40.O coração de um deus
-- SE NÃO SOLTAR EU QUEBRO O PESCOÇO DELA? -- Ergui minha destra para Poseidon e segurei com firmeza em seu pulso, sentindo algo dentro de mim queimar e ali perdi completamente os sentidos mantendo-me ajoelhada, quando voltei a mim o pulso dele estava completamente quebrado e seu semblante expressava o horror e ele simplesmente me soltou, o que está acontecendo?
Pela manhã:
Por Poseidon,
O corpo de Sn repousava na cama, seus fios espalhados pelo meu peito onde sua cabeça residia, respirei fundo distribuindo carícias em suas costas, ontem acabamos perdendo todos os compromissos, afinal uma rapidinha não seria o suficiente para sanar nossos desejos. Continuei acariciando seu corpo e deixei um beijo no topo dos seus cabelos.
-- Sn precisamos levantar.
-- Humjuemm. -- Não entendi uma palavra do que ela disse.
-- Temos trabalho a fazer. -- Por mais que eu queira passar o dia aqui e depois transar com ela de novo e explorar todas as minhas ideias, como futura imperatriz do mar devo instruí-la ao máximo.
-- Vai sozinho. -- Resmungou e belisquei de leve sua bunda. -- Poseidon!
-- Sn se você não acordar eu vou levantar por você. -- Ela já está acordada, mas não quer se mover então puxei o lençol lentamente e aproveitei que tinha rolado para longe do meu corpo e me posicionei por cima dela, beijei seu pescoço, tencionei seu bico direito com meus dedos ouvindo-a suspirar e depois minha língua correu até o meio de seus peitos. -- Última chance de levantar sem levar uma surra de amanhã.
Ela não se moveu, pelo contrário abriu as pernas. Que humana insolente... -- Puxei a coberta de vez de seu corpo me encaixando no meio de suas coxas sem a penetrar e ela abriu aqueles lindos olhos pra mim. Merda essa humana está começando a ter muito desse deus e para piorar ela beijou o meu pescoço e enroscou suas pernas em meu quadril.
-- Ontem não foi o suficiente Sn? -- Ironizei.
-- Você quem começou agora termine. -- Essa mulher segurou no meu pau e ficou se estimulando depois o encaixou em si me apertando com as coxas lentamente e eu mandei o equilíbrio prós infernos me afundando nela por completo, porém batidas na porta me fizeram respirar fundo. Não vejo a hora de todos irem embora para que eu possa aproveitar desse corpo como se deve.
-- Casal fiquem na cama depois, temos alguns convidados fora de hora. -- Revirei meus olhos, porém Sn me impediu de sair de dentro dela e sorrindo maliciosamente sussurrou:
-- Termine o que começou Po-sei-don. -- Mordiscou minha orelha e apertei sua coxa, que se foda a reunião.
...
Por Sn,
Poseidon parece outro deus, depois da nossa pequena diversão no quarto e um banho nas termas revigorativas tomamos nosso café e eu não parava de pensar em como deixei tudo que eu mesma impus de lado no momento em que me deitei com ele, se eu disser que me arrependo é mentira, mas ainda assim é um pouco confuso, pois não costumo mudar de opinião da água para o vinho e suas palavras ficarão gravadas na minha mente por muito tempo e isso acabou me gerando um pouco de expectativa como por exemplo, o que vai ocorrer daqui para frente?
-- Sn está de acordo? -- Balancei minha cabeça terminando de degustar meu chá.
-- Perdão Perséfone não lhe ouvi.
-- Claro que não, não conseguem parar de pensar um no outro, pelos deuses! Se casem de uma vez e me convidem para ser a madrinha! -- Ironizou e desviei meu olhar constrangido.
-- Diga de uma vez o que quer Perséfone. -- Poseidon comentou levemente irritado.
-- Quero levar Sn para meu palácio, lá teremos mais privacidade para organizar as coisas e voltamos amanhã a tarde.
-- Nesse caso adorarei ir. -- Informei e Poseidon deu de ombros, mas sei que no fundo está fazendo birra, esse deus não me engana.
-- Os outros já terminaram sua parte da contribuição e óbvio que te aguardam Pose então depois do café...
-- Perséfone, Sn tem mais o que fazer, ainda precisa aprender sobre as leis do mar e onde irá trabalhar. -- Havia me esquecido dessa ideia dele.
-- Pose deixe-a descansar, nem se casaram ainda e já quer que ela delegue ordens demais. Trabalhe sozinho, fora que tem alguém que está desesperado para vê-la. -- Perséfone piscou e a presença de Poseidon voltou a ser intimidadora, isso fez com que ela gargalhasse.
-- Relaxa querido, jamais levaria a minha futura cunhada para o mal caminho. -- Piscou.
-- Primeiro vocês precisam parar de falar como se eu não estivesse aqui e Poseidon se controle.
Perséfone riu de nossa interação, essa deusa está aprontando alguma coisa.
Após o café da manhã regado a conversas a respeito da festa, descobri que os convidados a quem ela se referia eram os irmãos e alguns outros deuses que estava a espera de Poseidon, para uma espécie de festa de despedida de solteiro, só que pelo tom de Perséfone entendi que se tratava de uma reunião entre irmãos com Zeus aprontando. De imediato balancei minha cabeça me concentrando no que era importante, ou seja, o nosso passeio até os domínios da deusa. Me levantei na intenção de ir pedindo licença, mas ao me afastar senti a mão do deus em meu ombro direito e seu olhar mortal para Perséfone.
-- Tudo bem vou esperar lá fora antes que ele tenha um avc, vê se não transam comigo aqui!. -- Ao sair a porta foi fechada e senti meu rosto aquecer, principalmente quando Poseidon rodeou minha cintura.
-- Não vamos fazer isso, será que a Perséfone nos escutou de manhã? Céus que vergonha! -- Poseidon beijou meu ombro.
-- Meu quarto é reforçado Sn, mas por ela ser uma deusa maior não ficou imune. -- Ah não, que vergonha! E para completar ele riu, o que me fez dar uma cotovelada no seu abdômen e óbvio que não fez efeito.
-- Nós não vamos mais fazer isso!
-- Deixe-me lembrá-la que você ordenou que eu terminasse o que começamos. -- A ironia chegava a pingar dos lábios desse deus então resolvi devolver:
-- E desde quando eu mando em você Poseidon? Se cumpriu com o meu pedido foi porque quis. -- Meu sorriso fez com que ele esboçasse um brilho terrivelmente lascivo antes de me virar meu rosto de leve e me beijar.
-- Nunca vou deixá-la sem sexo Sn, então apenas certifique-se de ficar inteira e antes que mais alguém nos interrompa, não demore muito nos domínios de Perséfone, ainda temos o que fazer por aqui. -- Esse deus pervertido me soltou e aceitei ser beijada novamente, dessa vez virei de frente recebendo seus carinhos e quando me afastei senti sua mão grande descansando sobre minhas polpa.
-- Poseidon! -- Senti um aperto e um tapa leve.
-- Eu gostei de como esse vestido se moldou no seu corpo, use mais vezes. -- Sussurrou deixando um beijo no meu pescoço. Saímos da sala juntos e fomos cada um para o seu lado enquanto eu desaparecia em um vórtice ao lado de Perséfone, Poseidon parecia incrivelmente leve, tanto que me deixa receosa...
Meus olhos vagaram pelo Olimpo confusa achei que íamos para o submundo.
-- Porquê viemos aqui? -- Questionei Perséfone que enlaçou meu braço e com a mão livre ergueu a barra do vestido, fiz o mesmo.
-- Vamos para o meu palácio, é o mais bonito daqui. -- Sussurrou.
-- Achei que iríamos ao submundo. -- Comentei meio chateada, estava empolgada para conhecê-lo e ela sorriu.
-- Tudo em seu tempo. Não posso levá-la até lá, pois ainda não despertou seus poderes de deusa, se for enganada por qualquer uma das criaturas que lá habitam terá de ficar, mesmo que os domínios sejam do meu amado Hades, regras são regras.
Sua curta explicação me deixou contente, nunca pensei que encontraria em uma deusa alguém que posso realmente chamar de amiga e em tão pouco tempo. Perséfone me guiou para além do jardim de Dionísio, passamos pela parte de Aphrodite e torci para a deusa não estar e quando finalmente chegamos contemplei o enorme castelo repleto por flores.
-- Céus! Deus gosta de tudo exageradamente grande! -- Comentei e ela riu.
-- Somos seres praticamente insaciáveis e eu gosto muito de flores, já viu minha ala em Atlântida? -- Assenti. -- Não é nada comparado ao meu quarto no palácio, no dia em que Poseidon não surtar por você ficar longe, passe a noite comigo, minha cama é muito grande e faríamos o que na terra chamam de festa do pijama, podemos chamar Camilla também eu gosto dela. -- Concordei enquanto ela abria a porta.
-- Sabe por que Poseidon cuida tanto de Camilla? -- Perguntei, minha curiosidade sempre fala mais alto.
-- Os pais de Camilla eram servos leais a ele, quando houve a guerra entre deuses, os pais dela se infiltraram para tentar descobrir sua ideia, passaram as informações para Poseidon e foram devidamente punidos, Camilla era uma criança quando ele prometeu cuidar dela e uma promessa feita por Poseidon nunca é quebrada.
-- Eu não esperava por isso. -- Comentei.
-- Ninguém espera. A primeira vista Poseidon aparenta ser mimado,rude e egoísta e ele é tudo isso, mas também é leal, teimoso, astuto e um bom governante, então não se deixe enganar, por mais que ele diga que faz as coisas simplesmente por fazer ou não explícita as intenções, sempre há um motivo, ele jamais faria algo simplesmente por fazer, primeiro por que não consegue já que isso quebraria a sua crença da falsa perfeição e segundo que isso só acontece quando ele está fora de si, como por exemplo da vez que puniu Anfitrite ou quando desceu cheio de ódio ao ponto de afundar o próprio reino por Grisha ir contra a sua vida. -- Me sentei em uma das poltronas tudo nesse lugar cheira a rosas, respirei pesado. -- Você ainda tem dúvidas dos sentimentos dele por você?
Tal pegunta me pegou desprevenida e parei para pensar: ter estado com Poseidon nesses últimos dias foi intenso e tudo piorou quando fizemos amor, se é que dá pra chamar algo tão intenso dessa forma. Ele realmente aparenta ter mudado e eu me sinto bem ao lado dele, as vezes sinto as batidas dentro do meu peito ecoarem, principalmente quando ele é gentil ao invés de demonstrar superioridade de forma desnecessária e creio que eu esteja me apaixonando por ele. Um caminho impensado e sem volta do qual espero não me arrepender.
-- Não sei quais são Perséfone, porém, minhas dúvidas em relação ao que sinto são mínimas. -- Senti meu rosto queimar enquanto ela batia palminhas de felicidade e com isso revirei os olhos, essa deusa não consegue ficar quieta e de maneira divertida isso criou mais um vínculo entre nós.
-- Ok não vou contar mais nada, se não você vai explodir de felicidade. -- Ironizei.
-- Perdão querida são muitos séculos esperando Poseidon ficar de bom humor, fora que não precisa falar, as paredes do castelo denunciaram vocês. -- Ali escondi meu rosto em minhas mãos. -- Olhe por esse lado, a culpa foi minha, eu não deveria ter enchido o saco para que saíssem do quarto.
Respirei pesado me afundando em vergonha e batidas a porta me fizeram agradecer mentalmente, Perséfone prodinciou um entre e assim que a porta se abriu vi seu semblante em um meio sorriso conforme se aproximava de nós.
-- Não queria interromper, mas acho que me atrasei para o chá. -- Hermes sorriu e foi inevitável, me levantei da poltrona e fui até ele o abraçando e sendo retribuída. -- Também senti saudades de você Sn.
Perséfone nos olhou com carinho, como se tivesse algo em mente e nos sentamos tranquilamente.
-- E então o que vieram fazer aqui? Quer dizer Perse não costuma usar esses aposentos.
Ela riu de leve.
-- Bom, Hades e companhia estão no palácio, provavelmente Poseidon vai ficar uma pilha de nervos então é melhor que Sn esteja longe, fora que ele só quer dar trabalho pra ela, assim não dá! -- Reclamou.
-- Não ligue Sn isso são os ciúmes de uma deusa que acabou de fazer uma amiga. -- Hermes Ironizou recebendo uma almofada e eu rir.
-- Cale-se Hermes! Voltando ao assunto...
-- Vamos falar sobre o baile! -- Desconversei, se com ela já fico constrangida imagine com Hermes! -- E á propósito foi muito astuto em sugerir uma torta de amora é claro que eu a escolheria de primeira! -- Comentei deixando a outra conversa de lado e ele né olhou confuso.
-- Do que está falando Sn?
-- Da torta de amora que você escolheu como um dos pratos, eu e Poseidon provamos todas as comidas e essa torta sem dúvida alguma foi a melhor que já comi.
-- Querida Sn, eu não mandei torta alguma, Hera não é fã de amoras. -- Fiquei levemente confusa.
-- Se ela não gosta, por que estava na lista das comidas de escolha?
-- Ora vai ver que Poseidon mandou fazer já que você gosta tanto. -- A ideia de Perséfone fazia sentido, naqueles dias ele estava tentando me agradar porém isso não faz o estilo dele, Poseidon prefere me levar para algum lugar diferente, me dar presentes do que mandar fazer um dos doces ao qual me apaixonei e Hermes e Perséfone se entreolhavam como se pensassem o mesmo, enfim, dei de ombros, não adiantaria muito pensar sobre isso agora, depois pergunto direto para ele.
-- Já que está aqui que tal conversamos sobre seu lado deusa? -- Hermes sugeriu e respirei pesado, pois, sei que ele não desistirá disso e pelo resto do dia conversamos, comemos e decidimos mais alguns detalhes da festa, ao anoitecer Perséfone sugeriu me levar, porém, neguei, preciso aprender a fazer as coisas sozinhas e sei o quanto ela quer passar a noite aqui, parece que Hermes também ficará, me despedi deles e fui até o castelo de Poseidon agradecendo por não ter esbarrado com ninguém, subi até o quarto e vi o espelho d'água no chão, os golfinhos se aproximaram rapidamente e olhei para baixo vendo Atlântida, eu queria ir para casa e o anel serve pra isso até onde sei, Poseidon me explicou como usar porém, acho mais fácil fazer por aqui, caso der errado estarei no palácio rapidamente.
...
Assim que cheguei fui direto para o meu quarto tomei um bom banho e troquei de roupa, ainda não sei se vamos voltar a dividir o quarto e acabei por me lembrar que Poseidon me pediu para não demorar por ainda termos funções a cumprir, achei válido ir até ele para avisar que acabamos por adiantar alguns itens dessa festa, cheguei a porta do salão de reuniões e ouvi uma calorosa discussão, regada de ameaças as quais eu senti temor, não por mim e sim pelo que viria a acontecer.
Momento atual:
Eu não deveria ter me metido, mas não posso permitir que isso aconteça. Irmãos não deveriam tentar se matar e a grosso modo me meti em uma discussão que nem eu mesmo entendi.
-- Você é um desgraçado Poseidon, sempre me tratando como um nada! -- Foi aqui que entrei no salão.
-- Um deus não se curva, não faz motim, não precisa de amigos, os deuses não se unem e sua palavra é absoluta. Somos a perfeição e diante de mim você demonstrou defeito, um ser tão falho sequer deve ser reconhecido como um deus. -- Meus olhos não conseguiram acompanhar, apenas observei Poseidon desviar a cabeça para o lado conforme um buraco era aberto e só pelo seu olhar seu o que fará, talvez seja meu impulso falando mais rápido ao me fazer adentrar por completo a sala e segurar em seu tridente.
-- Não faça isso. -- Sussurrei.
-- Não se meta Sn. -- Ele puxou com leveza para não me machucar e Adamas nos olhou.
-- Você ousa me destratar, mas olha nos olhos dessa semi-deusa ordinária! -- E assim partiu pra cima de nós, Poseidon foi rápido em me por atrás de seu corpo e bater o tridente no chão levantando uma muralha de água antes de atirar o tridente na direção de Adamas perfurando-lhe o estômago, o deus cuspiu sangue e toda vez que tentava puxar o tridente ele afundava mais.
-- Pare Poseidon! Ele é o seu irmão!
-- Um ser falho que ousou atacar a minha mulher, não merece a minha piedade! -- Senti meu coração acelerar por suas palavras e desviei meu olhar constrangido ainda não chegamos a tanto e respirei fundo antes de ir em direção a Adamas que me olhava confuso, porém Poseidon segurou meu braço. -- O que pensa que está fazendo?
-- Resolvendo o seu problema familiar não está vendo? -- Me soltei.
-- Eu a proíbo!
Revirei meus olhos.
-- Poseidon você não proíbe nada, ou esqueceu que não manda em mim? -- Andei até Adamas me agachando em sua direção e puxando seu cetro medonho depois prendi seu rosto com minhas mãos e a destra dele foi em meu pescoço o segurando firme.
-- SE NÃO SOLTAR EU QUEBRO O PESCOÇO DELA? -- Ergui minha destra para Poseidon e segurei com firmeza em seu pulso, sentindo algo dentro de mim queimar e ali perdi completamente os sentidos mantendo-me ajoelhada, quando voltei a mim o pulso de Adamas estava completamente quebrado e seu semblante expressava o horror e ele simplesmente me soltou, o que está acontecendo?
-- Não é desse jeito que seu irmão demonstrará respeito por você. Se quer mesmo que ele olhe em seus olhos esqueça-o. Agora vá para casa e cuide dos seus ferimentos. -- Sorri, sem entender por que ele me olhava de forma tão assustada. Me afastei e quando fiquei próxima a Poseidon, ele puxou o tridente e apoiou a destra em meu quadril, olhando mais uma vez para o irmão caído.
-- Você nunca mais fará isso entendeu? -- Seu tom de voz baixo para que só eu o escutasse arrepiou minha pele. -- Deveria te punir por ser tão impulsiva.
Revirei meus olhos conforme andamos para fora da sala.
-- Poderia ter morrido Sn, mas ao invés disso fez algo que deixou Adamas assustado...
Desviei meu olhar, nem eu sei o que aconteceu.
-- Eu não sei o que aconteceu, mas estou feliz por não estarem brigando. -- Poseidon parou meus passos e afastou meu cabelo conferindo meu pescoço e deixando um selar, depois mais um seguido por uma mordida.
-- O palácio logo estará cheio, se contenha imperador dos mares. -- Ele voltou a si me olhando de soslaio:
-- E quando todos forem embora seus gemidos preencheram todo o lugar. -- E assim tocou meus lábios antes de partir, esse deus não tem jeito.
-----------------------
Para que não fiquem confusos se atentem as lacunas, tudo que foi apresentado no capítulo está na visão da Sn, resta saber o que aconteceu enquanto ela estava no palácio de Perséfone...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top