༆ XXXII
cheguei chegando talalalalalala
sério, deu muito trabalho escrever esse capítulo e vcs vão já descobrir o pq
curtam bastante, amores
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ℭontinuei dedilhando os arabescos no vale dos meus seios. Haviam aparecido no dia em que fiz um acordo com Azriel e acabei esquecendo de perguntar o que era. Foi uma surpresa e tanto tirar o suéter e ver que agora eu tenho uma tatuagem. É em um lugar um pouco comprometedor? Sim, mas eu gostava de usar decotes.
Me lembrava bastante uma coroa, com losangulos em formas de jóias, pequenos pontinhos formando correntes entre os desenhos. Nas pontas da tatuagem tinham desenhos de folhas e redemoinhos. Um losangulo no alto do vale entre os seios seguido por uma linha fina que se dividia em duas e seguiam por lados opostos. As duas linhas ficavam maiores e pareciam trançadas. Era uma mistura de delicadeza e sensualidade que não conseguiria descrever. Os pontinhos como pequenos brilhos, as formas das jóias gravadas em minha pele. Sete principais ficavam em maior destaque, penduradas por pequenos pontos descendo das linhas trançadas.
Sorri para o espelho vendo um pequeno reluzir do desenho, como se realmente fossem jóias. Me lembrei dos sifões de Cassian se acendendo em campo de batalha em todos os ataques.
Terminei de vestir meu traje de couro preto com verde e dourado, o mesmo que Helion havia mandado fazer especialmente para mim mais de quarenta noites atrás. Apertei as fivelas e coloquei as lâminas gêmeas nas costas como de costume. Prendi a adaga negra em minha coxa e meus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto.
Me encarei no espelho enquanto ajustava as mangas do traje. Morrigan havia retornado ontem. Azriel passou o dia na corte noturna resolvendo as pendências dela. Depois que me ajudou a fazer o jantar ele contou que ela tentou convencê-los de todas as formas, mas não estavam irredutíveis. Então hoje, com a permissão de Helion e Rhysand, eu atacaria Vallahan diretamente. Renard e Ystria vão comigo, Fellius vai ficar com Cassian. Os dois estão juntos de Nestha e Manch no comando dos exércitos da corte diurna e noturna.
Os Grão-Senhores foram avisados das mudanças de planos e que teriam duas semanas para enviarem seus exércitos para junto dos nossos. O plano é atacar para exterminar. Cortar o mau pela raiz. Rhysand uma vez tentou resolver as coisas na conversa, não rendeu muita coisa.
Eu, Feyre, Lucien, Helion, Manch e Nestha estamos na linha de frente com poder de fogo e luz. E com Renard podendo se transformar em dragão, Darren invocando feitiços de manipulação de fogo e brilhando como Helion, ainda temos a porra de um dragão adormecido embaixo de Sob a Montanha, estamos em uma vantagem ao menos sobre os Valgs.
Aquelas criaturas devem ser eliminadas antes mesmo dos exércitos. Posso lutar sem meus poderes contra soldados, mas criaturas de outro mundo que se movem tão rápido e tem a força maior que a de um Grão-Senhor? Não sou doida o suficiente para enfrentá-los sozinha. Não quando sou apenas uma Grã-Féerica.
— Alyn... — Me viro a tempo de ver Azriel abrindo a porta devagar. — Está na hora. — O mesmo estava vestindo uma armadura de couro Illyriano ébano, os sete sifões azuis cobalto brilhando me fizeram lembrar do colar de safira e de minha tatuagem. Apanhei o colar na cômoda do quarto e saí colocando o mesmo em meu pescoço, depois de preso escondi o mesmo dentro do traje.
— Te vejo em... vinte minutos? No mínimo. — Avisei seguindo pelo corredor oposto ao que ele pegou. Com um último olhar Azriel seguiu para a saída. As sombras densas ao redor de suas asas, as garras afiadas brilhando. Shelly o seguiu. Segui pelo corredor escuro em direção as masmorras onde Shelly esteve presa.
Libertar um dragão. Dois meses atrás eu estaria olhando para as estrelas e pedindo liberdade, agora eu tinha as estrelas a minha disposição e usava a liberdade para libertar outras criaturas. Assim que parei no lugar onde a gaiola de Shelly ficava percebi a enorme criatura ao fundo. Com passos cuidadosos e a bota estalando nas pequenas pedrinhas do chão fui até a câmara gigante onde mantinham o dragão.
Pelos ossos quebrados e espalhados pelo chão dúvido muito que alguém tenha sequer conseguido chegar perto desse gigante sem ser devorado, ou queimado. Com um passo em falso escorrego e piso mais forte em cima de um osso, o som oco se quebrando ecoa pelo lugar e me vi sendo encarada por duas piscinas de ouro derretido com pequenos traços vermelho sangue.
Paralisei de medo. A gigante serpente alada se ergue ficando ainda maior, estava na defensiva. Eu não havia me aproximado nada, ainda estava na entrada praticamente. Estiquei uma mão ouvindo o mesmo rugir, dei um passo a frente e o seu rugido dominical fez meus cabelos ricochetearem em meu rosto e meu corpo ser impulsionado para trás. Tentei me levantar, mas antes que pudesse o fazer vi o mesmo abrindo a boca e já sabia o que viria a seguir.
Assim que as chamas do dragão vieram em minha direção ergui o paredão de fogo fervente que já estou aprendendo a fazer facilmente. Minhas chamas douradas com raios laranjados em contraste com o ouro pálido com raios vermelhos das chamas do dragão. A temperatura subiu rapidamente, o suor correu por minha pele.
Uni as mãos e com um movimento abri o fogo fazendo que as paredes ao meu lado fossem atingidas e o dragão começasse a vir atrás de mim. Arregalei os olhos em pânico e corri ouvindo o mesmo destruir tudo atrás de mim. Ele não conseguiria ir longe por ali, e foi então que tive uma ideia.
Me xingando em todas as línguas conhecidas dei meia volta seguindo por um corredor diferente que levaria ao mesmo lugar. Assim que cheguei novamente a câmara vi que o dragão ainda estava tentando ir pelo outro lado. Coloquei os dois dedos na boca e assoviei alto o suficiente para lhe chamar a atenção.
Joguei o bode que Azriel havia pegado para fazer companhia para Shelly em sua frente.
— Non volo nocere tibi opus est auxilio. — Lembrei-me quando Renard disse que a língua dos deuses é a língua universal das criaturas. O dragão deu alguns passos para frente, as garras arranhando o chão e sua calda batendo nas paredes fazendo algumas pedrinhas caírem. Com um movimento ele abacanhou o bode que nem sequer pôde gritar um último "bééé". Torci para não ser a próxima quando o mesmo me encarou novamente.
Esperei até que ele estivesse terminado de engolir o bode e o sangue parasse de pingar de seus dentes. Dei um passo para a frente, dessa vez o mesmo apenas me observou com os olhos atentos a cada movimento. Me aproximei até ficar cara a cara com a serpente alada. Percebi então que suas escamas eram negras, mas seus chifres tinham uma coloração que ia do vermelho para o dourado. Lindo.
Tentei tocar seu focinho, porém o mesmo bufou se afastando.
— Et vos adepto de hic. — Rapidamente ganhei sua atenção e ele me olhou com os olhos semicerrados. Porra, nem o dragão acredita em mim? Olhei ao redor vendo uma clareira por onde entra luz natural. Ou seja, saída. — illic, grandão. — Disse apontando. O mesmo aparentemente me ignorou e voltou a deitar. — No. No. No. surge tolle grabattum tuum! — Pedi que levantasse e o mesmo fechou os olhos. O único movimento que ele fez foi levantar a asa minimamente, então pude ver uma grossa corrente entalhada com selos.
Ele não estava adormecido. Estava preso. Amarantha sua puta. Me aproximei das correntes com cuidado para não assustar o dragão. Dizer que fui forjada no fogo não me torna imune a ele, eu acho. Na verdade, nunca fiquei dentro do fogo que não fosse o meu. Sacudi a cabeça voltando minha atenção para o que estava fazendo. Tento tocar as correntes, mas assim que encosto nelas sou arremessada para trás como se tivesse magia.
Ótimo. Simplesmente ótimo.
[...]
Azriel Narrando. Na floresta.
Ela está demorando
Vá buscá-la
Azriel, ela está em perigo
Deixou ela ir sozinha atrás de um dragão
A essa hora já deve estar morta.
Vai deixar sua parceira morrer?
Ignorei os sussurros das sombras e continuei encarando a montanha. Alyn tinha que sair dali logo, ou eu iria atrás dela. Já havia lhe visto lutar e nunca diria para ela que se quisesse ela poderia vencer até a mim. Estou mais preocupado com o dragão do que com ela.
Minha parceira sabe se cuidar. As vezes.
Nunca havia encontrado um imortal tão propenso a morte quanto Cassian, e então Alyn apareceu. Céus, a garota atraí confusão por onde passa. Ela é uma confusão. Está sempre atenta e pensando, uma coisa que notei é o fato de mesmo olhando em seus olhos, sua cabeça está focada em tudo ao seu redor.
Quando ela chegou na reunião dos Grão-Senhores não fiquei surpreso, o sorriso provocador que ela ostentava quando nos conhecemos era digno de uma princesa. Se bem, que de todas as princesas que já conheci ela é a única que veste calças. Ao contrário de outras fêmeas que preferem vestidos, Alyn tem o próprio estilo de se vestir e agir. Gosta de mandar e desmandar, e mesmo agindo como uma criança as vezes, aquela fêmea é perigosa em todos os sentidos da palavra.
E convivendo com ela nos últimos dois dias percebi que ela é mais perigosa para si mesma do que para outras pessoas. Sempre colocando os outros antes de si mesma — exceto na hora de dividir os biscoitos.
Não havia esquecido da forma como ela confessou viver sempre como se fosse seu último dia. Ou a tristeza em seus olhos quando ela viu o quadro no escritório de Helion. Ou até mesmo a admiração que olha para Feyre, Morrigan e todos nós. Ou o amor quando encara sua família disfuncional.
Ouvi o som de passos e nem mesmo me virei, sabendo que os amigos dela chegaram. O de cabelos loiros acobreados bagunçados como sempre ao lado da fêmea de cabelos bicolores. Ambos vestindo trajes com tecido parecido com o de Alyn.
— Cadê ela? — Renard pergunta parando ao meu lado. Não lhe olho, apenas mantenho a atenção voltada para a montanha de onde a qualquer momento Alyn pode sair. Apontei com o queixo para a entrada.
— Ok, vou apressá-la. — A fêmea disse, mas a impedi.
— Ela não está atrasada. — Digo simples. — Achou uma coisa dentro da montanha e quer levar conosco.
— Como assim? — Renard pergunta confuso. De repente sua boca se abre com assombro e sei que ele descobriu, agora como? — Deixou ela ir atrás de um dragão sozinha?! — Quase gritou e lhe encarei sem expressão.
— Entre Alyn e um dragão, quem você acha que está correndo mais perigo? — Ironizei erguendo uma sobrancelha. A fêmea sorriu para si mesma e balançou a cabeça. Deveria ser uma das treinadoras de minha parceira.
— Renard, ele tem um ponto. De todos que nós conhecemos, se existe alguém que pode lidar com uma criatura gigante que cospe fogo, esse alguém é aquela garota. — Disse apertando o ombro do macho que encarava a montanha com as sobrancelhas franzidas.
— Chame-a pelo laço. — Renard pediu e fiquei tenso. Puta que pariu, o laço. Alyn ainda não sabia do laço, e se levar em consideração que descobri ontem e ainda não sei o que fazer sobre. Amren havia dito com todas as letras, e quando estava olhando nos olhos e Alyn na sala de treinamento senti o mesmo se encaixando.
Senti tudo que ela estava sentindo, vi pelos seus olhos a forma como me olhou e , céus, teria lhe agarrado ali mesmo. Auto controle nunca me foi tão útil. Quando ela saiu da sala a realidade me atingiu e fugi para Velaris.
— Não vai ser possível. — Digo sem emoção. Eles sabem que realmente somos parceiros? Lembro de Rhysand e Feyre. — Ela está com os escudos erguidos pra mim.
— Então vamos apenas sentar e esperar? — Resmungou parecendo contrariado. Os ignorei conforme eles mudaram de assunto para as coisas de sua Corte.
Helion conseguiu juntar um grupo peculiar para sua comitiva. Um ex general, uma ex assassina, uma fêmea maluca com um amigo estranho a tira colo, além de seus sobrinhos.
A confusão no dia que invadiram o escritório de Helion, como se ele não fosse nada além de um Grão-Féerico. Isso me lembrou que Alyn desafiou mais Grão-Senhores nos últimos meses do que Cassian e eu nos últimos quatrocentos anos.
E sua implicância com Elain estava começando a despertar a curiosidade de Feyre. Minha Grã-Senhora ficou um pouco inclinada a defender a irmã quando percebeu que Alyn está tentando afastar a fêmea dos planos. Gostaria de saber qual a razão para suas desconfianças. Lembro que ela disse na reunião que havia alguém vazando informações, mas Elain é Elain. Jamais faria algo assim.
— AZRIEL! — Olho pra cima vendo um ponto vermelho e preto descendo rápido do céu. Que diabos...? Não pensei muito antes de me lançar aos céus. O impacto do corpo de Alyn com meus braços fez com que eu caísse junto, mas consegui abrir as asas o máximo e planar antes que caísse nas árvores e voltei a voar.
— Como foi parar aqui em cima? — Perguntei curioso, a mesma sorriu abertamente e apontou para algo sobre meu ombro. Seu cheiro de maçã, alisso e algo mais que nunca poderia descrever, cítrico e que despertava pensamentos que não poderia dizer em voz alta. Me lembrei de quando cheguei ontem e a vi na cozinha, suada e coberta de farinha, os cabelos presos em um coque e usando apenas um vestido branco soltinho. Saí de lá antes que me visse e fui tomar um banho.
— Wow, eu não lembrava de como era legal voar. — Alyn olhou ao redor e seus olhos brilharam conforme ela percebeu Ystria e Renard lá embaixo. Transparente e forte, como um diamante lapidado.
— Não conseguiu soltar o dragão ou ele tentou te matar? — Questionei descendo na clareira perto da entrada de Sob a Montanha. Quando a mesma me disse que iríamos ter de ficar aqui pensei seriamente em lhe fazer subir todos os degraus até a Casa de Vento. Mas ao chegar percebi que ela havia mudado absolutamente tudo no lugar.
— Digamos que as duas coisas. — Respondeu fazendo uma careta, mas logo foi substituída por um sorriso felino. Eu morreria se ela continuasse sorrindo para mim. — Mas isso não me impediu de tirá-lo de lá.
— Ele te atacou e mesmo assim o libertou? Onde ele está? — Procurei em seu rosto sinais de luta, mas apenas uma gota de suor escorria por sua tempora.
— Talvez... — Um sorriso tímido apareceu em seu rosto e suas bochechas ficaram ainda mais vermelhas. A ponta de seu nariz parecendo uma bolinha vermelha. — Provavelmente decidindo se vale a pena lutar ao nosso lado.
— Pelas tetas da Mãe. — Murmurei olhando novamente para o céu. Senti as sombras tentando irem até Alyn. As mesmas haviam gostado da fêmea desde o dia na floresta enquanto o céu desabava em nossas cabeças. Dançavam ao seu redor e cantavam para ela, mesmo Alyn não percebendo. Sentiram a parceria, antes mesmo de mim.
— É, eu sei. Insano. — Disse animada. — Agora vamos, você tem que me levar lá pra cima de novo. — Ergui uma sobrancelha quando a mesma parou a minha frente, tive que olhar para baixo por conta da diferença de altura. Ela era uns 30 centímetros mais baixa que eu, era engraçado até.
— Como se fala? — Zombei sorrindo discretamente. A mesma revirou os olhos, mas sorriu inocente.
— Por favor, querido parceiro, mestre espião lindo da corte noturna, poderia me levar para os céus com suas poderosas asas illyrianas? — Querido parceiro. Balancei a cabeça rindo baixinho conforme enlacei sua cintura e a mesma levantou os braços tentando alcançar meu pescoço, mas apenas suas mãos conseguiram tocar, enviando um arrepio por minha pele ao sentir o calor da sua.
— Bom saber que me acha lindo, princesa. — Provoco e não dou tempo para a mesma responder, tomando impulso e nos levando novamente para os céus. Ouvi quando Renard gritou por Alyn do chão e Ystria o xingou falando "deixe o casal, seu velho".
— Vou precisar soltar as mãos, então preciso que você me ajude a enrolar minhas pernas em sua cintura, ok? — Não me surpreendi com sua ousadia, ontem durante o jantar notei ela secando descaradamente as tatuagens illyrianas que escapavam pela gola da camiseta e quando questionei apenas deu de ombros. E para alguém que anda sempre com roupas justas e decotes ela cora com uma facilidade assustadora.
— O que eu faço? — Pergunto tentando erguer seu corpo sem precisar segurar em sua bunda ou pernas, que graças aos Deuses estavam cobertas pelo traje. Perguntaria a Rhys como ele fazia com Feyre. Alyn não se importava com minhas cicatrizes, nem com as sombras. Era fácil esquecer de toda a merda quando está ao seu lado.
— Vá mais alto. Agora, levanta uma perna minha até a altura do seu quadril. — Instruiu segurando meu pulso e posicionando em seu joelho. Levantei cuidadosamente, tendo cuidado para não deixar a mesma cair ou parar de subir para as nuvens. Em todos esses anos, essa é a primeira vez que isso me acontece. — Agora eu vou impulsionar e passar a outra ao seu redor. Não me solta, tá bom? — Pediu-me baixinho e não sei se poderia negar alguma coisa para ela.
Com um movimento rápido Alyn segurou em meu pescoço e passou a outra perna por meu quadril, as coxas apertando meu corpo. Respirei fundo vendo que seus seios estavam quase na altura do meu rosto e desviei o olhar segurando na parte de trás suas coxas.
— Et magna again — Balbuciou, seus olhos adquirindo a coloração dourada semelhante aos de Darren, sobrinha de Helion. Observei de perto quando seu rosto se iluminou novamente e ela piscou, os olhos azuis límpidos de volta. Um bater de asas estrondoso ecoou e por pouco não fomos jogados contra a corrente de ar. Virei-me a tempo de ver o enorme dragão negro com dourado e vermelho destruindo a montanha enquanto abria caminho para a saída. — Isso!
Alyn comemorou me abraçando. O que foi um erro, pois acabou espremendo meu rosto entre seus peitos. Que a Mãe tenha piedade da minha alma.
— Obrigada, parceiro. — Surpresa me invadiu quando Alyn beijou minha bochecha e segurando em minja armadura soltou as pernas e se jogou no ar. As sombras se jogaram em sua direção tentando lhe segurar e eu fui junto, mas parei ao ver a mesma segurando nos espinhos do dragão, os olhos brilhando sob a luz do sol e o sorriso radiante de quem sabia que tinha feito algo certo.
Sacudi a cabeça e desci até onde Renard e Ystria aguardavam. Os dois me olharam, mas não disseram nada. Observamos Alyn quase cair algumas vezes antes de conseguir guiar o dragão até a montanha e pousá-lo lá. Renard abre um portal e ele e Ystria atravessam até lá. Começo a dissipar em sombras e vou até eles.
— Az, você vem com a gente? — A pergunta veio de Alyn enquanto ajudava Ystria a montar o dragão. Não precisei dizer nada pois no mesmo momento Rhys atravessou ao meu lado, olhando ao redor com desprezo.
Meu irmão nunca esqueceria o que fez ali, as coisas que viu. Nem ele, nem Feyre mereciam ter passado pelos horrores e pesadelos daquele lugar.
— Estamos de saída. — Alyn encarava Rhysand como se a qualquer momento ele fosse lhe reduzir a pó. Era um pouco divertido ver o jeito que ela quando estava com a gente.
— Percebi. — Rhys encarou o dragão intensamente e então ajeitou as lapelas do casaco ébano. — Vou levar vocês o mais perto que conseguir. O dragão vai alertar os soldados e começarão a evacuar. Já tem um plano de ataque, não é? — Perguntou sério.
— É claro que sim. — A fêmea disse parecendo ofendida. Com um pulo desceu da enorme criatura. Cruzei os braços vendo a mesma vindo até nós. — Ystria e Renard vão tirar mulheres e crianças de lá. Azriel e eu vamos abrindo caminho matando alguns soldados e sentinelas enquanto ele, — Ela aponta para o dragão atrás dela. — faz um estrago no castelo. E com sorte, vou conseguir matar a pessoa certa.
— Certo. — O Grão-Senhor acenou para a mesma que apenas respirou fundo e se voltou para o amigo, o ajudando a subir no dragão. Rhysans fez um sinal para que eu o seguisse e assim fiz, ficando um pouco afastados de Alyn e seus amigos. — Fique de olho nela, Alyn é uma boa pessoa com ótimas intenções, mas ainda não tem preparo suficiente. Se algo der errado, tire-os de lá imediatamente. — Assenti sério e olhei para onde os três estavam conversando sérios.
Seria um péssimo momento para começar a rezar?
[...]
Alyn Narrando.
Rhysand atravessou conosco montados no dragão.
Segurei firme conforme o dragão continuava se aproximando pelo mar. As ondas abaixo de nós respingando água enquanto a criatura plana próximo ao mar. Se erguendo na neblina do fim do dia, a cidade de pedra surgia a nossa frente. O castelo cinzento no topo da colina ao norte da cidade.
Sinos soaram e um sorriso felino foi esculpido em meu rosto. Soldados corriam e a cidade começava a ficar barulhenta, pessoas correndo nas ruas, crianças chorando, sentinelas gritando. O horror estava começando. Encarei ao longe vendo a sombra de um macho encostado na varanda do castelo.
Uma saraivada de flechas foi disparada em nossa direção e ergui o escudo ao nosso redor. Minha risada escapou quando mais gritos de soldados soaram e sobrevoamos a cidade. Azriel se preparava para se lançar ao vento, assim como Renard e Ystria se preparavam para pular. Montei o dragão seguramente, dando a volta no castelo e seguindo novamente para a cidade. Assim que os primeiros prédios se aproximaram, disse:
— Agora. — Movi meus lábios sem emitir som, olhando por cima do ombro.
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tatuagem da Alyn:
vai ter Alyn tatuada e usando decote, sim
gente, o dragão é uma mistura do Viserion, do Drogo e do Abraxos, então imaginem grande, tipo beem grande
esse plano, esse plano
nunca mais na minha vida eu escrevo pov masculino, puta que pariu eu não consigo não minha gente
Alyn lerda, quando a vai descobrir hein? Façam suas apostas
adendo: criei um grupo com algumas leitoras (coisa pequena) quem quiser entrar o link tá no perfil e no mural.
amo vcs, bjos
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