34.Embate dos deuses
O capítulo que muitos queriam, está pré-revisado, desde já boa leitura.
Embate dos deuses
Por Poseidon,
Essa será a última vez que participarei de uma reunião nesse inferno, nada me agradava e para piorar Sn não sai da minha cabeça, essa mulher está se tornando difícil e acabando com qualquer resquício de paciência que eu possuo, já estou a quase uma hora nessa reunião e nada de interessante foi dito, até que senti algo deslizar por minha coxa e notei ser uma pétala de rosa, olhei em direção a Aphrodite que parecia ter algo a me dizer e foi então que uma ninfa me entregou um papel dobrado.
Sua adorável dama está no palácio asgardiano com o deus do Trovão.
Sn não ousaria mentir para mim, tem amor a vida e Hermes não está aqui, fora que sei da raiva que Aphrodite sente por ela e assim a ignorei solenemente, os assuntos decorriam de maneira tão irrelevante até que a porta foi aberta e por ela aquele aspirante a empregado adentrou o local, a porta demorou a fechar e nada de Sn, ao invés disso Loki adentrou o salão e de relance vi Aphrodite sorrindo, essa deusa filha da puta!
Sem pensar duas vezes me levantei ignorando qualquer aviso de que a reunião não tinha acabado, fui com tudo até a porta do palácio argardiano para nada, estava vazio e se essa mulher estiver mentindo é bom começar a rezar pois a trancarei no castelo pelo resto do mês!
Andei tão apressado até o castelo de Hermes que ignorei cada uma das ninfas no processo e de longe vi quando o filho da puta do deus do Trovão tocou em seus lábios, eu podia sentir meu tridente vibrar e sei a essa altura os mares estão irregulares e quando finalmente me aproximei dele não havia autocontrole.
Arremessei o deus do Trovão para longe e ao se levantar sorrindo, entendi que estávamos apenas no começo...
Por Sn,
Eu estava com medo, desde que o encarei não dei mais um passo ficando presa entre a porta de saída fechada e a mesa de canto.
-- Não precisa ter medo. Você é a Sn não? -- Assenti. -- Fique tranquila criança, minha conversa não é com você, apesar de odiar profundamente a sua espécie e querer arrancar o coração da sua avó.
Dei um passo vacilante para trás e ele riu se aproximando me deixando internamente desesperada.
-- Você é a cara dela, a mais parecida dentre todas as gerações por conta dos cabelos e olhos, mas não aparenta ser cruel, não ainda. Bom eu vou embora, já tive a prova que tanto queria e se não for pedir muito avise a Hermes que está tudo bem e lhe entregue isso. -- Deslizou um cartão escuro pela mesa e como se fogo de abrisse no chão o ser sumiu me deixando completamente confusa, porém, não tive muito tempo para raciocinar, peguei o cartão e enfiei no livro ao ouvir o barulho lá fora e sem pensar muito saí:
Ali estavam Poseidon e Thor cruzando o tridente com o martelo em golpes cada vez mais fortes em determinado momento Poseidon voou longe, mas uma muralha de água o colocou de volta no combate com Thor não foi muito diferente eles se socavam usavam suas armas mas não os seus dons e os deuses, seres do olimpos e ninfas se aglomeravam para ver o que estava acontecendo mantendo o devido silêncio e eu apertei o livro em minhas mãos por receio.
-- O que está acontecendo? -- Hermes sussurrou.
-- Eu não sei, eles estão brigando a um tempo e não entendo...
Uma risada nos despertou.
-- Jura que não sabe? Ou é inocente ou muito burra. A culpa desse alvoroço é toda sua! Pelo visto os deus dos mares e dos trovões estão te disputando como se fosse a última virgem desse plano, francamente só pode ter usado de feitiçaria para tal método. -- Aphrodite estava com raiva.
-- Aphro não faça assim, a inveja está escorrendo pelo canto da sua boca. Se Thor e Poseidon decidiram lutar tenho certeza de que a culpa é daquele loiro descontrolado, Sn é uma lady. -- Loki Vogou pelo ar. -- E essas expressões lhe darão rugas. -- Riu deixando a deusa ainda mais irritada, o silêncio novamente pairou e dessa vez fomos capazes de ouvir suas vozes:
-- Ah Poseidon está tão irritado por motivos sem nexo. -- O martelo de Thor foi arremessado e Poseidon simplesmente levantou uma barreira de água tão grossa que não o atravessou.
-- Aprenda a não mexer com o que é meu.
-- Ah caro Poseidon, a Sn não é um objeto e não te pertence, ela mesma deixou isso claro. -- Thor Ironizou antes de olhar em minha direção e piscar. Céus! Eu estou muito lascada, essa briga é mesmo por minha causa?
E mais uma vez foi parar longe com a força da água que ele usou, porém seus punhos desferiam socos abrindo buracos com grandes ecos de raios e bastou olhar para cima para notar as nuvens carregadas e a provável tempestade de raios que ocorreria e de forma desesperada fui até a ponta das nuvens notando os mares tão altos que alcançavam as montanhas, aquilo seria uma devastação em proporções enormes se continuasse assim a terra pagaria por uma disputa ridícula.
-- Como um deus você deveria saber que não se dá ouvidos a uma semi-deusa, principalmente quando estamos falando da minha...
Thor cortou a fala do deus dos mares:
-- Sua o quê? Não tem coragem de assumir algo, pois sabe que é mentira. Que covarde. -- Thor continuou provocar rindo enquanto ambos estavam trocando socos, eu preciso fazer isso parar, pedi para Hermes segurar o livro e atravessei a multidão notando que até mesmo Zeus e Odin se aproximavam, conforme apertei meu passo ao ponto de ficar próxima notei que ambos estavam prestes a se socar mais a vez e toquei em seus braços.
-- Querem parar com isso? Não me ouviram?
-- Não se meta! -- Pronunciaram em uníssono e simplesmente continuaram com suas ações, Hermes me olhava descrente como se me pedisse para sair daqui, porém não o ouvi, ao invés disso me aproximei novamente e aproveitei que ambos estavam próximos para bater em seus rostos uma mão em cada face atraindo assim sua atenção. -- PAREM COM ISSO AGORA! Estão se comportando como crianças que perderam um doce! Não percebem que seus poderes tem consequências para aqueles que são inocentes? Olhem para o céu e para o mar e verão que essa demonstração patética de força não dará em nada além de destruição! -- Eles me olhavam de maneira estranha e eu não entendi, será que fui muito dura? Porém, a mão de Hermes afagou meus fios os puxando em minha direção e os notei fluir como água e acesos como a luz, automaticamente respirei fundo sem entender o que estava acontecendo com meu corpo e tentei me acalmar eu não gosto dessa sensação ela me machuca. Olhei para Hermes e peguei o livro.
-- Espero não precisar falar mais uma vez. -- Os olhei com desdém antes de virar me rosto em direção a Hermes e sorrir. -- Vou para casa será que podemos conversar depois?
Ele olhou para minhas mãos antes de sorrir.
-- Claro, mandarei preparar um banquete para mais tarde.
-- Não precisa, irei lhe receber em um lugar muito especial fora que as sereias adorarão estar com você. -- Sussurrei e ele riu com pouco de malícia.
-- Ah minha bela Sn você não muda. Nos vemos amanhã a tarde então? -- Assenti e notei que todos os deuses olharam em nossa direção como se observasse meus movimentos e estou detestando isso.
Poseidon abriu uma espiral no meio das nuvens como um caminho rápido para Atlântida e o encarei.
-- Mulher insolente. Irá para casa como? -- Revirei os olhos negando sua assistência e me virei para Hermes novamente.
-- Hermes pode me acompanhar? Acho que eles precisavam resolver seus assuntos como adultos. -- O olhei pelos ombros pouco me importando se quando chegar em Atlântida tentará me matar e assim ergui a barra do meu vestido e aceitei o braço cavalheiro do deus mensageiro que me tirou daquela confusão desnecessária e pude ouvir de longe Loki comemorando dizendo que coloquei dois deuses no cabresto enquanto Zeus e Odin mandavam todos calarem a boca e irem embora.
Céus! Que vergonha!
...
Depois do ocorrido de mais cedo resolvi pintar um pouco para espairecer, Poseidon ainda não retornou então não preciso me preocupar com mais uma discussão dentro desse quarto e somente trocar de roupa para compor uma nova tela, senti meu corpo ser puxa de dentro do armário e minhas costas irem de encontro a parede, os braços do loiro em volta do meu corpo e seu olhar preso ao meu deixando claro que nossa conversa seria intensa.
-- Nunca mais faça isso entendeu?
-- Depende, se comportará como uma criança mais vezes?
-- Não sou eu que estou brincando com o perigo aqui Sn, esqueceu que você é minha mulher?
Tive que rir.
-- E você acha quê decide isso sozinho? Sem conversar ou sequer me dar escolhas?
-- E o que mais você quer Sn? Eu te dei tudo!
Balancei minha cabeça.
-- Poseidon, bens materiais e uma posição em seu reino não são o suficiente, a única coisa que existiu entre nós foram sentimentos carnais. Você acha que isso é o suficiente? Que temos motivos para ter um relacionamento ou qualquer outra coisa se a única vez que me trata de maneira minimamente aceitável é quando estamos na cama?
Os dedos dele foram em direção ao meu rosto afagando minhas bochechas.
-- E você acha mesmo que o deus trovão quer algo com você? -- Riu -- Ele é entediado e conquistar uma mulher difícil já é um desafio, principalmente quando se trata de uma das mulheres mais bonitas que já viu e que ainda não se deu conta a quem pertence.
Respirei fundo é mais fácil um navio entrar nessa cabeça oca do que minhas palavras, então vamos agir como as sereias disseram.
-- Você me quer tanto assim?
-- Não, eu a tenho e em breve me pedirá por isso. -- Dessa vez fui eu a rir. -- Mesmo que diga que não me quer sei que está mentindo e o seu corpo sempre falará por você.
-- O seu mal é esse convencimento ridículo.
-- Não. É a verdade humana insolente e te darei uma prova do quanto está suscetível. -- Meus lábios fora invadidos com urgência enquanto ele dominava por completo tal situação, sua destra apertou minha cintura puxando meu corpo em direção ao seu e me prendendo com vontade enquanto minha respiração extasiou ao sentir a pressão exercida em meu baixo ventre, a esquerda dele baixou a alça do meu vestido de um dos lados e levemente apalpou o meu seio e nem dei por mim quando reagir enfiando minhas mãos em seus cabelos, seus lábios trilharam um caminho em meu pescoço deixando uma mordida no meu ombro, um gemido escapou de meus lábios e ele se afastou. Sorrindo de lado, ele tinha sua confirmação e eu odiei esse fato apesar de querer mais, porém isso não ficará assim. Não serei levada pelo simples desejo ao qual correspondo com tanta facilidade se não minhas palavras se perderão ao vento.
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