Capítulo 06.
Felippe.
Enquanto dirigia até o estúdio de tatuagem, focado na estrada, mas de vez em quando olhando para Lívia pelo o retrovisor, era visível o quanto ela estava nervosa, mas determinada. Seus cabelos castanhos escuro estavam presos em um rabo de cavalo realçando seu rosto oval e seus olhos castanhos, seu sorriso leve e os lábios rosados e pálidos era de tirar o fôlego.
____O seu terno.. é de uma marca muito exclusiva, você tem bom gosto.- disse tentando puxar assunto, mas não obtém respostas.
Eu apenas dou de ombros mantendo meus olhos na estrada.
Mas, apesar do meu silêncio, sentia seus olhos em mim, sentia sua presença ao meu lado, e isso me fazia sentir.... algo. Não sabia o que era, nem quero saber, mas não consigo ignorar por mais que eu queira e precise.
Ao chegarmos, Marcelo, um velho amigo meu, nos recebeu e deu um sorriso debochado ao ouvir eu dizer que ela é minha patroa.
Enquanto Lívia escolhia a sua tatuagem, eu só conseguia observar o quanto seus olhos estava brilhando a cada desenho que Marcelo mostrava.
Lívia senta na cadeira de tatuar,e Marcelo começa a preparar a agulha, eu me sentei a sua frente, observando cada movimento seu. Quando agulha entrou em sua pele, ela não pareceu demostrar nenhuma dor, parecia não se importar, eu não conseguia desviar meus olhos dela. Cada linha, cada curva, seu nariz pequeno e reto, as sobrancelhas bem definidas, tudo nela era uma perfeição.
Marcelo trabalhava com precisão, mas eu só via Lívia. Sua respiração, sua pele, seus lábios, tudo me atraía mais do que eu gostaria.
Quando nossos olhos se encontraram, foi como da primeira vez, foi como se o tempo parasse, algo exalava sobre nós, uma conexão nunca sentida antes por mim.
Marcelo terminou a tatuagem e se afastou para admirar seu trabalho. Lívia olhou para o espelho e seu rosto se iluminou.
A tatuagem era perfeita, mas não era apenas a arte que me chamava atenção. Era o significado por trás dela, o simbolismo que Lívia tinha escolhido.
Uma pequena águia com asas abertas, pairava sobre seu ombro esquerdo. As linhas era delicadas, mas fortes assim como Lívia.
Antes de ir embora, Marcelo me puxa
de canto, longe de Lívia.
__O que houve? Por que está trabalhando para essa jovem?- perguntou ele, baixando a voz.
__Você não iria assumir a presidência da empresa do seu pai, não deu certo? - Eu hesitei por um momento antes de responder.
__É uma longa história, outro dia conversamos.- Digo.
__E sua irmã? Como ela está? Tô com saudades, manda um beijo para ela.- Diz brincando e eu reviro os olhos.
__Ela não quer ver sua cara nem pintada de ouro.- Os dois já tiveram um lance, mas ainda bem que acabou. Marcelo é meu amigo, mas não é o homem ideal para minha irmã.
__E com a Lívia, o que tem entre vocês?.- pergunta e vira-se para ela, lançando um piscar de olhos e um sorriso, a mesma revira os olhos e logo em seguida rir.
__Não faz nem um dia direito que conheci ela.- respondi rapidamente.
__Eu vi a forma como você estava olhando para ela, olha acho que ser emocionado é de família viu, sua irmã é igual.- debocha e eu o deixo falando sozinho.
Levo a garota para sua casa e tenho a certeza que seus pais irão ficar irritados comigo. Foram bem claros onde devo ou não levar ela, e estou ciente que ela deixou de cumprir metade de sua agenda hoje. Mas eu simplesmente não posso dizer a uma jovem de 22 anos o que ela deve ou não fazer.
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