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TW: Este capítulo contém algumas cenas que podem ser gatilho para algumas pessoas, como, por exemplo,indícios de depressão pós -parto, pânico, hospital. Se você não se sentir confortável com este tipo de conteúdo recomendo passar para o capítulo seguinte ou me perguntar pelo privado e eu lhe resumirei o capítulo sem os ditados gatilhos. 🩷

⚽️

Levi Branco
Já estávamos no outro dia de manhã, abri os olhos, mas não via nem a minha irmã nem Lexus fiquei completamente assustado de que ela tivesse ido embora sem mim. Cutuquei Mason e logo ele acordou, olhou para a outra cama mas não as viu. Colocou-me no chão e logo bateu na porta da casa de banho e a abriu, elas lá não estavam.

Meu coração começou a disparar eu era o segurança da Lexus e tinha que a proteger onde quer que ela estivesse eu não queria que nada lhe acontecesse muito menos á minha irmã. Abri a porta do quarto e as vejo vindo de longe, corri para elas com medo que lhes tivesse acontecido alguma coisa ainda mais quando tinha-se passado poucas horas do ocorrido.

-Maninha ficamos preocupados não vos vimos! -digo olhando para a bebé que dormia profundamente. -O que foste fazer com ela hem?!

-Calma pequeno Lexus foi fazer alguns exames e eu aproveitei para os médicos também me verem.

-Amor então podias ter pelo menos me acordado, já ia chamar a enfermeira.

-Tenham calma vocês os dois nós estamos bem além do mais vocês estavam a dormir tão bem que não vos quis incomodar está tudo bem podem estar seguros disso.

-Aham! Da próxima vez vou com a Lexus está bem?

-Vamos pensar no teu assunto, ainda bem que só faltam 2 dias para sair daqui!

-Sim! Mas sabes que a partir do momento que sais pela porta tens uma responsabilidade em dobro. Além do mais eu vou a casa ver como está o Zeus e a Gigi e já venho! Levi vou trazer-te outro livro, o tablet e mudas de roupa tudo bem?

-Sim papai, eu fico aqui a vigiando. Ela não vai sair do meu olho.

Mesmo eu sendo pequeno eu tinha agora uma responsabilidade e a maior responsabilidade que alguma vez tive. Eu tinha medo de não estar preparado para este tipo de situações ainda mais ajudar a minha irmã trocar a fralda, espero que isso não seja obrigatório como protetor da Lexus.

Ás vezes era difícil encarar a realidade, era duro pensar que um ser tão pequeno dependia de pessoas para o proteger e cuidar. Mason sentia-se triste longe de casa e era difícil ficar longe da sua família, mas eu sempre tentava com que ele se esquece-se disso tudo mesmo sendo um pouco impossível.

Eu posso vir a fazer 7 anos este ano, porém eu sabia muito bem como o mundo andava hoje em dia e qualquer coisa errada caiam em cima de pessoas que fazem de tudo para estar bem. Ele tinha-nos agora e eu gostava de o ter por perto, ainda por cima por considera-lo como um pai que nunca pôde ter.

-Maninha, achas que o Mason está triste longe de casa?!

-Pequeno é difícil dizer isso, todavia o Mason claro que deve sentir falta da sua família, do futebol é a paixão dele entendes. - diz ela limpando Lexus. -Vai agora coloca isto no lixo.

-O que podemos fazer para ele se sentir bem? Não podemos trazer a família dele aqui?

-Não é assim tão simples pequeno a família dele tem emprego e não podem simplesmente o deixar do dia para a noite como o Mason!

-Ahm! Entendi. Vou tratar desse pequeno problema.

-Pequeno não deixa os adultos fazerem isso. Além do mais queres me ajudar a vestir a Lexus?

-Eu vesti-la? Será seguro isso?

-Claro que sim! Vai lavar as mãos ali deixa eu ver. Vai!!

Seria a minha primeira vez lavando as mãos sozinho e a minha primeira vez ajudando a vestir a Lexus. Eu estava a tornar-me um homem eu sentia orgulho de mim mesmo e só de pensar no ponto que pensei me orgulhava bastante, felicidade era a palavra apropriada para isso.

Provavelmente viriam fazer-nos visita e como Sophia não pôde vir ontem eu queria que ela visse de pertinho a Lexus. Agora eu estava a tornar-me um adulto e não podia mais brincar como antes com a loirinha por isso se ela viesse tinha que lhe explicar isso mesmo.

Sentia-me feliz após realizar a maior tarefa já feita por mim, vesti-la não foi fácil mas com a ajuda da minha irmã tudo deu certo. Ela estava triste mas não lhe quis perguntar a razão ainda mais para não a irritar pois bebés sentem quando a mãe fica nervosa ou triste. Eu aprendi na escola quando perguntei á minha professora de matemática.

-Agora já podemos passear em família! - digo e ela me olha com cara estranha após pousar Lexus. -O que foi disse algo de mal?

-Achas mesmo que eu vou sair de casa com uma criança que acabou de nascer ainda mais neste tempo quente?

-Maninha! - meus olhos encheram de lágrimas, ela nunca tinha falado assim para mim. -Mason! Finalmente chegaste. - acrescentei descendo da cama e o abraçando.

-O que se passa pequeno? Está tudo bem?

-É a minha irmã ela falou mal para mim após eu lhe perguntar uma coisa.

-Oh pequeno entende ela, a tua irmã passou por muito mas eu daqui a pouco falo com ela pode ser?

Minha irmã tinha ido á casa de banho e eu estava a ver as coisas que Mason tinha trazido, peguei no meu livro e fiquei admirado de que Mason trouxe mais dois suplentes caso eu quisesse ler. Peguei num e logo subi para cima da cama onde havia dormido, era complicado subir mas eu consegui ou não me chamo Levi Branco.

Havia passado algum tempo e a enfermeira veio ao quarto para levar a Lexus novamente para o berçário durante algum tempo. Eu queria ir com ela por isso perguntei se podia ir junto, a resposta que eu queria ouvir não era aquele e eu fiquei triste por ouvi-la.

-Vai sim pequeno e assim vês outros bebés também.

-Obrigada!

(...)

-Era preciso teres falado assim para o Levi, Ella? Ele está a ser o mais paciente possível.

-Eu falei normal, além do mais eu estou bem vou dormir um pouco.

-Ella não me vires as costas. Ella!

-Deixa-me Mason.

-Não! Quando tu lutares eu luto junto não te lembras eu agora tenho que te salvar.

-Eu não preciso ser salva! Eu estou bem não vês? Só estou cansada.

-Ella! Por favor.

-Droga Mason, deixa-me dormir.

(...)

As coisas não seriam nada fáceis a partir de agora, eu estava a tentar de tudo para que eu pudesse ajudar. Entrei no berçário e a sala estava cheia de bebés, era um local de extrema paz e segurança. Vê-los ali era algo bonito de ver eu amava demais, a enfermeira chegou um banquinho para perto da Lexus e eu fiquei a admirando e coloquei a minha mão na dela.

-Tudo em mim, ama tudo em ti pequena!

Deito a minha cabeça a observando e a fico admirando, como é que alguém podia ser tão perfeito e inocente? Era difícil imaginar como uma coisa tão pequena podia fazer tão feliz uma família era algo incontrolável eu podia estar aqui a chorar mas admira-lá era algo perfeitamente normal de agora em diante.

-Ela tem sorte de ter um irmão tão protetor!

-Ela é minha sobrinha moça, e sim eu agora farei de tudo para a proteger.

-Não sabia me desculpa! Á doutor Thomas veio ver o bebé número 510? - diz saindo da minha beira.

-Vês Lexus agora seremos bons amigos! Não te sintas com medo se te julgarem eu irei te proteger sobrinha. - digo dando um beijo em seu gorro.

Eu aprendei que nos primeiros dias e até no primeiro mês não era seguro dar beijo diretamente na pele por isso fazia de tudo para que não passa-se nada para a Lexus. É cada vez ficava mais notória a responsabilidade que tinha que tomar.

Liam Laporta
Eram 10:20h da manhã e estávamos hoje novamente no campo de treino do Barça para os rapazes começarem a treinar. Provavelmente os meninos iriam fazer uma visita á nova mamãe e eles me convidaram também, eu fiquei surpreso ainda mais por ser Ferran Torres em pessoa a me convidar. Não estava á espera que fosse ele, mas sim Gabi porém eu tinha em conta que ele ainda não falava para mim normalmente como antes.

Ainda mais os rapazes me convidaram para o aniversário do Presidente, eu não era obrigado a ir, todavia eu suspeitava este comportamento deles não era natural e eu tinha que saber de alguma forma. Os rapazes estavam a treinar antes da viagem daqui a 1 a semana para os Estados Unidos da Pré-Temporada e digamos que era a primeira vez que eu iria para os Estados Unidos.

-Meninos, senhores, senhoras ainda bem que estão todos aqui! Preciso urgentemente falar com vocês. Cheguem mais perto.

-O que se passa pai está tudo bem? A Pré-Temporada vai acontecer?

-Vai sim Ferran, o assunto não era esse. Bem...como todos sabem a Ella ontem teve a Lexus e eu sei o quanto queriam depois do treino ir visitá-las mas isso não será mais possível.

-Porquê passou-se alguma coisa que não sabemos? - exclama Balde se pendurando no ombro de Gavi. -Elas estão bem.

-Estão sim, o problema é que Mason acaba de me ligar e diz que é melhor não ir visitá-las. Todos nós sabemos o que ela passou ontem por volta destas horas e por ainda estar muito recente ele avisou que o melhor era ir visitá-las quando já tiverem em casa.

-Mas ela ia gostar da nossa visita Presidente. - diz Frenkie e todos concordam com a cabeça. -Além do mais nós faríamos esquecê-la disso.

-Isso é verdade!

-Concordo com o Frenkie e com o Lewy, senhor presidente! - fala Eric com os braços cruzados. -Se elas estão bem porque não as podemos visitar?

-Meninos não é fácil! Tenham paciência e quando eu tiver mais informações eu avisarei pode ser? Agora por favor não desobedeçam e apareçam lá podem a deixar desconfortável pode ser. -acrescentou e todos nós concordamos com a cabeça.

-Tudo bem. Bom meninos vamos continuar a treinar vamos!

Todos nós esperávamos que a Ella estivesse bem e este trauma fosse passageiro. Fui para perto de Felipe e de Gabi e Ansu começou a olhar bastante desconfiado para mim, era algo que eu não podia controlar eu ainda era fisioterapeuta da equipa e Gabi vinha aqui alguns dias nos ver pois a maior parte do tempo tinha que ficar com os gémeos.

O treino foi decorrendo e sem ninguém se aleijar fiquei feliz com isso e em poucos minutos o treino havia acabado, me ofereci para ajudar a Gabi e a mesma deixou eu acho que já estava a me enturmar com o pessoal.

-Sério Liam não precisavas trazer eu consigo, eu sei que tive um parto de gémeos á um mês mas eu consigo carregar!

-Eu faço questão sem problema nenhum além do mais é o meu trabalho ajudar.

-Á fofo! - diz acariciando a minha cara até que ouvimos uma voz.

-EI, EI, EI! Tira a mão dele Gabi.

-Ansu, calma eu só estava a agradecer. Para com isso!

-Agradecer sei. Eu sei muito bem o que é agradecer na visão dos homens.

-Ei mano então! - o empurro e logo ele me empurra de volta.

-Da próxima vez que te vir com ela não sobrará nenhum pedaço de ti estamos entendidos.

Quanto eu quanto Ansu começamos a trocar vários empurrões no meio do corredor, Gabi nos tentava separar mas sem sucesso até que a equipa técnica e alguns jogadores e especialmente a S/n teve que intervir. Ter brigado com ele era um perda total de tempo e nem sei porque o fiz e eu sabia que tudo isto iria sobrar para mim.

-Ei, Ansu calma as coisas não se resolvem assim! Tem calma eu sou tua melhor amiga mas sabes muito bem que não gosto de confusões.

-Ele que começou!

-Eu comecei? Por amor de Deus Ansu eu só estava a ser gentil com ela cara, eu quero me enturmar mas parece que vocês não querem nem saber disso. Só estão a ser gentis porque alguém vos disse para ser e tirando isso vocês me tratam como se não fosse ninguém. Eu...nunca...devia...ter....aceitado esta oferta de emprego.

-Alguém nos disse sim! - afirma Gavi perto de Pedri até que o mesmo o cutuca.

-Sabia! Vocês são piores que crianças.

-Ouve lá só porque não gostas de ouvir verdades não precisas ofender ninguém.

-Gavi, para. - diz S/n chateada olhando para ele. -Ninguém aqui ofendeu ninguém parem vocês de ser assim!

-Obrigada S/n.

-Obrigada S/n? OUVE SÓ.

-Eu vou sair daqui pois é o que faço melhor. Obrigada pelo emprego presidente, foi um gosto trabalhar aqui.

-Liam calma, espera depois falamos. Ansu, Gavi para a minha sala, AGORA!!!

Me sentei á espera que os rapazes saíssem da sala e todos já tinham voltado a fazer as suas coisas. Felipe era o primeiro a sair  da enfermaria, todavia quando me viu ali sentado á espera que eu entrasse na sala do Presidente ele se sentou e começou a falar comigo, ele nunca fez isto eu fiquei admirado.

-Não fiques assim por eles! Eles tem temperamento forte já quando entrei para cá á 4 anos atrás era a mesma coisa.

-Como não enlouqueceste?

-Aprendi a jogar como eles, mas não fazendo o que eles me faziam e nisso perceberam que tinham que gostar de mim custasse o que custasse!

-Foi fácil nesse meio tempo? Eles não facilitaram nada pois não?

-Nem um pouco, eu sei o quanto queres te dar bem com eles e fui eu que falei para eles falarem contigo e te convidarem para fazer as coisas mesmo eles não gostando nada da proposta.

-Não devia ter feito isso Felipe! Agora eles me odeiam.

-E parece que o presidente não está a poupar em avisá-los lá dentro. - fala Felipe rindo apontando para a sala onde se ouviam os gritos aqui de fora. -O presidente é assim, mas logo ele acalma!

(...)

-Onde vocês estavam com a cabeça para fazer isso no vosso local de trabalho? Ainda mais no corredor.

-Mas ele...

-Ele nada Pablo. Vamos parando por aqui, vocês não gostam dele isso eu já sei mas se vocês e restante não se ambientarem com ele terei que vos colocar fora da convocatória e dos jogos. E isto não é uma proposta é um aviso!

-Mas presidente! Ele não podia fazer aquilo.

-Ele pode e é o trabalho dele ajudar e fez muito bem em ajudar a Gabi. A tua noiva Ansu para que tu não saibas ela teve os gémeos á um mês, ainda está meio fraca que tal terem um pouco de compaixão?

-Vamos tentar presidente. Desculpe! Podemos ir agora.

-NÃO É PODEMOS TENTAR GAVI. É TENTAR. Sim podem ir!

-Obrigada, até amanhã.

Gavi e Ansu saíram da sala e nem me dirigiram o olhar, eles tinham o direito de ficar chateados comigo e eu entendia a parte de ambos se não mais me quisessem agregar ao seu grupo. António me chamou e falou comigo sobre o que eu tinha dito, ele gostava imenso do meu trabalho, todavia ele sabia também que neste ambiente não inclusivo eu não poderia trabalhar.

Ele já estava a ver alguns clubes perto de Barcelona com quem tinha contactos para ver se arranjavam vaga de fisioterapeuta e fiquei feliz mas ao mesmo tempo triste pois a Mel apegou-se tanto a esta cidade que seria difícil para ela se despedir.

Falamos durante algum tempo e logo sai e Felipe ainda continuava á minha espera para saber as novidades, informei-lhe de tudo e logo peguei nas minhas coisas e nos dirigimos para o estacionamento onde ficamos a falar por mais um pouco.

Ella Branco
Eram 21:00h da noite e Lexus não parava de chorar eu já tinha feito de tudo o que aprendi com a Gabi mas nada resultava eu estava ao ponto de chamar as enfermeiras ou os médicos aqui. Mason tinha levado Levi para comer em casa da Natasha e do António e eu tinha ficado aqui sozinha, eu quis que eles fossem pois eu sei me desenrascar sozinha, todavia isto estava a ser mais complexo do que eu imagina.

Estava a ponto do meu colapso se não me viessem ajudar. Era difícil! Era complicado! Era real!

Eu não sabia mais o que fazer, já a tinha colocado no peito, todavia não era fome, fui ver a fralda mas não tinha nada, fiz as massagens para saber se era cólicas e nada. Ela não parava e estava a incomodar-me demais. Coloquei a pequena na alcofa e me agachei, o seu choro estava a começar a dar-me em louca eu estava a ponto de desaparecer.

Desde que engravidei sempre me disseram que a maternidade vinha com o tempo, eu não achava isso. Meu mundo não dependia dela. Você se comunicava comigo fazendo-me dores de cabeça e enjoo, eu não estava preparada, eu não estava preparada para ser a mãe e talvez nunca seria uma boa mãe para ti.

Meu corpo havia se transformado num bola enorme eu estava horrível, eu não mais me reconhecia. O dia do seu nascimento foi o pior dia da minha vida.

-Thomas! Thomas! - afirma uma enfermeira entrando com mais uma e logo segurando em Lexus. -Calma amor está tudo bem agora.

-Como....como a fez parar de chorar.

-Eu não fiz nada está tudo bem!

-Enfermeira chamou-me? - questiona Thomas e a enfermeira aponta para mim. -Ella vem, vamos ali nos sentar.

-Eu não quero, eu não quero! Me solta. NÃOOOOOOOO!

-Enfermeira tire a Lexus e chame mais uma enfermeira, Soraia me ajude aqui venha sede a paciente.

-Eu não quero. Eu não quero. Me soltem, socorooooo. Nãooooooo! Socorooo!!!! - começo a fechar os olhos e acabo por ceder á medicação.

-Calma Ella agora vai ficar tudo bem, está tudo bem agora.

(...)

-Thomas nos chamaste o que se passa? A Natasha teve que ficar em casa com Levi e a Emma.

-A minha mulher está bem doutor? É algum problema com a Lexus?

-Não é a Lexus, é a Ella! Ela não está nada bem, nós fomos chamados pelo choro persistente da vossa filha lá no quarto. Quando entrei Lexus já havia se acalmado mas ela....

-O que quer dizer com isso?

-A Ella estava agachada e apavorada e sem saber o que fazer, ela colocou a vida da Lexus em perigo e tivemos que a sedar!

-Ela está a criar algum tipo de depressão pós-parto depois de tudo o que aconteceu?

-Essas probabilidades não são descartadas. Tivemos que a colocar num quarto de vidro para a vigiar caso acordasse e acho melhor não trazer o Levi para a ver.

-Ele vai ficar triste, não podemos fazer nada?

-Até a Ella se recompor não, talvez se ela não melhor amanhã terá que ficar aqui mais dois dias.

-Isso não, ela não! Oh Deus. - diz Mason olhando através do vidro.

-Nós daremos todo o esforço possível. Obrigada Thomas!

-De nada, bom eu vou ali ver outros pacientes fiquem bem!

(...)

Já tinha passado algumas horas, ainda estava um pouco atordoada com o que havia acontecido. Olhei para o lado e não vi Lexus fiquei assustada, tentei me levantar, abri a porta do quarto e chamei pelo seu nome.

Será que raptaram a minha filha? Não havia ninguém no corredor!

Eu resisti o máximo possível. Eu era uma egoista. Eu era uma inútil. Já sabia que era a pior mãe do mundo mas não a saber encontrar me destroçava ainda mais, entrei num corredor e de longe vejo Mason e António. Fiquei confusa eu pensava que eles estivessem em casa, eu queria sumir, eu queria desaparecer daqui. Eu não era mais a mesma.

Eu não queria estar ali, comecei a chorar e logo desabei no chão abraçada a Mason e António. Eu era uma péssima pessoa, eu fazia as pessoas sofrerem por mim. Meu corpo estava fraco e cansado de tudo isto, eu só queria me desligar e acabar com a dor que sentia dentro de mim. Era estranho pensar que eu queria fazer mal a um ser inocente.

Eu estava a tornar-me uma pessoa igualzinha ao meu tio, meus olhos inchados e a tremedeira em meu corpo não paravam em um só minuto. Eu queria desaparecer deste local e chorar demais para deitar tudo para fora, ruim era pensar em magoar as pessoas que precisam e estavam dispostas a me ajudar.

-Está tudo bem amor! Vamos para o quarto vem.

-A Lexus? Ela está bem?! Quero vê-la!

-Ela está sim, está a descansar agora, vem vamos dormir mais um pouco.

-Finalmente a trouxeram já íamos alertar os seguranças para fecharem as saídas.

-Ela só foi á procura de alguém ela agora está melhor. Mason irá cuidar dela, vou ter que sair qualquer mudança me avisa.

-Claro, obrigada tio!

-Então Ella como te sentes?

-Bem? Eu acho?! Posso ver a Lexus! - o questiona mas logo ele olha para Mason que concorda com a cabeça. -O que se passa?

-Nada amor, o Thomas já vai pedir para a trazerem. Eu irei ficar com vocês!

-Sim, bem preciso tirar mais algum sangue teu para análises e logo terás a tua pequena contigo!

-Ok obrigada.

Thomas tirou um pouco de sangue e logo saiu, eu estava ansiosa para ver a minha filha. Eu a queria de volta comigo eu queria pegar nela e a amamentar, a esta hora ela já devia estar com fome. Eu estava totalmente perdida se não tivessem pessoas dispostas a me ajudar.

A enfermeira chegou com Lexus e ela começou a chorar, será que ela presenteia que eu era uma má mãe? Ela sabia que eu não lhe dei atenção?
A enfermeira a colocou em meu peito, ela não gostava do meu colo, ela não queria o meu peito. Só chorava, chorava e chorava. E eu chorava junto com ela, estava a entrar em desespero.

-Calma amor precisas estar relaxada ela sente que estás assim e começa a estressar também?!

-Eu sou uma má mãe é isso?

-Não senhora claro que não é! Á mulheres que demoram mais a dar peito é normal, eu fico aqui até ela pegar pode ser?

-Hum hum! Obrigada.

Aquilo era acolhedor, alguém me auxiliando neste momento era bonito. Mesmo eu tendo feito asneiras colocando a vida de Lexus em risco todos estavam a ser pacientes comigo, eu devia um pedido de desculpas enorme a todos os profissionais.

Eu não sei o que se passava comigo, eu estava a colocar a vida dela em risco, provavelmente Levi não viria mais aqui e eu ficava triste na pessoa que me havia tornado após o parto. Eu estava totalmente sem capacidade para pensar no momento.

Meu peito doida, como é que algo pode puxar tanto pelo leite a ponto de doer?

Eu estava a entrar em colapso nervoso, todavia Mason logo coloca a sua mão sobre o meu braço me acalmando. Ele sabia o que se estava a passar comigo e não me queria dizer nada, eu precisava saber. Eu tinha que saber já que eu podia fazer uma coisa mais grave ainda.

Oie gente, bem novo capítulo aqui na área da vossa querida autora Mary, temos novos capítulos todas as terças e sextas-feiras ás 19h em Portugal e às 16h no Brasil.

Obrigada, beijinhos!

Boa Leitura 🩷

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