● Capítulo VIII│ Oceano ●


Dias haviam se passado e nada de Artemis regressar com seu esposo, o meu e Lady Freya. A preocupação estava me sufocando.

— Anne corra — Olívia aparece na porta.

— O que aconteceu com Rainha Helena?

— Eros foi buscá-los — meu sorriso pareceu brotar nos lábios e eu corri escada abaixo.

Parecia estar flutuando por cima dos degraus, meu coração martelando a parede do meu peito, as mãos tremendo e suando.

Meu Lincoln.

Quando cheguei ao meio da aldeia vi James trazendo Artemis nos braços, Freya ao lado deles, Eros, Gaia e finalmente ele. A minha razão para viver.

Oceano.

Foi meu primeiro pensamento ao encontrar seus olhos novamente.

Por um momento tive receio de abraçá-lo e ser afastada por ele. Tive medo de sua rejeição, medo de tê-lo perdido para sempre.

Mas eu precisava saber, precisava me certificar que ele realmente está aqui, que não é mais um dos meus inúmeros sonhos. Então corri ao seu encontro e me atirei entre seus braços. E Lincoln retribuiu.

O que temos é como a ligação que mamãe costumava me contar, ligação de almas, algo que acontece toda vez que encontramos a pessoa destinada á nós. Eu o amo com todo o meu coração, com o todo o meu corpo, com toda a minha alma.

Sua respiração era tão familiar quando o som das batidas de seu coração toda vez que deito em seu peito.

— Eu tive tanto medo de te perder — ouvi seu suspiro ao me ouvir — Eu achei que estivesse...

— Não estou — continuou abraçado á mim — Estou aqui agora e tudo vai ficar bem Anne, eu prometo.

Anne.

Ele havia me chamado de Anne.

— Eu não quero continuar sem você — confessei.

— Eu sei — seus braços se apertaram mais ao entorno do meu corpo — Eu também não.

— O que isso quer dizer? — afastei um pouco, sem nunca deixar de manter meus braços nele.

— Quer dizer que eu quero que esqueça as coisas que eu disse, tudo o que você disse, quer dizer que eu amo você o suficiente para esquecer tudo o que já passou. Quero que seja mais que apenas minha Rainha, Annelise, quero que seja minha esposa.

— Eu te amo tanto...

— Eu quero permanecer com você, para sempre.

— Eu preciso tanto de você e eu não sei o porquê de ter te afastado tanto — seus olhos estavam nos meus.

— Não importa mais, eu estou aqui agora, não estou?

— Eu não mereço você.

— Talvez, mas mesmo assim escolho você.

— Obrigada — toquei meus lábios nos seus levemente, não podia esquecer que estamos no meio de bastante gente.

— É um lugar bonito — Lincoln ao redor.

— Sim, é.

Entrelacei os dedos nos dele e o guiei até Artemis.

— Eu estava preocupada com você — disse á ela.

— Faço minhas as suas palavras — ela sorriu, mas parecia tão debilitada — Eu disse que conseguiria.

Então como um raio que corta o céu, Lia cortou por entre as pessoas e parou em frente á James e Artemis e puxou a manga do vestido da última.

— Me coloca no chão, por favor — James atendeu ao pedido da esposa — Querida você está bem? — Artemis tocou o rosto da menina — Você parece ainda mais linda com essas tranças.

— Estou bem — sorriu fracamente — Mabelle fez em mim.

— Vou agradecê-la depois — Artemis abraçou Lia e era incrível ver a maneira que ela parecia tão diferente da Artemis que minha mente havia criado por tanto tempo.

— O que acha de um banho e de descansar? — perguntei á Lincoln.

— Para o banho eu digo sim, mas para descansar — sussurrou ao pé do meu ouvido — Eu tenho ideia melhor.

— Eu gosto dessa ideia — senti minhas bochechas arderem.

— Nunca vai parar de corar?

— Quando você me olha assim e fala essas coisas? Não.

Seus lábios tocaram os meus em uma intensidade que nunca havia acontecido. Era como se estivéssemos em chamas e precisássemos deixar nossos corpos respirarem. E a maneira com a qual ele me despia e me tocava era nova, um jeito diferente e bom. Suas mãos estavam rápidas e um pouco atrapalhadas, talvez fosse a saudade, mas era tão bom. Seus lábios se arrastaram pela minha pele quando ele finalmente se livrou de todo o tecido – os meus e os dele –, minhas pernas entrelaçaram em sua cintura, enquanto seus lábios tocavam os meus e sua língua explorava minha boca e entrelaçava na minha, minhas costas encontraram o colchão e seus olhos pareciam devorar cada parte do meu corpo mesmo antes de sentir seus lábios se arrastarem pela minha pele exposta, mesmo antes de sentir sua língua brincar com todos os meus sentidos e sensibilidade me fazendo tremer, gemer, quase gritar seu nome, me contorcer, me agarrar ao lençol da cama. Era como se eu fosse sua presa e ele o predador. Meu Príncipe nunca havia me tocado daquela maneira e as sensações pareceram aumentar quando senti seu corpo juntar ao meu, se encaixar dentro de mim. Enquanto ele ia e voltava era como se meu mundo estivesse voltando á vida, como se eu estivesse chegando ao limite do que há de melhor, quando seus lábios tocavam os meus e abafavam os sons que escapavam sem minha permissão era como se meu coração estivesse em chamas. Tudo era tão perfeito ali com ele que eu esquecia da guerra lá fora e só conseguia me concentrar em sua voz, seus movimentos, seu cheiro, sua pele, seus toques. Tudo se resumia á ele.

Eu não queria chegar ao limite tão rápido, mas não conseguia aguentar mais. Era como se todas as vezes que estivemos juntos fossem resumidas a aquele momento. Meu corpo estava cansado de resistir e então cedeu, minhas pernas tremiam e minha respiração estava muito alterada, não demorou muito até que ele se sentisse do mesmo jeito que eu.

— Eu realmente senti falta disso — meu esposo confessou e eu sorri.

Esforcei-me para subir em seu corpo e fica cara a cara com ele.

— Eu te amo — eu preciso que ele saiba disso e acredite.

— Eu amo você também — seus dedos tocaram meu rosto suado — Eu sempre vou amar, até as partes que eu gostaria de não ter conhecido eu amo, eu aprendo a amar.

— E é por isso que eu te amo.

— Enquanto houver um céu acima de nós eu vou estar aqui por você, para você e com você.

— Sempre?

— Sempre.

Então o beijei novamente para selar a nossa eternidade. O nosso voto. O nosso amor.

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