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TW: Este capítulo contém algumas cenas que podem ser gatilho para algumas pessoas, como, por exemplo, discussão, resquícios de tentativa de suicídio, depressão pós-parto e sem auto-controle. Se você não se sentir confortável com este tipo de conteúdo recomendo passar para o capítulo seguinte ou me perguntar pelo privado e eu lhe resumirei o capítulo sem os ditados gatilhos. 🩷

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• 11 de julho de 2024 •
— Capítulo Narrado por mim —

Autora Narrando.
Antes de dormir Mason notou Ella um pouco distante do mundo, sem entender o que se passava colocou Levi para dormir e logo foi ver como estava Lexus no seu quartinho. Era a primeira noite com ela em casa e o moreno estava um pouco confuso de como isto de agora em diante iria acontecer e ele sabia muito bem que Ella a qualquer momento podia ter um colapso e agravar mais a situação dela.

O moreno tinha medo de que tivesse que cuidar de Lexus e Levi sozinho, era mau demais pensar que isso talvez pudesse acontecer mesmo ele tentando todas as coisas para que tudo desse certo. Adormeceram e logo ás 02:40h da manhã a morena começa a gritar na cama, não sabendo o fazer Mason acendeu a luz mas lá não havia nada.

Ella estava apavorada e continuava a insistir que lá estava alguém, Mason se levantou e verificou a janela e sem sinal de que lá pudesse estar alguém voltou o seu corpo para a morena, com medo que Lexus acordasse com toda a barulheira e até mesmo Levi o mesmo abraça-a tentando a acalmar. Era difícil para ele lidar com tudo isto, ainda mais quando ela é a sua mulher e a mãe da sua filha e irmã de alguém.

Ele nunca pensou na chance de a deixar sozinha. Isso estava fora das suas hipóteses e custasse o que custasse ele iria até ao final para que ela se recuperasse e fossem uma família que sempre sonharam juntos. Era duro imaginar o que ela pensava nestas circunstâncias, sofrendo demais na infância devia ser complicado para ela processar que havia sido mãe e agora tinha uma responsabilidade em dobro.

-Amor está tudo bem! Não tem ali ninguém, foi só um pesadelo vem vamos dormir novamente.

-Era ele! Era ele Mason.

-Ele? - confuso o moreno se assustou e olhou novamente para a janela. -Ele quem? - acrescentou olhando a morena visivelmente abalada e encolhida na cama.

-O meu tio! O João, ele quer fazer-me mal. Me ajuda amor. Por favor!

Aquilo estava a ir num rumo sem precedentes, Thomas tinha-lhe avisa que no mínimo de descontrolo era para ela voltar para o hospital. Mason não queria saber disso e quis ficar em casa tentando pelo menos controlar a depressão pós-parto da Ella. Só de imaginar perdendo a mulher que ama era pesado demais para ele.

-Não está ali ninguém amor está tudo bem e além do mais ele não te irá fazer mal! Eu prometo, eu irei vos proteger. O Levi e a Lexus estão seguros, Zeus está no corredor entre os quartos. Nada vai acontecer eu prometo.

-Lexus? Quem é Lexus?

Oquê? Espera um segundo! Como é que a morena não sabe quem é a filha dela? Não isto não está mesmo a acontecer.

-Ella, Lexus é a nossa filha. -com o medo já a tomar o corpo dele, Mason estava a tentar ser o mais paciente naquela situação. -Não sabes quem ela é mesmo?

-Filha? Como assim filha? A nossa filha morreu no parto Mason não te lembras!

-Para de brincar comigo Ella, isso não se faz por favor. Diz que isto é uma brincadeira!

-Brincadeira? Não! Quem é Lexus.

-Mason! Posso dormir com vocês? - fala Levi na porta coçando os olhos e abrindo a boca. -Trouxe o meu dinossauro comigo.

-Levi? O que fazes a esta hora acordado?

-Estou com calor e...

-Pequeno porque não vais ver a Lexus!

-Sim.

-Novamente com a Lexus, Mason? Ela morreu.

-Para com isso, não estou a gostar dessa brincadeira e Levi já está assustado que chegue com esta situação.

-Não estou a brincar amor, a Lexus morreu! Parem de brincar vocês comigo por favor.

Ao ouvir aquilo o pequeno trava e deixa o seu dinossauro cair, era errado pensar o que eles estavam a passar naquela altura. Mason estava a ficar tão assustado quanto Levi e já não mais sabia o que fazer, ter alguém que se ama esquecendo das coisas era terrível ainda mais de alguém que tanto desejou ainda na sua barriga.

Levi abriu a porta do quarto e logo Lexus começa a chorar, a fome devia abater-se sobre a pequena e como é que Mason havia de explicar para Ella que ela era a mãe dela e que lhe havia de dar de comer.

O moreno se levantou e dirigiu-se para o quarto dela até que presente Ella vindo atrás dele. Com medo de entrar no quarto a morena a tremer se afastou quando Mason lhe apresentou a pequena, ela não acreditava nem um pouco que aquela pudesse ser a filha deles por isso se dirigiu para o quarto e se trancou lá dentro. Mason viu-se num poço sem fim caminhando entre as trevas já expostas.

Aquilo ia levá-los a loucura se algo não fosse feito.

O medo se abateu sobre Mason e a tremer ligou do telefone de casa para Natasha, ela era a única que tinha um vínculo maior com Ella ainda mais depois da mãe deles morrer. Lexus não parava de chorar e o moreno não podia fazer nada, aquela sensação que tudo desmoronou á sua volta estava novamente a acontecer.

Não tardou muito para Natasha chegasse, Levi abriu a porta e lá estava Mason tentando controlar o choro já bastante persistente de Lexus. Complicada a situação a mesma pegou em Lexus e começou a dar-lhe de mamar enquanto Mason foi á cozinha buscar uma água para ambos.

-Natasha o que eu faço! Ela não se lembra de que tem uma filha, estou com medo.

-Tem calma, tudo vai se resolver. Depois que eu der de comer á pequena eu vou falar com a Ella pode ser!

-A minha irmã vai ficar assim para sempre? - diz Levi se sentando no sofá. -Ela não sabe quem é a Lexus.

-Ela passou por muito pequeno é natural que ela ainda se sinta um pouco baralhada, mas daqui a pouco isso passa.

-Pequeno porque não vais ali buscar um pedaço de bolo para comeres eu preciso falar com a Natasha pode ser?!

-Tudo bem papai.

-A Ella diz que a nossa filha morreu no parto e que essa não é a Lexus e ainda tem mais, ela acordou apavorada pensando que o tio estava no quarto para lhe fazer mal.

-Ela está a entrar em depressão novamente Mason. Bem...eu vou fazer o seguinte eu vou levar a Lexus, o Levi e os animais para a minha casa e tentas estar com a Ella o máximo possível para ela estar totalmente estabilizada pode ser?

-Hum hum! E se não resultar Natasha?

-Se não resultar tens que a levar para o hospital, eu sei que é o que tu não queres mas é a única solução a fazer neste momento.

-Eu não vou sujeitar a Ella novamente a essa pressão Natasha ela não merece.

-Se não for assim ela nunca mais vai ultrapassar e ouve a voz da experiência. Quando eu tive a fazer estágio no hospital eu já vi casos assim!

-E se não resultar e nunca mais voltar a ser a mesma.

-Ai já não posso dizer nada, á pessoas que não conseguem ultrapassar mas a Ella é forte e consegue sim!

Natasha era como uma mãe para a morena, ela sempre esteve presente em toda a sua adolescência cuidando dela após a sua mãe morrer e depois da guarda lhe ser tirada ao tio, Ella havia passado por muito e era natural que Mason se compadecesse um pouco com o seu estado psicológico.

Pouco depois não demorou muito para Natasha levasse as crianças e os animais para a sua casa. Mason não queria nada disto mas sabia que era o mais acertado a se fazer naquele momento, ver o seu amor a desfazer-se em prantos e não a poder ajudar era demais para ele. Após saírem Mason bateu na porta do quarto, todavia sem sucesso a morena não lhe respondeu.

O moreno insistiu mais de uma vez mas nada, nem uma só palavra até que foi obrigado a ir dormir na sala para ver se pelo menos ela passaria lá depois de acordar logo de manhã, pois as crianças chegariam na manhã seguinte. Algumas horas depois Mason acorda com um barulho na casa de banho, vendo que a porta do quarto estava aberta foi ver o que se estava a passar.

-Eu! Vou. Eu! Vou. Eu tenho que ser forte. Eu não vou conseguir, eu não vou conseguir. Ahhhhhhh - diz Ella quebrando o vidro do banheiro. -Eu vou contigo tio.

Ao ver o espalho quebrado, Mason ficou com medo de que Ella ainda se pudesse aleijar ainda mais do que já estava na sua mão. O moreno tentava ser forte, todavia ele já estava sem chances para criar essa mentalidade e iria acabar por fazer o que Natasha e Thomas lhe haviam dito.

-Ella! Amor, está tudo bem. Vai tudo correr bem eu estou aqui. - digo a abraçando rapidamente após ver chegar perto de um estilhaço de vidro. -Vai tudo correr bem vem comigo por favor!

-O que foi? - sua expressão de confusa era um autêntico caos. -Não entendo, o que se passa contigo Mason? Porque estão todos estranhos comigo?

Com medo que Ella fizesse mais alguma coisa Mason a tirou da casa de banho e a levou para a sala.

-Amor! Vem vamos ali ao carro.

-Eu não vou voltar para aquele hospital! Não me vais obrigar a ser internada novamente eu não vou deixar.

Ella se libertou de Mason e logo correu para a cozinha e colocou a mesa sobre a porta. Aquilo era um enorme pesadelo de que Mason queria acordar o mais rapidamente possível, ver o amor da sua vida desaparecendo aos poucos era doloroso demais para ele.

Oh não! Mason vendo a morena a tirar uma faca da gaveta o assustou ainda mais, começou a empurrar a porta porém ela estava bastante presa mas num ápice lembrasse que a porta que dá acesso ao quintal pela cozinha não é trancada.

Correndo contra o tempo, o mesmo corre mais que tudo, abre a porta e num impulso causado pela melancolia o mesmo se jogou sobre Ella, enlaçando seu pescoço num abraço apertado para chorar em seu ombro. Ele, perdido no tempo/espaço, apenas pensava que podia ter perdido a mãe da sua filha, o amor da sua vida, a irmã de alguém e a amiga de alguém.

-Me ajuda Mason! Eu não quero ser as outras pessoas, por favor. - um choro tão profundo se fez abater enquanto ela perdia as forças e deixa cair o seu corpo contra o de Mason. -Eu tenho medo de morrer, me ajuda.

Talvez aquele fosse um sintoma remanescente da abstinência de nicotina, somente sei que uma explosão de tristeza o dominou por completo na mesma hora e eu comecei a chorar soluçadamente, fazendo Ella ficar atônito olhando para a minha cara.

Claro, havia uma quantidade imensurável de vezes que ela neste meio tempo tinha sido dominada pela depressão e pela raiva e esses incidentes que poderiam facilmente discordar dessa afirmação, mas tirando essas situações, podemos dizer que Ella tinha exatas duas emoções: raiva e apatia.

-Eu irei te ajudar amorzinho! Tu e eu juntos sempre, foi o que prometemos um ao outro lembraste?

-Levi? Onde está? E Zeus e Gigi?

-Ainda não te lembras da Lexus? - ela encarou Mason com uma expressão de raiva e sofrimento. -Amor está tudo bem?

-De novo essa conversa Mason? Ela morreu no parto caramba, eu vou embora eu nem sei porque estou a falar contigo.

-Não vais não Ella, a senhorita vem comigo para o....

-Mason? Ella? Vão sair? - questiona Natasha com os pequenos entrando na sala. -Querem que fique aqui?

-Por favor Natasha eu vou levar a Ella!

-Ok, bem Levi porque não me mostras o teu quarto? Vamos pequeno.

-Me larga Mason! Nãoooooooooo. Me solta! Socorooooooo! Nãoooooooo!!!

-CHEGA ELLA, ESTOU CHEIO.

-Me larga Mason! Nãoooooooooo. Me solta! Socorooooooo! Nãoooooooo!!! - diz a morena descontrolada e repetindo a mesma coisa. -Me larga Mason! Nãoooooooooo. Me solta! Socorooooooo! Nãoooooooo!!!

Era quase como se pudesse desaparecer sem deixar vestígios a qualquer momento. Mason via-se num poço sem fim onde jamais poderia sair, a trancando no carro com as mãos presas o mesmo dirigiu o mais rápido possível para o hospital. No caminho informou Thomas e o mesmo disse que estaria na porta das urgências á espera de ambos.

Era desnecessário este tipo de situação, mas a morena não havia melhorado em nenhum aspecto e com medo de que Ella pode-se fazer mal ás crianças com o seu autocontrole desativado o moreno com um pé atrás da decisão proposta a levou para o hospital.

-Eu odeio-te tanto, mas tanto Mason! Espero que morras. Me solta, eu quero sair daqui. - gritando mais que tudo Mason deixou cair lágrimas ao ouvir aquilo. -Me solta caramba! Eu te odeio.

Ele sabia muito bem que não era a própria Ella a falar, mas ouvir aquilo da boca dela o deixou ainda mais triste. Ele podia ser um milhão de coisas, todavia ele era um ser humano paciente, todavia aquele situação tinha passado do controlo já á bastante tempo.

— 1 hora depois —

Já tinham chegado ao hospital e Ella estava finalmente sedada e a descansar, Thomas sabia muito bem do erro que havia cometido e estava pronto para ser punido pelo seu supervisor. Tudo o que Mason menos queria acabou por acontecer e de uma forma tão repentina se fez jus ao apelo interno que o seu corpo estava pedindo. SOCORRO!!!

Thomas falou para o moreno que o caso da Ella era difícil e precisava de muito apoio neste momento, todavia esse apoio não era Mason por mais que ele quisesse ficar com ela tinha Levi e Lexus para cuidar. Ele agora teria uma responsabilidade em dobro estava sozinho neste ciclo mesmo ele sabendo que tinham pessoas dispostas a o ajudar caso necessitasse.

Mason simplesmente queria desaparecer e não voltar nunca mais, mas o seu coração e a sua mente neste momento falavam como um só, era como se estivessem interligados nos sentimos e no momento em que viviam o que tal nunca aconteceu. Thomas o deixou o moreno entrar no quarto para se despedir de Ella uma última vez e quando ela estivesse um pouco melhor o mesmo a chamaria.

-Oi amorzinho! Sou eu o Mason, eu sei que provavelmente me estás a ouvir....bom....eu vou direto o assunto eu quero que saibas que eu não te culpo em nada eu sei que tudo o que viveste te afetou e o corpo não aguentou tanta pressão, eu prometo pela minha vida que irei tomar conta deles e os proteger até ao fim do mundo. Thomas disse que quando tiveres um pouco melhor eu poderia te ver, melhora logo amorzinho. Estamos contando contigo!

(...)

Thomas.

-Senhor Torres! - uma voz conhecido se fez ouvir no corredor do hospital, era o seu chefe. -Podemos falar na minha sala um minuto?

-Claro.

Thomas estava com receio que o hospital não pudesse manter Ella ali pois depois que o moreno descumpriu uma ordem ele podia muito bem perder a sua licença de exercer a atividade médica. O que ele mais temia no meio disto tudo era que Ella fosse para outro hospital, pois o moreno sabia que ninguém sabia do histórico dela a não ser aquele hospital. Digamos que o seu história médico estava apenas naquele hospital e em mais nenhum.

-O que lhe deu na cabeça para fazer aquilo? Você tem a noção que isso nos poderia custar muito! Mas você não sabe, o senhor é apenas um miúdo.

-EU NÃO SOU UM MIÚDO! Eu sou o dono deste hospital.

-Que eu saiba a dona deste hospital ainda é a sua mãe por isso mais controlo quando fala comigo. Além do mais a Ella podia ter ficado muito pior, mas ainda bem que isso não aconteceu.

-Ela tinha melhorado em um dia eu pensei que ela já podia ir para casa.

-Achou errado, os seus erros podiam custar a reputação do hospital e depois como a iríamos resolver. As manchetes nos jornais. "Incompetência médica, levou a um doente a fazer uma loucura.", ainda tem mais "Uma doente com depressão solta pela cidade!". Thomas seriamente como seu supervisor eu poderia lhe dar nota mínima nisto, mas como eu sei que é o seu primeiro ano de estágio e ainda está a aprender eu dar-lhe-ei uma segunda chance.

-Ela vai ficar bem eu prometo, eu farei os possíveis para isso. Nem que passe noite e dia ao lado dela!

-Também não é para tanto.

-É sim....ela é importante na vida do meu tio e da minha tia. Ela é a amiga de alguém, o amor da vida de alguém, a mãe de alguém e sobretudo a irmã de alguém. Como o senhor se sentia se lhe acontecesse com um familiar seu?

-Isso não vem ao caso, cada caso é um caso!

-Até pode ser! Mas a Ella é um ser humano e ambos sabemos o que ela passou, por isso não me venha dizer que ela é apenas um caso pois não é.......eu vou até ao fim do mundo para a recuperar 100% e o senhor terá as provas disso na sua mesa um dia. Agora se me der licença eu vou voltar ao trabalho.

-Thomas não me vire as costas! Volte aqui. - irritado joga as folhas no cimo da mesa no chão as espalhando para diversos lados. -Droga!!!

(...)

Thomas era bastante corajoso em enfrentar assim o seu supervisor do estágio e o médico responsável por aquela área no hospital. Thomas sem dúvida alguma tinha a garra da família, as suas palavras fizeram o que nós leitores queríamos ouvir. Ele estava disposto a tudo para recuperar a menina doce, meiga, sorridente que era a Ella e ele iria fazer exatamente isso.

Mason e Thomas se encontraram novamente no corredor perto da receção da ala e logo se despediram, o moreno pediu para qualquer mudança no tratamento da sua esposa para Thomas lhe telefonar não importando as horas.

Mason entrou no carro e arrasado dirigiu pela cidade fora para casa, ele tinha duas pessoas precisando dele e ele não os iria deixar por nada neste mundo. Chegando a casa, viu Levi no quintal a brincar com os seus legos e logo Natasha estava sentada na escada com Lexus no bebê conforto, o que ele queria fazer naquela momento era chorar, chorar e chorar mas ele tinha que ser forte por eles.

Ele precisava ser salvo!

-Papai! Chegaste, onde está a minha irmã?

-Pequeno depois eu converso contigo pode ser? Vamos para dentro.

-Não! - impondo a sua autoridade o pequeno se recusou a ir para dentro sem antes ter uma explicação. -Papai.....por favor. -acrescentou sentindo lágrimas se formarem.

-Oh pequeno. - abraçando-o, Mason se deixou ir para onde a sua mente o levava. -A Ella está no hospital a recuperar amorzinho, ela vai ficar bem tudo bem?!

-Eu quero vê-la! Por favor.

-Anjinho, agora não depois mais para a frente quem sabe tudo bem? Ela vai recuperar rápido eu prometo-te isso!

-Mesmo? - diz colocando o seu mindinho em frente ao peito do moreno.

-Eu prometo agora vamos para dentro está sol, mesmo o senhor estando aqui na sombra está bastante calor vem.

Nem mesmo Mason e nem mesmo Natasha tinham a certeza da recuperação rápida de Ella. Tudo o que eles mais queriam era tê-la aqui neste momento e que nada disto tivesse acontecido. A dor no coração era a maior de todos, perdidos e achados entraram em casa e lá estiveram por um tempo.

Era quase 12 horas da tarde e Natasha tinha que voltar para a sua filha, Mason sabia muito bem das responsabilidades que Natasha tinha fazer por isso a deixou e prometeu que cuidaria muito bem de Levi e de Lexus. O seu pensamento dizia que aquele trabalho não ia ser fácil ainda mais para uma só pessoa, cuidar de duas crianças maioritariamente pequenas e de dois animais de estimação e especialmente da casa era o trabalho mais difícil.

Iria dar um trabalho em tanto.

-Papai a tia Natasha fez panquecas para o meu pequeno almoço, queres um pouco ainda sobrou um pouco.

-Não estou com fome pequeno, porque não vais jogar ali na sala mas por favor coloca a televisão baixa para a Lexus não acordar mesmo ela estando a dormir no quarto tudo bem? Fazes isso por nós?

-Tudo bem....posso só pegar no meu suco de laranja?

-Claro....pega!

Mason estava acabado, totalmente perdido a ponto de fazer uma loucura se rendeu e caiu no chão a chorar, aquilo era demais para uma simples pessoa. O seu sorriso já não era mais o mesmo, o olhar de felicidade tinha totalmente desaparecido, ele não era ninguém sem o amor da sua vida, todavia ele tinha que cuidar deles, querendo ou não eles eram sua responsabilidade e ele sabia exatamente disso.

Passando a mão sobre o seu rosto, cada vez a vontade de chorar mais e mais se tornava ainda maior. Aquilo doía, não contar a verdade ao irmão dela era a pior coisa que ele podia fazer, mas era a única coisa que ele podia fazer era mentir não importando mais nada.

-Papai! Papai? O que se passa?! Papai! Fala comigo por favorzinho. - diz Levi tentando tirar as mãos da cara de Mason mesmo isso sendo impossível de fazer naquele momento. -Papaiiiiiiiiii! - acrescentou berrando mais que tudo e em respiração acelerada se colocou a pé e indo direto ao telefone.

-Ei! Ei! Ei! Esta tudo bem pequeno, calma não precisas de telefonar a ninguém está tudo bem sério.

-Não está não. Por favor, me diz o que se passa eu posso ajudar! Eu quero, por favor! - os seus pequenos olhos ardiam com lágrimas sendo formadas. -Eu tenho o direito de saber.

-Não tens pequeno, isso é assunto de adultos por favor!

-Papai, por favor.

-Tudo bem então, a tua irmã tem depressão pós-parto. Depois de tudo o que ela passou é compreensível que ela esteja assim!

-Ela vai ficar bem né? Ela vai? - duvidando das próximas palavras o pequeno colocou o telefone novamente no lugar e logo o abraçou. -Eu estou aqui papai, eu estou aqui para ti! - suas pequenas mãos fazendo carinho nas costas de Mason foram o colapso.

Ninguém estava preparado para aquilo, ninguém tinha sido preparado e ninguém nasceu preparado para enfrentar tal coisa, porém quando a união se fazia presente os desafios pareciam menos dolorosos de serem ultrapassados. A forma mais fácil de os ultrapassar era se distraírem fazendo algo que sem dúvida não se arrependeriam.

A verdade é que nem ao certo Mason sabe á quantas noites ele não dormia, no meio de tanto caos ele mal parou para descansar. Ele sabia que num momento ou noutro ele tinha que parar para descansar nem que fosse por poucas horas, ele precisava disso, ele merecia esse descanso.

-Papai quando estava com a tia Natasha aqui em casa eu fui ao quarto da Lexus e vi que tinha um Moisés numa caixa ainda para ser montado. Podemos montar se quiseres e assim dormimos todos juntos no quarto.

-Como é que uma pessoa pode ser tão generosa, compreensível e motivadora? A tua irmã te criou mesmo da melhor forma.

-Isto é genética da família! Beijinho no ombro para quem não gosta. Agora vem, vamos primeiro limpar as lágrimas e depois vamos montar.

-Como não podemos falar da família se ela é tudo o que nós temos hem? Oh pequeno vocês fazem o meu dia, vamos sim!

-Eu sou especial podes dizer, eu tenho o meu jeitinho angelical comigo é um anjo da guarda que me guarda a mim e á minha irmã, mas agora também a ti e á Lexus.

-E o anjo da guarda é? - questionando e vendo o pequeno encostado na porta o seu pequeno braço fez o movimento em direção ao quadro no cimo da parede em frente á casa de banho. -Sem dúvida nenhuma pequeno, a vossa mãe está a tomar muito bem conta de vocês. Ela tem orgulho e sabes mais uma coisa?

-O quê?

-Ela agora está mais presente com a Ella para a recuperar sabias?

-Sério? Posso ir ver?

-Não, mas sabes como eu sei? Quando eu estava no quarto do hospital com ela, a presença era de extrema paz perto da tua irmã e quando eu falei no nome dela um frio amoroso se fez sentir.

-Uau! Será que algum dia terei a chance de viver isso também? Eu queria senti-la também, eu nunca pude! - de cabeça baixa o pequeno fechou os olhos e respirou fundo. -Eu sei....eu sei que não devia ter falado assim me desculpa, mas todos nós precisamos da Ella nas nossas vidas novamente e o clube também! Eles sentem saudades dela, foi o que a tia Nat me disse.

-Eu sei, mas agora vamos lá montar o Moisés e depois dormir um pouco já que de noite isso não foi possível! Vem vamos.

Mudar é duro!

Oie gente, bem novo capítulo aqui na área da vossa querida autora Mary, temos novos capítulos todas as terças e sextas-feiras ás 19h em Portugal e às 16h no Brasil.

Obrigada, beijinhos!

Boa Leitura 🩷

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