Parte XIV
Oliver
Meus pais tinham enlouquecido de vez. Sempre fui um ótimo filho, fiz tudo que eles pediram e o que eles me oferecem em troca? Um casamento com uma completa desconhecida. Eu já tenho uma noiva e mesmo que eles não aceitem, farei de tudo para tê-la ao meu lado no futuro.
- Você não pode se casar com uma plebeia. - Meu pai argumenta andando de um lado para o outro no salão do trono.
- E você não pode me impedir.
- Não se esqueça com quem está falando, meu filho. Se for preciso te ordenarei como seu rei e se for continuar negando, será expulso desse país.
Olho em completo choque para aquele homem. Era nessas horas que a famosa frase "o poder acima de tudo" se destacava.
Meu irmão mais velho, herdeiro do trono, tinha muitos deveres e obrigações que deveriam ser seguidas para obedecer e seguir a frase ao pé da letra. Agora, eu não. Por mais que meus pais tenham obrigado que eu assistisse e participasse de todos os deveres que meu irmão deveria seguir para poder reinar o país, eu queria viver uma vida tranquila ao lado de Liz na sua cidade. Já tinha tudo planejado, na idade certa lhe pediria em casamento e construiria uma casa ao lado de nossa árvore para morarmos. Seria perfeito se não fosse por esse enorme obstáculo que tinha surgido.
- Você não esta pensando, o amor pode surgir com o tempo. Essa é uma oportunidade única, não vou deixar que você perca por causa de um romance de infância - resmunga meu pai decidido.
Antes que eu possa argumentar, ele chama os guarda e ordena que me tranquem meu quarto.
Agora, dois guardas estão na porta de meu quarto e eles tem ordem de não deixar ninguém entrar, nem sair, o que me inclui nisso. Mas não me renderei assim, meu quarto fica no quarto andar, mas com um pouco de esforço consigo pular para o galho da arvore que bate na minha janela e desço ela sem problemas.
Entro correndo no estábulo e pego meu cavalo. A mansão do duque fica a poucos metros de distância, então passo acelerando pelos guardas do portão e só paro quando chego em frente a porta de entrada da mansão. Vejo os guardas vindo me impedir, mas abro a porta e corro para dentro. No mesmo instante, guardas conseguem me alcançar e sinto suas mãos me segurando.
Encontro meu pai e sinto a raiva em seu olhar.
- O que faz aqui, meu filho? - Ouço minha mãe falar do outro lado da sala.
- Eu me recuso a aceitar isso - argumento, me virando em sua direção e acabo encontrando os olhos azuis que rouba meu sono todas as noites.
- Oliver? - Ela pergunta e me sinto uma estátua. O que Liz está fazendo aqui? Como ela pode estar mais bela do que já era? Meu coração não para de palpitar e parece que a qualquer momento ele vai saltar para fora.
- Vocês se conhecem? - Alguém pergunta, mas não respondo. Só tenho olhos para uma pessoa e finalmente ela estava de volta para mim.
Sinto o aperto dos guardas ficar mais leve e aproveito para me soltar deles e correr até meu oceano favorito. Puxo seu corpo contra o meu e respiro seu delicioso cheiro de rosas.
- Estava com saudades - comento, sem soltar seu corpo de meus braços.
- Eu também estava - ela fala e sorrio. Me solto um pouco de seu corpo e grudo meus lábios nos seus, quero voltar a sentir seu gosto que tanto senti saudade.
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