53.O casamento de um deus
Demorei mais cheguei!
Teremos mais de uma visão nesse capítulo, boa leitura. ♡
O Casamento de um Deus
Por Poseidon,
-- Olha se Poseidon errar com você de novo, eu me caso com você no lugar dele. -- Perséfone piscou e precisei respirar fundo, ela estava se divertindo com minha raiva, em pensar que tive que aguentá-la por uma semana inteira falando no meu ouvido que eu perderia Sn se não tomasse uma atitude digna, foi ela que me ajudou secretamente com cada detalhe ao qual panejei para ludibriar minha mulher sem que se desse conta do que eu faria e agora estou aqui observando ambas sorrirem de maneira cúmplice e de certa forma isso me deixa satisfeito pois, Sn não só é bem recebida por aqueles que prezo como sente-se bem entre eles. -- Bom vou deixá-los sozinhos e espero que dê a ela uma linda recepção há eu já mandei esvaziar o palácio então aproveitem amados. -- Minha cunhada arqueou a sobrancelha duas vezes enquanto notei o rosto da minha imperatriz se encher de vergonha.
-- Bom vou indo e mais uma vez finalmente bem vinda a família! -- Perséfone a abraçou e que merda, essa mulher tem que para de ser bocuda! E sei que está de graça por eu ter demorado demais a tomar Sn como minha. Continuamos percorrendo o salão lentamente já que não quero problemas com a gravidez e no momento é estupidamente desnecessário toda a atenção que os deuses querem nos fornecer quando eu só quero matar cada um que se aproxima sorrindo demais com conversas desnecessárias, afinal nunca precisei disso, no entanto o olhar de uma nereida ao qual não imaginava ver me chamou atenção e com isso travei os passos de Sn, minha Imperatriz olhou na mesma direção que eu e ao compreender do que se tratava ela sorriu genuinamente.
-- Espero que não se importe.-- Comentou de maneira despreocupada e encarei seus olhos cada vez mais oceânicos.
-- Se não estivesse grávida sentiria a minha fúria.
Sn simplesmente desconsiderou o meu aviso voltan a olhar para frente enquanto Anfitrite se aproximava.
Por Sn,
A mulher a minha frente possuía olhos azuis pele levemente dourada e cabelos escuros que mais pareciam o azul dos oceanos profundos em sua cabeça um singelo arco de conchas e seu vestido branco com fitas que enlaçavam seus braços, uma fenda generosa na perna direita e recortes pela barriga, o busto bem coberto portando um sorriso ameno em seus lábios meio rosados, Poseidon apertou o tridente com força conforme ela se aproximou.
-- Anfitrite. -- Ele desdenhou.
A mulher se curvou diante nós e me sorriu:
-- Muito obrigada por essa chance. -- Ela desviou o olhar dos meus para Poseidon que a encarava de cima sem olhar verdadeiramente em seus olhos. Ele simplesmente apertou mais o tridente e com isso Anfitrite pediu licença sendo amparada por seu pai que com um menear e um sorriso dado a mim seguiram para a festa.
-- Sn... Nunca mais descumpra com uma de minhas punições. -- E lá vamos nós de novo.
-- Olha esse não deveria ser o nosso casamento? Você vai ficar estressado justamente hoje, em um dia tão importante? -- Fui direta e senti sua mão apertar meu quadril me puxando em sua direção pouco importando se os outros estão olhando.
-- Já que a libertou, será punida por isso. -- Respirei tranquilamente lhe sorrindo de lado e passando a mão pelo seu peito coberto.
-- Não estamos sozinhos querido.
-- E essa é a sua sorte. -- Voltou a posição inicial e tive que sorrir, ele acha mesmo que consegue me deixar receosa por isso? Na verdade estou começando a ficar ansiosa.
-- Poseidon o que vai acontecer agora? -- Ele me encarou. -- Quer dizer você me pediu em casamento e me anunciou como sua imperatriz mas, e o resto?
-- Que resto mulher? A partir do momento que Adentramos esse salão e te proclamei como minha Imperatriz estamos casados se bem que pra mim, você é a minha mulher desde o dia em que te provei naquela mesa. -- Sussurrou em meu ouvido me deixando estupidamente envergonhada enquanto mantinha a pose de sempre ostentando esse orgulho impassível. Céus! Esse deus é um cretino! Se bem que agora ele é meu... Marido, ainda não me acostumei com essa ideia e é impossível bloquear algumas recordações invadindo minha memória depois de tudo o que vivemos, balancei minha cabeça o observando melhor:
-- Não teremos votos? -- Ele sorriu de leve.
-- Não. Mas terá isso. -- Poseidon puxou minha mão em sua direção e foi o suficiente para atrair o olhar dos outros deuses, o imperador dos mares retirou o anel de meu dedo e fechou em suas mãos o transformando mais uma vez depois pegou minha esquerda e encaixou em meu dedo anelar e por fim beijou minha mão o que foi o suficiente para alguns deuses aprovarem por meio de palmas leves e voltarem a seus respectivos afazeres na festa, ou seja, diversão. Eu parei para olhar a peça em meu dedo, como se o mar estivesse dentro de um pequena redoma de vidro, parecia vivo ofuscando por completo o ouro que circulava meu dedo e foi nesse momento que compreendi as funções de meu anel de casamento, Poseidon jamais de me daria uma jóia por sua beleza, na verdade, para ele tudo carrega o seu poder.
-- É lindo. -- Foi tudo o que consegui dizer.
-- Não ao ponto de ofuscar a mulher mais bela desse lugar. -- Deixou um beijo no topo dos meus cabelos antes de se afastar. -- Por hora irei conversar com meus irmãos e não demoro. -- Ele se afastou e estou me sentindo muito envergonhada, esse deus não sabe como me deixa, desviei meu olhar apenas apreciando o local até que vi Adamas se retirando e Anfitrite que parecia olhar para os lados antes de o seguir e nesse momento só consegui pensar que daria muita confusão. Fui até Camilla que havia sido deixada de lado por ele, minha dama de companhia trajava um belo vestido verde com detalhes em ouro bem singelo e sei que Poseidon ordenou que ela escolhesse a peça de seu agrado assim como eu.
-- Está muito bonita Camilla. -- Me aproximei sorrindo e ela se curvou. -- Já pedi para deixar isso de lado.
-- Desculpe Imperatriz e meus parabéns pelo casamento. -- Sorriu de leve e resolvi sondar as coisas.
-- Talvez você seja a próxima. -- Pisquei, notando como Camilla ficou desconcertada.
-- É-é, eu. -- Ela se calou.
-- Grave minhas palavras Camilla, sei que seu sentimento será correspondido. -- A jovem sereia parecia que teria um desmaio a qualquer momento e por isso mudamos de assunto falando sobre comida, olhei para os lados percebendo que tanto Adamas quanto Anfitrite não voltaram e logo pensei no pior e sei que Camilla também percebeu e assim lhe abracei.
-- Volto logo tudo bem? Tente não se preocupar atoa e não me siga isso é uma ordem. -- Pisquei, saindo do local e adentrando os mesmos corredores que o deus da conquista e a nereida e em nome de todos os deuses estou virando uma fofoqueira! A voz um pouco alto me fez prestar atenção na sala a minha frente e assim me esgueirei da melhor maneira possível para poder ouví-los:
-- Sua vagabunda você me enganou! -- Adamas praticamente gritou.
-- Deixe de ser um chorão, você também não foi dos melhores eu apenas me resguardei. -- Havia ironia em sua voz.
-- E o que me impede de te matar agora heim sua desgraçada? Não és mais a mulher do meu irmão!
-- Tem razão eu não sou, na verdade nunca imaginei que Poseidon pudesse seguir em frente e ao mesmo tempo que isso me conforta me deixa com raiva, acho que herdei esse pensamento da minha curta convivência com você. Como é mesmo nome? Ah sim inveja daquilo que não te pertence e que nunca poderá ter. -- Notei Adamas agarrar o pescoço dela com vontade.
-- Sua fama lhe precede, ainda bem que meu irmão não se casou com uma vigarista que nem você!
-- Assim como você permanece sozinho. -- Ela riu de leve.
-- Você me amaldiçoou.
-- Eu me defendi seu grande idiota e uma maldição do mar é praticamente inquebrável, você está condenado até o fim da sua triste vida a ser consumido por aquilo que tanto almeja e nunca terá, está fadado a perecer para o ódio que tanto abraçou pois, seres tristes e com uma aura tão ruim quanto a sua são incapazes de amar e serem amados! -- Eu havia escutado tudo desde o início e Adamas apenas respirava fundo como se tentasse manter de pé a sua promessa de não ser ele mesmo, está claro que o esverdeado quer mudar eu me escondi, Anfitrite saiu da sala e Adamas permaneceu, o copo que estava em suas mãos foi atirado longe se espatifando em vários pedaços e foi nessa hora que eu entrei.
-- Me desculpe não sabia que essa sala estava ocupada -- menti. -- Você está bem? -- ele me encarou como se sua percepção estivesse completamente afetada
-- Quer mesmo saber imperatriz dos mares ou isso é só a porra de uma média com meus irmãos? -- O ódio parecia transbordar de seu ser e eu me sentei em uma das poltronas antes de suspirar:
-- Se estou perguntando é óbvio que quero respostas e por favor não me poupe dos detalhes. -- O deus da conquista andou pela sala antes de se sentar ao meu lado e puxar uma garrafa com líquido alcoólico da mesa, ele folgou o traje e sentou.
-- Tudo começou antes de você sequer ser uma opção, tudo ocorreu na noite em que Anfitrite me amaldiçoou, quando eu descobri já era tarde demais e nem sequer sei se seria possível que eu, Deus Adamas pudesse romper com o que ela fez, mas, ninguém se lembra da minha aparência antes disso. Quer dizer, sei que sempre me assemelhei a esse monstro horrendo porém, nunca fui verde e toda vez que comento esse fato não me levam a sério. -- Suspirei.
-- Então a maldição dela foi mudar a sua cor? -- Arqueei a sobrancelha, eu sabia que não, mas não quero ser tão entrona em seus assuntos.
-- Ela me fez odiar o que sou, conviver com esse ser mesquinho e asqueroso que sempre anseia por poder e nunca está satisfeito. A maldição daquela nereida simplesmente me fez abraçar tudo que há de ruim em mim e jamais quebra deixando de lado quaisquer resquícios do que um dia eu já fui. -- Respirei fundo apoiando a mão em sua coxa.
-- Toda maldição tem um fim e se você souber como quebrar eu posso te ajudar. -- Lhe sorri de maneira verdadeira e Adamas desviou o olhar.
-- É impossível Sn, para que se quebre alguém deverá me amar e nem mesmo meus irmãos foram capazes de o fazer. -- Eu me levantei da poltrona o encarando.
-- Creio que o problema nesse quesito seja você ou esqueceu dos sentimentos de Camilla a seu respeito? E acho que deveria começar mudando a si mesmo afinal como espera quebrar essa maldição se não consegue se aceitar? Está sendo tolo o suficiente para os negar ou esse ódio do qual me falou realmente prevaleceu te cegando de um afeto que lhe é entregue de maneira tão pura? Pense sobre isso Adamas. -- Me aproximei da porta e ele me chamou.
-- Espere Sn, tem algo que devo lhe contar.
-- E o que seria? -- O olhei de maneira tranquila, mas ele parecia inquieto e de certa forma isso me gera um curta expectativa em saber do que se trata, mas ele desviou o olhar.
-- Nada demais, deixe para depois, agora vá curtir o seu casamento, do contrário meu irmão virá atrás de você como se fosse desencadear uma desgraça por todo o universo. -- Balancei minha cabeça de maneira negativa ao ouvi-lo, tudo bem que ele está com razão e assim saí da sala sendo acompanhada por meu cunhado que me ofereceu o braço de maneira gentil.
-- Quando o bebê nascer será que posso dar um belo vestido a ela ou quem sabe uma coroa de diamantes? -- Lhe sorri.
-- Você faz parte do time dos deuses que tem certeza de que é uma menina? -- Perguntei.
-- Sn, todos estão nessa, acho que só o próprio Poseidon e Shiva estão apostando que vai ser um garoto. -- Arqueei minha sobrancelha.
-- Apostando Adamas? Estão apostando sobre a criança? -- Fiquei incrédula e ele nervoso.
-- Ok, Sn se acalma. -- Ele segurou em meus cabelos e percebi que estavam acesos e praticamente flutuando. -- Finja que eu não disse isso, mas está valendo muito ouro, olha é tanto ouro que da pra encher o salão de Aphrodite até o topo, e não fique assim somos seres entediados e é uma aposta inocente. -- Ele sorriu pela primeira vez para mim enquanto íamos para o salão e suspirei.
-- Tudo bem, se é assim avise que estou dentro e vai ser uma menina, eu tenho certeza.
Adamas sorriu.
-- Com o aval da própria Imperatriz do nosso lado quem estará contra nós não é mesmo? -- Ele riu e meu estômago roncou de leve, céus que vergonha! -- Não precisa ficar assim Sn, que tal se eu levá-la até a mesa de doce? Garanto que deve haver muitas tortas de Amora por lá.
-- Então vamos? -- Desde que Anfitrite adentrou esse local sinto um par de olhos em nós mas estou os ignorando por completo, não preciso de problemas por agora.
Por Adamas,
Eu me sentia tão bem que chega a ser estranho, fui duplamente amaldiçoado, a primeira me tomou pelo ódio e a segunda simplesmente me fez sentir culpa dos meus erros, tanta culpa que não consigo me abster de tudo o que sou envolvido a respeito dela. Por esse sentimento fui motivado a lhe contar a verdade a respeito de Anfitrite e novamente estou a ponto de contar que se Aphrodite lhe deu uma torta embebida em porção e que provavelmente foi por isso que engravidou, não consigo deixar essa sensação de lado, por mais que entenda quê á partir do momento em que revelar tal feito estarei indo contra o orgulho de Poseidon e o ferindo de uma maneira tão profunda que é por esse motivo que me segurei, além de que Sn merece ser feliz, alguém nos observava e isso começou a me incomodar, respirei pesado olhando para ela que estava escolhendo o que comer.
-- Terei de me retirar, fique bem. -- Ela assentiu ainda olhando a comida. Essa deusa é muito engraçada, segui até onde éramos observado e dei de cara com Camilla encostada em uma parede e Zeus a importunando.
-- O que quer com ela Zeus? -- Interroguei meu irmão que se afastou.
-- Não é com ela que queria conversar e sim com você. -- Meu irmão me encarou e respirei pesado, puxei Camilla pela mão notando que seu coração estava batendo muito rápido qual é o problema dessa sereia?
-- Já volto para conversarmos irmão. -- Segui com ela até onde Sn estava, porém parei um pouco antes. -- O que meu irmão queria com você? -- A encarei
-- E-ele. -- Ela desviou o olhar. -- Ele estava dizendo como estou bonita e que eu deveria aceitar sua proposta. -- Ela estava com as bochechas vermelhas.
-- Que proposta Camilla?
-- Uma amante fixa. -- Aquele filho da puta arrombado! Respirei fundo.
-- Terei uma conversa com meus irmãos a respeito do comportamento do governante do Olimpo, até lá quero que fique com Sn e me perdoe por isso. -- Por que estou me desculpando nessa situação? -- A garota sorriu, merda que sorriso lindo, inferno!
-- Não precisa se desculpar foi um perfeito cavalheiro comigo. -- Senti algo diferente tomar conta de mim e não sei que sentimento é esse, porém não o detesto. Puxei a mão dela em direção a minha boca e beijei seu dorso antes de me afastar, estou confuso demais para dizer alguma coisa.
Por Zeus,
Eu estou deveras satisfeito com o rumo dessa situação toda, a garota finalmente casou e daqui a pouco, exatamente quando parir os poderes iram para cria tirando assim um peso das minhas costas em ter que me matá-la. Se bem que isso é metafórico, não me sinto mal por estar protegendo o que devo.
Sn estava conversando com aquela sereia apetitosa enquanto Adamas finalmente vinha até mim, seus olhos embebidos em fúria. Creio que tenha achado um de seus pontos fracos.
-- O que quer irmão maldito? -- A voz densa demonstrando que estava com raiva.
-- Pelo jeito você está se segurando hu hu hu. -- O provoquei.
-- Já pedimos para não importunar a sereia e você continua sendo um arrombado quanto a isso!
-- A então é esse o seu questionamento? Por mais que eu adoro um rabo de saia e devo dizer que aquela sereia tem um quadril tão farto quanto o de Sn, confesso que temos outros assuntos a tratar.
-- Então diga de uma vez, tenho mais o que fazer Zeus!
-- Não você não tem. E acho que tentar revelar algo que não interessa a Sn, não está nos meus planos! -- Minha presença acabou por murchar algumas flores deixando claro o quanto estou puto.
-- E o que sugere que eu faça? Que fique calado enquanto assisto a conclusão desse seu plano estúpido, sabe que Poseidon nunca o perdoará, nem mesmo eu serei capaz.
-- E no fim todos vão me agradecer. Ele queria a mulher e ele a tem, bom. -- Peguei uma taça de vinho para tomar. -- Nem mesmo o deus dos mares pode ter tudo e o avisarei apenas uma vez, não se meta nos meus assuntos ou matarei cada um que entrar no meu caminho. -- Sorri para ele que apenas abaixou a cabeça antes de sair, cada passo dado por Adamas será observado e sinto que posso até mesmo usar aquela linda sereia a meu favor já que é tão difícil meus irmãos compreenderem que tudo o que faço é por nós os verdadeiros e únicos Deuses.
Saiu capítulo novo na fic do Beelzebub ♡
Espero que não tenha restado dúvidas a respeito de como Sn amaldiçoou o Adamas, mas se ainda tiverem, ela, de maneira inconsciente o fez sentir culpa, uma culpa que corroí tanto quanto o ódio, por isso que ele não consegue mentir para a prota.
A Anfitrite não é uma fdp ela só odeia demais o Adamas.
Vestido que a Camilla escolheu bem princesa, achei esse modelo belíssimo.
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