༆XLVII

oii...

has been a long time coming...
mas eu finalmente voltei, não sei por quanto tempo. não sei o que vai acontecer, mas tô com muitos pensamentos pensantes

sem mais delongas...

Enquanto isso, em uma floresta muito longe de Cretea...

— Como diabos ninguém sabia da existência de uma ilha assim em toda Prythian? — A pergunta veio de Darren, a princesa continua olhando para a ilha coberta por uma floresta rica em tons de verde, o sol há muito se fora e apenas o luar iluminava as águas além do pequeno bote que se aproximava.

O clima tenso após os eventos dos últimos dias não se dissipou, todos os nervos estavam à flor da pele. Ystria fez coisas que se arrepende. Renard disse coisas que se arrepende. Darren ainda estava com dificuldade para lidar com a falta de Alyn. E Fellius... este apenas carregava o fardo de apaziguar os humores o máximo possível. Principalmente agora, com um Helion transtornado e a poucos passos de explodir a merda fora daquela ilha.

Assim que perceberam quem havia sequestrado a Grã-Senhora, não se demoraram, pegaram suas lâminas, pequenas e grandes, e embarcaram no Taliones. O grande navio continha mantimentos e tudo necessário para alguns dias de viagem.

Foi estranho e difícil estarem novamente no navio que os uniu sem aquela que fez tudo acontecer. Os últimos meses haviam sido de puro terror e ansiedades, provações atrás de provações. Lembraram-se de todas as coisas boas que compartilharam, e o tempo de viagem os permitiu pensar em todas as coisas ruins que também compartilharam.

Para seres milenares, féericos não eram conhecidos por seu modo calmo de lidar com as coisas. Emoções inflamadas levaram a melhor em muitas situações, e o arrependimento era acre em seus corações.

— Eles sabem que nós estamos indo pra lá, por isso está à vista. Contaram-me certa vez que Myndamum não é nada mais que um vulcão para àqueles que não têm permissão para ver. — Renard explicou calmamente, os dedos tamborilavam conforme as ondas colidiam com o casco do bote de madeira. — Eu não saberia, essa é a segunda vez em toda minha existência que retorno para esse lugar.

Ystria, que se manteve quieta durante os dois dias que se passaram, falou em voz baixa: — Se me permite perguntar, como pretende convencê-los a deixá-lo retornar conosco?

Fellius, felizmente, manteve a boca fechada, conforme observava o vulper com olhos encobertos, era impossível dizer o que se passava na mente do ex general. Renard suspirou.

— Não faço ideia, meus mestres não são conhecidos pela doçura no coração. Nunca houve um único vulper que se recusou a retornar para o meio de seu povo...

— Vai conseguir pensar em algo. — Darren afirma, tirando os olhos da ilha que se aproximavam cada vez mais. Seus olhos piscam com algo, mas logo se vai — Se bem que... somos bons em bolar planos, mas não executamos nem metade do planejado, Alyn mesmo mandava o plano ir à merda antes mesmo de começar.

— Ela nunca aprendeu a seguir, mesmo que afirme não servir para dar ordens, ela nasceu para liderar — O vulper disse, os cantos de seus labios se enrolando em um quase sorriso — Se ela estivesse aqui, provavelmente já teria atravessado diretamente pro meio da ilha, sacando espadas e usando a raiva como maior escudo.

— Ela realmente tem muita raiva acumulada dentro de si — Ystria comentou, os olhos focados nos remos.

— Infelizmente todo ódio dos Vanserra por ela, enraizou e... — Renard se interrompeu conforme a areia se aproximou e Fellius pulou para a água, Ystria seguindo e logo puxavam o barco.

Renard e Darren desceram para a água e seguiram para a areia, se juntando com o capitão e a ex assassina. Os quatro encararam as longas árvores que se erguiam orgulhosamente em sua frente, a mata densa tornando difícil saber o que ou quem se escondia na escuridão da noite.

— Odeio ser a estraga prazeres, mas independente do que acontecer, mantenham o foco na missão. Todas as brigas, intrigas devem ser deixadas nesta praia, por que assim que entrarmos nessa mata, os Taliones são uma unidade — Ystria observou com olhos conhecedores seus amigos, sua família. Continuou: — Darren e Renard, vocês trabalham em conjunto, diplomatas, eu e Fellius iremos localizar e exterminar as ameaças à segurança da Grã-Senhora. A missão é simples, porém haverá contratempos, pelo amor que sentem por Alyn, não ajam igual ela e misturem suas emoções, essa noite incluí apenas uma pessoa.

O aceno para Renard foi quase imperceptível, a fêmea poderia ter deixado de lado por enquanto, mas não se esqueceria da forma como foi apontada como traidora quando sequer havia saído do palácio antes de toda a confusão começar.

— Não tenho certeza se alguma vez já agradeci a vocês por tudo que fizeram por mim e por Alyn desde o dia que nos conhecemos — O Vulper começou, a voz rouca com a emoção que ameaça subir por sua garganta — Vocês largaram suas vidas e nos ajudaram, acreditaram em nós e se chegamos tão longe foi por conta dessa ajuda, serei sempre grato.

— Não faça disso uma despedida, sairemos todos ou não sairá nenhum. — Foi Fellius quem afirmou, os braços cruzados sobre o peito e mais uma vez era impossível ler seu olhar.

— Afinal, temos uma rainha para recuperar, então ânimo, queridos amigos, — Darren disse com um sorriso, era impressionante como a princesa conseguia esconder toda a aflição que sentia por trás da máscara tão bem ensaiada — enfrentamos um exército de outro mundo, esses caras? — apontou por cima do ombro, em direção à floresta — eles podem ser poderosos, treinados, bem armados, inteligentes e...

— Por favor, não destrua a moral que eu criei — Implorou Ystria fingindo sua expressão de sofrimento.

A princesa continuou: — O ponto é: nós vamos de algum jeito irreal, mirabolante e provavelmente extremamente perigoso e beirando a insanidade, resgatar Alaya.

— Já chega. — Fellius interrompeu descruzando os braços e puxando sua espada, o aço da lâmina brilhou sob o luar, caminhando com passos largos o ar silvou conforme ele desceu sobre a mata a sua frente abrindo caminho, com uma última olhada por cima do ombro ele disse — Temos uma missão para concluir. Estão prontos, Taliones?

Os três se sentiram compelidos pela autoridade no tom de Fellius à responder tal qual soldados em uníssono — Sim, capitão.

Uma sombra passou pela expressão do ex-general enquanto ele assentia. E assim, os quatro seguiram floresta à dentro, Renard logo atrás de Fellius guiando-os pelo caminho cada vez mais conhecido.

Em Cretea...

Rhys e Azriel deixaram Alyn para que ela pudesse descansar um bom tempo depois. A conversa havia durado mais do que deveria, e o Grão-Senhor estava mais quieto que o normal. A fêmea havia expressado uma vontade irredutível de falar com Feyre, e apesar de confiar nas melhores intenções de Alyn, não achava que era um bom momento para trazer sua parceira para Cretea.

A Corte Noturna sofreu um ataque, os illyrianos ainda se recuperavam das perdas da guerra e a legião de Keir se recusava a ajudar, e para adoçar a situação Velliard pegou os objetos poderosos capazes de remodelar o mundo como se conhece.

Azriel falou primeiro: — Se ela disse a verdade, apesar das criaturas Valg, o exército dele está com muitas perdas, os corpos na água não pertenciam ao povo de Drakon, Milliken não se importa em quantos soldados vai perder na tentativa de dobrar as cortes aos seus pés e Velliard conseguiu o que queria.

— Eles estão tocando a música e nós apenas dançamos conforme as notas. Eles não apenas antecipam nossos passos, eles os conhecem... — O mestre espião parou, de repente ciente do que estava falando. Já havia pensado nessa possibilidade, mas ninguém fora do círculo íntimo dos Grãos-Senhores sabiam do que estava acontecendo, e apenas um punhado de pessoas tinham informações sobre a Corte Noturna e a peneira fica ainda menor quanto às informações diretas entre a Corte Noturna e a Corte Diurna.

— Drakon e Myrian garantiram que ninguém em Cretea sabia o paradeiro do Caldeirão e nem mesmo uma alma se atrevia a comentar sobre os livros dos sopros. O que deixamos passar? — A pergunta foi retórica, o Grão-Senhor não parecia estar disposto a manter uma conversa nesse momento. Deveria, porém. 

Se virando para o encantador de sombras, o macho analisou o irmão com aquele olhar que apenas Rhysand tinha, tão caloroso que mal se podia notar o escrutínio por baixo, mas Azriel seria um péssimo mestre espião se não percebesse esses pequenos detalhes em suas facetas. As sombras circularam ao redor dos dois, e com um aceno o Grão-Senhor disse:

— Confio em você para descobrir isso, irmão. — A sinceridade em seu tom desceu como um banho frio sobre Azriel. Não se sentia mais tão digno dessa confiança, havia cometido erro atrás de erro desde que... Desde que conhecera Alyn e se distraiu com o caos que a rodeava constantemente. — Mas nesse momento, precisamos dar um jeito de sua parceira melhorar e rápido.

— Concordo.

— Tenho alguns favores para cobrar e algumas coisas que podem ser do interesse de algumas pessoas, voltarei assim que conseguir a pessoa certa para fazer este pequeno milagre — Ele disse tão casual que não parecia que estava no meio de uma guerra, mas a tensão ao redor de sua boca e o modo como seus ombros pareciam cada vez mais tensos, notava-se o quanto ele estava impaciente.

O Grão-Senhor colocou as mãos nos bolsos e se virou, pronto para seguir caminho quando olhou por cima do ombro e falou, o perigo escorregando por entre seu tom encoberto pelo mínimo sorriso:

— Se for um traidor de verdade, não hesite em mostrar suas habilidades, irmão.

E com isso, ele se foi em uma nuvem de poeira, deixando para trás o illyriano pensativo. Com um último olhar para a cela onde Alyn continuava dormindo, ele partiu à procura de papel, tinta e bastante espaço.

Estava na hora de montar o quebra-cabeças que havia adiado por muito tempo.

é um capítulo minúsculo perto do que eu escrevia antes, eu sinto muito, mas do fundo do meu coração espero que tenham gostado, essa é a primeira vez que eu escrevo e gosto depois de dois anos...

um beijo pra quem não desistiu de mim

se algo estiver errado, por favor me avisem pra eu poder revisar mais uma vez a história ta bom? desde já, obrigado obrigado obrigado

até mais
see u soon xx

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