32. Me recuso a pertencer a um deus
-- Como ousa me trair? -- A voz dele saiu mais densa que o norma e respirei fundo.
-- Do que você está falando, não há traição naquilo que não lhe pertence. -- Fui direta e notei Poseidon apertar com força o tridente.
-- Retornaremos para Atlântida agora! -- Afirmou.
-- Não. Não é você quem decide isso! -- A sobrancelha dele arqueou como se tivesse sido desafiado.
-- Ah não sou eu quem decido? -- Senti as águas envolverem meu corpo antes de está em seu ombro sendo carregada com um saco de batatas.
-- Poseidon me coloca no chão!
-- Não. -- Ele virou o rosto para o lado, dando de cara com duas asgardianas que carregavam minhas coisas, já que acabei comprando demais. -- Me deem isso. -- E assim as águas envolveram as bolsas de papel.
-- Poseidon, os outros estão olhando me coloca no chão agora! -- Bati em suas costas e ele continuou andando como se minhas palavras não significassem nada.
-- Pose onde você vai? -- Bastou um olhar em direção ao deus dos deuses para que ele desse risada. -- Oh, pelo visto Sn está bem encrencada, mas ter mulher bonita da nisso mesmo.
Céus! Esses deuses estão de gracinha comigo não é possível! Respirei fundo apoiando meus braços nessas costas largas e me equilibrando para falar.
-- Eu não sou mulher dele poderoso Zeus! Quem em sã consciência aceitaria ficar com um troglodita desses? -- Zeus tornou a rir da minha cara.
-- Realmente se Pose casar e não der uma festa digna será um absurdo, Hera vai querer organizar a festa e tem Perséfone também. -- Me curvei toda para tentar encará-lo será que a minha opinião aqui não está valendo de nada? -- Pose não esqueça que temos uma reunião amanhã.
-- Não virei, se virem! Minha presença é importante demais para isso.
-- Não vai dar, a assembleia de amanhã é importantíssima, se não aparecer terei que ir até Atlântida...
Poseidon ignorou Zeus, mas algo me diz que ele o ouviu atentamente enquanto eu tentava em vão me libertar.
-- Sn para de se debater agora! -- Ele bateu na minha bunda de leve apenas para me deixar com mais vergonha e assim que nos afastamos pude observar vários deuses conversando e provavelmente falando da minha situação e principalmente Aphrodite que ria delicadamente e Zeus que afirmava que Poseidon está completamente apaixonado e que não vê a hora de ter sobrinhos. Em todo o caminho rumo a Atlântida eu me debati e reclamei e ele não disse uma sequer palavra, Poseidon me jogou na cama sem delicadeza alguma antes de trancar a porta e me olhar revoltado.
-- Passará o resto dos dias aqui, não vai sair desse lugar até que eu resolva essa merda que você criou!
-- Do que está falando? -- Fiquei confusa.
-- Não se faça de burra, ousou me trair e espera que eu confie em você, por acaso acha que sou algum idiota? -- Fiquei de pé.
-- Olha isso não deveria nem ser uma pergunta, você é um completo idiota! Eu não sou sua mulher Poseidon para ter lhe traído. Se tivéssemos um compromisso ai sim teria motivos para se sentir assim ou por acaso me tomar como sua e me tornar uma espécie de propriedade equivale como algo para você? Não seja ridículo Poseidon!
-- EU SOU UM DEUS HUMANA INSOLENTE, SE EU AFIRMO QUE ME PERTENCE É PORQUE VOCÊ É MINHA!
Respirei pesado, ele está conseguindo tirar toda a minha paciência.
-- EU NÃO SOU UM OBJETO POSEIDON! E PARA DE GRITAR AGORA! -- Seus olhos se prenderam nos meus conforme ele se aproximou, não recuei, pois o medo não existe nesse momento e sim uma raiva tremenda desse deus mimado. -- Poseidon puxou minha direita até ele apertando meu pulso levemente para que eu não me soltasse e um certo calor invadiu minha pele, senti algo subir por meu braço e parar cinco dedos antes do cotovelo, depois uma leve pressão e ai sim me alarmei estava doendo ao ponto de eu sentir minha respiração falhar e o olhar de Poseidon vacilar como se não soubesse o que estava acontecendo. -- O que você fez? -- Sussurrei.
-- Se lhe restava dúvidas a quem pertencia agora todos saberão. Eu te avisei Sn que se sobrevivesse não teria volta.
-- E agora sou sua prisioneira? É isso que chama de pertencer? Não pode fazer o que quiser comigo só por que é um deus e isso está me machucando. -- Me apoiei no dossel e ele tomou a liberdade de me pegar no colo, puxou a peça do meu braço e não conseguiu tirar e seu olhar se alarmou.
-- É hoje que eu mato alguém! -- O tridente estava em suas mãos e meu corpo praticamente adormecido em seus braços.
Olimpo
Por Zeus,
Eu estou deveras animado, a descendente de Adeiázo em meus domínios! Desde o início estava claro quem ela é, esse cheiro inconfundível da deusa regente do universo que pisou na terra uma única vez depois de se decepcionar com os deuses se encantando com um pedaço de terra há muito inabitado cheio de animais e pomares onde há uma pitoresca cidade no sul da África. Aquela que carrega o sangue de cinco divindades em um único lugar e que não é capaz de despertar nada, do contrário reivindicaria todos os domínios sem perceber e simplesmente por fazer, reduziria tudo a nada por despertar o vazio sem entender que Adeiázo deve permanecer dormindo para sempre, afinal a era do vazio acabou.
-- Meu amor, o que acha desse tom? -- Hera me tirou de meus pensamentos mostrando-me uma paleta de cores claras.
-- E pra quê é isso?
-- Francamente marido sua mente tem horas que parece o vazio! Não combinamos de fazer uma festa para oficializar o noivado de Poseidon com a sereia? E por falar nisso que barraco foi aquele hein? Nunca imaginei ver meu cunhado tão desestabilizado. -- Sentou em meu colo passando os braços por meu pescoço.
-- Nem eu Herinha, mas temo que a falta de filhos esteja lhe deixando maluco. -- Comentei por alto, afinal de contas esse é o único motivo para aquela mulher está viva, se Poseidon não tivesse se apaixonado por ela não seria um problema eliminá-la, mas agora ela viverá e preciso providenciar uma forma de manter esse poder adormecido, já que um mero bracelete envenenado não conterá por muito tempo.
-- Ah querido vamos dar uma ajuda. -- Hera sorriu. -- Aposto que Aphrodite ficará mais do que plena em contribuir, visto que está interessada em Thor.
-- O deus do trovão? Quem diria.
-- Não finja que não sabe. -- Deixei um sorriso escapar.
-- Não será necessário, Hefesto me contou que Poseidon ordenou que fizesse um bracelete de ouro com seu nome gravado nele e o seu símbolo pessoal e eu movi dois dedinhos para por tudo nos eixos. -- Deixei minha esposa curiosa enquanto recordei das raízes de kei que entreguei para ele, o cheiro forte de Sn vem dessa planta, um cheiro levemente cítrico e inebriante com notas doces suaves ao fundo, se fosse para descrever bem, seria exatamente aquilo que estava nos livros: um cheio inebriante capaz de nos fazer sucumbir, afinal faz parte da maldição que Adeiázo rogou.
-- Ah querido você é tão benevolente quando quer, depois me conte o que fez. Agora se sair fora da linha novamente tentarei te matar enquanto dorme. -- Lá estava a natureza da minha mulher ciumenta.
-- Querida você sempre desconta sua raiva em todos que amei por uma noite, precisa melhorar esse temperamento e entender que eu sempre vou voltar pra você. -- Ironizei, antes que ela pudesse sair de meu colo a apertei com força. -- Que tal irmos para o quarto onde lhe mostrarei por que sou um deus tão bom?
-- Quero que você vá para o inferno no momento.
-- Adoro quando fica bravinha. E sobre sua pergunta a respeito de Sn, ela vai dar conta das coisas com mais clareza depois de acordar. -- Rindo peguei Hera nos braços e saí de meu trono onde a visão de todo o mundo é ampla.
Por Poseidon,
Os fios de Sn estavam cada vez mais acesos, seus olhos despertos como se a lua vermelha e a natural habitassem em seus globos oculares e apesar da raiva que sinto no momento, meu ódio é pelo fato de que tentaram contra a vida dela bem na minha cara, em questão de segundos estávamos no palácio de Hefesto e fui mais rápido ainda em lhe encontrar e perfurar seu corpo com meu tridente antes dele entender o que estava acontecendo, porém não deu tempo de matá-lo já que Zeus segurou meu cetro com força.
-- Se acalme Pose. Sua deusinha não vai morrer, ela está se adaptando, basta olhar com atenção, afinal esse bracelete é para os deuses. -- Desviei meu olhar para os lábios dela entreabertos e seus fios que aos poucos retornavam ao brilho natural -- Antes de perguntar qualquer coisa você precisa saber mais sobre essa mulher.
Puxei meu tridente de suas mãos e andei até a saída da sala de Hefesto.
-- Da próxima vez que interferir ou encostar no meu cetro, pouco importa quem seja. Você terá problemas Zeus. -- Afirmei vendo meu irmão se empertigar como se minha ameaça o deixasse feliz.
-- Está mesmo disposto a destruir qualquer um que tocar nessa mulher não é? Então faça isso direito, se case com ela de uma vez. Pare de dar escolhas antes que arrume problemas maiores para o Olimpo.
-- Não fale comigo, como se eu fosse uma criança Zeus!
-- Ah Pose está se comportando como uma. Agora deixe-a descansar. -- O restante das palavras de Zeus ficaram á deriva enquanto retornei a Atlântida e adentrei meu quarto deixando o corpo desmaiado de Sn sobre a cama e conferi se estava respirando e quente, quando dei por mim de que ela estava bem fui me refrescar, ando tão estressado que nem a fonte mais pura pode me acalmar, toda vez que fecho meus olhos só vejo Sn seja batendo de frente comigo, se contorcendo de prazer ou passando aquelas mãos suaves em meu rosto, essa maldita mulher está me enlouquecendo e tudo o que eu quero é que ela seja toda minha e vai ser, afinal eu sou seu deus.
Terminei meu banho e me deitei ao seu lado, dessa vez demorei a pegar sono observando-a e quando fiz senti seu corpo me envolver retribuindo.
Estou ficando a mercê dessa deliciosa humana e não permitirei que tal emoção se propague.
...
Por Sn,
Meu corpo todo parecia flutuar, abri meus olhos dando de cara com a claridade marítima e sentindo o peso do braço de Poseidon, nossos dedos estavam entrelaçados e sua respiração tão pesada que parecia dormir profundamente, aproveitei que ele está apagado para olhá-lo mais de perto, havia um pouco de olheira em seu belo rosto sereno e me desconcentrei o admirando, como posso sentir qualquer coisa por ele, mesmo não merecendo? Seu toque sempre bruto e seu olhar tão intenso, no fim das contas acho que me deixei seduzir por essa aparência impecável.
A ponta de seu dedo ralhou em meus lábios antes de puxar minha nuca de leve fazendo nossas bocas se tocarem, aprofundando o contato até que eu me separasse bruscamente ainda sentindo sua mão em minha cintura.
-- O que pensa que está fazendo? -- Fui direta apoiando minhas mãos em seu peitoral nu.
-- Te dando o bom dia que você tanto pediu. -- Revirei os olhos, que cretino!
-- Não é assim que funciona, você me trouxe para Atlântida contra a minha vontade em uma confusão gigantesca no meio do Olimpo e como se tudo não bastasse ainda machucou o meu braço. -- Ergui mostrando o bracelete ainda preso, mas agora um pouco mais confortável, parei para reparar em suas inscrições em grego escrito: pertence a Poseidon.
Uma raiva me invadiu e me levantei das cobertas.
-- Se lhe serve de consolo eu tentei matar Hefesto ontem, sempre fui claro como você Sn. Ninguém machuca ou encosta no que é meu. -- Ele se levantou e se aproximou de mim passando a destra pelo meu quadril prendendo meu corpo junto ao seu, seus dedos colocaram meu cabelo para o lado, respirando em meu pescoço antes de deixar vários selares, respirei pesado fechando meus olhos sentindo meu coração pesar.
-- Então é isso que eu sou pra você, um objeto? -- Ele não me respondeu apenas parou com os carinhos e me fez olhar no espelho, nos vendo abraçados e meu semblante perdido.
-- Você é minha Sn e isso deveria bastar, o rótulo dessa bracelete vai mudar quando você aceitar a sua posição.
Deixei um riso escapar.
-- Que posição? Aquela em que fico de quatro em sua cama ou a que me ajoelho diante de ti? Seja como for, um título de prisioneira ser mudado para concubina não faz a menor diferença pra mim. -- Desdenhei e senti o aperto em minha cintura intensificar.
-- Nunca será uma concubina tão pouco prisioneira, mas seguirá cada ordem minha de agora em diante ou esse bracelete vai te impedir de ir a outros lugares.
Pisquei desacreditava, ele me fez prisioneira dentro desse castelo.
-- Então morrerei de fome, de cede e sozinha pois, não serei o seu animal de estimação! -- Reclamei e ele beijou o topo da minha cabeça antes de alisar meu pescoço de leve com uma de suas mãos:
-- Não vai, nada de ruim acontecerá com você e em breve sei que virá até mim. -- Poseidon Sussurrou em minha orelha antes de se afastar com o tridente nas mãos. -- Por hora está livre, mais tarde iremos ao Olimpo. Então se anime, já que gosta tanto de lá terá a oportunidade de se divertir e por agora tem toda a Atlântida pra você. -- Sorriu de lado, esse cretino só pensa com o ego e com os conceitos deturpados que tem, não é possível! Eu só quero retornar para a terra ou qualquer lugar que seja longe dele, sinto uma raiva crescer dentro de mim e detesto esse sentimento, ele é tão... Cruel...
O imagine do Hades está concluído e a one de Beelzebub também, cada um em seu livro independente, o imagine do Sasaki Kojiro foi publicado, assim como o Abc NSFW do Poseidon como namorado de vocês e a one do Qin, todas as one's estão no livro Imagination, então se quiserem ler one's com esses personagens entre outros de Shuumatsu é só passar no meu perfil. 😉
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