● Capítulo XXXIII - O Lobo ●

Capítulo dedicado á todos os meus leitores cheirosos & fofinhos <3 

NOSSO LOBO TERÁ UM CAPÍTULO SÓ DELE Ê Ê Ê Ê Ê 

Não esqueçam dos votinhos e dos comentários, por favor <3


O olhar magoado e decepcionado de minha mãe estava a me matar, por uma ou duas vezes assisti as lágrimas em seus olhos darem lugar a chama de uma raiva imensa. Na primeira vez quando contei que meu pai sabia de meu retorno e da segunda quando contei que pedi a Annelise que matasse seu marido.

— Onde eu errei? — choramingou.

— A senhora não cometeu erro algum — assegurei.

— Então como te tornastes essa criatura sem coração Sebastian? Será que não te dei amor o suficiente? Será que não lhe dei a educação que merecia? Céus! Mãe nenhuma merece tamanha tristeza. Qual foi o meu pecado para que algo que de mim saiu se tornasse em um monstro? Que os Céus nos ajudem!

— A senhora verá que não sou um monstro quando eu salvar nosso povo, quando esse reino se tornar justo.

— Consegue ouvir a si mesmo Sebastian? Sua irmã será a Rainha desse povo, entende que tudo o que fizer custará a vida dela?

— Só se importam com Annelise e sua ascensão ao trono.

— Eu me importo com a vida minha filha — defendeu-se e só então senti o peso de minhas palavras.

— Mamãe...

— Quando Genevieve descobrir o que você se tornou...

— Eu já descobri.

Era definitivamente meu pior pesadelo ganhando vida. Virei para trás e vi de relance Astrid de braços cruzados ao lado da porta recém-aberta por Genevieve. Seus olhos antes tão cheios de vida agora estavam fixos ao nada.

— Como pôde fazer isso conosco? — eu não tinha uma resposta — Como pôde fazer isso comigo?

— Eu...

— Entendes que quebrastes muito mais do que meu coração? — ela estava com raiva, mas nem assim levantava a voz — Quebraste-me a vida Sebastian.

— Tudo o que fiz...

— Foi para proteger o nosso povo — completou com ironia e sorriu — Isso é o que você diz para si mesmo para bloquear a culpa que sente por ter nos deixado, por ter traído seus próprios ideais?

— Sim — gritei na direção dela, eu não queria magoá-la,mas o olhar de Astrid me exigia uma ação,eu estava sendo encurralado por uma garota cega — Eu não estou pedindo que me entenda Gen, estou aqui para levar vocês comigo, para protegê-los da guerra que está por vir.

— Vai enfrentar sua própria irmã? — pela primeira vez na vida ouvi Genevieve aumentar o tom de voz — Vai ter coragem o suficiente para destruir a única que coisa que já amou na vida?

— Ela não é a única coisa que amei — e essa verdade me matava aos poucos e agora muito mais rápido.

— Porque você ama mais ao poder do que a ela — concluiu.

Não Gen, porque eu a amo mais a você do que a qualquer outra coisa na minha vida.

— Sim — mas ela não podia saber de seu poder sobre minhas ações.

— Você morreu duas vezes — as lágrimas escorreram pela sua face — Uma no campo de batalhas como o herói que eu sonhava e agora como um monstro que eu jamais imaginei que pudesse se tornar. Você está morto para mim Sebastian.

— Você amava esse monstro Genevieve, essa é a melhor parte — eu não queria ser cruel, mas não podia ser fraco.

— Você está certo. Amava.

Um misto de raiva e tristeza tomou conta de mim. Minhas mãos apertaram a borda da mesa de madeira e virei descontando minha raiva no móvel.

— Eu vou com você.

Eu poderia sorrir naquele momento se eu não estivesse com raiva e vontade de quebrar a casa inteira.

— Por quê?

— Porque eu quero proteger Elizabeth de tudo o que está por vir. Nós iremos com você.

— E quem disse que eu vou levar essa menina junto? — apontei para a garotinha ao seu lado, deveria ter uns cinco anos.

Houve um silêncio na sala, ninguém falou ou praticamente respirou. Havia algo de errado e eu sabia, mas o quê?

Fui até a garota e a puxei pelo braço, mamãe avançou em meu braço e me segurou com força, meu pai arregalou os olhos.

— Eu perguntei: Quem disse que eu vou levar essa menina? — vociferei segurando o braço fino da garota que mordeu o lábio, mas não gritou ou reclamou.

— Eu disse — mamãe respondeu — E vai leva-la porque ela é sua filha — mamãe gritou e eu soltei a garota que caiu no chão.

— O quê? — meu estomago revirou — Por que ninguém me contou isso?

— Porque você estava morto — Gen respondeu — Porque nós achávamos que você estava morto.

— Isso não é possível.

— Primeiro nós vamos com você, depois que estiverem com a cabeça mais fria eu prometo que conversarão sobre isso — mamãe ficou em frente a mim e segurou meu rosto entre suas mãos — Por favor, filho.

Apenas assenti e tombei no braço de Gen que com o impacto de meu corpo – bem maior que o dela – se desequilibrou.

— O que você está fazendo aqui? — o fedelho loiro apareceu na minha frente.

— Não tenho tempo para te dar uma boa surra agora Darin — respondi.

— Ela é minha, fique longe.

— Não — acertei um soco nele — Ela é minha. Ela sempre foi e sempre será.

— Você deveria estar morto.

— Mas para o seu desespero eu não estou — caminhei para longe dele e quando passei por dois dos homens de minha confiança parei — Ensinem ao camponês a me respeitar.

Montei no cavalo e vi quando Genevieve gritou pelo nome de Darin ao ouvir seus gritos de dor, mamãe foi carregada a força por meu pai e outro soldado, enquanto outro carregava vovó no colo, Elizabeth não chorava – e eu percebi que para a tristeza de todos, ela era parecida comigo – Astrid acertou a cabeça de Gen com um pedaço de madeira, e ela será castigada por isso, e Gen caiu desacordada.

Depois que chegamos ao meu esconderijo e eu esfriei minha cabeça, pedi a minha mãe que não deixasse que ninguém interrompesse minha conversa com Genevieve. Abri a porta do quarto que havia colocado ela, minha avó e a menina.

— Você não podia ter me escondido isso.

— Eu não acredito nisso — balançou a cabeça — Você estava morto, como queria que eu tivesse te contado?

— Eu não sei, eu só queria ter descoberto antes.

— Se você tivesse voltado por nós, se tivesse cogitado voltar para mim teria descoberto, teria se casado comigo e teria me salvado de toda essa maldita vida que tive sem você — ela não estava chorando, estava mais firme do que a garota que eu conhecia.

— Eu não posso voltar no tempo.

— Não, não pode — concordou — Mas poderia ter voltado para nós.

— Eu não podia — ela ficou parada com o olhar vazio — Eles teriam mandando matar a mim, a você e todos aqueles que eu amava.

— Você não me amava.

— Eu amava.

— Se me amasse não teria me abandonado.

— Eu não abandonei você Genevieve, será que não entende?

— O que entendo é que estraguei minha vida. Perdi a chance de me casar com um homem que REALMENTE me amava duas vezes, uma porque eu te amei e outra porque guardei sua memória.

— Eu nunca pedi para não o fazer, pedi?

— De quantas maneiras diferentes você vai arrancar meu coração fora? *

— Eu nunca quis te magoar — gritei fazendo-a se calar — De todas as pessoas do mundo você é a única que eu nunca quis magoar.

— E por que continua me magoando?

— Porque eu não consigo parar.

— Eu vim com você para proteger a minha filha...

Nossa filha.

— Mas não quero ter que ouvir sua voz, fique longe de mim. Se alguma parte de você ainda for humana e ainda se importar comigo, fique longe.

— E se eu não conseguir?

— Ao menos tente.

Fechei os olhos, eu queria poder chorar e tirar aquela dor, mas eu não podia. Meu coração estava totalmente quebrado e a dor fazia com que todas as minhas cicatrizes mais profundas se abrissem.

— Eu sei que você tem um bom coração Gen, olhe dentro dele e encontre piedade e me perdoe um dia, só preciso do seu perdão, do de ninguém mais.

— Pedido de perdão não aceito.

— Eu sinto muito, por tudo.

— Não importa não mais — suas palavras doeram como o inferno — Você poderia ter continuado morto.

Saí batendo a porta e fui à direção do meu quarto. Fechei a porta e arremessei tudo o que estava perto de minhas mãos, destruí tudo o que vi pela frente, rasguei as cortinas e depois me sentei no meio dos rastros de destruição.

— Tudo isso por causa dela? — Astrid parou no batente da porta.

— Não fale dela.

— Uma garota magricela, sem graça e cega é capaz de mexer tanto com sua cabeça? — perguntou ao seu aproximar.

— Veio me atazanar?

— Vim relaxar você — disse com uma voz sensual.

— Mas eu não quero — respondi — Quero que vá embora.

— Vai me dispensar para chorar como um bebê por uma mulher que não te quer?

Em um movimento segurei Astrid pela garganta até que ela se debatesse sem ar.

— Não fale dela — gritei e a soltei no chão — Ela é a minha maior fraqueza por isso está aqui, não quero que encoste um só dedo nela, ouviu bem? — ela assentiu — Eu mando você obedece.

Astrid mais nada falou apenas se retirou com a mão na garganta vermelha.

"Queria que estivesse morto"

Foram as palavras de Annelise.

"Você poderia ter continuado morto"

Foram as palavras de Genevieve.

O que mais eu poderia esperar? Uma festa de boas vindas?


*Referência á TVD <3

NOTA FINAL DA AUTORA:

Nosso Sebastian Green, vulgo Lobo, é bem babaca né? Será que a pequena Elizabeth poderá colocar um pouco de luz em toda essa escuridão que se tornou a vida dele? 

Pobre Mama Green sofrendo tanto :'(

Estamos beem na reta final e por isso vou deixar o teaser de A QUEDA DO REINO <3 

Assistam em HD 

https://youtu.be/zjbZbN1HrMY

E UM TEASER SHIPP  DE GENBASTIAN <3

https://youtu.be/fl78-l1HCB0

ESPERAM QUE TENHAM GOSTADO DE CONHECER UM POUCO DO NOSSO LOBO E NO PRÓXIMO CAPÍTULO VOLTAREMOS Á ANNELISE GREEN & LINCOLN DELORD <3

Não poderei responder os comentários do capítulo anterior hoje, pois irei sair, mas não deixem de comentar nesse que eu responderei os do capítulo anterior e desse. Perdoem-me, por favor. 

AI LOUVI IOU GAIZ <3

XOXO, Lady Allen.

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