● Capítulo XIV - Desejada●
NOTINHA INICIAL DA AUTORA:
HELLO I'M BACK <3
CAPÍTULO DEDICADO Á: TODOS OS MEUS LEITORES, MAS EM ESPECIAL AOS QUE COMENTAM E VOTAM :3 LOVE YOU <3 <3
👑
ARTEMIS LENNOR
O jantar estava parecendo um cortejo fúnebre. Annelise não havia dado uma palavra ou tocado na comida desde que chegara aqui, Príncipe Lincoln nem apareceu para comer e dispensou a comida que levaram para ele, Lady Freya não havia ido jantar comigo – ainda estava magoada e desconfiada e passa cada vez menos tempo comigo – Astrid estava com a cara carrancuda de sempre e James estava especialmente e estranhamente silencioso esse noite. Não que eu repare nele. Mas ele está estranho, mais do que o normal pelo menos. Rainha Helena parecia estar esmiuçando cada movimento meu com seus olhos atentos.
— Se estão todos satisfeitos já podem se retirar — disse num tom quase impaciente.
Annelise foi a primeira a se levantar, se ela se despediu da rainha nem consegui ouvir. Parecia que ela iria desabar em lágrimas ali. Qual é o problema dessa garota, como ela consegue se apaixonar por um homem diferente a três semanas?
♔
Virei-me mil vezes e nada do sono chegar, decidi então sair e andar um pouco e assim tentar me cansar.
Parei no meio de uma espécie de corredor que liga as duas partes do castelo, era o mais perto de ar puro. Nenhum teto para me sufocar. Todo aquele vento acariciando meu rosto, a floresta ali tão perto e ao mesmo tempo tão longe.
— Artemis — em um movimento involuntário coloquei minha adaga na garganta de James.
— Se quer que eu te mate é só pedir — coloquei a adaga presa na perna novamente.
— Você sempre anda com isso?
— Normalmente eu ando com as pernas — virei para frente e ouvi seu riso fraco — Estás fazendo o que aqui?
— A mesma coisa que você — respondeu — Insônia.
Não falei mais nada, não queria ouvir também. Só queria ficar ali sozinha e James veio me atrapalhar, de novo. Ele pigarreou e eu rolei os olhos.
— Quer que eu me retire para que fique sozinho? — perguntei.
— Não — ele foi rápido em responder e isso me deixou um pouco surpresa — Quero que fique.
— Na verdade eu ficaria mesmo que pedisse para eu sair — disse firme e vi-o sorrir.
— Disso tenho total certeza — revirou os olhos e voltou a me encarar — O que pensava tanto quando cheguei?
Ponderei por um tempo em responder ou não aquela pergunta. Mas que mal me poderia fazer?
— Eu não sei, não de verdade — suspirei — Acho que sinto falta de estar lá — apontei para floresta — Sinto falta de me embrenhar naquela mata, caçar... Sinto falta de dançar no meio da floresta, sinto falta da música da aldeia, sinto falta da chuva escorregando pelas folhas, sinto falta do cheiro de terra e do cheiro das árvores... — sorri involuntariamente — Cheira como paraíso.
— Eu não acho isso — ele disse e eu o encarei com um grande "?"— Não acho que esse seja o cheiro do paraíso — esclareceu sua fala anterior.
— E para você o que cheira como paraíso? — questionei meio sem pensar.
— Você — disse como se não fosse nada demais.
— James...
— Você tem que parar de tentar resistir — me encarou longamente e permaneci em silêncio — Eu estava pensando que talvez não seja tão ruim esse casamento.
— Não é ruim, é péssimo — o corrigi.
— Fiquei pensando que talvez quando tudo estiver acabado e eu for um homem normal, talvez pudesse realmente dar certo — ignorou o que eu disse.
— James você nunca vai ser um homem normal — fui firme — Você é um príncipe e em breve um tr...
— Não fale assim — respirou fundo — Parece que sou um monstro.
— Bem, nós não somos os mocinhos — era difícil para eu ter que admitir isso.
— Mas se as coisas fossem diferentes...
— Mas não são — cortei-o — As coisas são exatamente assim e quando tudo acabar eu estarei livre de tudo isso.
— Você não estará não, eu ainda serei seu marido — dessa vez havia quase um tom de irritação.
— Se você não morrer no meio do caminho...
— Você me deixaria para trás? Deixar-me-ia para morrer? — encarou-me.
Eu poderia correr dali e não responder essa pergunta. Eu o deixaria para trás? Claro que não. Não conseguiria deixar qualquer pessoa para trás, tenho meus ideais e jamais seria capaz de tal coisa.
— Sim — mas ele não precisa saber.
James balançou a cabeça rindo nasalado, ele sabia que eu estava mentindo.
— Ás vezes essa sua implicância e mau humor são engraçados.
— Não vejo graça.
— Se você fosse um pouquinho como Annelise facilitaria minha vida.
— Mas eu não sou Annelise e não tenho a intenção de facilitar sua vida.
— Por que faz isso? — arqueei a sobrancelha — Por que insiste em me afastar dessa maneira?
— Porque sou assim.
— Não, você não é.
— Certo, não sou — dei de ombros — James eu estou arriscando minha vida nesse plano, sacrifiquei minha única chance de amor...
— O noivo fantasma? O homem que você conta para todo mundo, mas ninguém conhece — balançou a cabeça zombando.
— Ele existe.
— Tá bom, ele existe — assentiu mesmo sem acreditar realmente — Mas você o ama?
— Não. Mas eu aprenderia a o amar do jeito que ele me ama — respondi.
— Minha querida — aproximou-se — Amor não se aprende, se sente.
— Falou o homem que sabe tudo sobre amor — rolei os olhos — E não me chame assim, detesto que me chamem assim, eu tenho nome faça o favor de me chamar por ele.
— Eu já amei, ao contrário de você querida Artemis — fitou-me e eu bufei contrariada.
— Não amou não, porque se tivesse amado alguém jamais teria se apaixonado por Annelise. Amor só se encontra uma vez na vida James, você só ama realmente alguém quando a ama por toda sua vida, quando ama alguém até depois da sua morte.
— Pode dizer o que quiser, pode menosprezar meus sentimentos, mas eu a amei sim e amei até a sua morte — havia um pouco de ressentimento naquele olhar — Mas ela morreu e levou meu amor com ela.
— Amor nunca morre — parei de encara-lo e virei para fixar meu olhar nas árvores novamente.
Havia agora um silêncio ensurdecedor e isso me incomodava.
— Você falou algo sobre dançar... — James disse cortando o silêncio e estendeu a mão.
— Não tem música — tentei negar.
— Nós somos a música — balançou a mão ainda estendida e eu a peguei.
Uma das mãos dele apertou minha cintura e eu sempre me sinto muito impotente quando ele me toca, é como se ele tivesse uma coisa que eu não consigo entender. Eu não podia negar, James me afetava como uma doença contagiosa e isso é ruim, mas ao mesmo tempo é bom. Eu queria esconder meu rosto, queria impedir que ele lesse meu olhar, mas a diferença de altura é pouca de maneira que não tenho como esconder meu rosto.
— Seria oportuno se chovesse agora... — sussurrou ao pé do meu ouvido.
— Por quê?
— Porque talvez assim eu conseguisse conquistar você — respondeu no mesmo tom baixo, rouco e quase arrastado.
— Você não desiste, não é? — afastei o rosto para conseguir fita-lo.
— Não se desiste daquilo que se deseja Artemis — parou de dançar e colocou as mãos uma de cada lado do meu rosto — E agora eu quero você — senti meu coração dar pulos, mas não consegui me mover — Eu poderia te beijar agora, mas não vou.
— Não? E por quê? — as palavras saíram sozinhas sem que eu pudesse as controlar.
— Por um simples motivo — se afastou lentamente — Minha mãe está vindo para cá agora e não está com a melhor das expressões.
— O quê? — me afastei mais ainda dele e encarei Rainha Helena que vinha na nossa direção.
Não vestia seus enormes vestidos, estava com roupa de dormir, não usava coroa e sequer seus cabelos estavam presos.
— O que pensam que fazem aqui sozinhos? — vociferou, mas não parecia irada, mas sim preocupada.
— Eu...
— Estava entediado e precisava passar meu tempo então resolvi tentar conquistar o coração da nossa guerreira favorita — foi como uma faca atravessando meu peito — A senhora me conhece mãe, eu não resisto á um rabo de saia.
Em um movimento involuntário senti quando meu corpo se virou para o dele, depois senti minha mão arder e assisti James me encarar furioso.
— Lady Lennor... — a Rainha tentou falar.
— Perdoe-me Vossa Majestade, mas preciso me retirar — parecia que meu cérebro iria explodir — Posso? — ela apenas me olhou e assentiu.
BASTARDO NOJENTO! Eu quero estripá-lo e dar seus restos para as aves comerem. MALDITO! Quero que ele arda no mais profundo inferno.
Bati a porta do quarto com força e quase no mesmo instante ela se abriu novamente revelando um James vermelho como tomate.
— O que infernos pensou que estava fazendo? — quase gritou.
— Eu não sou um passa tempo — dei um passo adiante — Não sou sua guerreira favorita — mais perto — E não sou um rabo de saia — coloquei o dedo no peito dele — Respeito é bom e eu não o dispenso James.
— Ás vezes eu acho que você faz de propósito — não se moveu — Eu disse que odeio peixe e todos os dias você faz questão de comer peixe, disse que não gosto quando me contradizem e você vai lá e faz exatamente isso, eu disse que detesto ter que ser salvo por alguém e você está sempre lá para me salvar, disse que odeio quando me jogam coisas na cara e você vai lá e fica o tempo inteiro "Me sacrifiquei por causa desse plano", "Tenho que limpar a bagunça que você faz" — sua respiração estava muito alterada — Estou cansado. Estou realmente cansado.
— Você age como uma criança — acusei.
— Para de me chamar de criança — segurou meu braço com força o suficiente para me puxar para mais perto, mas com força o suficiente para me machucar.
— Pare de agir como uma — enfrentei.
Ele não me disse mais nenhuma palavra, apenas ficou parado me olhando como seu eu fosse um quadro. Mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele apenas colou suavemente seus lábios nos meus, eu não conseguia fugir, senti seus lábios se moverem e comandarem os meus. Uma magia estranha. Uma sensação divina.
— Esse foi por me chamar de criança — senti novamente quando seus lábios chocaram-se aos meus com a força de mil canhões e a leveza de pétalas de rosas, tudo junto nessa confusão de sensações — Esse foi por ter me batido — e quando ele me beijou novamente foi como uma chama correndo por minha alma, não existia mais nada ao nosso redor, apenas seus lábios nos meus, suas mãos em mim... — Esse foi porque eu quis.
Afastou-se bruscamente e sorriu como se não tivéssemos discutido minutos antes.
— Tenha uma boa noite Lady Artemis, porque a minha está sendo ótima — saiu fechando a porta.
Eu nunca havia sido assim com Eros. Nada nunca havia sido assim com ele. Quando estávamos juntos era sempre eu, ele e a apreensão de sermos pegos. Mas com James não, com James éramos apenas eu e ele e nada mais.
Eu estava com um problema e não era pequeno.
Mas eu não me prenderia á um sentimento humano patético e sem sentido.
Vim com uma missão e só isso que me permitirei.
Nada de James e seus beijos enlouquecedores e inoportunos.
NOTA FINAL DA AUTORA:
VOCÊS TEM QUE ME AMAR MUITO POR POSTAR SEMPRE HAHAHA FALANDO NISSO VIM AQUI AVISAR OFICIALMENTE QUE MEUS DIAS DE POSTAGEM SERÃO: TERÇAS, QUARTAS, QUINTAS, SÁBADOS E DOMINGOS (É CLARO QUE PODEM OCORRER IMPREVISTOS E EU NÃO POSTAR, MAS ESSES SÃO OS DIAS OFICIAIS), LEMBRANDO QUE EU POSSO SIM POSTAR NAS SEGUNDAS & SEXTAS EM OCASIÕES ESPECIAIS.
PS: AMANHÃ PROVAVELMENTE POSTAREI CAPÍTULO NOVO, ENTÃO FIQUEM ATENTOS E SE PREPAREM PROS TIROS KKKKK COMO SOU BOAZINHA VOU DEIXAR TRECHINHO:
"— A menina mimada aqui tem uma pergunta para te fazer.
— Se for sobre James...
— É sobre meu irmão"
"Minha escolha depende da sua"
Então é só isso por hoje, não esqueçam de dar estrelinha e comentar... Não sejam tímidos.
XOXO, Lady Allen.
Ps: Vou tentar responder os comentários hoje, mas não prometo responder todos... Me desculpem, mas eu tinha que fazer uma escolha: Ou eu respondia todos os comentários ou eu postava e achei melhor vocês terem um capítulo novo <3
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