64.A imperatriz suprema dos oceanos
Pré-revisado, temos mais de um personagem narrando as situações a seguir.
Boa leitura
A imperatriz suprema dos oceanos
Por Grisha,
Tudo aconteceu muito rápido, num instante estávamos no que parecia ser dentro do corpo da deusa e no outro caímos sem rumo ou destino, os deuses estavam lá embaixo e foi deus Seth a nos segurar evitando que nossos corpo fosse partidos ao meio, entretanto ele foi obrigado a soltar antes de chegarmos ao chão e se não fosse pelo deus do trovão e deus Hermes que a segurou, tanto eu quanto a deusa Perséfone teríamos nos ferido gravemente.
-- Obrigada.
-- Fique atenta, pelo visto você ainda será útil. -- Thor voltou para perto dos demais enquanto Perséfone ergueu a lança.
-- Vamos logo antes que ela perca o controle. Vou te enviar para o mar e você retirará todas as pedras da prisão e fará o mesmo no inferno.
Assenti.
-- Ah uma prisão no Olimpo também deusa. Vosso pai me informou quando me deu poder.
Ela parecia estar com mais raiva ainda e assim Respirou fundo.
-- Vá para o Mar e depois para o Olimpo deixa que dá minha casa cuido eu.
E assim sumimos em razão dessa missão. Se a Imperatriz do Submundo tem a certeza de que será o suficiente para acabar com isso e cumprir com os desejos da Imperatriz do mar não serei eu a ir contra.
No entanto, algo veio a minha mente, eu vi Camilla naquele lugar e talvez Hermes possa me ajudar.
Por Sn,
Poseidon estava no chão minha respiração pesada e uma dor forte vinha do meu ventre.
Céus! Que os poderes da deusa me ajudem pois se não eu vou perder o meu bebê, a dor me faz querer ajoelhar mas não posso ceder, o tridente de Poseidon está em minhas mãos e a lança de Adeiázo também. Segui até o meu marido que agora estava de pé enquanto Hades também se aproximava os punhos sujos de sangue e olhar mortal assim como a aura pesada e claro que ele apoiou o corpo de Poseidon, mesmo que o loiro não houvesse pedido ajuda, com dificuldade apoiei a lança no chão tentando não expressar a minha dor. Tudo ao meu redor está calmo e dessa vez sei o que fazer, Poseidon estava a minha frente e seus olhos pareciam queimar minha pele pelo olhar analítico de desespero.
Eu desviei o meu apenas para ver Zeus sendo cuidado por sua esposa enquanto ela pagava-lhe um sermão, depois notei o corvo de Odin sobrevoar a deusa da fertilidade lhe entregando algo ao qual ela usou para terminar o curativo do pai do cosmos.
-- Sn você precisa descansar. -- O toque do deus do mar em meu corpo me fez vibrar enquanto o sentia me puxar para si.
-- Você precisa cuidar dos seus ferimentos ainda tenho muito a fazer.
-- Eu não me importo com isso mulher, você é muito teimosa! -- E assim sentir minha barriga aquecida pela palma de sua mão assim como água ao redor do meu corpo, sei que são da mesma fonte ao qual ele me levou quando praticamente me destruiu na nossa primeira vez e pode até estar reparando por fora, mas por dentro continua doendo tanto e meu corpo parece implorar por um descanso ao qual sei que só terei quando tudo isso acabar.
Me aproximei de seus lábios e toquei sua boca em um selar ao qual ele segurou minha nuca e invadiu minha boca com gosto, nesse beijo pude sentir que Poseidon tentava transmitir bem mais do que saudade ou alívio pelo fato de estarmos vivas. Quando o ar nos faltou olhei em seus olhos pouco nublado que praticamente gritavam em uma ordem que eu deveria descansar.
-- Ainda tenho algo a fazer. -- Alisei sua face e aos poucos me afastei sentindo seu toque deslizar por meu braço até parar em minha destra.
-- Quando tudo isso acabar você não vai trabalhar e não aceitarei reclamações a respeito do seu descanso nem que seja forçado!
-- Tudo bem meu Imperador, mas agora, vou cumprir com o meu dever. -- Tais palavras foram ditas conforme me afastei, recolhendo o cetro de Hades e indo até Zeus que jazia sentado sozinho no buraco enquanto Hera junto aqueles que estavam de pé dão assistência aos mais feridos, mesmo que não seja necessário.
Uma vez que deuses são orgulhosos demais para pedir ajuda. Pisquei algumas vezes afastando esse pensamento e mantive minha concentração no deus a minha frente:
-- Vamos acabar logo com isso Zeus. -- O pai do cosmos estava com o corpo enfaixado e braços cruzados me olhando como uma criança birrenta.
-- Cadê a sua arma? -- Questionei.
-- Se refere a minha arma divina?
-- ZEUS! -- A voz de Hades saiu severa.
-- Tudo bem papai. -- Desdenhou enrijecendo os braços e batendo as mãos e aos desfazer um raio enorme apareceu entre elas. Ad faíscas saiam com vontade e eu não o toquei, o sorriso de Zeus se alargou antes de controlar cada linha daquele poder e me entregar sua arma. Eu passei a me mover simplesmente pelas vontades de Adeiázo.
"Não se preocupe criança seus aliados estão limpando a área apenas certifique-se de que encontrará um local adequado para expandir o meu portal."
-- E quanto a Camilla? -- Perguntei sabendo que os outros ao meu redor não entenderiam.
"Desde que seja o que você quer ela ficará bem, agora está chegando a hora. Se prepare menina."
Olhei para ambos os lados até notar uma parte do salão inteira, eu não fazia a menor ideia de que estávamos em um para falar a verdade.
Finquei a lança de Adeiázo no chão com força e senti meus braços tremerem. Até que para uma humana eu não estou indo tão mal, no entanto, enquanto tentava unir as armas em uma só fui repelida com força e só não bati na parede por que Odin me segurou nos braços, agradeci e retornei para o centro.
Céus esse impacto fez com que meu corpo todo doesse e uma cólica forte em meu baixo ventre despertou minha determinação alisei minha barriga volumosa e senti algo quente escorrer por minhas pernas era o meu sangue.
"Adeiázo se eu perder meu bebê, você não terá seus filhos!" -- Pensei enquanto me ajoelhava tendo Poseidon ao meu lado me segurando nos braços.
-- Você precisa descansar.
"O seu bebê está em sofrimento, mas posso fazê-lo dormir e o manter seguro enquanto entrega os meus filhos"
Despertei sentindo Poseidon caminhar.
-- Céus Poseidon! Me solte! -- Ele me encarou antes de recusar.
-- Já chega dessa gracinha Sn vocês não vai continuar com isso! -- Respirei pesado puxando sua orelha esquerda.
-- Me coloca no chão agora! Eu já disse que sei o que estou fazendo e preciso que confie em mim. Se quer me ajudar, tente manter a nossa filha segura. -- Ele não queria me ouvir e meus corpo já está dando sinal de que isso não será nada agradável.
-- Ouça sua mulher irmão, não é sensato irritar uma grávida. -- A voz de Hades ecoou.
-- E deixá-la se matar é?
-- Querido eu não vou morrer, só se continuar me afastando do cetro dela, no momento é o poder dessa deusa que mantem esse corpo intacto. -- Ao me ouvir Poseidon travou desacreditado. -- Por favor me leve de volta.
Como se fosse uma ordem os pés dele se moveram até o local e ele me colocou de frente ao cetro, suas águas envolveram meu corpo e ele se afastou minimamente.
-- Sei que consegue fazer melhor do que isso, fique longe marido. -- Ele se afastou resmungando.
"Faça com que ele transfira energia para o seu corpo garota. Todos eles."
--E isso é possível? -- Perguntei.
"Sim, você está muito fraca se tentar abrir um portal nesse estado, morre."
-- O que essa coisa está falando Sn? -- Poseidon questionou.
-- Ela me disse que preciso da energia de todos vocês para abrir esse portal. -- Afirmei olhando para Poseidon que não hesitou, aos poucos senti meu corpo revigorado e fui olhando para cada um vendo que faziam o mesmo, talvez por estarem tão desesperados para acabar com isso quanto eu, ou simplesmente por temerem pela voltada deusa ao qual não conseguem conter.
Novamente toquei no cetro de Adeiázo e senti uma corrente forte passar pelo meu corpo o que me fez emitir um gemi alto de dor e me ajoelhar diante o poder, ele não está apenas me rejeitando e sim subjugando todo o meu ser. Respirei calmamente me erguendo notando que apesar da dor não sinto nada em meu ventre e assim continuei, não importa como eu vou terminar com isso e não permitirei que minha filha herde esse destino.
-- SN PARE! -- A voz de Poseidon ecoou e respirei fundo.
-- Não eu consigo! Vocês devem isso a ela. -- Abri meus braços sentindo o poder fluindo por mim unificando as armas em uma só para depois se unir a lança de Adeiázo, como se minha convicção decretasse o ponto final para tal ato e por um segundo pude ver todos os meus momentos aqui: quando o barco começou a cair no redemoinho e o capitão abandonou o navio, a primeira vez que vi Poseidon, a primeira vez que ele olhou em meus olhos, todas as nossas brigas e momentos juntos, meu apego a Hermes, minha amizade com Perséfone e Camilla. Tudo está tão cálido em minha mente que não sei o que está acontecendo, minhas mãos fizeram um movimento parecido com o de Zeus enquanto dissipei as armas e um rangido agudo ecoou, o que sobrou foi a lança da deusa do Vazio em minhas mãos enquanto o portal é aberto.
Almas e mais almas vinham de todos os lados céu, terra, mar e inferno eram tantas que eu não sei o quanto mais posso aguentar.
-- SN! -- Poseidon fez menção de vim até mim.
-- Não! Poseidon se acalme se a interromper não sabemos o que vai acontecer. Quer manter a Sn bem? Fique onde está! -- A voz veio de Hades e continuei focando na minha missão. Adeiázo teria seus filhos de volta, pois nenhuma mãe merece ver seus descendentes morrer e isso incluí o meu próprio bebê.
Por Poseidon,
Eu não aguento mais ver isso, eu quero matar todo mundo e simplesmente tirar Sn dali, minha mulher parece que está em transe. Seus cabelos estão flutuando e acesos assim como seus olhos e cada vez que uma alma passar por aquele portal é visível que ela enfraquece. Porra e ainda tem o meu filho! Senti algo quente em meu rosto e não dei importância alguma até que a mão de Perséfone o tocou.
-- Nunca pensei que viveria para ver isso. -- Ela me mostrou do que se tratava, aparentemente uma única lágrima que desceu de maneira involuntária quando na verdade nem notei que estava ao meu lado.
-- Felizmente chamei ajuda. A culpa dessa merda toda não é só de meu pai não é mesmo Odin? -- Ela comentou e o deus Nórdico apenas balbuciou algo que para mim não faz diferença, ele começou a se aproximar de Sn e tirou a Gungnir e eu fiz menção de ir até lá. -- Relaxa Pose, eu jamais colocaria minha cunhada em perigo. -- A face de Persefone estava tranquila.
-- Ela vai precisar de todos aqueles que descendem, tiveram contato direto com Adeiázo ou os primordiais. -- Odin falou.
-- Ai-ai velhote, vocês fizeram uma bagunça e tanto, mas a garota não merece pagar. Oh lindinha apenas devolva meu cajado inteiro. -- Buda parou ao lado dela e tanto a arma de Odin quanto a dele se uniram a dela e dessa vez não foram disparados o que me deixou confuso.
-- O cetro de Hades, o Tridente de Poseidon e a o raio de Zeus representam as chaves e para a Terra a própria lança de Adeiázo serve de condutor é fascinante? Gungnir e o cajado de seis reinos se unem como amplificador simplesmente por que em ambas as mitologias eles não tocaram nos descendentes dela. -- Hermes explicou.
-- E por que todos os outros estão aqui? -- Hades me soltou.
-- Ora não é óbvio? Ela precisa de muita energia e todos que estão aqui participaram da vida de Sn e tem apego por ela ou a respeitam o suficiente para isso.
-- Ou seguem pelo medo. -- Afirmei notando que além de nós as sereias, Adamas, Thor, Aphrodite, Grisha entre outros á uma distância considerável e sem hesitação estão fornecendo tudo o que Sn precisa e ainda assim o alívio não me ocorreu.
Por Sn,
Eu estava quase, tenho certeza que com essas últimas peças eu posso finalmente mandar todos eles para casa.
"Criança você cumpriu com o que prometeu, não há necessidade de ter mais descendentes meus nesse mundo subalterno."
Adeiázo pairou ao meu redor encostando sua mão em meu ventre conforme eu continuo enviando as almas de seus filhos e sei que somente eu estou vendo a deusa do contrário os outros estariam aqui.
"A minha linhagem morrerá em você."
Foi sua última frase antes de eu sentir uma profunda dor e como se suas mãos subissem por dentro da minha pele, eu podia ver entre meus braços até os ossos e sentir tal efeito se alongando chegando por meus ombros descendo até meu coração e por minhas pernas, quando passou por meu ventre eu gritei.
"Aguente criança. Eu levarei comigo toda a sua mortalidade e você carregará a sentença de ser a deusa suprema para sempre. Não queria o meu poder? Agora você precisará dele."
E assim continuou a me consumir e tudo o que eu sentir foi dor e vontade de gritar até que o portal a minha frente se fechou e com isso eu me ajoelhei no chão cansada e extremamente frágil, quando olhei para baixo tudo o que eu vi foi meu próprio sangue.
Estamos a dois capítulos do final, três se contar com o epílogo. Até breve 😚
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