CAPÍTULO 13
Oii, espero que estejam bem. Desculpem caso o cap não esteja tão bom, e desculpem qualquer erro.
Boa leitura>>>
Eu estava com ódio queimando em meus olhos, aquele homem poderia até ter um pacto com demônios, ser uma alma condenada ao fogo eterno, mas eu, eu sou Naruto Uzumaki, e não abaixo minha cabeça pra ninguém, mesmo que esse ninguém seja um monstro.
Eu não sei como, mas sabia exatamente onde ele poderia estar, aquelas vozes do poço estavam mais fortes em minha cabeça, todas elas falando de uma só vez, isso era agoniante, mas eu conseguiria suportar.
Me aproximei do poço, uma trilha de sangue enfeitava o chão coberto de gramas até as paredes onde tinha o precipício para dentro daquele lugar, um grito de socorro ecoou de dentro dele, eu me afastei um pouco pelo susto, minhas costas bateram em algo, e quando me virei dei de cara com um homem de cabelos longos e negros, seus olhos sangravam, o líquido descia pelo seu rosto como lágrimas, gotas negras que representavam sua dor.
— Me ajude… Por favor… Me ajude…— sua voz era triste, e dolorosa, meu coração se apertou ao notar a semelhança que ele tinha com Sasuke, juntei as peças e percebi que era o seu irmão ali.
— I-Itachi…?
— Me ajude…— ele caminhou se aproximando de mim, dei alguns passos para trás, esquecendo completamente do que havia atrás de mim.
Minhas pernas trombaram as paredes rochosas do poço me fazendo perder o equilíbrio, por sorte, eu não caí, mas o homem em minha frente continuava se aproximando, era como se ele até quisesse que eu… Caísse.
Em um instante seus olhos se tornaram vermelhos, eles miraram bem os meus me fazendo sentir um arrepio ruim, posicionei o punhal em minha frente tentando afasta-lo, mas, não adiantou, se ele se aproximasse mais um pouco eu iria cair, e morrer de uma das piores formas possíveis.
As vozes aumentaram em minha mente começando uma dor em minha cabeça, fechei meus olhos por alguns segundos, os abri em seguida me assustando com os olhos vermelhos bem em frente ao meu rosto, suas mãos foram de encontro ao meu pescoço o apertando, em instantes senti o ar faltar em meus pulmões, sua risada ecoou por meus ouvidos. Com as forças que ainda me restavam segurei firmemente o punhal, fechei meus olhos sentindo meu corpo ser suspenso do chão.
Criei uma coragem que não existia em mim, e com o punhal, perfurei seu peito, seu grito foi alto, agudo e extremamente doloroso aos meus ouvidos, seu corpo caiu no chão segundos depois, caí ajoelhado assim que suas mãos me soltaram, tentei retomar todo o ar que havia perdido.
Olhei para o homem caido no chão, levantei o segurando, caminhei até o poço o jogando dentro dele, alguns sons estranhos como animais devorando sua presa foram ouvidos por mim, suspirei fundo pegando o punhal e o pequeno frasco com a água abençoada, tinha levado comigo por precaução.
As vozes me guiaram até uma trilha pela floresta, o caminho era escuro e os animais noturnos não deixavam a experiência muito boa. Caminhei por alguns minutos até avistar uma cabana, me aproximei notando as luzes acesas, abri a porta com cuidado ouvindo aquele barulho chato de madeira velha e podre, entrei sentindo uma corrente de ar fria passar por mim.
No chão havia algumas velas, tinha uma pequena escada e então eu resolvi subir, o andar de cima não era muito diferente do primeiro, o que era estranho, havia três portas no local, abri todas elas, nada muito diferente, a não ser, a terceira.
O meu melhor amigo e o meu irmão estavam amarrados a uma cadeira com cordas vermelhas, assim que me viram ficaram surpresos e a todo momento pediam para eu ir embora. Mas é claro que eu não iria deixar eles naquele lugar sozinhos.
— Naruto, você precisa ir embora, por favor!
— Esquece Deidara, eu não vou deixar o meu irmão pra morrer sem nem ao menos tentar fazer algo para o salvar!
— Naruto…
A porta se fechou de repente, abrindo-se logo depois, no corredor apareceram velas e uma tonalidade vermelha pintou as paredes. Olhei os dois os soltando, saí do quarto ouvindo os chamados deles atrás de mim.
As velas trilhavam até a primeira porta daquele andar, na madeira estavam criptografados os números 666, abri a porta avistando um pentagrama no chão com algumas velas negras espalhadas aleatoriamente pelo lugar, em frente a tudo isso, um grande espelho.
Entrei olhando o objeto espelhado de frente, Deidara e Shikamaru vieram logo em seguida, as velas que antes estavam apagadas se acenderam e o pentagrama começou a emitir um leve brilho.
— Que porra 'ta aco-
Antes que o Nara pudesse terminar de falar, Deidara caiu no chão sufocando, corri até ele o tocando, gritos sôfregos e dolorosos saiam de sua boca, sua roupa começou a se pintar de vermelho, olhei Shikamaru que estava paralisado sem saber o que fazer. Algo invisível depositou um corte no rosto de Deidara, distribuindo outros iguais por todo seu corpo.
Uma risada diabólica preencheu o lugar, olhei para trás tendo a visão de um homem com seus olhos vermelhos, levantei rapidamente o olhando em fúria.
— Achou que seria fácil Uzumaki? Eu nunca sairei da minha casa, nunca. E o seu querido irmãozinho, vai ser a minha oferta para renovar o meu acordo. Eu gostaria que fosse você, mas, quero que morra de outra forma.
Ele caminhou se ajoelhando em frente ao espelho, fechou seus olhos começando a falar algumas palavras desconhecidas para mim.
Deidara continuava a sofrer, o olhei notando sua cor desaparecer aos poucos, ele estava… Morrendo…
— Achei que só funcionaria se o ritual fosse feito dentro da casa.
— Não necessariamente. Você não entende nada garoto, porque é apenas isso que é. Uma criança.
Enquanto ele falava me aproximei com o punhal em mãos, meus passos eram calmos, mas ele notou, suas mãos me arremessaram contra a parede com uma força enorme. Minhas costas doiam, ele segurou meu pescoço me erguendo para o alto, olhou em meus olhos rindo sarcástico.
— Você é fraco. Nunca teria chances comigo Uzumaki. Desista.— soltou suas mãos me fazendo ir de encontro ao chão novamente.
— E-Eu p-posso ser só um garoto… M-Mas… Tenho algo que você jamais terá.— ele me olhou com ironia.
— E o que é Uzumaki? Lágrimas porque a vida não é como você sempre sonhou?— riu em seguida.
— Amor.— ele me olhou desmanchando seu sorriso.— Você pode até ter um pacto com o diabo, mas eu, tenho uma força ainda maior comigo, e isso, isso vence qualquer mal possível. Sem contar… Que a minha alma não queimará para sempre. Seu merda!
— Olha como fala comigo! Esqueceu que tenho seu irmão em minhas mãos?— o olhei sorrindo irônico.
— Você matou o seu próprio filho, só porque não aceitava seu relacionamento, matou o único restante só porque ele sabia o que tinha acontecido, matou o namorado do seu filho só por orgulho… Pode fazer mil pactos, mil coisas para agradar as trevas, mas nunca será respeitado entre eles, sempre será só mais uma alma condenada por seus próprios atos. Só isso, assim que morrer, o diabo não hesitará em te colocar nos sete lagos do inferno. Você não tem moral nenhuma com ninguém, muito menos comigo.
Usei todas as minhas forças para ficar em pé, segurei o punhal caminhando para frente o afundando em seu peito.
— Não é o punhal que mata monstros como você, nem água abençoada, crucifixo, nada. Nada o mata. E sabe porque?... Pelo simples fato de que você já está morto. Sempre esteve.
O punhal brilhou desaparecendo, o corpo do homem caiu quase sem vida. Respirei fundo correndo até Deidara, ele respirava ofegante.
— Dei! Tudo bem!? Você está bem?!
— S-Sim. Estou… Eu acho.— ele me abraçou levantando logo depois.— Vamos sair desse lugar.
Saímos da cabana e em segundos chamas a encobriram, avistamos um homem parado em frente a porta totalmente em chamas, ele vestia um terno preto e em suas mãos uma corrente que prendia um cachorro negro como a noite, seus olhos vermelhos prendiam a atenção de qualquer um, além de sua beleza surreal. Ele sorriu acenando, logo em seguida entrou na casa em chamas sumindo de nossas vistas.
— Que merda foi isso?— Shikamaru estava mais perdido que tudo. Não o julgo.
— Só vamos embora.
Puxei os dois pelas mãos caminhando para longe daquele lugar, chegamos em frente ao poço após alguns minutos de caminhada, uma mulher esperava perto dele com um sorriso em seu rosto. Era a mulher do parque, a mãe do Sasuke.
— Você…?
— Oi Naruto, me chame de Mikoto.— ela sorriu se aproximando.— Obrigada, você salvou todos nós, eu tenho certeza que os meus filhos estão gratos e felizes, onde quer que estejam. E antes de ir… Eu queria te entregar uma coisa.
Ela segurou um colar em suas mãos estendendo para mim, era dourado com um pingente sol e lua, era lindo.
— Aqui. Pegue.— tomei o colar em minhas mãos o olhando atentamente.— Naruto… Eu nunca vou ter palavras o suficiente para lhe agradecer. Eu estou muito feliz, e graças a você, livre. Não esqueça do que eu vou dizer agora.— ela tocou meu rosto me fazendo derramar algumas lágrimas sem o meu querer, eu sentia como se… Estivesse perdendo a minha mãe…— Eu sempre estarei com você.
E foi com essas palavras que ela se afastou e uma luz forte a encobriu, ela sorriu acenando em despedida, em segundos ela sumiu, junto a luz angelical.
Lágrimas caiam pelo meus rosto sem parar, não nos conheciamos direito, não tinha porque eu está dessa forma, mas era inevitável. Olhei o colar virando o pingente, tinha algo criptografado nele.
SasuNaru...
Sorri involuntariamente, coloquei o colar caminhando para a casa, adentrei o lugar vendo tudo normal, como se nada tivesse acontecido. Hinata estava com Sakura no sofá, a Hyuuga me olhou levantando.
— Eu chamei a ambulância. Ela já está a caminho.— acenti me aproximando de Sakura.
— Saky…
— Está tudo bem Naru. Eu estou feliz que pude o ajudar…— sorri, lembrei de algo e fui correndo para o quarto, eu queria que ele estivesse lá…
Mas tudo o que tinha dele, era uma pequena carta em cima da cama.
Naruto, eu não poderei ficar, mas não quero que fique triste com a minha partida, pelo contrário, seja feliz, sorria, faça outras pessoas sorrirem, assim como fazia comigo. Um dia iremos realizar o nosso sonho, iremos nos casar e ter uma família linda, eu, você, Menma, e a nossa pequena Himawari. Eu te amo Naruto, como nunca amei antes, não quero que espere por mim, mas peço que nunca se esqueça. Almas destinadas nem a morte as separam, elas se encontram mesmo após suas mortes...
O choro foi inevitável, me ajoelhei no chão segurando a carta contra meu peito, a dor era enorme, a dor de perda é enorme. Ele não estaria ao meu lado, eu teria que esquecer isso por mais que quisesse muito, porque… Só agora eu entendi que. Ele estava morto.
Essa palavra não tem tanto peso ao se falar em vão, mas é só parar para pensar, que todo o peso dela cai sobre você, principalmente se carrega a dor de perder alguém consigo.
Por mais que doa, eu preciso seguir em frente, é difícil, muito difícil, mas precisamos, não só por nós, mas por aqueles que se foram, porque é isso que querem. E eu irei fazer isso por ele. Apenas por ele.
Eu te amo Sasuke.
Amarei eternamente.
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