might. O homem que acreditou nele. Que o escolheu como sucessor. Que o queria sendo um novo símbolo, para salvar as pessoas com um sorriso.
Finalmente, olhou de volta para o arroxeado. Com as orbes verdes faiscantes de determinação e empunhando sua espada de madeira, respondeu num tom firme:
— Muito menos eu, Shinsou!
...
A faca de madeira voou de sua mão. Itsuka aproveitou a distração para ir por trás e dar um mata-leão na mulata.
Luisa tentou afrouxar o agarre, sendo empurrado cada vez mais para a delimitação da área.
Tentou pensar num plano, pois estava ficando sem ar e encurralada. E, como que por iluminação divina, teve uma ideia.
Forçou-se para baixo, assustando a alaranjada. Jogou o corpo da adversária por cima do seu com uma força que nem sabia que tinha, que acabou fora da área. Inspirou com força, tossindo, ouvindo o estádio todo aplaudir.
Ofereceu sua mão para a amiga, sorrindo amarelo.
— Foi uma honra, Kendo.
Sorrindo tímida, aceitou a ajuda e a abraçou.
— Bom golpe. Pensou rápido! — elogiou, puxando-a para dentro do estágio.
— E você manda muito bem nas artes marciais! Meus parabéns! — retribuiu, passando a mão pelo pescoço — Belo mata-leão.
Calou-se ao chegar nas arquibancadas e ver que Denki ainda estava abatido. Foi até ele, que ignorava os consolos de Uraraka e Midoriya.
Luisa sabia que era uma competição, mas ainda ficava sensível quanto aos que não conseguiam passar. Ela geralmente ficava no meio deles, afinal.
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Palavrinhas rápidas:
Vocês já devem conhecer o discurso: bloqueio criativo, cap curto, escola, escambau à quatro. Desculpa de verdade.
Não gostei de como ficou, mas vai assim mesmo. Espero que não odeiem. (E se odiarem, paciência.) Cenas de lutas não são o meu forte.
Beijos e roteiros,
Aliindaa.
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