Esse não é o fim da corrida?


O ambiente exalava autoridade, poder e o peso de uma história construída para glorificar alfas. Ao cruzar o limiar do auditório, Draco Malfoy sentiu um desconforto pulsante, como uma agulha invisível espetando sua pele. Aquilo não estava certo. Era a única coisa que ecoava em sua mente. O local escolhido para a entrevista parecia uma provocação deliberada.

O auditório, inspirado na arquitetura romana, era uma ode à supremacia alfa. Colunas maciças de mármore branco ladeavam as paredes, enquanto o teto abobadado ostentava afrescos de caçadas, batalhas e cenas de glória, sempre protagonizadas por figuras masculinas e femininas poderosas. As fileiras de assentos semicirculares desciam em direção ao centro, onde um palco de pedra polida reluzia sob os holofotes. Cada detalhe sussurrava — não, gritava — que aquele era um templo de liderança e domínio.

Draco lembrava-se desse lugar. Era uma propriedade do conselho alfa britânico, usada para seminários que ensinavam os jovens alfas a se tornarem "líderes natos" e "exemplares de sua casta". Um lugar onde ele, ainda garoto, fora levado para aprender sobre deveres e estratégias, ouvindo discursos intermináveis sobre força e disciplina. Agora, Harry e os outros ômegas seriam colocados sob esses mesmos holofotes? Isso só podia ser uma piada de mau gosto.

Ao seu lado, Victor Krum deixou escapar um rosnado baixo, profundo e gutural, que fez os alfas mais próximos lançarem olhares rápidos, mas cautelosos. Era evidente que o russo compartilhava da indignação de Draco.

"Nossa," Hermione murmurou, franzindo o nariz enquanto lançava um olhar crítico ao redor. "Sou apenas uma beta, mas até eu consigo sentir o fedor de alfa impregnando essas paredes." Ela fez uma careta, mas logo se virou para Victor e Draco, erguendo as mãos em um gesto de paz. "Sem querer ofender, é claro."

"Não ofendeu," Victor respondeu, com um tom áspero, antes de soltar outro rosnado mais alto. "Aqui realmente está fedendo."

"Vamos? Ou vão ficar só parados aí como estátuas gregas?" A voz rouca e impaciente de Sirius Black quebrou o momento, enquanto ele fazia um gesto com a cabeça, indicando uma entrada lateral discreta. Estava claro que ele esperava que os dois alfas e Hermione se apressassem.

Draco apressou o passo, ziguezagueando pelos estreitos corredores do teatro. As paredes, cobertas por um papel de parede azul escuro, quase se fechavam ao seu redor, enquanto o carpete vermelho vinho abafava o som das pisadas. Betas da produção passavam apressados, carregando cabos, microfones e clipes de roteiro, lançando olhares furtivos para ele e Victor. Alfas também vagavam por ali, suas presenças dominadoras ampliando a sensação de desconforto.

"Então, qual é o plano?" Draco perguntou ao primo, tentando acompanhar o ritmo acelerado de Sirius. A pergunta veio carregada de impaciência, mas também de ansiedade.

"Você vai saber quando for o momento," Sirius respondeu com um tom deliberadamente enigmático, enquanto continuava a avançar. Não se deu ao trabalho de olhar para Draco, mas havia um traço de diversão em sua voz.

O rosnado baixo de Draco ecoou pelo corredor, um som que ele não tentou suprimir. Claro, Sirius adorava seus jogos mentais. Ele lançava olhares ao redor, observando cada movimento, cada detalhe. A tensão no ar era sufocante. As perguntas martelavam em sua cabeça: qual era o plano? Qual seria sua função? E o mais importante — conseguiriam salvar Harry de mais uma emboscada cuidadosamente armada?

Quando finalmente chegaram aos lugares que Sirius havia indicado na plateia, o espetáculo — se é que poderia ser chamado assim — já estava em pleno andamento. Draco ainda pensava em pressionar o primo sobre o tão misterioso plano, mas toda determinação se esvaiu no instante em que seus olhos captaram Harry no centro do palco.

Ele ficou estático. Todo o ambiente ao redor se dissolveu, as luzes, a plateia, os murmúrios abafados. Tudo deu lugar à visão hipnotizante do ômega. Harry estava... deslumbrante. O terno cinzento parecia moldado ao seu corpo, enfatizando sua postura confiante e a linha esguia de sua figura. Mas foi o rosto de Harry que o capturou. Sem os óculos, seus olhos verdes reluziam como esmeraldas polidas sob as luzes do palco, um brilho que parecia atravessar o espaço e prender Draco em um feitiço.

Por um momento, Draco teve que lembrar-se de como respirar. Sentiu o coração bater mais forte, quase dolorosamente, contra o peito. Se alguma vez havia existido dúvida sobre sua atração por Harry, ela foi pulverizada naquele instante.

Mas não era apenas a beleza que o deixava tão desnorteado. Draco sabia que o que o atraía era muito mais profundo. Era a força de Harry, sua insolência destemida, a maneira como desafiava qualquer um, mesmo quando a balança pesava contra ele. Havia algo quase selvagem em sua rebeldia, um fogo que nunca se apagava, e Draco, por muito tempo, não soubera se aquilo o irritava, o fascinava ou o fazia sentir-se pequeno. Talvez tudo ao mesmo tempo.

No início, ele invejara essa coragem. Um alfa, herdeiro de uma das famílias mais proeminentes da sociedade, e ainda assim, tantas vezes Draco sentia-se mais como um peão. Preso às expectativas do pai, ao peso do nome Malfoy, às obrigações sufocantes de ser um "verdadeiro alfa." Harry, por outro lado, mesmo com todas as correntes que tentavam prendê-lo, lutava. Draco o admirou por isso. E, depois de um tempo, percebeu a verdade inevitável: ele o amava.

Foi preciso um esforço monumental para que Draco saísse daquele transe e voltasse à realidade. Ele piscou, como se acordasse de um sonho, e sua atenção finalmente voltou ao que estava sendo dito no palco.

"Vocês estão dizendo que quebrei as regras da Corrida... por isso? Estão insinuando que estou comprometido com aquele alfa?" A voz de Harry ressoou pelo auditório, firme, mas carregada de fúria contida.

As palavras atingiram Draco como um balde de água gelada. Ele franziu o cenho, confuso. "Alfa?" murmurou baixinho, sentindo a tensão se espalhar pelo seu corpo.

"É um absurdo!" Hermione sussurrou ao seu lado, o tom dela carregado de indignação. "Eles estão dizendo que Harry assinou um contrato quando era criança, comprometendo-se com um alfa! Uma total mentira!"

O sangue de Draco ferveu. Ele quase se levantou, pronto para marchar até o palco e pôr fim àquela farsa com as próprias mãos. Mas, antes que pudesse dar o próximo passo, sentiu uma mão firme em seu ombro. Ele se virou rapidamente, apenas para encontrar Sirius atrás dele, a expressão séria, mas com um toque de diversão nos olhos.

"Calma, priminho..." murmurou Sirius, sua voz carregada com a tranquilidade irritante de quem está no controle. Ele fez um gesto com a cabeça, indicando o palco. "Preste atenção."

Draco hesitou, o desejo de intervir quase insuportável. Ele respirou fundo, tentando dissipar a raiva que queimava dentro dele, e voltou os olhos para Harry. Não era o pedido de Sirius que o fez recuar, mas o fato de que ele confiava em Harry. Ele confiava nos amigos de Harry. Eles haviam sobrevivido às fases anteriores praticamente sozinhos, enfrentando perigos que fariam a maioria dos ômegas recuar. Draco sabia que Harry não precisava de um alfa para intervir como algum cavaleiro brilhante e salvá-lo.

Harry lutaria, como sempre fazia. E Draco sabia que, se tentasse interferir, seria ele quem levaria uma bronca mortal. Então, ele se conteve, mas seu olhar permaneceu fixo no palco, os punhos cerrados.

Ele assistiu à cena com uma mistura tumultuada de horror, raiva e, para sua surpresa, admiração. No palco, Harry, Neville, Luna e Fleur estavam enfrentando os apresentadores com uma coragem feroz, uma luta que parecia crescer em intensidade a cada palavra trocada. E o impacto estava claro. A tensão no auditório era quase palpável, como uma tempestade prestes a estourar. Alguns alfas na plateia começavam a se remexer desconfortavelmente, enquanto outros rosnavam baixinho, incapazes de esconder o descontentamento.

"Muito bem, Neville," Victor murmurou ao seu lado, o sotaque carregado como sempre, mas com um tom que quase parecia... orgulhoso? Draco desviou o olhar do palco para o amigo, intrigado, e o que viu quase o fez engasgar. Victor Krum, o sempre estoico e lacônico, tinha nos olhos um brilho caloroso, quase sonhador, enquanto observava Neville. A expressão era tão fora do comum que Draco precisou de um momento para processar.

"Então esse é o famoso Neville," provocou Hermione, seu tom levemente sarcástico enquanto lançava um olhar rápido a Victor. Draco franziu o cenho. "Eu o tinha visto na TV, mas conheço mais pelas histórias intermináveis de Victor sobre ele."

"Histórias intermináveis?" Draco inquiriu, incrédulo. O Victor Krum que ele conhecia era famoso não apenas por sua habilidade na corrida, mas também por sua economia de palavras. Ou isso, ou ele sempre parecia irritado com o mundo.

"Não em inglês, é claro," esclareceu Hermione, revirando os olhos como se a explicação fosse óbvia. "Ele tagarela em russo... E, como só eu aqui entendo essa língua, eu fui a infeliz escolhida para ouvir até minhas orelhas sangrarem sobre o quão fascinante, carinhoso, bondoso e corajoso é esse tal ômega Neville. Pelo menos, agora posso confirmar ao vê-lo pessoalmente."

Draco piscou lentamente, tentando processar. Victor, tagarelando? Em russo? Sobre Neville? Ele olhou de volta para o amigo alfa, mas Victor apenas cruzou os braços e desviou o olhar com um leve pigarro, o rosto assumindo uma rigidez que apenas confirmava a confissão de Hermione.

Enquanto Draco digeria aquela revelação, a tensão no palco aumentou. Ele sabia que Neville mudara muito desde a primeira vez que se conheceram. Antes, era apenas um garoto assustado, quase pedindo desculpas por existir, o típico ômega que se esforçava para passar despercebido. Agora, ele estava ali, erguendo a voz, enfrentando apresentadores, alfas e uma plateia inteira com uma força interior que Draco não podia ignorar. Era... impressionante. Ele entendeu, de repente, o motivo de Victor estar tão encantado.

Mas o momento foi interrompido pela voz estridente de Edgar, amplificada pelos autofalantes do auditório. "A produção acaba de me informar que, de fato, o contrato está próximo de expirar... mas, até o momento, ele ainda está dentro do prazo de validade!"

Aquelas palavras fizeram o estômago de Draco revirar. Ele havia relaxado, por um breve instante, vendo como os ômegas pareciam estar controlando a narrativa. Mas agora... a mesa havia virado novamente. A insinuação de que o contrato ainda tinha validade era uma jogada perigosa. Ele sentiu a raiva subir como uma onda, quente e incontrolável.

"Você só pode estar brincando..." Draco rosnou baixinho, mas o som estava carregado de ameaça. Ele percebeu que alguns alfas na plateia haviam começado a sorrir, os rostos estampando um misto de satisfação e escárnio. Os aplausos e risadas que seguiam apenas alimentavam a ira fervendo dentro dele.

"Essa é agora a sua deixa..." murmurou Sirius ao ouvido de Draco, sua voz baixa e urgente. O tom provocou em Draco um sobressalto involuntário, mas ele rapidamente reprimiu qualquer reação que pudesse atrair atenção.

"Como assim?" Draco respondeu entre dentes cerrados, sua paciência começando a se esgotar.

"Existe outra forma de invalidar o contrato..." explicou Sirius apressadamente, mas sem tirar os olhos do palco. Havia uma tensão no primo que Draco raramente via, como se até mesmo Sirius tivesse dúvidas sobre o que estavam prestes a fazer.

As palavras demoraram a fazer sentido, como se precisassem atravessar uma barreira de negação na mente de Draco. Mas então, a compreensão o atingiu como uma lâmina fria. Ele sabia exatamente do que Sirius estava falando. Existia, sim, uma cláusula em contratos de comprometimento que permitia sua anulação sob certas condições. Ele havia estudado isso na escola, não apenas como um exercício teórico, mas como parte do que esperavam de um alfa herdeiro de uma família tradicional como os Malfoy. Contratos como aquele eram comuns; seus próprios pais haviam se casado assim, selando uma união infeliz arranjada pelas famílias Black e Malfoy.

Draco sentiu o peso da herança de sua linhagem pressionando sobre ele, e algo dentro de si rugiu em revolta. Ele assentiu lentamente, como se digerisse o significado do que estava prestes a fazer. Seus olhos, normalmente cinzentos como uma tempestade em repouso, agora brilhavam com um tom avermelhado de fúria contida.

"Essa era a minha missão?" perguntou ele, virando-se bruscamente para Sirius, o tom de sua voz subindo à medida que a indignação borbulhava em seu peito. "Dumbledore sabia disso o tempo todo? Ele deixou que as coisas chegassem a esse ponto?"

Havia um fogo em suas palavras que parecia ecoar na mente de Sirius. Por um momento, o rosto normalmente sarcástico do primo perdeu seu tom irreverente, substituído por algo mais sombrio, mais humano. Havia incerteza ali, talvez até arrependimento, e isso só alimentou a raiva de Draco.

Inspirando profundamente, Draco reprimiu a fúria e ergueu a cabeça. Seus olhos buscaram o palco novamente, onde Harry estava cercado, mais uma vez, por inimigos que tentavam dobrá-lo. Ele sentiu um peso em seu peito — não apenas de responsabilidade, mas de algo mais profundo. Amor. Aquele sentimento que ele vinha tentando ignorar, mas que agora ardia como uma chama impossível de apagar.

"Existe outra forma de invalidar esse contrato e a reivindicação do alfa!" Sua declaração ecoou pelo auditório, carregada de uma gravidade que fez os murmúrios cessarem.

***

Harry percebeu de imediato que algo estava fora do lugar. Draco, sempre impecável, parecia desalinhado, uma visão quase surreal. Sua camisa, que normalmente ostentava a perfeição de alfaiataria, estava amarrotada, e as mangas traziam manchas de tinta, como se tivesse sido arrancado de alguma atividade criativa — talvez uma sessão problemática com uma caneta tinteiro. Harry quase riu ao pensar no quão anacrônico isso parecia para Draco Malfoy, mas dissipou o pensamento. Aquela não era a hora para divagações. Havia questões muito mais urgentes diante deles.

"B-bem..." Lauren parecia ter perdido sua compostura usual, tropeçando nas palavras enquanto olhava para Edgar, em busca de socorro.

"Bem..." Edgar tomou a palavra, ajustando a gravata com dedos tensos. "Isso é... impressionante. Você, jovem Malfoy, participante da corrida, parece que finalmente se deixou encantar pelo nosso querido ômega aqui."

Nosso? A palavra disparou na mente de Harry como uma faísca em um barril de pólvora. "Nosso? Eu não sou de ninguém," cortou ele, a voz afiada como uma lâmina.

Lauren, agora recuperando parte de sua compostura, lançou-lhe um olhar afiado e um sorriso falsamente doce. "Ora, querido... parece que será de alguém em breve." A pontada de malícia em suas palavras foi acompanhada de um gesto teatral em direção a Draco.

"Mas..." Luna tentou intervir, sua voz carregando incerteza. "De qualquer forma, Harry não poderá continuar na corrida, certo? Quero dizer, se Draco ou qualquer outro alfa o reivindicar..." Sua voz fraquejou, como se percebesse que estava pisando em território perigoso. Ela lançou um olhar pesaroso para Harry.

"Exatamente, minha cara!" exclamou Edgar, animado com a ideia. "Isso significa a desqualificação de Harry! Afinal, ele estaria comprometido, o que quebra as regras dessa sagrada e honrada corrida."

"Isso é errado!" A voz de Draco cortou o ar, rouca de fúria, seguida por um rosnado baixo e ameaçador que fez tanto os apresentadores quanto os Dursleys — que tentavam se esgueirar do palco — se encolherem visivelmente.

"Perdão, alfa?" Lauren perguntou, rindo nervosamente. "O que exatamente seria errado?"

"Isso tudo!" Draco praticamente cuspiu as palavras, seus olhos cintilando de indignação. "Harry deveria continuar competindo. Tudo isso é uma farsa! Vocês têm medo que ele ganhe? É isso? Estão tão desesperados para derrubá-lo que recorrem a uma mentira tão grosseira?"

A sala caiu em silêncio por um breve momento, como se as palavras de Draco tivessem absorvido todo o som do ambiente. Harry sentiu o coração disparar, uma mistura de emoção e confusão. Por mais irritado que estivesse com a situação, havia algo profundamente satisfatório em ouvir Draco defendê-lo com tanta paixão. Por um instante, permitiu-se pensar que talvez... talvez esse alfa pudesse ser seu parceiro. Mas ele rapidamente afastou a ideia, enterrando-a sob a pilha de preocupações mais urgentes.

"Pois é, Malfoy..." Harry finalmente falou, sua voz cortante e carregada de desafio. Ele se virou para a plateia, ignorando os apresentadores. "É medo que eles sentem. Vocês sabem que eu poderia ganhar. Que eu posso vencer essa corrida. E estão fazendo de tudo para me prender, para me silenciar. Mas, no final, os verdadeiros perdedores são vocês. Isso só prova que, no fundo, os valorosos e imponentes alfas têm medo de ser superados por um ômega. Não é mesmo?"

As palavras de Harry incendiaram a plateia. Murmúrios se transformaram em gritos e rosnados. Alguns alfas se levantaram, os olhos brilhando de fúria, enquanto outros pareciam tentar conter a indignação crescente. Alguns alfas pareciam prestes a avançar, mas os seguranças intervieram rapidamente, posicionando-se em alerta. Victor e Draco também emitiram rosnados graves e ameaçadores, suas presenças intimidantes ajudando a conter a agitação.

"Pessoal! Calma! Calma!" Lauren gritou, sua voz aguda ressoando pelo auditório enquanto tentava recuperar o controle. Mas o caos já havia escapado de suas mãos. O que deveria ter sido uma humilhação pública para Harry estava se transformando em um espetáculo desastroso para a organização da corrida.

"Vocês acham mesmo que a corrida vai terminar assim?" Uma nova voz ecoou pelo auditório, reverberando como um trovão. Era profunda e carregada de autoridade, trazendo consigo um feromônio tão poderoso que o ar pareceu se tornar mais pesado. Harry sentiu suas pernas cederem, mas antes que pudesse cair, Draco estava ao seu lado, segurando-o com firmeza.

"Estou bem, Malfoy," Harry disse rapidamente, afastando-se do toque do alfa. Ele viu a expressão magoada no rosto de Draco, mas não podia se permitir suavizar naquele momento. Não com tudo o que estava acontecendo.

Harry não precisou se virar para saber quem era. Ele reconheceu o tom gélido, a presença imponente. Tom Riddle, ou como era conhecido na alta sociedade, Lorde Voldemort, estava se aproximando do palco, cada passo dele exalando um domínio absoluto que silenciou a plateia. Sua figura cortava o ar como uma lâmina: alto, de postura ereta, com olhos que pareciam enxergar através das almas e um leve sorriso que mais parecia uma promessa de destruição.

"Bem, bem," disse Riddle, subindo ao palco . "Parece que cheguei exatamente no momento certo para salvar esta... festividade de desandar por completo."

~**Palavras da autora**~~

Estamos chegando ao fim desse livro, espero que estejam gostando.

Eu estou tão animada com a história que escrevi uma letra de musica tema para A corrida.

Tal letra foi musicada usando IA.

Se quiserem ouvir vou disponibilizar o link:

https://brev.ai/pt/music/1538027-corrida

Espero que gostem.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top