KIM JIEUN

O dia malmente amanheceu e eu já estava de pé. Arrumei uma bolsinha que iria levar comigo e as coisas que eu certamente iria precisar na hora e seguir para o banho, tomando um longo - e refrescante banho - escolhendo um Flórido vestido longo, sem decote ou nada que chamasse atenção, prendi meus cabelos em um rabo de cabelo baixo e penteei minha franja, ajeitando os fios nas laterais da minha face. Comi um pouquinho e sair de casa, enquanto ainda bebia um copo caprichando de café com leite. O dia estava quentinho, bom para um passeio na praça. A manhã anterior tinha sido magnético e eu estava completamente apaixonada, meu coração não conseguia bater mais fraco, o normal dele, meus pensamentos também não ajudavam nada. Ao pegar o bebê no colo, sentir algo que resultou a uma lembrança, o vínculo que tinha com meu filho, meu pequeno, passando por meio de um simples toque uma sensação tão boa e tão inocente.

Cheguei no prédio onde o senhor Jeon trabalhava e telefonei, em seguida a mesma senhorita de ontem me atendeu, pedindo para que eu subisse diretamente. Fiz o que ela disse e subir, usando o elevador, já que as escadas estavam fechadas para limpeza. Caminhei lentamente pelo corredor e parei em frente ao lugar onde tinha esperado.

- Olá - a senhorita veio até mim - me acompanhe, vou levar você até o apartamento dele. Mais uma vez pegamos um elevador que subia gradativamente, praticamente não sentia nenhum embrulho - vou lhe entregar uma chave pessoal, essa chave é colocada em uma entrada no elevador e leva diretamente para o corredor do apartamento, não se preocupe que só é um apartamento então você não terá problemas em achar.

- ah, sim - assentir, com as mãos a frente do corpo, segurando firmemente minha bolsa.

- também te passarei uma senha e cadastrarei no sistema usando sua digital.

- Aqui é bastante seguro, não é mesmo? - ela olhou para mim e assentiu.

- É, mas toda a segurança ainda é pouco. Agora não é mais somente ele e sim o filho dele.

- verdade - a porta do elevador abriu e saímos. Seguimos diretamente. O corredor era enorme e não tinha nada além de paredes com vários quadros, no fim do corredor uma porta que foi aberta com apenas uma digital. Por educação desviei o olhar, admirando os quadros.

- Pronto - disse e entramos. Olhei em volta, vislumbrando o luxo que era aquele apartamento que nem parecia um apartamento e sim uma mansão. O local é bem clarinhos, móveis suaves, tudo combinando, uma mistura suave do preto e do branco se abrangia por todos os lugares.

- Olá senhoritas - o homem surgiu de um dos quartos, ele vestia uma calça moletom cinza e um moletom da mesma cor, seu rosto estava totalmente suado, cabelos molhados e ofegante ao falar - Me desculpem pelo meu jeito de aparecer, estava na academia pessoal quando ouvi a porta ser aberta.

- Sem problema Jeon, agora vá tomar um banho - me afastei da porta para que pudesse ser fechada, posteriormente ela se aproximou dele, bagunçando seus cabelos e passando em diante - consigo sentir seu cheiro de suor daqui - disse e o mesmo olhou para ela, em seguida a mesma riu.

- Farei isso - informou ele. Pela ação dela e a reação dele, eles tinham uma intimidade muito amigável e até desconfortável para quem não entendia. Permaneci quieta sem dizer absolutamente nada - antes levarei a senhorita Kim até o quarto do bebê, certo? - ela assentiu. - Me acompanhe - pediu ele e fiz o mesmo - Essa noite ele acordou duas vezes, estava agitado, pensei que talvez fosse alguma dor mas, parecia que ele estava com fome.

- Entendo - paramos em frente a porta, ele segurava a maçaneta enquanto eu, tentava intercalar entre olhar para ele e desviar o olhar. Era estranho olhar alguém diretamente nos olhos, parecia ser desafiador - Se o senhor não se importar... - pausei - eu posso amamenta-lo e...

- Não se preocupe com isso, tem mais que minha permissão. Sei o quão importante é o leite materno para um bebê, ainda mais para ele.

- então, tudo bem - abriu a porta e me deu assentimento para seguir primeiro. Ao dá o segundo passo e estar totalmente dentro do quarto, encarei tudo em minha volta, esperando por ele.

- Aqui - ligou o abajur que iluminava o suficiente para que eu me aproximasse do berço - Não poderei pegá-lo, contudo, se puder é... - pausou - segura ele.

- Sim - busquei em minha volta um lugar para por minha bolsa, quando o senhor Jeon se ofereceu para segurar. Não protestei e apenas entreguei, pegando o bebê com cuidado, aconchegado-o em meus braços e me sentando na poltrona acolchoada ao meu lado - Ele é lindo e quietinho.

- Concordo com você, ele tem a quem puxar - Assentir e movimentei meus dedos até a alça do meu vestido, deslizando por meus ombros e retirando. O Jeon notando minha atitude se endireitou, dando alguns passos para trás.

- Se importa que eu saía?

- Não senhor

- vou cuidar de algumas coisas, qualquer coisa é só chamar.

- Tudo bem.

Ele saiu, me deixando sozinha com o bebê. Aproveitei para olhar com mais cuidado cada detalhe da criança, enquanto amamentava-o e acariciava sua pequenina mão. Lembro, comigo mesma, quando minha mãe me contava sobre o prêmio que era essa sensação de ser mãe, segurar um bebê no colo e ter esse contato carne na carne. Realmente ela estava certa em dizer que era uma emoção, uma sensação de ter uma ligação que nunca pudesse ser quebrada.

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Alguns minutos se passaram e me levantei para por o bebê no berço, desligando o abajur e saindo cuidadosamente do quarto, encostando a porta e andando em direção a sala.

- Acharia ideal você ter um contato com ele até os cinco ou seis meses, acredito que eu consiga um período de afastamento com os outros sócios só por esse tempo.

- cinco ou seis meses? - Questionou Jungkook. A cada passo que dava, a conversa era mais notável para mim - ele ainda séria muito pequeno.

- Eu sei Jungkook, Eu sei, mas veja pelo lado bom, você não perderia nada, nenhum momento do seu filho pôs ainda tem a babá, ela estaria por perto e seu filho também.

- isso eu sei, mas eu não queria que ele convivesse com a agitação que eu convivo, pelo menos não por agora, não tão cedo.

- tudo bem, farei o possível para ele está presente mas não conviver com a agitação, tudo ok pra você?

- por enquanto sim - sua voz soou falha, mas ainda em aprovação.

- Olá - me aproximei mais - desculpa atrapalhar, o pequeno já dormiu e eu...

- venha jieun, sentisse conosco, acredito que você também é importante nessa conversa.

Sentei de frente para eles e conversamos sobre o carga horária e se haveria necessidade de dormi por ela. Durante esses próximos meses eu não teria necessidade de ficar para dormir mas caso um dia fosse preciso, aceitaria sem problemas. Algumas horas se passaram e antes de ir embora, deixei uma lista com algumas informações essenciais para facilitar a noite do bebê e do senhor Jeon.

- Obrigada jieun - veio até mim - Sua ajuda foi maravilhosa, Já acertamos o pagamento e sempre no mesmo dia, todo o mês vou fazer questão de depositar o seu salário, tudo bem? - ela ergueu as mãos em minha direção - Certo pelo certo e vamos nos dá incrivelmente bem.

- Tudo bem senhora - segurou firmemente sua mão.

- Me chame de você, me sinto melhor sendo tratada mais diretamente.

- Como quiser.

- perfeito, o motorista irá levá-la e trazer a você sempre, queremos evitar olhares e fofoqueiros de plantão em volta de qualquer um ligado a nós.

- entendo perfeitamente.

- E tendo um de nós por perto, será mais fácil - sorriu. Me despedir da mesma e fiz todo o processo, me acostumando com várias senhas que eu teria que memorizar. Cumprimentei o motorista e o mesmo educadamente respondeu.

Diante do local onde eu morava, me despedia do rapaz, entregando e deixando meus sapatos o compartimento, adentrando minha casa.

- Finalmente - Retirei a bolsa em volta do meu corpo, pondo sobre a mesa e me sentando na cadeira mais próxima.

Me sentia tão segura, agora poderia aos poucos seguir minha vida, nem que fosse lentamente, quase parando mas eu iria vencer. Meu coração ainda dói, sinto um vazio em meu corpo que apenas poderia ser preenchido pelo meu pequeno. Malmente tive a oportunidade de passar momentos com ele, ao mesmo tive um conforto das únicas pessoas que eu nunca pensei ficar contra mim nessa vida.