66.A algazarra dos deuses
Pré-revisado, boa leitura.
A algazarra dos deuses
Eu estou entre as pernas dele sentindo seus dedos deslizando por meus fios enquanto os esfrega. Nunca pensei que viveria para ver o dia em que Poseidon cuidaria de alguém e que esse alguém seria eu. Após lavar meus fios, ele se dedicou a fazer carinho na minha barriga e de certa forma imagino a falta que sentiu de nós. Por mais que meu marido insista em deixar claro que não precisa de ninguém sei que esse conceito mudou á muito tempo.
-- Está muito calada Sn. -- Ele afirmou afastando o meu cabelo do meu ombro direito e deixando um beijo no local.
-- Deve ser porque acordei á pouco.
-- Tem exatas três horas e meia que você despertou e nós só comemos e tomamos banho, ainda não fizemos nem a metade do que planejei assim que lhe vi despertar.
-- Então é bom começa não é? -- Dei um curto sorriso observando o olhar dele e depois de passar um tempo me perdendo nesses lábios e obviamente sentando nesse deus saímos do banho completamente revigorados e, no momento Poseidon está lutando para manter a pose de arrogante uma vez que sua felicidade está estampada em seu rosto.
-- Que tal darmos uma volta por Atlântida? Não aguento mais ficar nesse palácio. -- Comentei enquanto ele afagava minha barriga.
-- Você precisa de mais vestidos e presentes para o meu filho. -- Afirmou.
-- É uma menina Poseidon, e precisamos escolher um nome. -- Ele me encarou seriamente. -- O quê? Duvida de mim quando digo que será uma menina?
Ele não me respondeu parecia estar processando o que acabei de dizer.
-- Vou deixar minha tarde livre precisaremos refazer o quarto do bebê. -- Poseidon parecia falar sozinho conforme apoiou o tridente na parede e a esquerda abaixo do queixo pensando a respeito.
-- O que foi que você fez Poseidon? -- Encarei seu rosto que no momento desviava o olhar dos meus.
-- Eu precisava me distrair Sn, ou iria alagar a terra inteira enquanto você estava em coma, então fiz o quarto do nosso filho.
-- Agora eu quero ver. -- Afirmei, ele pegou o tridente e antes de sairmos recebi um beijo sobre meus fios, o Imperador dos mares me guiou até um quarto próximo ao nosso, assim que entrei notei como estava escuro e ele simplesmente puxou as cortinas, o quarto parece estar emerso no mar, todas as paredes a frente são de vidro e há inúmeros peixes e baleias passando ao redor, o canto que é emitido é tão singelo que me deixou admirada, no chão liso e límpido como de todo o castelo há um enorme tapete e sobre ele bem no centro o berço branco totalmente trabalhado, a madeira detalhada como se houvessem vários tridentes pequenos entalhados e acima há algo pendurado, uma espécie de enfeite onde há alguns peixes.
-- É lindo. -- Respondi maravilhada.
-- Então toque o brinquedo. -- Ele afirmou encarando a peça acima e assim o fiz. A mesma canção que ele assobiou para mim ao qual eu conheço perfeitamente ecoava pelo brinquedo onde notei ter conchas e alguns pequenos corais.
-- Não há nada para mudar aqui Poseidon, está tudo tão... Perfeito. -- Alisei minha barriga e ele parou atrás de mim fazendo o mesmo antes de beijar meu ombro direito.
Sorrimos uma para o outro, eu realmente me sinto em paz e os olhos do imperador dizem que ele também.
A porta do quarto foi aberta discretamente por uma das sereias que não ousou adentrar ou sequer olhar para o ambiente.
-- Desculpe interromper majestades, mas, sua família está ao aguardo na sala. -- Poseidon respirou pesado.
-- E o que fazem aqui? -- A voz densa me fez observá-lo.
-- A Imperatriz do submundo afirma que a rainha dos mares está acordada então vieram vê-la. -- A sereia pediu licença e se retirou e meu amado me olhou incrédulo.
-- Eu vou matar cada um deles, que inferno! -- Não pude deixar de rir o que fez com que ele me encarasse com uma de suas sobrancelhas arqueadas visivelmente irritado.
-- Deveria ficar feliz por eles terem vindo me ver não?
-- São uns inconvenientes que atrapalham minha vida, primeiro minhas fodss, agora os momentos em que eu quero que não exista nada além de você mulher, óbvio que merecem ser punidos. -- Senti meu coração disparar, esse deus nunca vai notar o que e quando fala, assim me aproximei beijando seus lábios.
-- Vamos de uma vez, assim logo terá nós duas só para você e estou com fome. Muita fome. -- O sorriso que beirou nos lábios de Poseidon me fez tentar decifrá-lo, não durou muito já que logo estava me carregando para fora do quarto, mesmo que eu afirmasse que posso anda sozinha.
-- Me coloca no chão Poseidon!
-- Pare de reclamar mulher, não deixarei que se canse ou minha filha.
Céus esse deus quando for pai ficará insuportável!
Mal adentramos o salão e pude ouvir o burburinho e comentários entre os deuses a respeito de quando seria a festa, mais uma das muitas que desconheço.
-- Sn! -- Perséfone foi a primeira a se aproximar e me abraçar com vontade depois que se afastou alisou minha barriga com carinho. -- Que saudade que estou de você! Temos tanto a conversar.
Poseidon olhou para ela de maneira severa e a mesma riu.
-- Ninguém mandou casar trouxa. Agora a suma mulher faz parte do panteão grego e, acima de tudo é minha amiga. -- Fez beicinho antes de se aproximar se afastar para que eu visse os outros. Á minha frente estão Hermes, Hades, Zeus, Hera, Aphrodite, Adamas e Camilla.
-- Não esperava ver todos aqui. -- Sussurrei.
-- Eu avisei que era importante. -- A voz veio de Hermes que se aproximou beijando minha esquerda e me puxando para si. -- Acho que Poseidon não se importará... -- Se referiu ao fato de me tocar.
-- Apenas tente pra ver se não vai acabar com meu tridente atravessado no seu pescoço. -- Apesar da ameaça e voz um pouco grave, o semblante se manteve o mesmo.
Os próximos a falarem foram Zeus e Hera, que fez com que o pai do cosmos se desculpasse e depois disso foram embora, Hades sorriu mais do que satisfeito por ver a todos bem, como se o Deus não conseguisse esconder sua felicidade, aos poucos desviei meu olhar para Adamas acompanhado de Camilla que me olhava calmamente e foi inevitável, me aproximei dela e a abracei, depois de tudo simplesmente senti que havia matado a seria e saber que ela está viva e bem, me enche de uma leveza inimaginável, afinal eu nunca tirei a vida de alguém e só de pensar que poderia ter matado uma pessoa que se tornou importante para mim me remete ao quanto esse poder que carrego poder ser maldito.
-- Que bom que está bem Camilla. -- Ela retribuiu o abraço.
-- E tudo graças a você Imperatriz. -- Senti meu rosto aquecer, pois, eu ve3jo de uma forma diferente.
-- Ficamos feliz que esteja bem Sn, agora meu irmão vai ficar menos azedo. -- Adamas implicou
-- Tá-tá chega dessa confraternização, não tem mais nada para fazer ou outro lugar para irem? -- Poseidon estava a ponto de quebrar algo quando suspirei.
-- Poseidon! Aceitam passar a tarde conosco? -- Virei para meus cunhados e depois olhei para o meu marido que havia simplesmente passado a destra no rosto enquanto respirava fundo e isso fez com que Hades gargalhasse.
-- Infelizmente não poderemos e nem mesmo você Sn. -- Encarei o mais velho dentre os quatro irmãos que sorria calmamente.
-- Poseidon deve ter esquecido já que estava focado em ti, mas temos assuntos a resolver na grande reunião dos deuses. -- Notei que Poseidon revirou os olhos e automaticamente o encarei.
-- Não é nada demais Sn, tão insignificante que não vejo relevância em explicar.
-- É ai que se engana querido irmão, como deus a Sn deve estar presente e votar também. -- Hades afirmou se aproximando de Perséfone e segurando em sua destra e beijando o dorso. -- Vamos? Não é adequado os pilares se atrasar.
O imperador do mar revirou os olhos antes de respirar fundo e se aproximar de mim.
-- Tem hora que eu odeio essa porra de função. -- Segredou e pude notar um leve risinho de Hades que está a nossa frente sorrindo, assim como Adamas meio corado que encara o semblante de Camilla.
...
Zeus bateu o martelo mais uma vez atraindo atenção enquanto eu entrava naquele grande salão repleto do que provavelmente deve ser todos os deuses de todas as mitologias que jamais conhecerei, fui guiada até a ala mais alta onde as deusas estavam e me sentei ao lado de Perséfone, ficando a seguinte ordem da esquerda para a direita apenas na fileira ao qual estou sentada: Hera, Perséfone, Eu, Grisha, Aphrodite e Camilla e pelo olhar da sereia extremamente envergonhado sei que a deusa do a amor provavelmente está falando de Adamas.
Nossa presença chamou atenção, já que é a primeira vez que todos os pilares possuem cônjuges que votarão, pelo menos foi isso que Perséfone me explicou, isso quando não falta ou vem ela, ou vem Hades e assim por diante e que como não gosta dessa trivialidade prefere deixar a cargo do Imperador.
-- Continuando... Como sabem a reunião se trata do cancelamento do ragnarok uma vez que os humanos ainda estão reconstruindo suas casas fora que com os terremotos e todas as penalidades sofridas não dará espaço para uma punição divinamente adequada. -- O rei do Olimpo parecia entediado em suas palavras e só consegui encarar Perséfone que estava ao meu lado tão séria quanto eu. Creio que ela esteja desse jeito por que eu não concordo com nada.
-- Perséfone... -- sussurrei -- Por que queriam punir a humanidade?
Minha cunhada levantou a placa a frente dos lábios e sorriu:
-- Por toda degradação com a natureza e a terra. Creio que a salvação deles foram os incontáveis tsunamis, dilúvios e chuvas que Poseidon enviou sem perceber quando você estava inerte. Ele meio que se descontrolou e nunca o vimos tão abalado, fora a luta contra Adeiázo que também avariou bastante o reino humano.
Senti meu corpo todo ressoar por dentro, como ousam tentar decidir por nós? Cada ser humano é uma vida importante para simplesmente ser destruída, somos passíveis de escolha e nos privar é um erro inestimável e sem volta. Gostaria de saber como esses deuses reagiriam se fosse ao contrário. Vivem se banhando em arrogância e tomando nossas vidas como um nada, um v...
-- Sn? -- A voz de Perséfone me tirou dos meus pensamentos enquanto ela me encarava um pouco confusa.
-- O que foi? Eu falei algo? -- Fiquei confusa, visto que meus pensamentos estão envoltos do que poderia ocorrer conosco.
-- Não, mas sua aura está tenebrosa e seus cabelos se movendo como se a deusa do vazio fosse assumir seu corpo novamente. -- Olhei para baixo e vi quando todos estavam me encarando. Céus que vergonha! Desviei meu olhar antes de respirar fundo e voltar a minha postura, sorri levemente para Perséfone que assentiu.
-- Está tudo bem, apesar de ter esse poder eu não sou como eles, jamais os privaria do direito de escolha, mesmo que alguns mereçam! -- Direcionei meu olhar para Zeus que sorriu.
-- ESTÃO TODOS DE ACORDO COM O FIM DA IDEIA DE EXTINGUIR A RAÇA HUMANA PELOS PRÓXIMOS MIL ANOS? -- As plaquinhas foram levantadas aos poucos, notei que haviam dois símbolos um em vermelho e outro em verde e a maioria sinalizou no tom verde, muitos olhavam para mim no processo e fiquei um pouco confusa.
-- EXCELENTE. PRÓXIMO TÓPICO: A RECONSTRUÇÃO DOS SALÕES DOS DEUSES NO PLANO SUPREMO.
-- Temos que ficar até o fim? -- Perguntei e ela assentiu me explicando que todos os deuses devem votar e enquanto escutávamos a falácia de Zeus senti um pairar de um corvo alto, olhei para os lados e parecia que ninguém tinha visto ou sentindo isso, no entanto, a ave estava no ombro de Hera que sorriu delicadamente, parece que Zeus provará do seu próprio veneno.
...
Meus pés estão cansados de tanto se arrastar pelos corredores do castelo. Céus como estou exausta! Aquela reunião não parecia ter fim e para completar Poseidon teve de ir para o Olimpo em uma reunião fechada, alisei minha barriga que por sinal está bem pesada e aos poucos baixando o que indica que em breve conhecerei a face da minha filha, dei alguns passos em direção a cozinha e notei que Camilla também estava ali, no entanto, ao desviar meu olhar vi Grisha mexendo na panela.
-- Atrapalho?
-- Claro que não senhora. -- Camilla me respondeu um pouco envergonhada.
-- O que estão preparando? -- Perguntei me apoiando na bancada.
-- Uma torta de corais, na verdade a senhorita Grisha é a única que sabe fazer então está me ensinando. -- Camilla sorriu e não pude deixar de recordar todas as vezes em que estive com Grisha, a forma como ela me tratou e o fato de que no começou pensei que agisse daquela forma por amor a Poseidon, o que para mim tornou-se absurdo, mas depois que foi punida e das poucas vezes em que falei com ela, compreendi que essa deusa não ama ninguém, ela apenas venera e serve a um deus.
-- Gostaria de provar Imperatriz? -- Ela perguntou e recusei.
-- Sem querer ofender, mas dá última vez que comi/bebi algo ofertado por você acabei praticamente morta.
Ela sorriu ameno demonstrando que estava sem graça.
-- Não se preocupe, a senhora é a Imperatriz do mar e não há nada mais respeitável do que isso. Entenda que tudo o que eu fiz, foi por achar que o Imperador cometeria outro desvio de conduta e não me arrependo por isso, uma vez que quando Anfitrite se foi as coisas saíram completamente da linha por aqui e o mar depende de um Deus, não qualquer deus e sim o Zeus dos mares, no fim não se remetia a você e somente do deus dos mares.
Revirei meus olhos, eu estou certa a respeito dela e sinceramente esse tipo de pensamento é muito confuso e quebrado.
-- Não guardo raiva de você Grisha, mas saiba que se tentar algo, não vai sobrar vida em seu corpo. -- Céus, nunca ameacei ninguém que coisa terrível de se fazer.
-- Eu jamais tentaria algo contra aquela que vai liderar o mar ao lado do Imperador, pelo contrário, estou a seu dispor sempre que precisar. Agora devo ir, com sua licença, e Camilla, deixe cozinhar por mais dois minutos e depois leve ao forno por dezessete e pronto. -- Se curvou moderadamente antes de sumir e a seria assumir o posto da cozinha.
Aproveitei para me aproximar.
-- E então Camilla o que esta achando de tudo isso?
-- A que se refere Imperatriz? -- Ela mexeu a penal sem me olhar, o rosto completamente envergonhado, que gracinha.
-- Se não quiser conversar tudo bem. Mas Adamas parece estar a ponto de pedir sua mão.
-- Ele te disse algo? Quer dizer, talvez seja um engano.
-- Camilla não precisa esconder, eu sei que estão apaixonados e fico muito feliz de que em breve fará parte da família. -- Sorri para ela que provou a torta e sorriu por conta do sabor.
-- Só não quero deixar o palácio, eu gosto do mar e não sei se me sentiria bem em outro lugar. -- Por um minuto me ocorreu uma ideia excelente e me aproximei pegando um dos talheres que estão na bancada e provando a torta, realmente está uma delícia.
-- Quanto a isso não se preocupe, eu tenho uma ideia que vai beneficiar a todos nós. -- A abracei e me despedir, estou tão cansada e ainda preciso dar uma palavrinha com Adamas, já que agora estou certa do que todos querem em relação a esse castelo.
...
Poseidon estava estressado, aparentemente haverá outra festa no castelo ao qual ele não foi avisado com muita antecedência e foi exatamente assim que acordei, ouvindo berros por parte do meu marido, me vesti adequadamente após minha higiene e segui para a sala de jantar.
-- Zeus, eu quero que você vá para o caralho! Não tem casa não desgraça? -- Poseidon estava prestes a quebrar algo.
-- Ah Pose não seja tão malvado, sim? -- Meu cunhado flutuou próximo ao meu marido.
-- Irmão você havia concordado com essa festa há tempos atrás, não posso fazer nada a respeito. -- Hades se sentou e degustou o que parecia ser vinho e eu passei direto pela porta ignorando tudo eles que se resolvam, fui direto para a cozinha e degustei um pedaço da torta de ontem fora um copo de suco de limão. Tudo tão gostoso que nem me dei conta de que acabei comendo a torta toda.
-- Céus eu vou ficar enorme! -- Coloquei a louça na pia e comecei a lavar.
-- Não ficará enorme, apenas está cuidando da minha sobrinha. -- A voz de adamas ecoou me dando um pequeno susto.
-- Não devia estar naquela reunião?
Ele riu.
-- Está brincando né Sn? Eles que não são verdes que se entendam. -- O mesmo pegou um copo de suco e bebeu.
-- Nesse caso o que acha de dar uma volta comigo? Eu não aguento mais ficar nesse palácio, quero passear por Atlântida.
-- Será um prazer, só deixe essas coisas ai, uma sereia já está a caminho. -- O ignorei e terminei de lavar.
-- Deixe-me só falar com seu irmão e já vamos. -- Ele assentiu e segui até a sala de jantar só pra ver uma cadeira voando na parede. -- Mais o que está acontecendo aqui? -- Questionei observando a bagunça.
-- Nada cunhadinha, Pose apenas resolveu redecorar o ambiente. -- Zeus parou ao meu lado, respirei fundo, olha... Sinceramente que temperamento difícil!
-- Poseidon querido, passarei um momento fora do castelo e quando voltar espero que essa bagunça esteja resolvida. -- Não deixei que respondesse apenas saí da sala ouvindo Zeus gargalhar e caçoar do loiro que o xingava de diversas formas.
-- Adamas me diga que tem uma forma de viajar mais rápido.
Meu cunhado sorriu e se aproximou, me oferecendo o braço ao qual aceitei e assim sumimos dali.
A cidade estava bela como sempre, os moradores de Atlântida vez ou outra nos olhavam enquanto procurei não demonstrar muita vergonha, visto que todos já estão a par do meu título, quando chegamos próximo a praça central, onde há uma estátua enorme de Poseidon fora toda a bela decoração ornadas com flores do mar, eu me sentei em um dos banquinho para descansar e Adamas fez o mesmo, notei que olhava para os lado com a face um pouco fechada.
-- Algum problema?
-- Sinceramente não gosto da forma como olham para mim. -- Cruzou os braços e balancei minha cabeça negativamente.
-- Talvez se guardar essa lança ajude, que tal? -- Ele emitiu um som de desgosto além de resmungar feito uma criança e depois fez o que pedi.
-- Bem melhor. Agora quero conversar com você -- ele me encarou arqueando uma de suas sobrancelhas. -- Adamas eu quero que você cuido do bebê caso aconteça alguma coisa comigo ou com Poseidon.
Ele ficou de pé e fiz o mesmo.
-- E então? -- O deus me olhou incrédulo antes de parar no meio do caminho.
-- O que foi, você está bem? -- As bochechas dele estavam vermelhas e a respiração desregulada.
-- Você está me pedindo para ser o padrinho dessa criança? -- Pisque diversas vezes:
-- O que é um padrinho?
Ele sorriu antes de bagunçar meus fios.
-- Alguém que fará o papel de pai caso o mesmo não possa estar presente e na qualidade de padrinho deve amar e cuidar da criança como se ela fosse seu próprio filho ou filha.
Sorri para ele.
-- Então é isso mesmo que eu quero de você.
Adamas sorriu de maneira genuína, nunca o vi tão tranquilo.
-- Você me escolheu Sn, e ninguém nunca fez isso. -- Segurei em seu braço cavalheiro e olhei em seus olhos.
-- Está enganado Adamas. Camilla veio bem antes de mim. -- O notei desviar o olhar e passar a mão na nuca.
-- Eu... Não sei o que fazer. Tudo isso ainda parece uma mentira/sonho entende?
-- Não, continue. -- Menti.
-- Sn eu não sou bonito, só faço parte dos pilares gregos, sou verde e para completar tenho um humor terrível.
-- Adamas quanta depreciação. -- Alisei minha barriga e trouxe a mão dele a apoiando em cima o que o fez piscar diversas vezes já que minha filha não para de chutar.
-- Ela está mexendo Sn! -- Ele sorriu se ajoelhando e colando o ouvido na minha barriga o que me fez cantar a canção de Poseidon e tocar nos cabelos dele que me olhou intensamente e pude ver seus olhos brilhantes.
-- Imagino que você será um tio e tanto Adamas, nós não ligamos para a sua aparência e Camilla simplesmente te ama e por falar nela, vamos vê-la que tal?
-- Claro. -- Ele se levantou e me ofereceu o braço mais uma vez. Óbvio que aceitei. -- Vamos passar para comprar flores?
-- Sim, sabe qual ela gosta?
-- Margaridas e narcisos.
-- Excelente aproveitamos e passamos em algum lugar para comprar comida. Eu preciso de doces.
-- Ah, então quer dizer que minha adorável Moana quer açúcar.
-- Açúcar não. Eu quero uma torta de amora com muitos morangos por cima e sobre os morangos um pouco de castanha, chego a revirar os olhos de tanta vontade e que história é essa de Moana? -- Indaguei enquanto ele gargalhou de leve me levando a um local e afirmando ser uma confeitaria e tanto.
-- Sn você já escolheu o nome?
-- Não. Seu irmão cabeça dura insiste em achar que teremos um menino, começou a cair por terra agora que eu afirmei que será uma linda menina.
Adamas riu.
-- Ele vai é perder muito ouro não é pequena Maris? -- Afagou meu ventre. -- Como você ainda não escolheu estou te dando nomes diferentes e só consigo pensar no mar quando imagino essa criança.
-- Ela será sim uma filha do mar e também da terra.
-- Não-não cunhada. Ela será a herdeira da porra toda. Filha da mulher que colocou uma coleira em Poseidon e botou Zeus e os outros pra mamar! Eu tenho um quadro na minha mente desse lindo momento, então Sn, muito obrigado por ter entrado a vida do meu irmão, acho que sem você ele nunca me veria assim. Quer dizer, eu realmente posso afirmar que tenho uma família agora.
-- Adamas, eles sempre estiveram por você. Mesmo sendo uns azedos de vez enquanto, que tal comprarmos flores? -- Chamei a moça responsável pelas tortas.
-- Mande para a cozinha do palácio: uma torta com nozes e limão, ah, faça outra com fios de pêssego e castanha. Uma com uvas e cristais de açúcar.
-- Sn pare.
-- O quê? -- Perguntei ao ver meu cunhado esfregando as têmporas.
-- Você já pediu seis tortas contando com as de amora e não faça esse beicinho de quem está descontente, Pacífica vai ficar cada vez mais agitada. -- Eu estou adorando isso, não nego, é muito divertido passear com Adamas. -- Sn você não me disse quem vai ser a madrinha.
-- Ah isso. -- Bati com a ponta dos dedos no meu queixo. -- Perséfone e Hermes estarão com você. Serão um conjunto maravilhoso!
-- Puta que pariu, essa criança vai ser mimada para um caralho. -- Ele gargalhou. -- Perséfone vai comprar de tudo, Hermes vai praticamente ensiná-la a tocar todos os instrumentos e eu -- socou uma das mãos -- Vou ensina-la a tocar o terror!
-- Céus! Já estou me arrependo. -- Alisei minhas têmporas.
-- Ah qual é, eu sou o seu cunhado mais divertido. Minha sobrinha não vai ficar entediada, vou até mandar fabricar um cetro pra ela, um mini trono. Já sei! Uma empaladora de deuses! -- Adamas chegava a estar exaltado estufando o peito conforme fala e eu só consigo segurar o meu riso é tão bom ver e sentir essa paz em Atlântida.
-- Vamos com calma deus da conquista. Por que não compramos as flores?
-- Isso! Vou comprar a floricultura toda! Devo mandar para a casa dela ou para o palácio? Se bem que não sei onde ela mora... -- Pontuou.
-- Que tal uma surpresa? -- Sorri para ele com malícia e o mesmo recuou. -- Como você mesmo diria: Ah qual é Adamas eu sou a sua cunhada mais divertida!
Sei que estou longe desse título, mas aos poucos estou aprendendo a ser, nem sempre preciso contar apenas comigo e com minhas escolhas para seguir em frente e sinto que posso levar a vida com um pouco de tranquilidade.
Por Poseidon,
-- Te ver sorrindo desse jeito é tão bom irmão -- Hades me desconcentrou, eu escutei toda a conversa de Sn desde que ela saiu do palácio com Adamas, afinal aquela aliança possui muitas utilidades. -- E onde está a Imperatriz?
-- Com Adamas, na verdade estão a caminho. -- Massageei as têmporas enquanto ele riu.
-- Já percebeu o quanto Sn gosta dele?
-- Hades se vai abrir a boca para me pedir que dê a Adamas outra chance, lembre que antes de tudo eu ainda sou um deus e que deuses não comerem erros. -- Meu irmão apenas se levantou.
-- Não lhe darei conselhos esse é o hobby de Perséfone, mas tome cuidado para não irritar a minha cunhada. Ela não parece disposta a aceitar um não como resposta. -- Riu de leve antes de sumir, mas que porra está acontecendo aqui?!
Ah gente pqp, eu não estou me aguentando de rir com o "boxe do deus" no mangá, achei tão broxante a escolha de palavras, apesar da arma divina de Apollo ser excelente, vou esperar para ver a tradução oficial.
E ai queridos, finalmente saiu o Imagine do favorito e mais pedido por vocês, ou seja, BUDA.
A fanfic do Qin já consta com cinco capítulos publicados.
Já liberei a fic da Hera e do Odin também, vai ser curtinha e feita com muito carinho.
Enfim, eis o climinha gostoso de final de fanfic, até breve <3
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