046 | Hello, Chestnuts.
046 | Olá, Castanhas.
BELLAMY BLAKE
É como um dia nublado.
Muito mais do que um simples dia nublado, como uma tempestade de raios e eu fosse algo que os atraia diretamente para mim. Para o meu peito.
Tê-la em meus braços nunca foi tão torturante como era agora enquanto eu corria pela Cripta e era obrigado a soltá-la para que outros pudessem cuidar dela. Mas sem Clarke aqui, as únicas esperanças que tínhamos, que eu tinha era depositada em aprendizes de Abby.
Rayna...
Rayna, que ainda me vê, que ainda tinha um coração cheio de vida e amor, estava em uma maca, rodeada de um antigo guarda dos Azgeda, chamado Kallas e mais três jovens.
Não jovens.
As duas mulheres que rodeiam Rayna já tem uma aparência envelhecida. Mas parecem jovens na experiência.
Qualquer um parece jovem para ter a vida de Rayna em suas mãos. E os empurro de perto dela, encapsulando seu corpo em uma bolha protetiva para ninguém pega-lá. Para ninguém piorar sua situação. Mas meu corpo é pego com brutalidade e jogado pra a parede.
Debato-me com os braços em mim, mas agora estou preso. Preso enquanto eles mexem com uma Rayna desacordada, pálida e ensanguentada naquela mesa. Sem vida.
Kallas está gritando comigo enquanto empurra meu corpo para a parede, que continua achando forças para lutar contra aquele toque brutal que me faz ficar longe dela. E ele continua a gritar meu nome, mas eu não o reconheço. Não consigo me lembrar da minha identidade enquanto aquela nuvem feroz, ardente e tempestuosa desce pela minha cabeça.
Rayna está morrendo. Rayna tentou se matar.
E é como um maldito transe em que minha mente não consegue processar essas palavras, a cena de mãos retirando aquela lâmina, abrindo-a, então fechado-a. E parece que durou horas.
Dias de infernos e torturas.
Kallas eventualmente me esmurrou para que eu parasse de ser um pé no saco, como ele disse. Então praticamente rosnou que se não fosse por sua Rainha — aquela que estava pálida na maca e aquela palidez era a mortal —, sua Comandante, teria enfiado uma faca em mim.
Eu preferiria.
Preferiria passar as próximas horas sentindo a queimação no meu estômago do que vendo-a tão imensurável. A morte não foi feita para pessoas como Rayna Kane e eu daria minha vida tentando provar isto.
Tentando trazê-la de volta. Para mim.
Para todos nós.
Meu queixo caiu para baixo muito depois do soco que levei, mas o peso que caiu sobre a minha cabeça depois de horas na mesma posição começou aparecer insuportável.
Inexplicável.
— Precisamos de espaço — pediu o médico.
Não médico. O auxiliar de Abby. Jackson.
Foi quando a nuvem saiu da minha mente. Aquela que carregava tempestades de raios. Porque alguém agora queria me tirar dessa sala. Me afastar dela. E eu não podia permitir.
Deixar que meu corpo fosse conduzido foi pior do que o que eu penso que seja a morte. Pois meu corpo saiu andando para fora daquela sala, mas a minha alma, o meu coração e a minha esperança de um dia melhor ficou dentro, residindo em uma garota incrível e sem batimentos cardíacos.
Jackson precisava de espaço porque eles precisavam pensar como fazer aquilo.
Não curar Rayna.
Mas ressuscita-lá.
Porque ela estava morta.
Ninguém me disse isso. Ninguém reagiu como se fosse isso. Mas Rayna é o meu coração. E se sua jornada acaba, então o meu coração para de bater. E quando chego na arena de antes e todos estão gritando "Blodreina não mais!", penso que deveria ficar satisfeito.
Mas é como se a vida tivesse parado.
Como se nada mais importasse. Nossa vitória. A salvação da minha irmã. Do monstro que arrancou Rayna de mim. Acho que eu continuaria paralisado se as tropas da Diyoza nos bombardeassem.
Porque, com o Vale ou não, com a libertação de Blodreina ou não, a esperança morreu.
E se existe mesmo um Deus, acima de todos nós, olhando-nos e rindo da nossa cara, então eu acho que ele também sabe disso.
(...)
Gaia tentou matar Octavia logo depois que carregamos Rayna para o centro hospitalar. Com a lança partida ao meio pela suicida. Um ato de rebelião que nem mesmo Blodreina visualizava.
Ela realmente não pensava que Rayna Kane, não a nossa amiga, não a bondosa Rayna, mas Comandante Rayna Kane dos 13° clãs, agora todos Wonkru, reviveria, apenas para se matar.
Se sua intenção era virar tudo do avesso e conseguir aliados, ela ficaria feliz com os resultados.
Isso se conseguisse passar de uma mártir para uma deusa viva, renascida.
Poucos sabiam as condições de sua Comandante. Viram o que viram. Mas eles acreditam em suas crenças e todos, pelo tempo que aguentei ficar em um lugar cheio, ajoelhou-se para começar a prestar suas orações.
Não a Deus.
Mas a ela.
Como Comandante, Rayna era respeitada. Poderosa. Mas agora ela era a resposta de uma profecia do começo do Apocalipse. Aquela que levaria paz. Instabilidade. Salvação.
Como Chama Viva, Rayna era uma deusa. E eles começaram a prestar oferendas a ela. Mesmo deitada na maca, fria, gelada. A partir do momento em que seus joelhos caíram no chão, eles não voltaram a se levantar.
Mesmo quando suas atenções foram tomadas por Monty e Harper, com a notícia de que Blodreina não queria renascer ali, pois havia vida, podia ter vida. Mas ela preferia a morte e a guerra em vez de plantar suas próprias substâncias, seu próprio alimento.
Então os poucos — que não eram tão poucos assim — que se mantiveram de pé, começaram a destruir a arena. Foi quando eu me retirei. Foi quando eu entendi também que o reinado de minha irmã tinha chegado ao fim e o de Rayna tinha voltado.
E quando ela saísse daquela maca, talvez dominaria o mundo com o seu poder. Com o seu exército.
Porque Rayna pode não ter tido um exatamente poder nas duas vezes que se sentou no trono. Na primeira, tinha acabado de vencer Alie. Todos prostraram-se a favor de si, menos os Azgeda. Então ela teve que casar com Roan e ficou com uma coleira no pescoço.
Com poder, mas não exatamente.
Mas agora?
Rayna era dona de si mesma. Tinha quebrado todas as correntes em volta de si e estava travando uma batalha árdua com a morte. Se ela vencesse, então estaríamos salvos.
E ela seria uma deusa viva, a Chama Viva.
Mas... se caso ela não... Não... Vencesse. Tinha essa opção. Tinha essa alternativa.
E devíamos pensar nela. Eu deveria conseguir pensar nela sem embolar o meu estômago. Sem sentir essas náuseas por todo o meu corpo. Eu deveria conseguir repassa-la para uma parte da minha mente que projetasse um possível futuro que não se auto destruísse assim que déssemos um sequer passo.
Era o que ela gostaria que todos nós fizéssemos.
Que pensássemos em uma vida sem ela. Em passagens, em verdades e em alternativas que dessem certo.
E daria um murro em cada um que ousasse parar para chorar por ela. Quebraria-me ao meio se sobrevivesse e descobrisse que estou escondido em uma tenda, sem saber que caminho seguir.
E se ela estava mesmo morta, o espírito dela agora reinava em Kallas kom Azgeda que rompeu a entrada da minha tenda, esperando me encontrar da mesma forma que estou. Vestido de um sangue frio, sentado na cama, com os cotovelos apoiados na coxa enquanto minha cabeça estava baixa.
Tentando de forma verdadeira reiniciar-me.
Kallas ficou mais tempo na sala com Rayna e os médicos. Pensar que sua presença foi permitida e aceita enquanto a minha foi rejeitada é algo que evitei pensar nesse meio tempo.
— Ela vai sair dessa — ele afirmou sem olhar para mim, agarrando um pano meio rasgado para limpar suas mãos de sangue.
De sangue dela.
Tinha que reconhecer sua força. Ele parece tão afetado quanto eu com essa possível morte e, ainda assim, lida muito bem. Eu mal posso encarar minhas mãos cobertas de sangue sem que elas começassem a tremer descontroladamente.
— Não consigo ver outra saída para todos nós — admito e observei Kallas assentir. — Rayna precisa viver.
— Ela viverá. — A voz fria dele respondeu.
— Não. — Minha negação fez com que ele olhasse por cima de seu ombro, estampando um "não?" na face. — Não viver pra vencer uma guerra. Ela precisa viver para conhecer coisas bonitas. Viver coisas lindas. Se topar com amor e reconhecê-lo por felicidade. Rayna precisa viver mesmo.
Kallas manteve sua atenção em mim. Um olhar mais intenso do que a última vez que parou para olhar-me. Sem querer. Sem interesse. Algo diferente se passava em sua mente nesse momento. Algo que o fez reconsiderar o soco que me dera naquela sala.
Reconsiderar meu desespero.
— Ela não precisa disso. Precisa de instabilidade. De olhar para o lado e ver que todos estão bem e por causa de seu sacrifício — ele rebateu. — Minha Rainha não precisa de amor, precisa de salvação.
— Sua Rainha — repeti, um pouco mais bruto, colocando-me de pé — já se deu muito para vocês, terrestres. Deixe-a viver sem preocupações.
— Ela colocou a Chama — abro minha boca para refuta-ló, mas ele não deu-me tempo. — Rayna Kane foi escolhida entre todos os Comandantes passados. Pelo primeiro Comandante. Ela é uma Rainha. Uma Comandante. A Chama Viva.
— Ela é uma pessoa! — Aumentei meu tom de voz. — Que não precisa de responsabilidades tão grandes quanto de salvar centenas de pessoas.
Kallas soltou um riso bufado de deboche e olhou para mim. Para mim por completo.
— Esse pensamento foi o que fez vocês, Povo do Céu, deixá-la de escanteio no primeiro acampamento. — Quando descemos do céu. Quando chegamos na Terra. Como ele sabia disso, eu não fazia ideia. — Se fossem espertos, se vissem ela como todos nós, terrestres, vemos, teriam colocado ela como Líder e sobrevivido.
— Ela era jovem. Todos nós éramos.
— E, mesmo assim, quando Rayna... — O nome parecia estranho nos seus lábio, então ele reforçou, corrigiu: — Minha Rainha, tomou um lugar de liderança, olha o que isso fez a vocês. Ela salvou vocês de Allie. E da vingança crua de Echo.
Foi a minha vez de rir com escárnio. Mais do que escárnio pingando da minha boca, mas ódio, repulsa. Porque eu sabia de tudo aquilo. De tudo que Rayna abriu mão para salvar-nos. Eu não precisava ser lembrado por ele.
Por um Azgeda.
— Ela se vendeu para o seu Rei. — Cuspi metaforicamente e me afastei, tentando ignorar a vontade súbita de devolver aquele soco. — Se chama isso de salvar a todos nós... — Não completei, pois não precisava.
— Rayna sempre será algo a mais, Bellamy Blake. — Ele me disse, antes que eu atravessasse a tenda. Mas meus passos não foram interrompidos. Não até ele dizer: — E o fardo de amá-la sempre será pesado.
Sua voz... tinha soltando um fio da sua brutalidade. Sua última frase saíra como um conselho, um conselho cruel e verdadeiro. Como se ele soubesse disso.
Então eu me virei novamente para ele.
Tão lentamente enquanto eu processava o fato que ele tinha acabado de confessar que eu podia jurar que meu coração também estava dando aquela volta, também estava parando, apenas para recomeçar novamente. Minha respiração era uma questão falha nesse momento. Inexistente.
Kallas estava no mesmo lugar.
Preparado para o olhar, para a análise que sabia que receberia de mim. E apesar da pele marcada por ferro quente que avançou quando ele forçou o seu maxilar, Kallas não recuou.
A pergunta estava na ponta dos meus lábios. E proferi-lá seria passar um limite criado pela minha própria mente. Porque eu estava cansado.
Esgotado de chegar a esse ponto e estava tão acostumado e profissional nisso que quando minha voz saiu, quando eu falei, não fora uma pergunta.
— Está apaixonado por ela.
E era tão claro quanto o dia que passava mais uma vez. Que estava chegando ao fim, anunciando o tempo que estivemos esperando notícias de Rayna. De sua vida. O tempo em que os terrestres continuaram ajoelhados, rezando para os seus deuses.
Por ela.
Como Kallas estivera naquela sala. Como expulsara à mim daquela sala. Porque não aguentava compartilhar a preocupação por sua Rainha. Por seu amor.
Ele não tentou negar. Não poderia. Talvez não agora. Talvez tenha disfarçado por tanto tempo que tinha chegado ao fim das suas esperanças. Talvez tivesse sido uma honra morrer pelas mãos de Rayna quando ela tentou matá-lo quando chegaram em Polis.
Quando ele a reconheceu como sua Comandante, antes de todos.
Kallas estaria disposta a morrer. Não apenas por ela, mas por suas mãos.
E o que eu poderia fazer com essa informação, além de torturar-me? Por vidas e vidas, era o que parecia, eu estava seguindo aquele mesmo ciclo. Apenas encontrando homens e mulheres que já estiveram apaixonados por Rayna. Que ainda estão.
Porque não dá apenas para parar de amar alguém como ela. Agora eu sei. Sempre soube. E, talvez, nenhum deles possa te-lá como eu tive. Mas talvez possam tratá-la melhor do que eu tratei.
Kallas é interrompido de dizer algo quando a tenda é invadida. Jackson nos encara com as mãos ensanguentaras, a pele pálida, as bolsas embaixo dos olhos.
Ele não carregava notícias boas.
— Sinto muito — ele abaixou o olhar. Não apenas o olhar, mas o meu mundo. Meu chão recuou com a próxima notícia: — Tentamos de tudo, mas Rayna sabia bem onde acertar em si mesma.
Kallas já tinha marchado pra fora da tenda, até aquela sala em que o corpo de sua Rainha, de seu amor, residia. Mas meu corpo parou.
Minha noção do tempo parou e meus ouvidos continuaram a ouvir, mesmo depois de minutos, horas, dias e meses e anos que Jackson falará:
— Rayna está morta.
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A CHAMA VIVA
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Eu sempre pensei que a morte era como batidas em uma porta de madeira. Sons ritmados, a procura de visita-lo, de vê-lo. Então quando você abrisse a porta, já era. Céu ou inferno. Não era uma decisão, mas passaria a ser um destino.
Mas é mais como um sopro, um estalar pequeno nos seus ouvidos. Não é um anúncio de vinda, mas de partida. Como se você se tornasse a morte e descobrisse que antes... Antes você era vida.
Era tudo o que soprava por você. Era aquele ar que muitas vezes perdia, aquelas questões que não compreendam. Era chuva e era sol. Tudo que habitava, tudo o que era a substância da vida, era você te moldava para respirar e sentir e amar. Mas ao tornar-se morte. A indiscutível morte, você desconhece tudo.
Sabe que existia até um momento atrás, mas não consegue se lembrar. Não selembra qual é a sensação do ar entrando em uma parte específica dentro de seu peito. Como é fechar os olhos e sentir aquepe sopro do mundo.
Tudo passa a ser desconhecido e não almejável.
Você deseja, de verdade, aquela falta de informação e caminhar. Caminhar mais e mais para aquela luz que começa acender bem na frente.
Que parece longe demais e não importa quantos passos você dê, é como se algo... alguém tivesse prendendo seus passos no lugar e a sensação de andar... Você desconhece também. A partir dai, quando você tenta descobrir se está se movendo, se consgeuirá chegar até aquela luz branca esperando-lhe, para algo mais parecido com a realidade do agora, você é interceptada.
Por uma Chama moldada com o que parecia ser um corpo. Mas o fogo não queima. Não esquenta.
E a pessoa em Chamas continua se aproximando, andando de verdade, ou apenas voando até você. A Chama diminui e há alguém em sua frente. Com um rosto,um sorriso. Estendendo a mão.
— Venha.
E ela diz meu nome, mas eu não consigo ouvir. Não consegui destinguir e nem reconhecê-lo, mas não existe algo perto de desconfiança aqui, então eu apenas agarro a sua mão, sentindo algo dentro de mim me puxar. Agarrar-me.
Meus olhos se partem para fechar-se quando aquela Chama de antes parece consumir nós duas. E agora não é o nada que preenche a nossa volta. A ausência de algo. Mas uma sala. Um lugar.
Meus olhos seguem a movimentação.
Uma lembrança.
Um jogo contra uma vadia. Um jogo contra sua figura paterna. Vidas são retiradas do jogo. Vidas são arrisccadas. E sacrificadas.
Vejo a mãos dela segurando aquela faca. Uma lâmina que tira o fôlego de alguém. Então torturas começam com um homem que está enjaulado em uma cadeira. Que chora, implorando para aquilo continuar, para que aquilo salvasse a todos. Um ato de rebeldia. Um disparo.
Não percebo que choro até meus joelhos receberem o baque do chão, não tão forte quanto quem recebeu o tiro. A dor daquelas pessoas. O que elas passaram. É como se fosse comigo. Como se eu tivesse vivido aquilo.
Então eu pisco e o foco muda.
Estou em pé do lado de uma maca de ferro, uma mulher deita ali, gritando, implorando que a tortura cessasse. E não sei quem ela é, mas seu grito parece pegar unma parcela da minha essência e nos unir. Então mais uma vez, diante a potência daquelas cordas vocais, diante àquela sessão de dor e dor e dor, caio de joelhos.
Durante as próximas cenas, as mesmas coisas acontece.
Um lugar se fechando, um terreno ficando para trás, alguém gritando por aquele garoto que recebia um corte pelas costas por uma lâmina. Meus joelhos seguiram os seus que bateram na lama.
Visões passam por mim. A dor é como se eu tivesse vivendo mil vidas e nenhuma. Como se eu tivesses se tornado o sangue que escorria, a chuva que gritava, o vento que soava na multidão.
Visão por visão, eu caio de joelhos. Sentindo coisas que eu não consigo identificar. Reconhecer. Sentir com uma clareza. Como se tivesse um véu descendo por aquela parte do meu cérebro que consegue nomear e identificar, impedindo o trabalho central.
Até que tudo parece se dispersar. As dores ainda estão aqui e quando abro os olhos, percebo que elas nunca deixaram de estar.
Nunca me deixaram.
Eu sabia.
E a mulher que estava em pé a minha frente, estendendo a palma de sua mão em minha direção, também parecia ter alguma ideia.
— Olá, Chama Viva.
Segurei-me para não abaixar os olhos. Para não sentir o peso de quem eu sou. De quem eu acabei de me lembrar.
Aquela que perdera alguém, que matara alguém e que torturara seu melhor amigo preso em uma cadeira, era eu. Aquela garota deitada na maca gritando por socorro também. Cada uma das lembranças eram minhas.
E qualquer peso que eu passei a desconhecer no último minuto, voltou, ardentemente.
Eu sabia onde estava.
Sabia o que aquela mulher queria ao estender sua mão. E eu não queria pega-la. Não queria levantar. Seguir em frente. Superar.
Eu queria apenas que tudo parasse.
Bekka Pramheda, a primeira Comandante, não Becca Franko, soltou um suspiro e disse algo. Eu não ouvi. Eu escolhi não ouvir, pelo cansaço, pela dor que aumentava cada vez mais. Não ousei levantar a cabeça para saber em qual memória estávamos.
Em qual dor residíamos.
Sua mão foi recolhida e um segundo depois, uma voz que seguia-me nos meus sonhos, no meu coração e na minha alma soou:
— Olá, Castanhas.
Espero que estejam gostando!
O aniversário é meu, mas o presente é de VOCÊS! Aproveitem o capítulo e comentem bastante para que eu poste o outro imediatamente.
Rayna passando pela experiência de morrer, qual é a SURPRESA, né? KKKKKK
CAPÍTULO NÃO FOI REVISADO. Agora que eu entrei na vida adulta, estou completamente ocupada a procura de um emprego, então as revisões podem atrasar um pouco. Mas não deixe que os erros que encontrem atrapalhe suas experiências.
Logo eles serão acertados.
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