𝖈𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖖𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔 - insignificant.
Qual é o meu problema?
Não é tão difícil, talvez ele nem se importe... É claro que ele se importa sua burra.
— Azriel...e-eu... - para salvar minha vida um outro homem aparece.
— Boa noite. O que o casal irá querer? - ele está segurando um bloquinho e uma caneta nas mãos.
— O que irá querer Bryanna? - Azriel me pergunta e meu estômago se remexe com o simples fato de ele ter dito meu nome.
— O mesmo que você. - são tantas reações no meu corpo simultaneamente que acho que vou vomitar de nervoso.
Tudo bem eu consigo, eu consigo.
Azriel fala um prato bastante específico, não faço questão de entender o nome.
O garçom se vai.
Respiro fundo e junto todas as palavras.
— Olha Azriel, você parece ser uma pessoa incrível e tudo mais porém eu não sei se serei boa o suficiente pra você. Não quero que crie expectativa de um futuro que eu não posso lhe dar, você merece alguém melhor, me conheço bem o suficiente para afirmar isso. - minha voz sai calma e solidária.
Seu rosto permaneceu o tempo todo inexpressivo, o maldito do jantar inteiro. Ele não disse uma única palavra, não demonstrou nenhuma comoção, também não tirava os olhos de mim.
Merda, merda, merda.
Acho que teria sido melhor uma reação raivosa.
Quando saímos do restaurante uma hora e meia depois está frio, mas as ruas ainda estão cheias.
Fomos até uma ponte que cortava um Rio extenso, era lindo. Me inclinei, descansando os antebraços na madeira. Azriel fez o mesmo.
— Seu silêncio está me matando homem, diga algo! não sei se pode sair do seu corpo mas se puder volte que não acabamos. - explodo, a voz está baixa mesmo que estejamos afastados dos outros.
— Não vejo motivo para o meu silêncio lhe matar e não, não saio do meu corpo estou bem aqui. - a voz é a mesma de antes, o mesmo tom. - Eu apenas queria lhe fazer uma proposta.
Fico tensa.
— Uma proposta? - me viro para ele.
— Sim. - Seu olhar está fixo no rio a sua frente.
— E do que se trata? - o que ele está fazendo?
Ele se vira, dá um passo para frente, as sombras foram embora e ele está muito perto. Consigo sentir seu cheiro.
Por mais que pareça que seu perfume é forte, aqueles típicos dos grão féericos, ele não. É suave, é como se eu estivesse sentindo o cheiro de um bebê, mas é intenso, é mais do que isso e não consigo explicar agora.
— Como minha parceira, tenho de protegê-la e mantê-la segura e irei fazer independente de sua escolha. Não posso fazer isso se estiver em suas viagens. Por isso quero que fique, apenas por um tempo. Pense, reveja, não irei prende-la e obrigar a carregar o fardo. Apenas peço que dê uma chance... A Velaris. - seu olhar é tão intenso que não consigo desviar.
Não consigo pensar em um único motivo para dizer não. Mas deveria.
Não tenho uma família para sustentar, não tenho dívidas, não tenho trabalhos inacabados, não tenho amigos que irão sentir minha falta, e o mais importante: não tenho que ir embora, não quero ir embora.
Visitei quase todas as cortes, a Corte Noturna é a última da lista, não achei nenhum lugar parecido com este, não achei pessoas que me tratassem como amiga, não tive péssimos guias turísticos...
Não quero me prender totalmente, e não vou.
Porém não custa nada dar uma chance.
— E como isso funcionaria? Eu fico na pousada e você me vigia? - eu sabia que não era assim que ele estava dizendo mas não vou deixar tão fácil pra ele.
— Pelo caldeirão, não! Você iria morar conosco e eu lhe mostraria o melhor que esta cidade pode oferecer. No final das atrações você decide se fica ou não. - ele explica.
— Isso é um acordo?
— Você considera um? - ele está muito, muito perto. Minhas pernas não obedecem.
Se afaste, se afaste, se afaste. - minha mente pede.
— Acho que sim. - seus olhos castanhos me penetram como se fosse capaz de ler minha alma. E percebo minha respiração irregular.
Ele não faz isso de propósito. Sei que não, mas então por que fico nervosa?
— Então é. Fechado? - ele se afasta.
— Fechado.
— Ótimo. - ele se cala por alguns segundos. — Tem algo para fazer em mente?
Desde que coloquei uma barreira no laço não sinto nada de Azriel, nada. E tenho certeza que ele não sente meu também. Precisa ser assim, pelo bem de todos.
— Na verdade tem sim. Passei por um lugar chamado Rita's, fiquei curiosa. - ele levanta o olhar, surpreso.
— Sério? Hm, podemos ir lá se quiser, é uma boate. - o homem-sombra de quase dois metros de altura, misterioso e que não fala muito em uma balada? Será uma experiência no mínimo interessante.
— Eu quero. - ele parece pensar um pouco antes de dizer:
— Vamos? - ando animada ao seu lado. — Você pode ver coisas... Pessoas, que vão me falar coisas... Não se importe com elas.
— Não sei se entendi.
— Apenas... Apenas não dê importância para os comentários de lá. São insignificantes.
Ainda estou desconfiada com o comentário, mas decido não fazer mais perguntas.
Como assim pessoas vão falar coisas para ele?
Começo a reparar em como os outros olham para Azriel, no restaurante eu estava brincando com o fato de ele ser extremamente bonito, nunca vi se pessoas lhe comiam com os olhos, foi apenas um palpite.
Mas aqui, agora, reparo que não.
Mulheres e homens, com os olhos cheios de luxúria e desejo. Alguns disfarçam, outros nem tanto...
Isso me assusta já que outras até me lançam olhares de ódio quando me vêem.
Good night babies
Como vocês estão meu povo? Esse cap foi mais curtinho né?
Reparei que sou escritora vampira, só posto na madruga.
As coisas vão começar a ficar interessantes se é que me entendem... Daqui a alguns capítulos.
Votem, comentem eu leio todos!
Me sigam e ouçam as músicas da mídia.
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