24. Experiências

Esse capítulo pode ter cenas não apropriadas para menores de 16 anos.

Me virei em direção ao som, Dalia encarava o corpo de Urei com os braços cruzados e um sorrido esperto.

-O que quer?

- Uma mulher que se veste de homem, que interessante, por que fez isso? - Ela perguntou.

- Ele mereceu. -Respondi, secamente.

- Não isso, ninguém vai notar a morte desse ai. - Ela interveio. - Por que se vestiu de homem?

- Não é da sua conta.

- Ah. Acha mesmo que está na posição de me negar qualquer coisa?

- Estou sempre na posição de negar o que quiser negar. - Retruquei mal humorada. - Não tenho tempo para conversas sem sentido. Vamos direto ao ponto, diga logo o que quer para ficar de bico fechado sobre isso.

- Nada. - Ela falou, para minha surpresa.

- Nada?

- Por enquanto. - Ela falou com uma voz cadenciada, ao se virar e andar para longe de mim, balançando o cabelo enorme preso em uma trança. - Ah. O príncipe Kiram, nunca ficaria com alguém como você, além de não ser dos reinos, ainda é covarde o suficiente para ter que se esconder atrás de mascaras.

- Depois do que viu aqui, ainda pensa que sou covarde?

- Coragem é algo totalmente diferente de frieza, e crueldade. - Ela falou se distanciando. - Mas não tenho dúvidas de sua habilidade para matar, isso pode ser útil, em algum momento.



Quando finalmente terminei de me livrar do corpo de Urei, e de me limpar em um riacho de aguas rápidas e limpas, o sol já se escondia. Tinha perdido todas as lições daquele dia, e já estava mais atrasada do que os demais aprendizes, quando mais em relação aos cavaleiros.

Andei rapidamente para fora da floresta, sabendo que Modesh tinha voltado para onde quer que ele tinha escolhido como toca. Dragões dormiam muito, essa era uma coisa que tinha aprendido naqueles dias ali, quando maior era o dragão, mas sono ele precisava.

Quando meus pés finalmente alcançaram os limites do bosque me lembrei de algo que me fez estacar. O convite que eu tinha feito a Kiram, e como ele tinha me respondido. nos encontraríamos no jantar.

Agora era o jantar. Meu coração disparou.

Limpei a garganta e forcei minha mente a pensar logicamente, eu não tinha nada o que me preocupar, sexo quer algo fisiológico, como comer, pelo menos assim era como as coisas era tratadas nas terras sem lei. Eu não conseguia tirar Kiram da cabeça, a imagem de sua mão me tocando nem por alguns segundos se repetia em minha mente algumas vezes por dia, e eu não podia me dar ao luxo de estar distraída, para evitar que coisas como as que tinham acabado de acontecer tornassem a me pegar de surpresa.

Andei decidida pela Academia, com passos firmes que me levaram diretamente ao lugar que eu deveria estar naquele momento.

Minha mão bateu com força na porta, e esperei, juntando cada pedaço de determinação que pude encontrar dentro de mim. Mas a fortaleza inquebrável que tinha a minha volta começou a rachar assim que Kiram abriu a porta do quarto, com um olhar divertido e ao mesmo tempo intenso.

-Boa noite Ailin, que bom que não desistiu de vir.

Kiram abriu espaço e eu entrei. Como uma boa mercenária, eu teria uma noite de luxuria depois de um dia sangrento.



-Quer beber algo? - Kiram me perguntou assim que entrei em seu quarto bem mobiliado, mas não tão luxuoso quanto o de um príncipe deveria ser. - Ganhei um vinho vindo do reino de areia, ouvi dizer que é incrível.

Neguei com a cabeça, fazendo um movimento maior do que o necessário.

Engoli seco, e me sentei em uma poltrona próxima a lareira apagada, observando Kiram se sentar em uma poltrona parecida bem a minha frente.

- Não bebo. - Respondi, quando Kiram servia-se uma taça.

- Você pode explicar o porquê daquela proposta repentina? - Me perguntou, ainda sem tirar o olhar zombeteiro.

- Não falei aquilo para ser piada. - Respondi, inquieta. - E se for tratar esse assunto como brincadeira, acho que...

- Para mim tampouco é uma piada, Ailin. - Kiram me cortou, dessa fez sério. Tão serio que me fez prender a respiração. - Se é apenas prazer e alivio que busca, eu posso te dar, mas como eu disse, nada além disso.

Não pude deixar de pensar no porquê de Kiram não estar disposto a se envolver com alguém, mais do que apenas fisicamente, minha boca se abriu para perguntar, mas me freei, aquilo só iria complicar as coisas.

- Apenas sexo. - Concordei.

Kiram deu mais um longo gole na taça de vinho antes de andar lentamente em minha direção. Meu coração batia tão rápido que doía, e eu por mais que tentasse controlar minhas reações não pude deixar de demonstrar apreensão quando o rastreador estendeu a mão para mim.

Ele me levantou da poltrona, puxando meu corpo contra o dele, até que estivéssemos tão próximos um do outro que nem um inseto conseguiria passar entre nós. Aquela forma, ele podia sentir tudo, meu coração batendo rapidamente, minha respiração que lutava para manter controlada, o rastreador não precisaria fazer muito esforço para perceber exatamente meu medo, e minha curiosidade.

Kiram inclinou sua cabeça para colocar um beijo suave no ponto em que minha mandíbula encontrava minha orelha. Meu corpo tenso, quando sua mão passeou pelo meu ombro, subindo pelo meu pescoço ate pousar em minha boca. O rastreador levantou a cabeça apenas para fixar seu olhar no meu, analisando, como se pudesse ver o desejo que seu toque começava a despertar em mim.

- Já fez isso antes? -Ele perguntou, e eu não soube imediatamente se contava a verdade ou não.

- Nunca. - Decidi. Ele saberia de uma forma ou de outra. Kiram parou suas caricias por um instante e me olhou, como se pensasse no que faria a seguir. - Isso é um problema?

Ele não respondeu. Mas lançou um ultimo olhar cauteloso antes de me puxar para um beijo, quando nossos lábios se encontraram ele foi suave, sua mão se enlaçou em meu cabelo, e puxou levemente, a medida em que intensificava o beijo, abrindo meus lábios com os seus.

A sensação era maravilhosa, e um formigamento começou a percorrer meu corpo, me deixando ofegante. Kiram desamarrou todos os nós de minha armadura, me livrando de seu peso ao mesmo tempo em que me empurrava até a parede de madeira, deixando meu corpo pressionado entre a pedra e o seu próprio.

Kiram logo se livrou da camisa fina que eu usava, me deixando apenas com a calça de couro e o tecido de cobria meus seios.

Ele percorreu meu pescoço com beijos, e então com a língua quente, descendo e subindo a mão pela minha cintura agora nua, despertando ainda mais os sentimentos intensos e desconhecidos para mim. Deixei o ar sair de minha boca fazendo um leve som que não me permiti deixar me constranger.

Kiram se afastou um pouco, apenas para que pudesse tirar sua própria camisa, e permitir que nossas peles se encontrassem. Quando encaixou uma de suas pernas entre as minhas eu não pude deixar de gemer. Sentindo uma pressão exatamente onde meu corpo implorava por ser tocado. Mexi meus quadris, querendo mais.

- Devagar. - Ele sussurrou rouco em meu ouvido, mais como um aviso para si mesmo do que para mim.

Arqueei a coluna, e escutei um som grave escapar da garganta do príncipe.

Todo o calor que se construia em meu corpo de dissipou quando depois de um estalo na fechadura, a porta de abriu abruptamente.

- Eu disse que queria você em minha sala depois do jantar para tratarmos dos assuntos de família, e te encontro aqui trepando com uma...

O reitor fechou a porta trás de si, e se virou para me encarar pela primeira vez. Nojo deu lugar ao reconhecimento quando finalmente ele se deu conta de quem eu era.

- O cavaleiro de Modesh. - O reitor cuspiu. - Foi isso o que aconteceu não foi? Você cedeu o dragão para essa mulher, sempre achei que fosse tolo garoto, mas não um completo retardado. Como ousa vir até aqui e mentir?

Alcancei camisa que Kiram tinha jogado no chão e a vesti rapidamente. Kiram encarava o pai com tanto ódio que seria capaz de ruir o chão se usasse aquela força para sua luta.

-Saia. -Kiram falou.

O reitor levantou uma das sobrancelhas.

-Sabe o que pode lhe acontecer se falar dessa forma comigo.

-Saia. -Tornou a falar, dessa vez mais alto, eu senti uma pontada de energia, e então Kiram suspirou, e franziu o cenho confuso.

- Está tentando usar magia? Vejo que já tomou o vinho que lhe dei.

Kiram caiu no chão ofegando.

- Coloquei um presente já que sabia que se recusaria a me ajudar essa noite, não sabe o que é melhor para sua família, eu tinha que fazê-lo entender a dor que poderíamos enfrentar se deixássemos todo o poder que seu avô construiu, acabar. Isso é o mínimo que fariam conosco.

Eu apertei os punhos e dei um passo, me colocando entre Kiram e seu pai, quando o rosto do rastreador se contorceu, mas de sua boca não saiu nenhum som.

- A pior parte de aguentar o Junco de Sakar, é que ele rouba sua voz. E não pode nem ao menos gritar.

- De um jeito de isso parar nesse instante. - Intervim.

O reitor riu, e eu senti um chicote de energia estalar contra meu corpo.

- Não adianta chamar seu dragão, eles não podem entrar no castelo. - O reitor contou, temos anos de proteções.

- Não preciso de Modesh para cortar seu pescoço.- Falei ácida, quando Kiram começou a se contorcer ainda mais violentamente.

-Se concordar em me ajudar, filho, posso acabar com essa dor. -O reitor continuou, me ignorando.

Quando senti a raiva aquecer meu corpo e fortalecer meus músculos, desembainhei Estupidez. só tinha um jeito de livrar Kiram e seu dragão daquele homem.

A morte. Modesh concordou, e eu pude sentir que assim como eu, ele fervia de fúria.

Helloooo, para quem achou que eu não ia mais postar capítulo hojeeee!

Me digam o que acharam desse bafão!

<3

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