41.A sentença de um deus

Teremos mais de uma visão no capítulo.


A sentença de um deus


Por Adamas,

Eu estou puto, como aquela vagabunda ousou me tocar? Eu vou destroçar todos os ossos do corpo daquela filha da puta, quem sabe assim Poseidon sinta alguma coisa, aquele desgraçado!
Meus murmúrios acabaram na hora em que a porta do meu castelo foi aberta.

-- Se continuar a invadir minha casa desse jeito vou te matar! -- Eu não estou conseguindo conter minha fúria.

-- Se me matar ficará sem aliados. -- Aphrodite se aproximou. -- Adamas querido planeje melhor, acho que ter ficado vivo foi a sua segunda chance, que tal, se ao invés de matar seu irmão tentar ajudá-lo com a deusinha?

A ideia ridícula dela me deu vontade de atravessar o tridente em seu peito, porém algo não saia da minha mente. Sn estourou o meu braço sem sequer se exaltar, seus olhos apenas aparentaram o horror e o caos que se pode criar ao destruir tudo e isso deixou a mim, Adamas aflito, pois, fui capaz de sentir todo aquele desespero na pele enquanto meu braço era esmagado e nenhuma gota de sangue derramou, pelo contrário, tudo que caiu em sua pele foi absorvido.

-- Me diga uma coisa Aphrodite, o quanto você sabe dessa mulher?

Ela riu, se aproximando e pegando o meu braço ferrado.

-- O suficiente para usar meu sangue e a união de meus filhos em uma porção que faria até mesmo Zeus se render de amores por qualquer um. -- Me surpreendi por suas palavras, pelo visto Poseidon não conseguiu dominar essa mulher.

-- Eu estou puto e você vem com piadas maldita? -- Reclamei e ela riu.

-- Bom parece que você gosta de ter o seu copo substituído, ser amaldiçoado uma vez não foi o suficiente? -- Respirei pesado ao ponto de minha aura fazer meu palácio tremer e ela se afastar, afinal não ficaria aqui caso algo desabasse. -- Adamas, use o cérebro, enquanto Poseidon está ocupado você pode ter o que tanto quer.

Ela respirou leve e olhei para ela incrédula essa maldita é uma gênia, porém, jamais lhe direi isso, ao invés, me recostei no trono e aguardei.

-- Vou te contar a minha ideia. -- Pelo visto vou ter uma noite atribulada, mas o cheiro forte de perfume e as flores invadiram meu castelo, mãos suaves seguraram em meus ombros e Aphrodite sorriu: -- Tratem bem, o deus Adamas está cansado.


Atlântida


Por Poseidon,

Sn havia se banhado na fonte e estava pensativa ao ponto de ignorar completamente minha presença.

-- Até quando pretende continuar nesse quarto? -- Comentei e ela se assustou.

-- Eu não te vi entrando e por que está só de toalha? -- O semblante desconcertado dessa humana me deixa muito satisfeito, deixei um sorriso de lado escapar conforme ela olhava para a toalha presa em meu quadril.

-- Vim tomar banho, seu quarto tem a fonte da tranquilidade. -- Fui sincero, apesar de que isso não faz diferença para mim, sou um deus.

-- Invente outra mentira Poseidon, você é um deus, não duvido que esteja tentando me seduzir. -- Sempre perspicaz.

-- Pense da forma que quiser, agora vou tomar o meu banho. -- Adentrei o banheiro e ela ficou indignada, quando acabei fui para o quarto notando que ela permanecia na cama encarando a varanda.

-- Sn...

-- Ah sim, eu ainda não decidi sobre o quarto. -- Respondeu vagamente.

-- Não é por isso que está olhando a paisagem, seja direta!

-- Eu não sei como, mas machuquei o seu irmão. -- Sussurrou sentindo-se culpada e me aproximei, essa humana... -- Ele me olhou assustado e no começo não fez sentindo algum, afinal ele é um deus! Mas...

Começou a andar em círculos.

-- Estou começando a achar que Hermes tem realmente razão e eu não gosto disso, eu não quero ser como vocês! 

Fiquei quieto escutando seu lamento, antes de me aproximar e segurar em sua cintura apertando-a contra o meu corpo e tranquilizando-a, sua respiração aos poucos estabilizou e virei-a de frente, ergui seu queixo olhando em seus olhos.

-- Você não é como nós. Mesmo que pertencesse a minha raça seria incapaz de se igualar.

Ela riu de lado.

-- Me igualar a que, ao mito da falsa perfeição? -- Até essa ironia me dá vontade de beijá-la.

-- Não é um mito humana... Mas a verdade e você não teria como igualar-se a isso, não quando já os ultrapassou.

Observei seus lindos olhos brilharem e sua boca se entreabrir lentamente antes de fechar e com um sorriso de canto me afastei, deixando-a sozinha.

Retornei para o meu quarto apenas para encontrar com Perséfone sentada em meu trono lendo.

-- Que demora!

-- O que faz aqui? -- Ela se levantou e sorrindo veio até mim deixando um livro sobre a cama.

-- Leia, você precisa entender melhor a sua futura mulher isso se conseguir compreende-la. -- Passou por mim e segurei em seu braço.

-- O que é isso?

-- Ah não pose, não vou estragar a sua curiosidade, só adianto que Sn não é uma simples humana... -- Sorrindo se afastou em direção a minha porta e suspirei. Desde o momento que Sn começou a ter mudanças corporais que passei a suspeitar, mas me recusei a crer que ela é mais do que uma Humana e antes de ler esse livro preciso lidar com Adamas, talvez eu deva ir até seu lar e lhe matar para mostrar como um deus impiedoso deve agir.


Por Sn,

Eu estou tão confusa, céus! Eu preciso sair daqui, tudo estava indo tão bem e agora essa sensação terrível domina meus pensamentos, eu me sinto mal pelo que fiz e sinto raiva, muita raiva por ter sido tratada daquela forma. Eu não gosto disso, sempre que esse sentimento me assolou ele me machucou, respirei fundo e sai do quarto caminhei pelos corredores sem rumo até entender que estava perdida. Esse palácio é enorme e eu ainda me perco nele com facilidade, passei por algumas deusas que fizeram uma curta reverência e por precaução preferir não pedir ajuda e simplesmente continuei a andar eu só preciso espairecer e entender o que realmente está acontecendo comigo, dentre uma das curvas acabei esbarrando em alguém, um deus com um doce estranho na boca.

-- Me desculpe, pela falta de atenção. -- Comentei e ele sorriu.

-- Não precisa, você parece nervosa.

-- Eu? -- Ele assentiu. -- Aprontou alguma coisa ou está fugindo de Poseidon? -- Cruzou os braços e seu semblante adquiriu um tom de seriedade.

-- Nenhum nem outro. -- Balancei minhas mãos na frente de meu corpo em negativa. -- Só preciso tomar um ar, pode não acreditar mas eu moro aqui. -- Ele sorriu.

-- Bom nesse caso me ajude a chegar no salão, esse palácio é muito confuso.

-- Pelo visto não sou eu a perdida aqui -- menti -- E a propósito, sou Sn.

Ele tirou o doce da boca e estalou os lábios.

-- Sn... Eu já ouvi seu nome antes, mas como não recordo, sou Buda. -- Deixei um sorriso escapar antes de olhar, me recordando de tê-lo conhecido em Asgard.

-- Então deus Buda, que tal se nos ajudássemos a sair desses corredores? -- Após concordar ele me seguiu, pelo visto não sou a única que acha a casa do deus dos mares um exagero.

Olimpo

Por Adamas,

-- As ninfas de Aprhodite haviam se retirado, eu estava exausto e com aquela mesma sensação ruim no corpo de  quando a serva de Poseidon me tocou, respirei fundo apertando meu pulso enfaixado, essa mulher começou a me parecer interessante e por algum motivo suas palavras vieram em minha mente, assim como minha conversa com os outros deuses:


Lembrança da reunião anterior:

Eu saí da sala de Odin puto, seu filho mais velho não concordou com meus ideais e sinceramente foda-se. Ele é irrelevante nesse quesito quando já tenho mais da metade dos deuses gregos ao meu lado, fora as outras mitologias que concordaram que abre aspas 'O pai do cosmos' está caducando! Eu não sei quando minha raiva começou a fluir desse jeito e sinto que talvez faça parte do meu eu afinal sou o deus da conquista se por um lado me sinto impotente a respeito dessa sensação, por outro me serve de fonte para cada ação que cometo.

Já em meu palácio acabei por matar um dos meus súditos por ter deixado o jarro de ópio cair no chão.
Mas que merda! Maldita vida estúpida, ao qual os privilegiados do caralho tem tudo! Peguei meu cetro e decidi que acabaria com isso de uma vez ou Poseidon se alia a mim ou morre, pois, não aceitarei uma negação por parte daquele mimado de merda.

Off


Nem mesmo em seu discurso aquele desgraçado fez questão de me olhar e ainda ousou chamar aquela deusinha de mulher. Se isso for verdade eu mesmo vou destruí-la, se bem que... Alisei meu braço sentindo algo dentro de mim ressoar, era uma dor excruciante ao qual eu não consigo me livrar toda vez que penso em fazer mal essa imunda desgraçada e por um lado me sinto confuso com suas palavras.

"Não é assim que conseguirá o respeito de seu irmão."

O que será que essa mulher quis dizer com isso? Será possível que ela tenha me amaldiçoado?
Apertei meu braço com mais força se isso for verdade essa será a segunda vez que uma das mulheres de Poseidon me enfrentam sem temor.


Só pra avisar que o imagine do Shiva está uma delícia, com uma Sn dando trabalho e fazendo o deus ficar bem excit...Revoltado. Se quiserem ler acessem o livro imagination no meu perfil, garanto que não vão se arrepender. 😈

Há também imagines do Poseidon, Sasaki, Qin entre outros.

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