00• O BRUXO DE CALADIAN
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"A única coisa sobre a realeza
É que nós adoramos banquetear
Sim
Então eu coloquei meu dedo do meio para cima
Eu cansei de ser seu escravo
Minha geração já teve o suficiente"
- Middle Finger, Bohnes.
•••
Sob a noite calorosamente brilhante e excepcional natureza em constante evolução, como se respirasse o ar puro e marítimo trazido pelo vento que move a água em pequenas ondas, deixando o ambiente em perfeito contraste de cores e vibrações obtidas pelo prazer de lançar feitiços, Harry secava o suor que lhe escorria pela testa, cansado das ordens infinitas da bruxa que por nem um minuto sequer deixou-o ter um momento de descanso, até que um feitiço fosse feito com extrema perfeição.
Harry por sua vez tentava com toda sua determinação mostrar a ela que era capaz de fazer tudo que Isra lhe ensinava, em sua mente sempre ocorria que deveria ser tão bom com magia quanto seu irmão era com armas. Ele queria que as pessoas se orgulhassem dele também, que o vessem como viam a James e Philip, soldados fortes e corajosos. Harry mais do que nunca desejava ser visto com outros olhos, um na qual não fosse apenas o garoto do arco e flecha. Uma das poucas coisas na qual era bom de verdade, e sendo sincero consigo mesmo, a única coisa que havia se esforçado o bastante para aprender de fato. Já estava na hora daquele garoto crescer e realmente ser útil, não que ele fosse o contrário disso, pensava apenas que queria ser mais.
Na noite do dia 4, Harry seguia muito entusiasmado, e enchia a bruxa com suas perguntas.
- Como você conseguiu essa aparência tão jovem? – Ele a olhava sem nenhuma vergonha de encarar uma bruxa sem nem ao menos disfarçar sua curiosidade.
- Dentre todas as suas dúvidas, essa é a que mais lhe interessa? – Isra arqueou as sobrancelhas incrédula com a indiscrição do menino.
Harry seguiu firme em sua pergunta não deixando outra alternativa senão respondê-la.
- Bom se quer tanto saber. Não é como todos especulam, na verdade exige certo esforço de minha parte em comer alimentos saudáveis, uma boa mistura de cremes, e uma dose de encantamento juvenil. A não ser que tenha um fetiche estranho em comer criancinhas. Até certo tempo, isso era realmente usado. – Ao ver que a expressão de Harry mudava de curiosidade para espanto logo explicou corretamente. – Mas garanto que nunca toquei numa criança. Ao menos não para esse fim. – Disse a última parte apenas para si mesma. Todos deveríamos lembrar do que houve com seus “amigos” ainda em sua infância, não foi um fim muito agradável se querem saber.
- Isso parece quase normal, vou querer a receita desse creme milagroso. Adoraria ser bonitão assim pelo resto da vida. – Harry fala com um ar de autoestima de dar inveja a esta autora.
- Vocês humanos são todos iguais. – ela estalo a língua em desdém.
Quase sempre que alguém a procurava era por esses motivos. Receber a juventude eterna, a cura de uma doença. Isra não era capaz disso, apesar de acharem que ela apenas os esnobavam quado se negava tal pedido sem escrúpulos.
- Tudo bem, agora mais uma.
Isra bufa impaciente.
- Na noite em que batemos na sua porta pedindo por ajuda disse que não era a única a guardar um segredo. O que você sabe? Tem algo sobre eles que eu deva saber? – Harry estava guardando essa pergunta para o final exatamente por ser a que mais esperava pela resposta.
- Por que me faz essa pergunta mesmo sabendo que não direi? – Isra o devolve outra pergunta e Harry dá de ombros ainda esperando. – Segredos não podem ser revelados se não for o momento certo, a descoberta trará uma grande diferença se ainda não for a hora. A paciência é algo que se conquista, sem ela não pode ser um bruxo, vai aprender que tudo tem seu devido tempo, e só então estará pronto para se tornar realmente bom.
- Essa resposta foi muito vaga. Mas eu vou aceitar por enquanto. Sabe que ainda vou tirar isso de você, não é Val? – Harry fala com seu típico sorriso malandro que usava para conseguir um “sim”.
- Nunca mais me chame assim! – A bruxa ralha com o garoto mesmo que escondesse um sorriso por dentro, ela gostava da atitude dele, seria bom ter uma companhia depois de tantos anos.
O tempo corria lentamente para os dois, o treinamento era intensivo mas necessário. Ao final do dia 20, Harry estava esgotado com a repetição.
- Podemos parar um instante? Eu... não... aguento mais! – Harry dizia pausadamente enquanto bloqueava alguns feitiços jogados pela bruxa já sem muito entusiasmo após tantas horas no mesmo ritmo frenético.
- Quando você conseguir lançar o contrafeitiço sem proclamar as palavras, poderá descansar. – Isra dizia com afinco todas as vezes que Harry pedia um tempo, ele precisava dominar a arte de jogar um feitiço sem precisar dizer as palavras do verso, mas somente com o poder dos pensamentos, como se imaginasse cada frase escrita no livro, só então estaria pronto para aproxima fase, essa na qual será mais um desafio a ser cumprido.
- Se ao menos eu tivesse uma varinha ou algo do tipo...
- Varinhas são para iniciantes e crianças. Você não é nenhuma dessas coisas apesar de eu discordar do fato de ser maduro como sua idade propõe.
- Mas eu sou iniciante, nenhuma coruja veio quando eu tinha 12 anos. – Harry dizia fazendo Isra revirar os olhos em desdém, o garoto não parava de usar o livro como referência sendo que em nada se igualava.
- Garoto preste atenção, use o contrafeitiço que lhe ensinei ontem! – A bruxa ralhava com ele perdendo a mínima paciência que ainda lhe restava.
Harry por pouco não fora atingido por uma rajada de água, seu reflexo lhe permitiu se esquivasse segundos antes do jato encharcar a terra onde estava. Os dois pareciam estar num tipo de dança a distância, como se a qualquer momento fossem atacar um ao outro, só que as coisas são diferentes por aqui.
- Sabe, fica difícil me lembrar do tempo já que ele nunca segue cronologicamente. E eu não sei como posso não ser iniciante se nem sequer sabia da existência desses poderes.
A bruxa cansada de ter que lhe explicar tanta coisa, bufa em resposta para logo mais responder com calma sua infinidade de perguntas aleatórias.
- Um bruxo nunca se torna um bruxo, ele nasce com esse dom. Um iniciante consiste em um amador tentar entrar nesse mundo da magia após uma certa idade. Na maioria dos casos só se tem sucesso quando há alguém em sua linhagem parental que fora um bruxo ou mago, só então a pessoa que nasce sem magia poderá ter acesso a esse poder. O que não é o seu caso rapazinho. – Ela logo se apressa em dizer e explicar os motivos antes que Harry despeje mais uma penca de perguntas. – Você chegou até mim usando meu livro encantado, somente um indivíduo com dom de nascença pode proferir as palavras e fazê-las funcionarem sem qualquer tipo de ritual antes. Nesse sentido você só poderia ser um puro sangue, aquele que nasceu com o dom da magia após anos sem um membro da família se tornar um bruxo, ou há também outras formas de ser concebido com esse feito. Numa sexta de lua cheia onde a mãe toma um certo chá para ajudar no parto da criança.
Harry ouvia tudo com muita curiosidade, ele nunca soubera como havia sido o dia que nascera, não teve muito tempo para perguntar isso aos seus pais antes do acidente, já que era tão jovem. Como ele tinha quase certeza que nenhum de seus parentes distantes ou ancestrais tivessem alguma ligação com bruxaria, certamente seria a segunda opção.
Na verdade ele não sabia muito sobre sua família, estava sempre ocupado tentando ser bom em alguma coisa, tentando de todo modo se tornar algo que orgulhasse seus pais mesmo que não estivessem mais presentes para vê-lo.
Quando a Bruxa disse que o queria como aprendiz, não deu outra, Harry não hesitou em se manifestar a favor da condição que havia sido imposta a Audrey, por vários motivos ele o faria de todo modo. Primeiramente estaria ajudando sua amiga com a profecia, era a parte essencial para que o plano seguinte funcionasse corretamente, em segundo lugar, ele adoraria ver do que seria capaz com essa magia de outro mundo. Apesar de já ter praticado alguns com êxito, não conseguia esperar pela hora de aprimorar-se ainda mais dentro desse livro de feitiços tão peculiar que havia encontrado na biblioteca do Tulipalacio, entrando de esguelha uma noite qualquer a alguns dias, que mais pareciam anos. Muita coisa aconteceu nesse tempo.
Acima de tudo, ele queria explorar o que seu corpo e mente poderiam fazer, e se ser aprendiz de uma bruxa velha era necessário para conseguir tal experiência, então era isso que Harry faria de muito bom grado.
No entanto ele não tinha conhecimento de que seria tão difícil a convivência e especialização com a velha bruxa da ilha. Era de se esperar que não fosse tão complicado já que a mulher parecia alheia a sua constante petulância que tanto causava irritação nos outros. Porém, após alguns dias, Harry teve certeza de que preferia passar novamente pelo treinamento do General Eratos que durara sua vida toda até o momento, do que passar mais uma semana com a bruxa.
Acontece que Isra usava um feitiço que pausava o tempo e assim o treinamento poderia acontecer ao decorrer do dia sem ter se passado um minuto sequer, Harry achava uma falta de consideração por parte dela achar que ele poderia suportar tanto tempo usando sua cabeça sem sair fumaça pelas orelhas. Ao ponto que General Eratos não possuía este tipo de poder, estava apto a achar que era muito mais fácil encarar o treinamento militar.
Desse modo, os 20 dias se estenderam lentamente em 40. Para Harry e Isra o tempo havia sido maior em consideração ao decorrido normalmente entre o restante do mundo. O feitiço acaba por se limitar somente naquele círculo dentro da ilha, não afetando os demais. Era de conhecimento mútuo que tal treinamento exigia um certo esforço por parte do jovem bruxo, sendo que o acordo havia sido imposto com uma das regras sendo que ele saísse dali aprendendo tudo que fosse possível e estivesse ao alcance de Isra ensiná-lo.
Conforme os dias iam passando mais que lentamente, em especial na ilha Caladian, Harry e Isra faziam um árduo trabalho para melhorar o desempenho do jovem bruxo. A cada dia Harry apresentava uma melhora notável em seus feitiços, o modo como gesticulava as mãos como especificado no livro fizeram com que os encantamentos funcionassem com melhor qualidade, porém sempre que tentava recita-los mentalmente, Harry se atrapalhava e não conseguia produzir o efeito desejado, ainda que estivesse melhor não seria o bastante para se tornar um bruxo excepcional.
O garoto se cobrava todos os dias, mal conseguia dormir a noite na espera de mais treinamento para enfim dominar a arte dos encantamentos não ditos. Na maiorias das noites ele saia furtivamente da cabana para tentar sozinho, sem as broncas da bruxa achava que poderia se concentrar melhor. Mas seus pensamentos fugiam para longe da ilha, se encontravam em seus amigos e irmãos, a saudade o atormentava de um modo excruciante, ele queria se forte e resistente, mas no fundo sabia que de nada adiantaria se não estivesse rodeado das pessoas que estimava para vê-lo evoluir em seus feitiços, Harry queria que eles soubessem de cada parte do seu progresso mesmo estando a muitos quilômetros de distância, era aquela família que o mantinha em pé até em momentos difíceis. De todo modo, ele pensava em seus amigos quando precisava se concentrar nas palavras.
E foi assim que Harry dominou os encantamentos memoráveis.
No início do dia 19, ou para eles dia 39, Harry treinava como sempre. Com Isra lançando feitiços de ataque e ele se defendendo e atacando novamente sem dizer nenhuma palavra sequer. Estava indo muito bem até que a bruxa fica calada e não se mexe mais, por um momento Harry pensou que havia a acertado com o feitiço de paralisação, mas como precisava de um contato visual interrupto por mais de 3 minutos teve certeza que não havia a atingido com ele.
Isra encontrava-se num estado de transe, ela havia ficado estática de uma hora para outra sem motivo aparente, Harry temia o que poderia vir a acontecer se intercedesse a situação da bruxa, ele limitou-se a se aproximar e observar o que havia a deixado naquele estado.
Quando a bruxa revirou os olhos na órbita de um modo estranho, Harry se espantou achando que seria um caso de possessão, mas não sabia como interagir sem machucá-la ou acabar atraindo o espírito para si mesmo, então tentou pensar em algum feitiço e se lembrou daquele que havia usado em sua irmã, havia o executado com sucesso então agora não tinha o que temer.
Harry proferiu as palavras.
“Não se vive de passado, leve os entre de volta para seu lado”
Ao contrário do que se esperava, Isra não respondeu ao feitiço antipossessivo, pelo contrário, a bruxa começou a levitar deixando o garoto apavorado sem saber como reagir. Harry não tinha ideia do que estava causando aquilo, mas seu pressentimento dizia que não era boa coisa.
Num estado de estupefação Isra subia no ar como se voasse ou perdesse a gravidade, subiu com uma estranhava leveza e lá ficou estagnada com os olhos perdidos no horizonte deixando seu aluno em puro desespero.
Ninguém a não ser ela mesma via o que estava acontecendo diante de seus olhos. Era como uma visão celestial vinda de seres de outro mundo, um não na qual eles não poderiam estar.
Sem saber mais o que fazer, Harry apenas esperou que o episódio passasse para enfim perguntar o que havia acontecido a ela. Quando a bruxa voltou ao solo seus olhos já estavam normais como antes, mas sua expressão era de choque, seja o que for que ela tenha visto ali, ou era muito ruim, ou era algo que os salvaria do destino que os esperavam. Isra demorou alguns minutos até se recompor e poder dizer alguma coisa. Harry estava aflito com a situação e seguia esperando por respostas.
- Você está bem? O que foi isso? É coisa ruim? Por favor, diz que não é mais coisa ruim. – Harry disparou as palavras sem pausa.
- Foi uma visão. – Isra demorou a dizer pensativa. – Tive a honra de ser a portadora de um recado de uma das deusas da natureza. Aine quer nos ajudar, a menina fada precisa saber disso. – A bruxa ainda parecia estupefata com o ocorrido, sem acreditar que tivera tamanha importância para tal mensagem.
- É sobre a Addy? – Harry quis saber. – O que vai acontecer com ela? Ela está em apuros? – Harry não conseguia esperar pelas respostas, estava aflito e sedento pelo conhecimento.
- Acalme-se garoto! – Isra o repreendeu. – Isso deve ser dito a ela, somente a ela. Tudo que posso dizer é que isso será essencial a esta altura.
- Só isso? Eu preciso saber...
- Paciência.
- Eu estou tentando, mas você entra em transe, levita e revira os olhos. Quando volta ao normal não me diz nada além de “não posso dizer”.
- Também tenho algo para você. Sinto muito, seu irmão se foi. Audrey está a caminho de Penumbra nesse momento, precisamos ir até lá.
Harry ficara em choque com a notícia da morte de seu irmão. Não era algo que esperava ouvir tão logo, ele sabia, bem no fundo que algo ruim estava acontecendo a algum tempo, mas deixara de lado. Se ele tivesse ouvido esse sussurro em seu inconsciente poderia ter evitado? Se ele soubesse como chegar até eles teria como ter ajudado? As perguntas encheram a mente do jovem bruxo até que ele se viu chorando, estava deitado no chão agarrando seu próprio corpo numa tentativa de consolo. Se alguém deveria ter morrido era ele e não James. James não merecia esse final, ele tinha uma garota lhe esperando e uma irmãzinha para cuidar, era bondoso e corajoso. Harry desejou ter tomado o lugar do irmão, que ele não merecia viver quando seu irmão não podia mais.
Isra não sabia como reagir a esses sentimentos mortais que o garoto extravasava em sua frente, para ela sentimento era algo fora de seu padrão de vida, a bruxa nunca teve alguém para sentir falta e não sabia como era esse tipo de amor, já que nunca tivera carinho em toda sua vida. Sua mãe havia morrido antes mesmo de poder conhecê-la, e seu pai tentou cuidar dela a seu modo, mas nunca a compreendeu. Ela era diferente e sabia disso, os poderes trouxeram uma vida solitária a Isra, e a bruxa já havia se acostumado a isso.
Ver seu jovem aprendiz naquela situação desesperadora despertou um certo interesse nela em saber como seria sentir tamanha dor, ao menos de um dia ter tido alguém a quem amasse tanto a ponto de partir seu coração com a morte. No entanto, ela nunca saberia.
Harry se recuperou depois de algum tempo, as lágrimas secaram e de algum modo ele levantou-se e tentou forçar uma expressão menos dolorosa. Ele se recompôs e disse algo sobre ser forte para sua irmã, porque de agora em diante era sua função mantê-la a salvo do que for preciso, ele não poderia de modo algum parece fraco e amedrontado por perder seu único irmão e figura de proteção que os mantinham a salvos e unidos. Uma família que desmorona cada vez mais com o tempo.
- Precisamos voltar imediatamente. Quero vê-lo uma última vez. – Harry disse com uma expressão séria em seu rosto.
A bruxa concordou e logo os dois já estavam prontos para sua viagem a Penumbra. De certo que a distância levaria mais de uma semana para chegarem, e assim já seria tarde, James já estaria enterrado a essa altura. Então Isra resolveu que era hora de usar um de seus portais, não eram usados a algum tempo pois pede um certo esforço de sua parte e queira ou não, ela já estava ficando um pouco velha para isso, esse era um dos motivos por querer tanto um aprendiz.
Já fazia um bom tempo que não se ouvia dizer sobre bruxaria, não havia ninguém novo para ocupar seu lugar, então ela não poderia perder a chance quando um indivíduo vinha até ela de tão bom grado e dotado de magia antiga. Ela com toda certeza faria dele o próximo bruxo de sua linhagem.
Juntos eles adentraram pelo portal feito por Isra, como exigia um certo esforço a bruxa não conseguiria usar seus poderes por um curto período de tempo até que suas forças se renovassem. Desse modo levaria alguns dias até que pudesse mostrar sua visão a Audrey.
O portal se abriu entre as duas roseiras que se enroscavam na muralha de pedra, logo ali poderia ser visto o Palácio sob a cachoeira, lugar onde reinava o príncipe de Oneira. Sem pestanejar, Harry deu o primeiro passo para Penumbra, tendo como primeira vista um dragão branco majestoso sobrevoando pelas nuvens tempestuosas, o clima esfriando como se fosse nevar.
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PRÓXIMO CAPÍTULO EM ANDAMENTO...
QUEM AI SENTIU FALTA DO NOSSO BRUXINHO?
DEIXE A ESTRELINHA 🌟
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